Nick chegou a sua casa, seu pai estava sentado no sofá a sua espera, estava decidido contar ao filho que sua namorada era uma prostituta.
— precisamos conversar — disse Edgar assim que o viu passar pela porta.
— é pai, realmente precisamos, o que disse a Alice?
— sua namorada é uma prostituta.
— como sabe disso? — Nick questionou incrédulo.
— você sabe?
— sim pai, eu sei, mas não respondeu minha pergunta, como sabe que Alice era prostituta? — Edgar engoliu a saliva e pensou em uma desculpa plausível, mas Nick já sabia a resposta. — você dormiu com ela não foi...
— espero que isso seja um bom motivo para se afastar dela.
— eu não vou me afastar dela.
— o fato dela ter ido pra cama comigo não te incomoda?
— não, era o trabalho dela.
— ela conseguiu te enrolar direitinho né, abre os olhos Nick, ela é uma golpista. — disse Edgar alterando a voz.
— não fale assim dela, Alice é uma garota incrível, escute bem pai, eu nunca lhe faltei com respeito, mas ainda está em tempo de isso acontecer, se por acaso ousar se meter em meu namoro com Alice eu não respondo por mim. — Nick seguiu enraivecido para seu quarto enquanto isso Edgar socou o sofá para aliviar sua raiva.
Na manhã seguinte Alice levantou de sua cama se sentindo um pouco cansada, pela noite teve que levantar algumas vezes para tomar outro remédio para aliviar sua cólica e para trocar o absorvente, seu fluxo estava intenso de uma forma que nunca havia visto, mas ao usar o banheiro pela manhã algo lhe chamou atenção.
— como assim já está parando? — disse ela a si mesma olhando para o absorvente que havia apenas uma pequena mancha de uma secreção cor borra de café, igual a que vem no fim dos ciclos menstruais, mas ela não estava lá muito segura que iria parar, então após o banho colocou outro absorvente e tomou mais um remédio já que a dor em seu ventre não havia parado.
Passava das dez da manhã quando a campainha do apartamento tocou, Alice foi até a porta e a abriu vendo seu namorado ao lado de fora.
— entra amor — disse ela.
— precisamos conversar.
— claro — disse ela um tanto preocupada com o assunto da conversa.
— meu pai me contou que...que vocês transaram.
— Nick, eu não tinha ideia de que ele era seu pai, para mim era só mais um cliente, foi no último dia em que trabalhei na boate.
— eu sei amor e por mais que isso tenha me deixado triste, já passou, não me importa, você nunca me escondeu quem era e por que estava naquela boate, sempre foi sincera comigo.
— ainda sigo achando que não sou mulher pra você, Nick, você é jovem, bonito, de uma boa família, poderia arrumar uma boa moça, que não tivesse o passado completamente manchado como eu e que agradasse seu pai.
— claro que é, você é a mulher da minha vida, a mulher que amo de uma forma inexplicável, eu sinto muito por meu pai, mas o único que quero agradar é meu coração. — disse Nick colocando a mão dela sob seu peito. — você tardou em me aceitar por medo de me magoar ou atrapalhar minha vida, mas agora que enfim lhe tenho como namorada não vou deixar nada atrapalhar, muito menos seu passado, lembra que combinamos de esquecer seu passado?
— lembro.
— o que aconteceu com meu pai fica no passado, não tem que se sentir culpada.
— ele não quer que a gente fique juntos.
— eu sei, e em partes entendo, ele quer o melhor para mim, mas ele julgou você apenas por uma noite em que te viu, se ele te conhecesse veria em você todas as qualidades que vejo, eu sei que ele vai mudar de ideia sobre nós dois.
— Nick, eu não quero conviver com ele, sei que é seu pai, mas eu prefiro me manter longe. — disse ela, pois lembrava bem da animada noite que havia tido com ele, manter a distância seria melhor para evitar que pudesse sentir atração, e também para evitar constrangimentos e discussões.
— entendo minha princesa, como se sente?
— com cólica, estava atrasada mas ontem veio com tudo, estou até me sentindo meio fraca.
— uma pena, já estava escolhendo os nomes.
— nomes?
— sim, dos nossos quadrigêmeos, Nicolas, Nicole, Alicia e Elizie.
— como sua mãe.
— sim, não vejo a hora de ter nossos filhos, sabe que é meu sonho.
— meu também, mas penso que ainda está um pouco cedo.
— as coisas vão acontecer no tempo que tiverem que acontecer meu amor.
— não sei não, você parece estar querendo adiantar as coisas.
— é que gozar dentro de você é um delícia princesa — ele sussurrou ao ouvido dela.
— pode parar, se não, já sabe onde vai acabar.
— na sua cama com meu p*u dentro de você.
— eu estou de tpm.
— até parece que nunca rolou assim.
— mas eu não estou me sentindo muito bem hoje, então se comporta — ele a deu selinho então disse.
— prometo, agora vem deitar, está com uma carinha de cansada — ele a pegou no colo e levou em direção ao quarto, lá a colocou na cama.
— ia preparar café da manhã pra gente.
— deixa que eu preparo amor, descansa ok.
Naquele dia Nick não apareceu na empresa, Edgar supôs que ele estava com Alice e isso o deixou com ainda mais raiva. Era noite Edgar estava sentado a mesa de jantar, comia um tanto sem vontade, logo seu filho apareceu em seu campo de visão.
— estava com ela não é?
— por que te preocupa?
— ela não é mulher pra você.
— m*l a conhece, tudo que teve dela foi uma noite de prazer, por dinheiro, por que esse era o trabalho dela, nada mais que isso, eu a conheço de verdade, eu sei todos os medos, sonhos, sentimentos, eu mais que ninguém sei que ela é a mulher perfeita para mim, não tente fazer com que eu duvide disso, pois não vou, jamais.
— filho...
— pare pai, só pare, não adianta...não vou mudar de ideia, e em breve irei morar com ela.
— não acha que esta cedo demais pra isso?
— faz mais de um ano que estou tentando a conquistar, não pretendo perder mais tempo — Nick foi em direção a escada e a subiu seguindo para seu quarto.