Não aceito qualquer coisa

1367 Words
— O que diabos ela está fazendo entrando nesse buraco? — Perguntei surpresa. Era uma passagem tão pequena que eu não fazia ideia de como ela havia conseguido passar. — Pode ficar no escritório até eu voltar? Sei exatamente onde ela está e, porque ninguém conseguiu encontrar ela. — Hades me levantou com cuidado, me colocando na mesa, antes de desligar o notebook. Não parecia apressado, a sua expressão era um misto de impaciência e tristeza. Será que ele sentia pela rejeição da sua filha? Às vezes os trigêmeos simplesmente decidiam que não queriam brincar comigo e eu me sentia o pior dos seres humanos e durava apenas alguns minutos. Imagina a sensação de um pai ao saber que a sua filha quer fugir dele? — Talvez eu demore, mas não posso subir com você agora. Não quero que os empregados saibam que estava comigo, podia gerar m*l-entedidos que prefiro evitar. Espero que compreenda. — Hades tentou explicar sem parecer arrogância. — Não é normal o sequestrador está dando uns amassos na refém, ao menos, não de forma consensual. Está tudo bem. Entendo que não queira criar uma situação com os funcionários. Irei esperar aqui. — Concordei procurando meu vestido por todo o escritório. — Não apronte. Não quero realmente me arrepender de ter dado a você toda a liberdade e confiança que dei. Não sou o tipo que perdoa, você deve saber muito bem disso. Sabe que o seu irmão costumava ser um grande amigo da família e depois do que ele fez, não posso perdoar de forma alguma. Espero que tenha isso em mente. — Hades disse com a mão na maçaneta para sair. — Espera! — Gritei enquanto tirava a minha a sua camisa e jogava em sua direção — Talvez achem estranho você andando sem camisa por aí. — Ahhhh! Rubi! Sério? Você tinha que fazer isso logo agora. — Hades disse enquanto saia, com as mãos em sua cabeça. Assim que ele saiu, pude ouvir o barulho da porta sendo trancada. Hades queria passar a sensação que confiava em mim, mas era óbvio que ele não se sentia dessa forma. Me pediu para esperar aqui, como houvesse alguma forma de sair desse lugar. Eu estava trancada. Olhei ao redor, encontrei um telefone. — Se eu ligar para meu irmão, mesmo que consiga lembrar o seu número, corre o risco dele rastrear a ligação ou até mesmo Hades rastrear não é? Isso seria perigoso. Tenho certeza que Ulisses já deve está me procurando. Não sei quantos dias estou desaparecida ao certo, mas meu irmão deve ter começado a investigar o meu paradeiro 48 horas depois do nosso último contato. Se eu conheço ele, com toda a certeza, já deve está no Brasil. — Pensei alto enquanto olhava para o telefone. Era arriscado demais. Conhecendo Ulisses, ele viria aqui assim que rastrasse o lugar. Eu sei disso, porque faria a mesma coisa. Sem muito o que fazer, fechei todas as cortinas do escritórios. Busquei em todo o lugar por meu vestido. Encontrei ele jogado em baixo da mesa. Liguei o ar-condicionado e me deitei no sofá, ligando a televisão. Estava passando o jornal. No meu quarto só tinha acesso ao acervo de filmes. Sem contato com notícias. Fiquei um tempo assistindo até que uma chamada me chamou atenção. " Ulisses Menezes, grande investidor do ramo hoteleiro, desembarcou hoje no Brasil. Em entrevista, disse que estava vindo passar alguns dias aqui com o intuito de comemorar as festividades de final de ano e encontrar com a sua irmã, Verônica Menezes. Junto com ele, a sua esposa e o seu cunhado também desembarcaram no aeroporto carregando poucas malas. Ao ser questionando sobre os seus cinco filhos que não estavam com ele no momento, não tivemos qualquer resposta. Lembrando que Ulisses não costuma deixar que as crianças sejam expostas na mídia. " — Meu tempo está acabando. Ele ia deve ter me encontrado. Preciso acelerar as coisas. — Falei preocupada. Não havia notado que a porta havia sido aberta. — Quem te encontrou? — Hades perguntou se aproximando de mim e desligando a televisão. — Você! Mas demorou demais. Como está a Rubi? Deu tudo certo? Conseguiu encontrar ela? — Mudei de assunto. Não tinha desculpas para nada daquilo, se ele insistisse em perguntar, eu iria me enrolar toda e acabar chamando a atenção. — Sim. Ela pensou que eu tinha te castigado, para me castigar, decidiu desaparecer, como uma forma de protesto por ter tirado você dela. Acredito que Rubi pensa que você é algo como o novo brinquedo dela. — Hades explicou estendendo a mão para mim. — Vamos, vou te levar para seu quarto. Os seguranças estão tendo uma reunião agora com todos os funcionários repassando algumas regras que parecem ter sido esquecidas. É o momento ideal para eu te devolver. — Não. — Falei cruzando os braços. — Como assim, não? Senhorita refém, você deve ser obediente. Quem aí viu, refém fazendo beicinho e dizendo não para o sequestrador. — Hades brincou se ajoelhando na minha frente, ficando da altura que eu estava sentada. — Assim parece até uma criança. — Senhor sequestrador super malvado. Fiquei até agora te esperando, não é errado você simplesmente me levar para meu quarto e me deixar na vontade? Isso é injusto. Estava na expectativa para continuar de onde paramos. — Brinquei. Hades não em causava mais medo algum, queria apenas confirmar mais algumas coisas para poder revelar quem sou de verdade, por mais que eu não não tivesse medo, não sei o que ele faria ao saber da condição financeira da minha família e de como poderia ganhar dinheiro em cima de mim. — Promete me obedecer do começo ao fim? Ser totalmente submissa como uma boa refém e não está planejando nenhum plano maléfico para aproveitar o momento? Estou cansado demais para ter que lidar com uma refém em fuga de p*u duro. O dia que eu tive não me permite fazer isso. — Hades explicou acariciando minha perna. — Se dizer gostoso, serei o ser mais obediente do mundo. — Para ser sincera, eu não era do tipo submissa, muito pelo contrário, mas tenho a sensação que Hades tem medo que eu use de um momento ideal para escapar, sendo submissa, não haverá formas de isso acontecer, já que terei que seguir os seus comandos e não reagir fora do ordenado. — Certo. Então faremos assim, se quiser se divertir comigo, terá que me obedecer completamente. Onde, como e quando eu quiser. Se aceitar, prometo que não vai se arrepender. — Hades parecia está fazendo um contrato com o d***o, mas era apenas ele me oferecendo para ser nada mais do que meu p*u amigo, ou melhor, p*u sequestrador. — Quer dizer que será meu p*u sequestrador e eu serei quase uma boneca para você se divertir sem qualquer responsabilidade? Ok. Gostei da ideia, mas se for r**m, você terá que me dar algo que eu quiser. O que acha? — Se ele tinha uma proposta, era mais que justo eu conseguir ter também. — Confio tanto no meu potencial, que concordarei mesmo sem saber o que quer ou vai pedir. Tenho certeza que não vai conseguir absolutamente nada, mas você sim, vai acabar se transformando em uma escrava para mim. Espero que não se arrependa. Não serei romântica, já vou avisando. Pode tirar a sua roupa e abrir as pernas. — Hades tinha um rosto completamente diferente. Naquele momento, eu sabia que ele não estava tentando me dar prazer, mas me fazer desistir da ideia de afastar ele com aquela atitude. — Com essa atitude, você jamais vai conseguir nem me fazer ficar molhada. Quem gosta de cavalo é égua. Eu gosto de homem de verdade. Podemos subir para meu quarto. Quando você voltar a ser gente, sabe onde é me encontrar. — Não vou me submeter a algo que está tentando me ferir de propósito. Sei que o toque dele não era de alguém grosso mais cedo. Preciso que ele se deixe levar pelo clima. Terei que esperar um pouco mais. — E se eu disser que não, que agora eu quero. O que você faria? — Hades perguntou me olhando sério.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD