Compromisso com o futuro

3681 Words
            Não posso dizer que minha mãe ficou exatamente satisfeita quando falei para ela que o meu plano era voar para NYC ainda na sexta a noite, ver o jogo de Spencer pela Columbia no sábado e ir para Boston apenas no domingo, acho que ela imaginou que eu tinha mais o que fazer em Boston: - Acho que você deveria se concentrar em seu compromisso com o seu futuro – ela disse sentindo-se derrotada enquanto servia mais uma taça de vinho, na noite de sábado – mas está pensando em passeios... - Eu posso voar no domingo, direto para Boston – respondi dando ombros – é final de semana, e eu vou ter tempo de sobra de revisar tudo antes da entrevista – argumentei. - Quem sou eu para dizer para você o que fazer – ela disse irônica antes de dar-me as costas e ir em direção ao seu quarto – vai ver seu pai tem razão, você ainda é um tanto inconsequente...                 Ignorei aquele comentário, sabia que minha estava fazendo aquilo mais por birra do que por outra coisa: ela havia resolvido me deixar decidir as coisas sozinha e eu, tinha decidido que queria ajuda, e então, pedi a Spencer e não à ela... Era compreensível que ela não estivesse muito à vontade. Lindsey havia telefonado, haveria uma festa na casa de Tom, do segundo ano, e bem, achamos que era uma boa oportunidade de nos divertirmos um pouco. Combinei de busca-la as onze então, assim que minha mãe terminou o seu show, eu me arrumei para sair.                 Eu tinha combinado com Spencer que evitaríamos cobranças desnecessárias, e eu sabia que ele estaria em uma festa também, por isso fiz questão de ir, eu também tinha o direito de me divertir. Lindsey estava pronta para sair e assim que eu estacionei, ela saltou pela porta reclamando algo sobre a mãe ter pensado que ela cuidaria do irmão e elas terem discutido, deveria ser a maior m***a da história encarar a mãe que inconsequentemente queria ir para a balada se divertir enquanto deixava seu irmão catarrento com você. - Sabe – ela disse suspirando – acho que estamos tendo um último ano incrível – ela sorriu – o Noah falou hoje sobre o dia na praia, e tem uma galera que sugeriu passarmos a noite, tipo um luau... - Parece bom – mas eu senti um frio na barriga – provavelmente vão aceitar o luau, e vamos ter um pouco de trabalho – eu ri nervosa. - E como vão as coisas com o Spencer? – ela perguntou - Acho que bem – dei ombros – não sei se eu quero falar sobre isso, mas semana que vem estaremos juntos, sabe como eu sou, vou saber se alguma coisa está errada. - Isso ai – ela riu – confie no seu taco.                 Chegamos contentes e Justin já estava lá com Noah, logo estávamos com os copos cheios e os corpos soltos, passava um poucos das três horas quando tive um momento de reflexão, sentada em um dos balanços do jardim do Tom, ouvi alguém se aproximar e eu sabia que era Noah: - Sabia que viria – eu ri. - Está ficando convencida – ele parou atrás do balanço e empurrou-me gentilmente – sabe que eu gosto da sua companhia, Martinez, então, não me julgue. - Eu não julgo – joguei-me para trás e sorri – também gosto da sua companhia, esquisito. - Então – ele afastou-se para sentar no balanço ao lado do meu me encarando – tudo certo com você? - Tudo sim – suspirei – acho que sim... - Eu pensei sobre as coisas – ele riu sem jeito. - Você me disse para não pensar – disse desanimada. - Eu sei – ele riu – mas foi inevitável, Mariah. - Certo – eu ri – e então? Pensou e descobriu o que? – perguntei. - Que você estava num momento delicado, que quem sabe tenhamos confundido as coisas... - Falei por você – dei ombros – eu não confundi nada. - Não entendi – ele falou confuso – estávamos... - Nos beijando como selvagens em uma barraca, depois de bebermos – eu ri – eu faria isso de novo, agora mesmo – eu olhei em volta – se tivéssemos uma barraca... – ai meu Deus, porque eu disse aquilo? - Está num mau momento – ele disse sorrindo. - Você está confundindo as coisas – eu disse muito séria, não sairia por baixo naquela conversa – não te passa pela cabeça que eu posso sentir apenas uma atração física por você? - Já – ele sorriu parecendo um pouco mais convencido – mas isso explica só uma parte das coisas. - Ai meu Deus – eu joguei-me novamente para trás pegando impulso. - Eu beijaria você agora – ele disse baixinho – segurando seu pescoço, deslizando minha mão pelo seu corpo, e eu tenho certeza que estaria totalmente entregue, apenas pela sua atração física – ele disse me encarando – mas tenho mais certeza ainda de que quando eu parasse, você apenas se aninharia no meu abraço, e aí estaria totalmente vulnerável, isso é diferente e é muito mais do que físico. - Nossa – por um segundo imaginei aquilo tudo, e a simples ideia fez meu corpo arrepiar-se – me parece convencido. - E você me parece em dúvida – ele sorriu – é sobre isso que eu quero falar. - Certo – eu o encarei – estou semi alcoolizada, podemos falar porque ainda estou consciente. - Eu sei que está consciente – ele riu – acho que você não ama tanto assim o seu namorado. - Está me julgando? – eu gritei. - Não – ele riu – se acalma... Só acho que tem mais coisas nesse coração ai do que “unicamente o Spencer”, acho que por ele, você sente mais é apego e medo de perder uma parte boa da sua vida do que propriamente amor – ele deu ombros – amor é quando a gente se sente acolhido, mesmo na distância e você está sentimentalmente carente. - Quem você pensa que é para me dizer isso, esquisito? – eu gritei. - Eu sou o cara que estava com você durante quase todo o ano – ele riu – e eu sei para onde voltar, eu sei que tenho alguém que se preocupa, que se importa de verdade e que não é indiferente ou negligente – ele deu ombros – acho que era isso que eu tinha que dizer. - Então – eu me sentia um pouco ofendida – eu sou só a garota por quem você sentia atração física? – eu ri alto. - Não – ele sorriu gentilmente – você é especial, uma amiga especial, de quem eu sempre vou querer cuidar, com quem eu sempre vou fazer questão de passar meu tempo e sempre vou desejar o melhor – ele pegou minha mão – e sim, a garota por quem eu senti a maior atração física na minha vida. - Você me confundiu – eu disse rindo. - Somos amigos e eu sempre cuidarei de você – ele disse puxando-me para um abraço – sempre cuidarei de você, independente do que esteja acontecendo na minha vida ou na sua, e vou esperar que me visite na Noruega e que conheça minha família, vou desejar que seja amiga da Éllinor e que acampe conosco em uma primavera... - Obrigada, Noah – eu disse já chorando – eu só não sei porque está me dizendo isso. - Porque está perdida – ele disse muito sério – porque tenho medo que apareça um outro cara, com a mesma atração física e que ele se aproveite da sua fragilidade – ele beijou minha testa – e eu sinto muito se parece que eu mesmo fiz isso... - Eu já falei que não – respondi. - Então estamos bem – ele apertou o abraço – e agora vamos colocar músicas mais dançantes, Summertime Sadness está tocando pela sétima vez, isso está me deixando deprimido.                 Acho que eu estava meio bêbada para compreender o peso do que Noah havia me dito, acho que ele estava meio bêbado também para dizer, eu havia combinado que dormiria com Lindsey naquela noite, e quando chegamos na casa dela e conversamos sobre o que tinha acontecido, sobre as coisas que Noah havia dito e ela apenas disse “Justin falou sobre isso esses dias, e eu concordo um pouco com ele” e eu agradeci mentalmente por ter eles todos na minha vida, principalmente naqueles momentos.                 Passei a semana toda ansiosa, queria ver Spencer, primeiro porque eu estava com saudades, mas também porque eu queria certificar-me de que as coisas entre nós estavam bem, acho que eu fiquei a semana toda andando distraída, meio desligada de tudo o que acontecia. Sorte que o trabalho no escritório com Mackenzie não estava exigindo muita atenção, porque eu estava voando longe.                 Quando consegui por fim definir o que levar na minha mala – o que era verdadeiramente difícil, porque Spencer costumava ajudar a arrumar minha mala – já passava da uma da manhã da sexta-feira, eu sairia do trabalho, tomar um banho e mamãe me levaria para o aeroporto, meu vôo era as sete horas. - Pegou tudo? – ela perguntou-me quando eu desci as escadas – Documentos? Casaco? Cópia da sua carta de apresentação? - Sim – respondi ainda sacudindo os cabelos molhados – peguei tudo sim. - Tem certeza? – ela parecia mais nervosa do que o normal. - Tenho sim – respondi – tudo na bolsa, vou lendo a carta de novo, eu estou tranquila, vai dar tudo certo... - Sim – mamãe abraçou-me – eu sei que vai dar tudo certo, mas fico nervosa, acho que é por isso que eu não quero ir com você, você está bem e eu vou te deixar nervosa – ela disse. - Tudo bem – eu disse tentando parecer calma.                 Mamãe dirigiu em silêncio, me deixou com o contato de um amigo em Boston para me ajudar com o apartamento, perguntou sobre a conferência das minhas coisas por mais umas seis vezes, até me deixar irritada, para então se desculpar novamente e se despedir de mim rapidamente. E eu, embarquei rumo ao meu futuro: precisava passar na entrevista, pegar minha carta de admissão e encontrar um bom lugar para viver, parecia muito para pouco tempo, mas eu me sentia confiante e feliz.                 A felicidade ficou ainda maior quando cheguei em NYC e Spencer estava me esperando no portão: jeans, botinas e jaqueta e couro. Tinha cortado os cabelos, mas tinha a barba por fazer, eu acho que eu poderia ter ficado por horas apenas admirando o quanto ele estava maravilhoso naquela noite. - Eu estava com tantas saudades – ele já me segurava pela cintura e me beijava – eu não sei como eu aguentei, você está tão linda... - Ah sim – eu ri alto – devo estar maravilhosa – debochei pensando na cara de quem estava dormindo. - Estou tão feliz que esteja aqui – ele abraçou-me novamente e pegou minha mão encarando o anel – muito bem, com o anel – e mostrou o dele. - Estou feliz de estar aqui também – falei com sinceridade, naquele momento, todos os meus medos e duvidas dissipavam-se, meu Spencer estava ali para mim, apenas para mim.                 Pegamos minha bagagem e logo estávamos na Renegade, em direção ao Greenwich Village, Spencer não parava de falar sobre o que tinha feito, o que tinha planejado, o que queria fazer... - Está com fome? – ele perguntou de repente. - Não – respondi espreguiçando-me. - Cansada? Acho que precisa descansar... Tem certeza de que não quer comer? - Amor – eu respondi – estou bem, só quero chegar e ficar junto com você. - Esse me parece um bom plano – ele segurou minha mão – me parece o melhor plano...                 Conseguimos seguir o plano com sucesso: chegamos ao Greenwich Village e tudo o que fizemos foi tirar as minhas malas do carro. Em poucos minutos estávamos juntos, na cama, e ali, todos os problemas do mundo sumiam, eu não tinha nenhuma dúvida sobre o que eu sentia ou sobre o que eu queria, naquele momento, eu me sentia amada, completa e imensamente feliz. - Jamais me acostumaria ao barulho – eu disse sorrindo. - Ah, acostuma – ele me fez cócegas – é longe, mas tem dias que parece mais perto, acho que é o vento. - Sim, deve ser – suspirei – mas é lindo... - O que? – ele perguntou distraído. - As luzes da cidade, toda essa imensidão – eu respondi me espreguiçando – acho que agora estou com fome. - Uhm, certo – ele suspirou – e o que você quer? - Qualquer coisa... - Posso fazer misto quente, ou você pode fazer uma coisa que ama – ele riu e entregou-me o celular – escolher alguma coisa gordurosa que será entregue na minha porta. - Acho que eu quero o misto quente – eu ri. - Tudo bem – ele saltou da cama – tudo o que você quiser.                 Spencer foi para a cozinha e eu fiquei na cama encarando as grandes janelas com cortinas cinzentas: aquele lugar tinha a cara dele, o cheiro dele... A planta grande já estava no canto da sala, o manjericão estava vivo na cozinha e ele tinha escolhido um bom tapete, parecia de verdade com uma casa e aquilo me deixava feliz, Spencer era o tipo de pessoa que gostava desse conceito de ter um lugar para chamar de lar, se bem que eu sabia que ele não tinha tido isso por muitas vezes na vida.                 Minutos depois ele voltou para o quarto com uma bandeja com os sanduiches e suco de laranja: - Acho que você deve ficar ai mesmo – ele riu – descansando. - Sim senhor – eu respondi e dei uma mordida no meu lanche – está muito bom, mas quem deve descansar é o senhor que tem um jogo importante amanhã. - Sim – ele disse – mas eu descansei adiantado – ele riu. - Descanso acumulado – eu debochava. - Claro – ele ri – para poder aproveitar mais e mais você... – ele me encara – amanhã eu saio as dez para o último treino e a concentração, vou com a Renegade, e você pega um taxi para o campus, na hora do jogo, certo? - Certo – respondi.                 Conversamos mais algumas questões práticas sobre o outro dia, Spencer deixou uma mochila quase pronta para ir para Boston comigo e por fim, dormimos. Eu não o vi sair na manhã seguinte, acho que eu estava com cansaço acumulado, ou estava me sentindo feliz e segura pela primeira vez em bastante tempo... E no sábado, enquanto Spencer estava na concentração para o jogo eu passei o dia encarando as paredes do apartamento e por vezes, relendo minha carta e pensando em minha apresentação, em minha trajetória, era estranho chegar naquela fase do jogo, onde um único deslize podia ser um adeus à seu futuro promissor... Era melhor nem pensar muito naquilo, fazia meu estômago embrulhar.                 Peguei um táxi uma hora antes do jogo, escolhi um bom lugar e abanei para Spencer assim que ele entrou para o aquecimento, ao menos ele saberia onde eu estava... O jogo não foi dos melhores e o time da Columbia acabou ganhando por uma diferença pequena, o clima não parecia dos melhores no fim do jogo, mas aquilo era coisa pequena, eu estava focada em outra coisa. No caminho de volta ao Greenwich Villlage Spencer reclamou o tempo inteiro: do técnico, dos companheiros de equipe, das condições do campo, e eu apenas escutei pacientemente. Preparei o jantar enquanto Spencer descansou, jantamos e fomos cedo para a cama, eu tinha planos de chegar cedo em Boston e caminhar a procura de algum lugar interessante.                 Spencer não parecia muito satisfeito com o meu plano: - Não sei porque sua mãe não vem fazer isso – ele disse assim que chegamos em Boston – ela que é a especialista em imóveis... - Acho que porque é eu quem preciso escolher... – eu disse tentando explicar. - De toda forma – ele deu ombros – sei que ela escolheria o que é melhor para você. - Sim – respondo – disso eu não duvido, mas ela quis me deixar escolher o que eu queria para mim – encarei-o – se você tem planos melhores, por favor, não se incomode, eu me viro sozinha. - Não é isso – ele pegou minha mão – sinto muito. Só não sei se temos competência para tanto. - Claro que temos – eu ri – eu sei o que eu quero. - Tudo bem – ele pareceu mais conformado – perto da ponte, então? - A mamãe acha melhor, disse que são uns quinze minutos do campus... - Dez minutos – ele corrigiu. - Quinze – eu ri – eu dirijo devagar. - Ah sim – ele riu – modo tartaruga...                 Encaminhamo-nos para o lado da cidade onde eu, teoricamente, deveria viver. Parecia bom: muitos cafés, floriculturas, livrarias, mercadinhos pequenos, feiras livres... Prédios industriais transformados em residenciais, pequenas casas divididas, casas geminadas, movimento moderado e uma sensação de segurança. Fiz diversas anotações de endereços, paramos para almoçar, caminhamos ao longo do rio, anotei mais endereços e fomos para o hotel que eu tinha reservado ali perto.                 Na segunda feira, explorei um pouco – mas bem pouco – a área. Dediquei a tarde para ensaiar o que eu diria na minha entrevista, Spencer era um bom ouvinte e fez poucas correções, como ele costumava ser bem mala, eu acreditei que estava bom o suficiente. Optei por dormir cedo e estar totalmente descansada na manhã seguinte.                 Minha entrevista era as dez horas, eu acordei, tomei banho, escovei os cabelos e vesti jeans, camisa e sapatilhas. Fiz uma maquiagem leve, conferi meus documentos e Spencer dirigiu em silêncio até o campus. Estacionamos em frente ao prédio, e ele prometeu me esperar ali. Caminhei decidida até a sala de admissões, fui recebida pela comissão e lembro pouco ou quase nada do que aconteceu...                 Lembro de falar sobre o que havia escrito na carta, lembro de contar o que fazia no escritório, porque eu havia escolhido o direito e o que almejava para a minha carreira. Lembro de alguns murmúrios e de ver o reitor sorrir enquanto assinava um papel, que poucos minutos depois, ele entregou em minhas mãos dizendo “seja bem vinda, Mariah Martinez”, e lembro de sair de dentro daquele prédio me sentindo a garota mais incrível do mundo todo.                 Spencer repetiu ao menos oitenta vezes “sabia que conseguiria” e aquilo fez eu me sentir muito, muito bem. Telefonei para mamãe, para o papai, para Mia, enviei um vídeo no grupo dos amigos mostrando minha carta e telefonei para o diretor Sanderson, depois daquilo, sim, eu tinha cumprido minha missão principal, e agora, faltava apenas a secundária. Durante a tarde, depois de almoçarmos tacos e bebermos cervejas, Spencer e eu encontramos com o corretor amigo da mamãe, Morgan, e ele nos levou para conhecer alguns lugares, uns sete, e eu não me senti à vontade em absolutamente nenhum.                 No fim da noite de terça e me senti um pouco derrotada, mas quando falei com mamãe, ela disse que eu não me preocupasse, mas que preenchesse as fichas de intenção com Morgan, assim ele tentaria encontrar algo dentro do meu perfil, e foi o que fiz na manhã seguinte, explicando que eu queria algo bem arejado e com vaga de garagem, ele disse que eu não me preocupasse que antes da primavera ele encontraria alguma coisa que seria perfeita para mim, mamãe disse que eu devia confiar nisso. Saímos de Boston ao meio dia, eu não queria voltar para NYC, porque eu precisaria voltar para Los Angeles e eu não queria deixar Spencer, porque me sentia bem demais ao lado dele, sem nenhuma insegurança, mas eu precisava estar em Los Angeles na quinta feira, porque Viola estaria de folga e eu precisaria cobri-la, então, eu embarcaria para casa no fim da tarde de quarta, então ainda teríamos um tempinho juntos. - Vou sentir sua falta – Spencer disse enquanto eu terminava de fechar minha mala. - Também vou sentir sua falta – suspirei – as coisas parecem fáceis de mais quando estamos perto – eu disse – mas quando estamos longe... -... fica complicado, não é? – ele disse me encarando. - Sim – respondi – fico bem insegura às vezes. - Eu odeio essa m***a de distância – ele disse puxando-me para um abraço – odeio mais ainda saber que isso vai continuar... - Nem me fala – aninhei-me em seu peito – me sinto derrotada pro não entrar na Columbia. - Não fala besteira – ele riu – você tá em Harvard, é o sonho de todo mundo. - Não era o meu – dei ombros. - Deixa meus colegas te ouvirem dizer isso – ele riu e me fez cócegas – o que quer fazer a respeito? - Não sei – afastei-me um pouco – não quero ficar longe... - Vamos nos ver em breve – ele disse sorrindo – e eu ainda tenho a intenção de te levar para o teu Baile de Formatura, se é que vai querer a minha companhia – ele sorriu convencido. - Acho que eu não poderia imaginar melhor companhia – respondi contente. - Então – ela pegou minha mão e a beijou – está oficialmente convidada para ir comigo, no seu baile – ele riu.                 Logo Spencer dirigia com destreza a caminho do aeroporto, cheguei em cima da hora e consegui me despedir dele sem derramar nenhuma lágrima, eu estava ficando boa com despedidas... Quando cheguei a Los Angeles, encarei a realidade de pegar um táxi para casa, porque minha mãe ainda estava em Washington, com Brandon. Cheguei no começo da madrugada, não consegui dormir nada e fui para a aula sentindo-me um zumbi.         
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