Soley — 50 Tons de Amor

Capítulo 11 — Ainda há esperanças

Soley

Amélia estava usando um vestido azul celeste e estava linda, mas, eu tinha um salto que iria ficar e vai ficar perfeito nela.

— Acho que com isso aqui você vai ficar ainda mais gostosa. — Disse entregando a caixa pra ela, na verdade esse iria ser o presente dela, mas ainda estava guardando. Até lá eu dou um jeito e compro uma coisa legal.

— Sol… o que eu faria sem você? O que quer de mim esta noite?

— Só quero que você se divirta, você merece e precisa. A gente vai ficar bem, você sabe disso.

— Eu sei, mas eu não vou parecer uma v***a? Sei lá, saindo com um coroa?

— É um encontro, Amélia. Isso também serve para novas amizades, não ligue para o que as pessoas dirão, só nós temos esse direito. Aliás, não sabia dessa, que você dava importância para o que as pessoas dizem a seu respeito.

— Eu não, mas ele pode ficar com o pé atrás. Mas, você mesma disse que isso é apenas um encontro e nada mais que isso.

— É, eu disse! Agora vai, antes que enrole mais aqui. — Amélia pegou a chave do carro e saiu saltitante.

Estava uma noite fria e Yan já estava querendo dormir, mas continuava assistindo desenho e comendo pipoca. Ele era uma criança tranquila, aproveitei pra conversar um pouco com ele.

— Então, me conta como está indo na escola? Sua professora me disse que estava se saindo super bem. — Lhe dei um beijo no rosto e coloquei ele deitado em minha barriga.

— É… mas eu não sou tão bom assim. As pessoas me ignoram porque eu não tenho um pai que vai às reuniões.

— E isso lhe incomoda? Porque não deveria. Seu pai é um canalha, eu não deveria estar te falando nada disso, mas você precisa saber a verdade sobre a vida desde cedo. Seu pai não vale nada, sua mãe faz tudo por você e ela ficaria muito chateada se soubesse que você está triste porque seu pai não vai às reuniões. Saiba que ela sempre faz o impossível para ver você feliz e eu também, quando ela não vai a madrinha não está lá?

Ele refletiu um pouco e não respondeu, mas Yan era uma criança inteligente e compreendia bem as coisas. Eu e Amélia sempre fizemos o que esteve ao nosso alcance por Yan, eu o tenho como meu filho e sou grata a Amélia por me escolher como madrinha dele.

— Me desculpe, não era isso que eu queria dizer. Eu sei que minha mãe e a senhora fazem tudo por mim, eu amo vocês duas mais que tudo. Mas…

— Então, meu anjinho, tem que pensar sempre assim. Sua mãe jamais abandonará você e ela tudo por você, sabe por que? Porque você é a vida dela, e a minha também!

Ele nada mais disse, apenas me deu um beijo na bochecha e um abraço apertado, indo até o banheiro escovar os dentes para ir dormir.

Leonardo

Em frente ao computador eu procurava alguma coisa de Soley, nas redes sociais dela não havia fotos dela com Marcelus porque ela sempre foi reservada e nunca curtiu muito a ideia de expor sua vida pessoal. Olhei no w******p e ela estava online depois de dias, ela havia acabado de postar uma foto sua com o Yan deitado em seu colo. Então, não pensei duas vezes e mandei uma mensagem.

Mensagem de texto ativa

— Boa noite! Yan tá enorme! — Eu não tinha muita coisa a dizer, porque antes de vir pra cá nós tivemos uma noite inesquecível.

— Boa noite, como está indo a viagem? — Tirando o fato de eu ter criado expectativas com a Milley, estou bem.

— Está tudo bem. O que andou fazendo esses dias? Tentei falar com você e não consegui, fiquei preocupado.

— Ah, eu acabei tendo alguns problemas, deveria ter avisado a você antes, mas não queria ser incontinente.

— Você não é inconveniente nunca, Soley. Me desculpa por ter agido feito uma criança naquele dia, mas eu já não tinha mais cabeça pra tolerar qualquer assunto que seja sobre o Marcelus.

— Então por isso mesmo não o incomodei. Eu já não tenho mais saco pra falar sobre isso. — Em sua voz havia aflição e angústia.

— Eu sou todo ouvidos. Pode desabafar, tanto que não seja para declarar seu amor por outro.

— A gente não é mais nada, não há mais nada entre nós dois. Eu só fui uma i****a esse tempo todo, isso é terrível e somente eu estava cega. Enfim… Marcelus tinha uma família, e eu sei que isso não é mentira porque já sabia disso, mas naquela noite eu queria a sua confirmação.

— Eu sinto muito! Quer conversar?

— Eu estou bem, prefiro manter esse assunto esquecido, e não é por hora. Já fiz muita coisa por ele, agora que ele acordou a família já pode se responsabilizar. Eu quero manter distância e assim é a até melhor.

— Mas você sabe que as coisas não se resolvem assim, Soley, uma hora ou outra vão ter que conversar.

— Por que? Isso é uma regra? Ele mentiu pra mim todo o tempo que estivemos juntos e quer saber de uma coisa? Eu não tinha esses Sentimento por ele não, eu só estava me sentindo culpada, você sabe que eu sempre amei você, mas diferente de você eu sempre meti a cara sem pensar em nada e ainda bem que isso não deixou nenhum filho. Eu não tenho nada pra conversar, deixa o cara se recuperar com a família dele. Ele que se ferre com quem ele quiser, mas essa Soley aqui não é mais a i****a.

— Quer vim pra cá?

— Não quero atrapalhar, você também tem uma vida e eu fui uma i****a com você, nos vemos quando você voltar. Tudo bem?

— Por mim tudo bem. Eu vou te deixar fazer o Yan dormir e depois me ligar?

— Pode deixar que eu ligo sim.

Mensagem de texto Inativa

Bloqueei a tela do celular e deitei com as mãos para trás, não que eu esteja me sentindo em vantagem agora, mas é a nossa chance de ficarmos juntos. De todas as mulheres que eu já fiquei, não consegui esquecer Soley em nenhum momento, nem mesmo com uma das mais belas mulheres que eu tive prazer de dormir até hoje.