Capítulo 33

1018 Words
Quando todos estavam juntos eles partem para a pista de pouso de Ricardo. O parque que Aurélio tinha alugado ficava em outra cidade e eles teriam que fazer um voo curto até lá. O jato de Ricardo tinha partido cheio e a conversa que os cercava eram agradáveis e divertidas. Num canto Aurélio observava Calebe olhar carrancudo para Yuri, ele tinha descoberto o que ouve e a sua reação não foi agradável, mas eles estavam ali como visita e deviam respeito a Ricardo por sua hospitalidade. Aurélio não lavava o que tinha acontecido a sério, ele sabia que se estivesse no lugar de Yuri teria feito a mesma coisa ou talvez pior. _ Pode me dizer o que aconteceu? - pergunta Síria se sentando ao lado dele depois de um tempo. _ Não quero te chatear Síria, hoje é para ser sobre os meninos. - diz ele de forma tranquila. _ Meu irmão chega em casa machucado, e você não quer que eu faça algo sobre isso? - pergunta ela com a sobrancelha arqueada. Aurélio suspira e passa o braço sobre os ombros de Síria a puxando mais para perto de si, Klaus já não o ameaçava de morte mais quando fazia aquilo. _ Eu tive um incidente alguns dias atrás. - começa ele meio a contra gosto. - Conheci uma mulher bem parecida com você. _ Aurélio. - diz ela já preocupada com aquela conversa. _ Eu realmente acho que me apaixonei por ela Síria, te juro que não é uma brincadeira minha. - diz ele de forma tranquila, e quando Síria olha nos seus olhos ela via apenas um mar de calmaria, algo que contrastava com a personalidade agitada de Aurélio. _ E como você acabou machucado? - pergunta. _ Descobri que ela é irmã do Yuri, ai você pode imaginar o que aconteceu. - diz ele passando a mão pelos cabelos sem graça. _ Está me dizendo que estava brigando com o Yuri? - pergunta ela olhando fixamente para ele. _ Digamos que ele não aceitou muito bem o fato de eu estar interessado nela. - Síria olha bem no rosto de Aurélio e cai na risada. Aurélio olhava intrigado ela rir da cara dele, era algo que ele não esperava. _ Me desculpe, - diz ela acalmando-se um pouco. - Essa sua luta não vai ser fácil, o russo é difícil na queda. _ Eu sei, mas não vou desistir. - diz ele com um sorriso de canto. Síria sabia o que se passava na cabeça de Aurélio, ele tentaria vencer o russo pelo cansaço. _ Eu sei que não vai, e se realmente tem sentimentos sinceros por ela, estarei aqui se precisar de mim. - diz ela dando um tapinha na sua perna. _ Obrigada Sí. - responde dando um beijo na sua testa. Aurélio não era diferente de outros homens, e naquele momento seu coração queimava com a possibilidade de ter finalmente encontrado aquela que preencheria o vazio no seu coração. Assim que chegam ao parque Aurélio ve animado os olhos de todos brilharem, eles podiam ser homens adultos, mas ainda carregavam dentro de si aquela parte que queria ser criança novamente. _ Este ano eu queria dar algo grandioso aos meus afilhados, mas como vocês sabem, a Síria é uma estraga prazeres. - diz ele fazendo uma careta, os outros dão risada da sua fala. - Então resolvi alugar esse lugar para que pudéssemos aproveitar o aniversário deles da melhor forma possível. Todos irrompem em palmas animados com as falas de Aurélio. _ Obrigada por me permitir fazer isso Síria, amo vocês. - diz ele indo até Síria e Klaus e os puxando para um abraço. - Divirtam se! Aquele dia estava sendo maravilhoso para eles, a competição rolava solta e é claro, as apostas também. Xavier lutava para convencer Mel a não entrar num carinho de bate bate, os outros riam da sua cara de desespero, mas a irmã do seu chefe era insistente. Enquanto Síria e Klaus estavam na roda gigante, Aurélio tinha levado as crianças para andar de carrossel. Com uma câmera Alícia tira fotos de cada um deles. O clima de alegria e contentamento tomava a todos e as crianças apesar de pequenas estavam se divertindo com tudo aquilo. _ O que acha de uma aposta? - pergunta Aurélio a Síria quando eles voltam do passeio. _ Hoje estou de bom humor Aurélio. O que quer apostar? _ Tiro ao alvo. - diz ele sorrindo. _ Vai perder de lavada essa. - diz ela rindo. _ Preciso tentar recuperar a minha vila. - diz ele se lembrando a última aposta que tinha perdido para ela. _ Isso não vai acontecer. - diz ela com um sorriso de canto. Síria amava a vila e jamais abriria mão dela. Vendo a conversa deles os outros se aproximam curiosos. _ Aceita? - pergunta ele. _ Aceito. - reponde ela. _ Não se preocupe Aurélio, eu coordeno as apostas.- diz Nico rindo com o pequeno Zeki no seu colo. Eles seguem Síria e Aurélio até uma estande de tiro ao alvo no parque. _ É bem simples, quem derrubar tudo em menor tempo vence. - diz ele convencido. _ Boa sorte Aurélio, vai precisar. - diz ele pegando uma das armas de bolinhas que tinha ali. _ Aposto cem mil que ela vence ele. - diz Ricardo sorrindo. _ Aposto o mesmo, ele não tem chance. - diz Nico rindo. _ Ninguém ganha da minha irmã, aposto o mesmo nela. - diz Xavier com um sorriso de canto. _ Qual é! Ninguém vai apostar em mim? - pergunta Aurélio. _ Eu aposto em você chefe. - diz Calebe sorrindo, ele estava curioso para ver aquela competição, mas sabia que o seu chefe não tinha a menor chance contra Síria. _ Depois eu te devolvo seu dinheiro Calebe. - diz Síria sorrindo. _ Pode ser que ele tenha melhorado depois de tanto tempo. - responde Calebe. _ Duvido. - diz Yuri bufando, ele ainda não tinha esquecido o que tinha acontecido mais cedo. _ Tudo pronto. - diz Charles. - Podem começar.
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