Capítulo 50

1001 Words
Nathan se levanta lentamente, nunca era bom ser precipitado, e para piorar ele podia sentir os olhos de Seytan queimar no seu rosto a cada pequeno segundo que passava. Não importava quantos anos ele estava trabalhando para ele, jamais se acostumaria com aquilo. _ Posso lhe entregar as informações, mestre? - pede ele antes de se atrever a se mexer. Não queria perder a mão por fazer um movimento brusco, algo que ele já tinha visto acontecer algumas vezes. _ Sim. - responde ele com desdém. Com cuidado Nathan coloca a mão no seu bolso e pega um aparelho, lentamente ele aproxima-se do seu chefe, uma das suas mãos erguida enquanto a outra lhe estendia o aparelho. Seytan pega e olha o conteúdo da tela. Era interessante e a risada escapa dos lábios dele ao ver aquilo. _ Isso não é trabalho para mim, não sou nenhum mendigo para aceitar esmolas. - diz jogando o aparelho para Nathan. _ Mas mestre... _ Não me questione Nathan, não estou em um bom dia, e você sabe bem o que acontece quando me irrita. - diz ríspido, o homem treme no seu lugar sentindo o suor se acumular na sua testa. _ O que digo mestre? _ Mande um dos nossos, e vá junto para garantir a eficiência do trabalho. - Seytan tinha um nome a zelar e não permitia que acontecesse qualquer problemas no serviço que prestava. _ Acho que o cliente... _ O cliente tem que se dar por satisfeito por eu não dar na cara dele com a minha mão! O serviço será feito, e é claro pelo valor ofertado. - diz com um sorriso de canto. Aquele era seu chefe, Nathan já estava acostumado com aquilo, ao menos não precisaria sair em serviço com ele, isso lhe pouparia mais stresse do que ja tinha. _ Será feito como ordenado mestre. - diz ele curvando-se e saindo. Quando já estava longe ele suspira aliviado. Seytan acende outro cigarro e leva aos lábios, ele estava irritado, na verdade, bem mais que irrita, mas por algum motivo não desejava sair para matar. Há anos que ele treinava aqueles que trabalhavam para ele, eram homens treinados pessoalmente por ele e carregavam toda a experiência e eficácia que ele tinha. Ele não tinha um grande número de assassinos trabalhando para ele, gostava de manter poucos ao seu lado, e dessa forma o seu trabalho se tornava mais exclusivo. Os seus serviços eram para quem podia pagar, ele não abaixava o seu preço, e se o cliente o desafiasse ele fazia questão de lhe fazer uma visita. Ele termina o seu cigarro e segue para o bar, o barulho da música enche os seus ouvidos. Ele sentasse em uma danqueta e espera que alguém o sirva. _ Alguém não está de bom humor hoje. - diz Sabrina, uma das garçonetes que tinha ali. Seytan a havia salvado de ser estuprada em uma noite, e desde então a mulher passou a trabalhar para ele, era leal e isso era o mais importante. _ Sem saco para isso hoje Sabrina. - diz ele enquanto pegava o whisky que ela colocava a sua frente. _ Desculpe mestre, - diz abaixando a cabeça. - Se precisar de algo estarei aqui. Ele observava a garçonete com atenção, ela era bonita, pele morena corpo bem torneado e s***s fartos, tinha lábios carnudos e olhos castanhos. Ela chamava a atenção, mas por mais que a achasse bonita ele não sentia nada ao olhá-la. Suspirando ele vira o copo todo na boca, o seu coração traidor já tinha escolhido alguém para amar, e não adiantava ele tentar esquecê-la. Pensar que havia alguém no seu coração o fazia sorrir, ele não esperava por aquilo. Alguém como ele não tinha direito ao amor, mas mesmo assim ele continuava desejando aquilo de forma desesperada, mas era sempre assim, as pessoas tendiam a desejar aquilo que não poderia ter, e o seu caso não era diferente. Ele termina a sua bebida e se dirige para a saída, no meio do caminho alguém segura no seu braço. Com um movimento rápido da sua adaga ele corta a mão que o segurava, o grito que enchia o lugar era ensurdecedor, todos se voltam até onde ele estava e observam a figura de um homem gemendo de dor no chão, ele segurava o toco que tinha ficado onde Seytan tinha decepado a sua mão. _ Alguém não tem amor a vida, - diz ele em pé observando o homem se contorcer no chão. - E eu pensando que não derramaria sangue hoje. O jeito que ele falava fazia as pessoas a sua volta arrepiarem-se, eles entendiam bem o que ele queria dizer, aquilo era apenas uma desculpa para que ele fizesse justamente o que queria, ou seja, derramar sangue. _ Você está com sorte que hoje não quero sujar as minhas roupas, caso contrario, a conversa seria bem diferente. - diz ele dando um tapinha no rosto do homem e saindo. As pessoas voltam para suas conversas quando ele sai, não seriam a primeira vez que eles viam Seytan arrancar o m****o de alguém, e duvidavam que seria a última. Naquele lugar não havia lei, a única regra que existia era aquela não escrita em nenhum papel, aquele que tocava Seytan morria. Ele passa pelo segurança que se afasta do seu caminho quando o vê. Indo em direção ao seu carro ele entra e parte cantando pneu. Quando ele saia de Babilónia aquele lado seu morria, e ele recuperava parte da sua identidade original. Ele para num lugar secreto onde apenas ele tinha conhecimento, aciona o sistema de verificação e passa com o carro lentamente. Se alguém tivesse tentado o rastrear ou espioná-lo o sistema mostraria. Tudo limpo, com um suspiro cansado ele guarda o carro e sobe para se trocar. De banho tomado ele entra em outro veículo e parte para sua vila. Naquele momento não era mais Seytan ao volante, era Aurélio, o sádico Don da máfia Donati.
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