Aurélio se sentia no paraíso, a forma como a língua de Oksana mergulhava na sua boca o fazia delirar de prazer, ele jamais tinha imaginado que sentiria tanto prazer apenas num beijo, mas ali estava ela lhe provando o contrário. Ele aperta os s***s dela por sobre o tecido da sua blusa e ela rebola no seu colo gemendo, o frenesi do desejo tomando conta dos dois naquele momento.
Água saia da banheira caindo pelo chão do banheiro a medido que os deis se viam presos um no outro. As mãos de Oksana mergulha por baixo da camiseta de Aurélio sentindo os seus músculos firmes, a vontade dela era explorar o seu copo com a boca até ouvi-lo implorar por mais.
_ Sabe que não podemos loira. - diz ele dando uma última mordida na boca dela antes de se afastar um pouco.
_ Eu não me importaria com isso. - diz ela com os olhos brilhando de desejo.
_ Eu sei, mas dei a minha palavra ao seu irmão e pretendo cumprir com ela. - diz ele.
Oksana via que ele tinha tomado a sua decisão, e naquele momento lamentava a honra de Aurélio.
_ Até amanhã gostoso. - diz ela inclinando-se e chupando o pescoço dele, ela se afasta com um sorriso.
Aurélio olha para ela e ela pisca para ele, ela estava aprontando e ele já imaginava a cara de Yuri no outro dia, se bem que o russo estava merecendo um pouco de provocação pela última que tinha aprontado. Ele observa Oksana sair da banheira rebolando, a sua roupa molhada aderindo ao seu corpo fazendo o desejo de Aurélio aumentar.
Aurélio toma um banho rápido e se veste, ele queria poder ficar em casa, mas tinha algo que ele precisava fazer e ao ver a mensagem de Ricardo no seu celular ele percebia que era o momento perfeito para isso.
A noite de Aurélio tinha sido um caos completo, mas eles tinham conseguido, o plano de Aurélio tinha dado certo e agora ele estava mais tranquilo ao saber que vidas inocentes não seriam mais ceifadas por causa da ganância do seu odioso avô. Assim que chega ele vai direto para o quarto de Oksana, precisava dormir ao menos um pouco antes de partir, tinham assuntos na sua casa que precisavam da sua atenção.
Ele entra no quarto dela, retira os sapatos e a camisa e se deita ao lado dela a puxando para seu peito, Oksana nem ao menos se mexe, apenas se aconchega ao peito dele e continua dormindo. Sentindo o cheiro dela, Aurélio também se permite dormir por algumas horas.
No momento em que Oksana acorda, ela sente o calor de outro corpo colado ao dela, e quando olha encontra Aurélio deitado ao seu lado, um braço possessivo na sua cintura. Olhando para o rosto dele, ninguém diria que era alguém letal, ele tinha a aparência de um menino quando dormia, os seus traços se suavizavam lhe dando um ar inocente.
Com cuidado ela se desvencilha dele e vai tomar banho precisava trabalhar, por mais que adorasse ficar na cama um pouco mais com ele ela não podia. Já arrumada, ela volta para a cama dá um beijo rápido nos lábios dele e sai.
_ Aquele safado já estava na sua cama! - diz Yuri com olhos escuros.
_ Estava, mas infelizmente vestido. - diz ela com um olhar de decepção no rosto.
_ Deus Oksana! Você conseguiria deixar até uma prostituta com vergonha. - diz enquanto descia as escadas.
_ Culpa sua, se tivesse me deixado dar umas escapadas estaria livre disso. - diz ela dando de ombros.
_ Só por cima do meu cadáver. - responde chateado.
_ Sabe que os seus dias de me controlar estão acabando Yuri, e posso me entender com Aurélio. - Oksana sabia que Aurélio podia ser bem possessivo, mas nada que a impedisse de fazer as coisas que ela gostava.
_ Sempre vou mandar em você, sou seu irmão mais velho. - diz ele como se aquilo fosse algo óbvio.
_ Não vai acontecer irmão. - diz ela dando um tapinha no rosto de Yuri e saindo de casa.
Oksana entra no carro com um largo sorriso no rosto, ela sentiria falta daquelas provocações com o seu irmão quando não estivesse mais na Rússia.
_ Vai acabar matando ele desse jeito princesinha. - diz Dimitri rindo, ele tinha ouvido parte da conversa deles a mesa.
_ Só digo verdades Dimitri, ele não me terá ao seu lado para sempre.
_ Ao que parece você já está se acostumando com a ideia de se casar. - diz enquanto saia com o carro.
_ É aquela velha história, se não pode vencer o seu inimigo, junte-se a ela. - responde ela fazendo Dimitri rir.
Eles conversavam animados no caminho, Oksana estava mais leve agora que tinha aceitado Aurélio. De certa forma ela se sentia livre, como se um peso enorme tivesse sido retirado das suas costas. Aurélio era louco, insano talvez, mas aquilo só a atraia mais para perto dele, aquele perigo que ele exalava mesmo que tivesse um sorriso no rosto a fascinava.
Apesar da poze que Aurélio tinha, Oksana via nos seus olhos o desejo de ser amado, de ter uma família. Ela lembrava-se das brincadeiras que ele fazia com os afilhados, tinha visto vários vídeos enquanto estava na Itália. Aurélio tinha um álbum de fotos detalhado com cada pequena evolução dos gêmeos de Síria.
Oksana sai dos seus pensamentos com o som alto de pneus derrapando, ela podia ver o pânico nos olhos de Dimitri enquanto tentava controlar o carro, mas era tarde, com um forte impacto o caminhão que vinha na direção contrária se choca contra a lateral do carro.
O som alto de metal se chocando contra o caminhão é ouvido, os vidros do carro estouram com a pancada, e o cheiro de combustível enche o ar quando o carro capota algumas vezes e para. Oksana sentia a suas vistas turvas e sabia que provavelmente tinha se cortado durante o impacto, ao seu lado ela vê Dimitri inconsciente e ouve sons pesados de passos vindos na sua direção, então tudo se torna escuridão.