Episódio 04

2118 Words
COIOTE NARRANDO Quando todos saímos da cantina e entramos nas celas, eu já estava louco de ódio eu não sabia o que tanto fazer nesse inferno, sempre era a mesma desgraça, nunca tinha nada de diferente, é sempre a mesma porcaria de rotina, ir para pátio, banheiro, cantina, cela, nunca tinha nada de diferente. Só vez ou outra tinha umas brigas, uns assassinatos noturnos, que sempre a gente fazia o que podia para lidar com tudo, como todos já me conhecem eu sempre fico apenas observando, quase nunca me envolvo, até porque não me interessa, agora partir para os meus, eles vão pagar com a vida, ou as vezes a gente faz eles de escrava s****l para ganhar dinheiro nas custas deles. Nunca comi nenhum desses filhos da p**a, até porque eu sou muito homem pra essa p***a, como b****a e cu de mulher, partir pra esses doentes não tenho nem interesse. Antes de dormir estávamos tudo conversando em trocando aquela ideia marota de sempre, até porque bandido não dorme, ele apenas cochila, sem contar que bandido treinado e experiente como eu. Apenas o reflexo eu consigo pegar no ar, ninguém nunca tenta nada contra mim, porque eu mato sem piedade, não sou padre para ter piedade de ninguém, então sim, eu apenas mato estrangulado, ou até mesmo de outras formas mais dolorosa, até porque sabemos bem como funciona a cadeia, são tudo traíra, inclusive até os que você pensa que estão com você, do nada você dar um trocado a um filho da p**a desse viciado e ele arrisca te matar, mas comigo não cola porque eles me conhecem bem, tô aqui dentro já tem 1 ano e quase 5 meses, eu coloco todos esses filhos da p**a no chinelo, não é atoa que eu matei o antigo chefe dessa bosta aqui. Bolinha: Chefe, vai jogar com nós? - pergunta, me tirando dos meus pensamentos, quando foco minha atenção ao jogo, tô até querendo. Coiote: Vou sim, preciso focar em algo, que não seja em tudo que já vivemos aqui dentro. - digo e me aproximo da roda ao chão, me sento entre eles, e eles me dão as cartas. Bolinha: Só não vale roubar chefe. - diz dando risada. Coiote: E eu lá sou homem de ficar roubando. - digo rindo. Então começamos a jogar o jogo de baralho, para passar o tempo, ganhei algumas, perdi outras, mas faz parte do jogo, nem sempre vamos ganhar, vai ter o tempo que vamos perder. Enfim jogamos até dar a hora de dormimos, quando deu minha hora eu fui dormir, outros ficaram jogando, na madrugada eu acordei e fiquei ali fazendo a vigia junto com o L2, nós trocamos uma ideia até que legal, depois ele foi dormir e perguntou se eu podia ficar olhando, e eu fiquei, até porque estava sem sono, eu não conseguia dormir bem, por motivos que eu estava nervoso de tanto pensar quando é que vou sair desse inferno, porque eu não aguento mais, já passei um ano trancafiado nessa porcaria. Então fiquei o resto da madrugada acordado, dentro da cela que vivo, tem uma pequena janela, então me levantei de onde eu estava e caminhei até a janela, encostei meu braço na parede fria dessa cela e fiquei olhando o sol nascendo, fiquei ali com meus pensamentos bem longe, afinal meus pensamentos só iam além desses muros lá no meu morro, no Rio de Janeiro, era para lá que meus pensamentos iriam todos os dias. Só de imaginar acordar na minha cama, ou no pico do morro olhando toda a comunidade cá embaixo, nossa aquilo é fascinante para nós traficantes que comandamos um morro próspero como o meu. Quando amanheceu o dia, aqueles filhos da p**a que amam acordar a todos com os cacetetes batendo na porcaria das grades, isso estava me tirando do sério, e eu tô a ponto de matar um, porque eu vou te falar, não suporto mais esses desgraçados fazendo isso, todo santo dia, isso é torturante, e cansativo. Já não basta estamos todos dentro dessa imundície, ainda temos que aguentar essas porras. Quando o filho da p**a do guarda bate na minha cela eu o olho com um olhar n***o, e a vontade de pular na garganta dele e estrangular, não é nada pequena, estou me segurando para não avançar nesse desgraçado do c*****o. Coiote: Bate esse lixo de cacetete, nessa p***a que tu chama de p*u, seu filho da p**a. - digo nervoso. Guarda: Não me faz entrar aí, e te mostrar onde eu vou bater. - diz e gargalho. Coiote: Entra, vem aqui, estou a muito tempo louco para isso, mostra que tu és homem e entra filho da p**a. - digo isso e todos os meus companheiros já estão acordados e ficando de pé. Guarda: Qualquer dia eu te pego por aí. - ameaça e dou risada. Coiote: Está com medo seu filho da p**a do c*****o, eu me garanto sozinho sem eles seu lixo. - digo e ele da as costas para ir embora. Bolinha: Qual foi chefe, que pegou aí? - pergunta me olhando brevemente. Coiote: Já não suporto mais todo dia esses filhos da p**a acordando a gente desse jeito, fica batendo na porcaria da grade, porque ele não bate do c*****o que os pariu. - digo nervoso. L2: Também não aguento mais esses filhos da p**a fazendo isso conosco. - fala sério. Vitinho: A gente vai sair logo daqui chefe, confia que agora dá certo, tô confiante. - diz animado, ele vai até a pia que tem na cela e escova os dentes, espero ele acabar e faço o mesmo, quando acabo de fazer linha higiene pessoal, as portas da cela se abrem e todos saímos, temos que caminhar em fila indiana, até porque não atrai tumulto ou até mesmo brigas. Então quando chegamos no pátio foi dividido em duas turmas, uma iria para a plantação, e a outra ficaria na quadra sem fazer nada, apenas olhando para a cara um do outro. Então eu fui para a colheita da plantação, não queria, mas também não estava muito afim de olhar na cara daqueles pela saco do c*****o, bando de filhos da p**a desocupado. Eu não era muito bom com aquilo, até porque maioria do meu tempo eu passava naquela quadra fazendo alguma coisa, e hoje eu resolvi mudar, queria ver como era. Então assim que cheguei lá fui para um lado, e os outros foram para outros, eu sair pegando uns pimentões, e colocando na cesta que deram, apesar que eu não queria fazer porcaria nenhuma, mas colaborei, até porque eu estava louco para matar um, então fiz quieto e esperei o momento certo, então aquele guarda de mais cedo veio se aproximando por me ver sozinho, estava de costas quando ouvir passos atrás de mim, como sou macaco veio nessas situações, quando ele levantou aquele cacetete para me bater, eu fui mais rápido por causa do reflexo, segurei a sua mão, e lhe acertei um soco na cara, inquérito o fez cair. Coiote: Você tá pensando, que só porque estou sozinho, eu não sei me defender ou até mesmo fazer algo para matar alguém seu filho da p**a. - digo lhe dando outro soco na cara. Guarda: Você vai se arrepender por isso. - fala tentando se levantar. Coiote: Vai me jogar na solitária, e vai se juntar com os outros filhos da p**a que come seu cu, para me bater seu filho da p**a? - falo lhe dando um chute nas pernas e nesse momento aparece outros guardas e os presos vem em cima. Guarda2: O que tá acontecendo aqui? Aí Coiote se afasta c*****o. - grita e eu largo a mão dele e me afasto. Coiote: Esse filho da p**a, queria me pegar na traição, mais eu peguei ele primeiro, tá achando que vai vim pelas minhas costas e querer me bater? - digo entredentes. Guarda: Mentira desse desgraçado, eu estava fazendo a ronda quando ele me bateu. - dou uma gargalhada. Vitinho: O guarda está mentindo, eu vi quando ele ia nas costas do Coiote, ele iria bater nele mais ele foi mais rápido. - diz e o outro guarda olha para o cara. Guarda2: Você não tem vergonha não? Se não te fazem nada, não tem porque querer caçar briga p***a. - diz irritado, então ele se levanta e vai embora. Então eles foram embora e nós ficamos colhendo os legumes, quando acabamos saímos daquele sol escaldante, e caminhamos todos na porcaria da fila até a cozinha, colocamos tudo que colhemos lá e saímos da mesma, fomos todos para o banheiro, quando todos tomamos banho, vestimos nossa roupa e saímos do banheiro em direção a cantina, chegando lá a gente almoçou e depois voltamos para a cela, onde nós trancaram e tivemos que ficar trocando ideia ou jogando baralho para que o tempo passe, quando já estava anoitecendo o Vitinho vem chamando. Vitinho: Aí chefe, seu Sub lá o tal JP, está no telefone e quer trocar ideia. - diz e assinto. Coiote: Atividade aí rapaziada. - falo e vou me aproximando do lugar que o Vitinho sempre deixa o celular, pego o mesmo e me encosto na parede. •LIGAÇÃO ON• JP: Fala aí chefia. Coiote: Fala aí, o que tá pegando. JP: Estamos com um plano infalível para que você saia desse presídio dentro de 2 meses. Coiote: Vai demorar isso tudo ainda p***a? JP: Tem que ser o golpe certeiro chefe, tu sabe que nós vai te tirar dessa p***a. Coiote: Estou na atividade à espera, então cuidem logo. JP: Atividade chefe. Mas aí te liguei por um outro bagulho. Coiote: O que foi que tá pegando agora? JP: Então, deixa te passar a ideia, tem uma mina aqui, moradora da comunidade sacas. Coiote: Sabe que odeio essa p***a dê enrolação do c*****o, passa logo a visão. JP: Você nunca muda. Então essa moradora ela é bem gostosa sabe, mas o propósito não é esse, é que o pai dela, foi preso injustamente sacas, e ela tá precisando da grana. Coiote: Você não me ligou achando que eu vou te dar esse dinheiro para que você der a essa p**a não né? JP: A ideia não é essa chefe, a mina é presente meu para você, eu vou te enviar a foto dela, e você ver aí rapidão. - diz e envia a foto por mensagem, assim que abro a mensagem vejo a imagem mais linda, nunca tinha visto uma raridade dessas, cabelos cacheados, loira, rosto angelical, toda gostosinha. Coiote: Mas me diz aí, qual valor dessa parada? JP: Ela precisa de 50 mil, para cobrir tudo e o pai dela não desce para o presídio. Coiote: Faz o seguinte, da 70 mil a essa menina, e quero ela aqui na próxima visita, vou conferir de perto para ver se vale isso tudo. JP: Considere feito. •LIGAÇÃO OFF• Quando desliguei a ligação, apaguei a imagem, não queria ninguém olhando essa belezura não, eu era o único que podia contemplar aquela beleza toda, se ela for tão linda quanto aparece na foto, eu vou arregaça ela inteira, afinal de contas faz maior tempo que eu não como uma b****a, e carne nova será melhor ainda. Mas aí ela se vende pelo dinheiro, então tem que me servir, quando eu passar o rodo nela, deixo os outros aproveitar. Fico ali pensando cautelosamente enquanto os caras circulam dentro da cela. Tenho 4 companheiros aqui dentro, e eles sempre estão comigo para qualquer situação. Fico pensando essas mulheres que se vendem são as piores que tem, elas são as que se vendem para dar o prazer a qualquer um, e temos que ter cautela com tudo, para não pegamos uma doença, por isso sempre temos que usar as camisinhas, vai que uma praga dessa coloca uma doença na gente e morremos dela, mas antes a gente mata essa praga. Por isso nunca beijei na boca, nunca peguei mulher nenhuma sem camisinha, não teria coragem de beijar na boca dessas putas que vivem com o p*u de qualquer na boca, são tudo boca de veludo, nenhuma vale a pena. Por isso sempre uso e jogo fora, agora pensando bem, dar um dinheiro desses a uma p**a dessas, em troca de uma trepada? Acho que é melhor repensar, talvez seja melhor, mas caso ela sente direitinho, aí vai fazer o pai querer mais um pouco né? Dou risada sozinho e os caras me olhando com cara de quem tá perguntando se achei dinheiro. Então caminho até minha cama e me deito, fico imaginando aquela loirinha do cabelo cacheado por cima de mim, p**a que pariu. Acabo adormecendo com esses pensamentos.
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