Capítulo 95

1069 Words
Aurélio estava dormindo quando a porta do seu quarto abre num rompante fazendo um grande barulho o assustando. Apenas uma olhada em Yuri foi preciso para que ele saltasse da cama rapidamente pegando a sua camiseta e vestindo. _ O que ouve? - pergunta enquanto calçava rapidamente os seus sapatos. _ Oksana. - diz ele com olhos tristes. Aurélio corre até Yuri o agarrando pela camisa, ele se recusava a acreditar que tinha acontecido algo de errado com a sua garota, mas os olhos do irmão dela diziam-lhe outra coisa. _ Cadê ela Yuri! - grita com ele o chacoalhando. Yuri coloca as mãos nos ombros de Aurélio o olhando com pesar. _ No hospital da organização. - responde ele. Aurélio solta Yuri e corre para fora como um furacão, o seu coração disparado no peito ao pensar que algo de errado poderia ter acontecido com a sua garrota. Do lado de fora, Calebe já o esperava no carro, juntos eles partem para o hospital da organização. O coração de Aurélio disparava a cada segundo que eles se aproximavam do seu destino, ele não poderia perdê-la, não agora depois que finalmente a atinha encontrado. Oksana tinha passado a representar tudo para Aurélio, ele gostava da sua boca suja, assim como a forma que ela vivia o ameaçando, e quando ela sorria era como se ele estivesse diante do mais belo anjo. A sua mente viaja em várias possibilidades durante o caminho e quando percebe, tinham chegado ao hospital. Ele entra m*l esperando o carro parar direito, precisava vê-la, apenas assim ficaria mais tranquilo. _ Oksana? - pergunta a uma enfermeira. _ Lamento senhor, mas no momento ela está sendo examinada pelo médico, mas você pode esperar no corredor. - Aurélio dá um passo enfurecido em direção à mulher, mas uma mão no seu ombro o detém. _ Temos que esperar, não há nada que possamos fazer. - diz Yuri o puxando com ele para a sala de espera. Aurélio estava mais que frustrado, ele queria poder socar a cara de Yuri por o manter longe dela, mas o deixa arrastar até a sala de emergência e o senta numa cadeira. Aurélio estava inquieto, ele levanta-se e começa a andar de um lado para o outro tentando se acalmar um pouco. _ O que aconteceu? - pergunta finalmente. _ Um caminhão chocou-se contra o carro deles, quando ela estava indo trabalhar. - responde ele. Yuri ainda custava a acreditar que tinha acontecido algo com a sua irmã, ele sentia-se anestesiado naquele momento, como se tudo aquilo fosse um sonho, e que a sua irmã apareceria lhe dizendo que era apenas mais uma brincadeira sua. Ele tinha surtado quando tinha ficado sabendo e estava trabalhando para encontrar o responsável por aquele acidente, mas o homem tinha desaparecido sem deixar rastros. _ O motorista? _ Fugiu assim que bateu neles, mas já estamos trabalhando para o encontrar. - diz Yuri de forma sombria. Ele estava guardando um lugar especial para o homem que tinha ousado ferir sua irmã. _ Foi intencional. - diz Aurélio entendendo que aquilo tinha sido um atentado a vida de Oksana. _ Acredito que sim, no local do acidente as câmeras de segurança não estavam funcionando e também não tem nenhuma testemunha no local, o que torna tudo ainda mais suspeito. _ Precisamos encontrá-lo. - Aurélio queria mais que justiça, ele desejava vingança e de preferência o sangue da pessoa que tinha tocado a sua mulher. Os minutos se arrastam enquanto eles esperam com ansiedade que o médico apareça com notícias de Oksana. Quando a porta se abre eles correm até o pobre médico o deixando surpreso. _ Como ela está? - pergunta Aurélio com olhos preocupados. _ A senhorita Oksana é forte, teve apenas uma concussão e ferimentos superficiais, vai ficar bem depois de descansar um pouco. - responde o médico os deixando mais tranquilo. _ Graças aos céus! - diz Yuri passando a mão pelos cabelos aliviado. - E Dimitri? _ O senhor Dimitri infelizmente quebrou o braço no acidente, também teve alguns ferimentos superficiais, mas a sua vida não está em risco. _ Isso é bom. - Yuri se preocupava muito com Dimitri, para ele Dimitri era da família. _ Podemos vê-la doutor? - pergunta Aurélio. _ Claro, ela está acordada e preciso que a mantenham assim por mais algumas horas, para termos certeza que não há nenhuma sequela do acidente. Ouvir o médico dizer aquilo deixava Aurélio extremamente chateado, a sua mulher não tinha que passar por aquilo, e ele não deixaria que o responsável se safasse tão fácil. _ Obrigada doutor. - diz Yuri antes do médico se afastar. Aurélio pega o seu telefone e faz uma ligação, ele sabia bem quem poderia encontrar o responsável por aquilo, e essa pessoa estava em Babilónia, era um trabalho para o pessoal de Seytan. "Fala chefe!" - diz Nathan ao atender. _ Como é que é? - diz ele chateado. Yuri observava com curiosidade aquilo. "Desculpe mestre. Do que precisa?" - diz ele. _ Quero que investigue algo para mim, vou mandar os detalhes por telefone, espero não precisar te dizer o que vai acontecer se eu não tiver uma resposta até de tarde. - diz com uma voz sombria. "Vou mobilizar a equipe mestre, basta mandar as informações" - responde ele rapidamente. _ Ótimo. - responde ele desligando. Aurélio manda as informações rapidamente para Nathan, ele não poderia perder tempo ou a pessoa que tinha feito aquilo realmente desapareceria do seu radar. _ O que foi isso? - pergunta Yuri desconfiado, ele não sabia com quem Aurélio estava conversando, mas sabia que era importante pela forma que ele falava. _ Estava apenas contratando um serviço. - diz ele guardando o telefone. _ De quem? - pergunta. Yuri já sabia que era relacionado ao acidente da sua irmã, mas queria ter certeza que aquela investigação não iria oferecer riscos à vida dela. _ Seytan. - os olhos de Yuri arregalam-se com aquelas palavras, ele conhecia bem aquele nome, qualquer pessoa influente no mundo do crime conhecia, mas poucos conseguiam contratar os seus serviços. Seytan não era alguém que trabalhava porque queria, ele era insano e só aceitava os trabalhos que queria, inclusive tinha alguns boatos de que ele tinha matado alguns clientes que tinha ousado questionar-lhe, mas nada daquilo impedia que as pessoas contratassem os seus serviços, pelo contrário. _ Como? - pergunta Yuri incrédulo.

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