O jogo começaria, a euforia que tomava Aurélio era avassaladora, eu o seu mais sombrio desejava o que estava para acontecer. Verificando se a suas armas estavam bem carregadas ele e os outros entram na área de caça.
_ É melhor correrem! Não gosto de caça parada! - grita ele e o som da sua risada enche a mata a sua frente.
Ele sentia falta daquilo, sentia falta da euforia e da adrenalina que enchia seu corpo sempre que entrava naquele lugar. Ali era onde seu mostro podia brincar, era seu parque de diversões.
De longe Aurélio avista de um dos homens tentando se esconder atrás de alguns arbustos. Aurélio olha a arma que estava e resolve mudar, ele puxa a sua vinte das costas e mira na direção do arbusto fazendo um disparo. Em grito enche a mata, Aurélio caminha até o arbusto e avisto a rombo que o seu tiro havia feito no ombro do homem.
_ Mais sorte na próxima amigo. - diz ele fazendo um disparo na sua cabeça.
Eles seguem pela mata com calma, Calebe estava adorando aquilo, ele precisava descarregar aquela raiva, e saber que as pessoas responsáveis por abusar de Dandara estava ali fazia o seu sangue ferver. Ele podia ouvir a risada do seu chefe enquanto um dos homens er eliminado. Para Calebe aquilo era música para seus ouvidos, a dor daquelas pessoas nunca significaria algo para ele.
De longe Calebe via um dos homens cercado por uma das feras do seu chefe, era um lobo de pelo castanho que rosnava em direção ao homem. Pegando uma adaga na sua cintura Calebe a lança na perna do homem, o cheiro do sangue desperta a sede do lobo que avança sobre ele como uma bola de demolição.
Calebe observava sorrindo enquanto lobo rasgava a pele do homem, a suas mandíbulas escorrendo sangue enquanto o homem gritava de forma desesperada. Quando os gritos param Calebe segue o seu caminho de forma silenciosa. Os animais que estavam ali eram acostumados com a sua presença e haviam recebido treinamento, mas ele não gostava de brincar com a sorte.
Bernardo permanecia ao lado de Aurélio enquanto eles avançavam pela mata, já tinha cerca de uma hora que eles tinham entrado naquele lugar e já tinham contabilizado duas mortes, faltavam oito e Bernardo sabia que o seu chefe só sairia dela quando abatesse a última pessoa.
_ Não parece estar se divertindo. - diz Aurélio a Bernardo após um tempo.
_ Queria estar em casa comendo uma pizza e tomando cerveja. - diz ele de forma direta, Aurélio o olha com a sobrancelha arqueada. - O que foi?
_ Dia do bota fora? - pergunta ele divertido.
_ Pode apostar, só quero sofá e um bom filme. - responde surpreendendo Aurélio.
_ Desde quando o meu segundo em comando tonou-se um banana? - pergunta ele e ouve Bernardo estalar a língua em reprovação.
_ Não é o que está pensando, o meu lado sanguinário ainda esta aqui. - diz ele, e Aurélio vê uma sombra cruzar os seus olhos.
A atenção de Aurélio é desviada para uma das suas armadilhas que dispara, ele corre até lá e pega um dos homens amarado de cabeça para baixo.
_ Olha só quem caiu na minha armadilha. - diz Aurélio rodeando o homem como um animal atrás de sua presa.
_ Por favor! Me tire daqui! - pede em desespero, mas eles haviam se esquecido que ali era um lugar de castigo, pedir por ajuda não aliviaria a sua pena, e no momento a última coisa que Aurélio faria será libertar a pessoa responsável por acabar com a infância de uma menina inocente, ele tinha nojo apenas por pensar naquilo.
_ Isso não vai acontecer, acho que não percebeu ainda que esse lugar é sua tumba. - diz ele rindo enquanto o rosto do homem ficava cada vez mais pálido.
Aurélio pega uma faca na sua cintura e se aproxima do homem, ele crava a faca na sua virilha e o sangue escorre por seu corpo, aquilo era uma morte melhor do que ele merecia, mas Aurélio tinha mais pessoas para brincar, então não se prenderia ao homem a sua frente.
Um rosnado alto é ouvido e o sorriso de Aurélio aumenta ainda mais.
_ Boa sorte amigo! - diz dando ele sorrindo. - Vai precisar.
As horas foram se passando e com elas o número de pessoas na mata foram diminuindo. Sempre que alguém era eliminado eles comunicavam-se informando um ao outro. A noite estava escura, um céu estrelado lhes dava as boas vindas, e no silêncio da noite um grito agoniado era ouvido.
Aurélio e Bernardo seguem em direção ao grito do homem e assim que se aproximam encontra uma pessoa amarrada a uma árvore, no outro estremo Calebe manuseava uma faca, ele lança-a e de forma certeira acerta uma das pernas do homem o fazendo gritar novamente. Ele era cuidadoso, escolhendo áreas que não tinham pontos vitais para que a morte do homem a sua frente fosse lenta.
_ Sortudo, ficou com o último. - diz Aurélio aproximando-se e se encostando numa árvore próximo a ele. - Aposto que não consegue acertar o p*u dele dai.
Aurélio vê quando o desafio é aceito por Calebe, eles haviam convivido tempo de mais para se entenderem sem usar palavras. Calebe se posiciona e lança a faca na direção do homem um grito estridente é ouvido quando a faca se crava entre as pernas dele.
_ Acho que você errou! - grita Aurélio rindo, mas o que ele realmente queria era ver o canalha a sua frente sofrer com cada golpe que Calebe lhe dava.
Com um sorriso de canto Calebe lança a sua adaga em direção ao homem, ele grita e se debate quando ela atinge o mesmo ponto de antes.
_ Já me viu errar antes chefe? - pergunta ele sorrindo, mas todos ali conheciam aquele sorriso, era algo sombrio que de certa forma revelava a sua verdadeira natureza, uma que apenas quem estava por perto sabia reconhecer.
_ Sempre tem uma primeira vez. - diz Aurélio dando de ombros.
_ Não comigo. - reponde ele jogando outra faca sem desviar o seu olhar de Aurélio. A faca se crava no olho do homem perfurando o seu crânio.