MALI NARRANDO
Depois que eu escrevi tudo o que se passava na minha cabeça no meu diário, eu percebi que nem tudo é como esperamos, as vezes tem coisas na vida que precisamos enfrentar, mas infelizmente eu não sei como enfrentar várias coisas que está se formando na minha vida, começando o que fizeram com meu pai, isso foi uma tremenda injustiça, meu pai nunca roubou nada de ninguém, nós somos humildes mas somos honesto, nunca precisamos pegar nada de ninguém. Então quando me deitei eh acabei adormecendo com esses pensamentos, quando acordei já estava noite, acho que minha mãe já estava em casa, então me levantei e fui de encontro com ela, assim que a encontrei na cozinha ela estava chorando, e pedindo a Deus para tudo se resolver, cheguei nela e a abracei de lado, dei um beijo em seu rosto e ela deixou um pequeno sorriso aparecer em seus lábios.
Mãe: Oi minha menininha, meu anjinho. - diz me abraçando de lado.
Mali: Oi mamãe, a senhora estava chorando de novo. - falo com o coração apertado.
Mãe: Está a meu anjinho, eu já fiz de tudo para conseguir o dinheiro, mas eu não conseguir, eu não sei mais o que fazer minha menina. - fala e volta a chorar, nesse momento alguém bate na porta da frente, e eu e minha mãe seguimos até a porta, quando vi pela janela eu já sabia o que era. Então soltei da minha mãe e fui abrir a porta.
Mali: Oi. - falo assim que abro a porta, ele entra, olhando de minha mãe para mim.
JP: Eu vim entregar o malote, o chefe mandou te entregar. - diz e nesse momento minha mãe arregala os olhos.
Mãe: O que tá acontecendo aqui? Porque o Coiote iria mandar entregar algo a minha filha? - fala desesperada já pensando o pior.
Mali: Mamãe, eu estava desesperada, estava na casa da Lore, então ele chegou com o irmão dela o Biel, então a Lore acabou abrindo a boca lá e eu fiquei sem ação, então o JP, disse que sabia a pessoa para arrumar o dinheiro, mas que ele poderia pedi algo em troca. - falo e minha mãe se desespera.
Mãe: Não, você não vai passar por nada disso, eu não quero isso para você, passei todos esses anos tirando você da vista de qualquer um, e agora isso? Não Maria Alice, você não vai passar por isso, leva esse dinheiro JP. - ela fala com os olhos marejados.
Mali: Mãe, pelo amor de Deus, eu não quero ver o papai lá de novo, por favor. - falo chorando.
JP: Bom, eu do o que te disse, tá aqui a grana, aí tem 70 mil, vai dar pra você pagar tudo para seu pai, e ainda sobra um pouco. - diz me entregando a bolsa de dinheiro.
Mãe: Eu não vou aceitar isso, eu não quero, meu Deus minha filha tá se vendendo ao d***o para salvar o pai, ilumina nossas vidas. - fala chorando.
JP: Olha aqui tia, deixa eu passar a visão para a senhora. Ou você pega essa p***a de dinheiro, ou você vai ver se maridinho ir para o presídio, e talvez sabe lá o que possa acontecer com ele lá dentro, nós que já passou pelo presídio nós sabe bem como funciona, agora eu tô deixando as coisas claras pra senhor tá ligado né? - fala e eu fico assustada.
Mãe: JP, eu não sei como isso foi acontecer, onde viemos parar, mas eu estou muito triste com tudo, eu não quero esse dinheiro, é um dinheiro sujo, e mesmo assim eu vou dar um jeito de tirar meu marido de lá. - fala olhando para o JP.
Mali: Mãe, a senhora não está vendo que não temos como arrumar esse dinheiro todo? O advogado foi claro, ele precisa do dinheiro rápido mamãe, por favor. - digo chorando.
O JP vai embora deixando o dinheiro ali, e minha mãe fica falando muita coisa pra mim, e eu não sei como reagir, eu apenas quero o meu pai comigo, quero está perto do meu pai e saber que ele está bem, estou com muito medo que ele vá para esse lugar que o JP disse, e lá acontecer alguma coisa com ele, eu fico chorando enquanto minha mãe fica falando, eu não sei de tudo, ou porque eles falam que dinheiro são sujo, as notas estão limpas. Mas não importa isso agora, eu apenas quero meu pai fora daquele lugar. Então eu me levanto e vou para o quarto, me jogo na cama e choro ainda mais, eu estou tão condenada a sofrer que minha mãe parece que não perceber que vendo meu pai naquela situação não está sendo fácil para mim. Ter que ouvir tudo o que as pessoas possam falar, e o pior de tudo, não sabemos nem quando a verdade vai aparecer, ou até mesmo se é que isso vai acontecer. Acabo adormecendo com meus pensamentos fervendo.
Acordo no dia seguinte, me levanto, pego uma toalha e vou saindo do quarto para o banheiro, assim que chego no mesmo, primeiro faço minha higiene e depois tomo um banho bem relaxante para tirar o sono que estou sentindo, então quando acabei sair do banheiro e fui de bola para meu quarto, assim que entrei no mesmo fui ao guarda roupa e procurei uma roupa para mim, assim que encontrei era um conjuntinho, blusinha de alcinha e uma calça, peguei meu creme de amora e passei pelo meu corpo, vestir minha lingerie e em seguida minha roupa, coloquei um tênis e sair do quarto em direção a cozinha. Quando estava indo a cozinha eu ouvir um falatório na sala, então voltei e fui até a sala, quando cheguei me deparei com minha mãe e o advogado.
Mãe: Aqui tem 50 mil, da para você resolver tudo. - diz olhando para o advogado.
Sr. Almonte: Certo, vou fazer o que puder para ele sair o mais rápido possível. - fala tranquilo.
Mãe: Certo, fico no aguardo do seu retorno. - diz e se levantam.
Sr. Almonte: Vou lhe retornar assim que eu der entrada, e vamos ver o que o juíz vai dizer. - fala apertando a mão da minha mãe e sai, nesse minuto me aproximo dela.
Mali: Bom dia mãe. - falo, e ela me olha com o olhar triste.
Mãe: Bom dia minha menina. - diz me abraçando. - Não queria usar esse dinheiro, mas não vi jeito minha menina, liguei para mais algumas pessoas e ninguém quis nos emprestar. - fala com os olhos cheios de lágrimas.
Mali: Não se preocupe mãe, o que tiver se acontecer, vai acontecer conforme Deus escreveu. - falo lhe abraçando forte.
Mãe: Estou com medo minha filha, eu não sei o que aquele homem pode querer de você, eu estou com muito medo. - diz me apertando.
Mali: Também não sei, mas seja o que Deus quiser, eu estarei preparada para isso. - digo um pouco nervosa.
A gente conversou um pouco, e depois de algum tempo saímos juntas, ela foi para o trabalho dela e eu peguei um táxi e fui até a biblioteca na qual eu trabalho. Demorou um pouco por causa do trânsito. Assim que cheguei a dona Luana estava a minha espera, ela estava com um sorriso nos lábios como sempre.
Luana: Bom dia minha linda. - diz toda atenciosa.
Mali: Bom dia, dona Luana, como a senhora está? - falo e ela me dá um abraço.
Luana: Estou bem, minha linda. Fiquei sabendo da fatalidade e injustiça que cometeram com seu pai. - diz acariciando meus cabelos.
Mali: Sim dona Luana, acusaram meu pai injustamente, mas Deus está no controle de tudo, e tudo vai se resolver eu tenho fé. - digo com os olhos marejados.
Luana: Concordo, logo tudo entra nos eixo minha linda, agora pode ir para seu posto, que o movimento hoje começa cedo. - diz sorridente. Então vou caminhando para as estantes, primeiros começo a limpar tudo para deixar tudo limpinho e espanado, quando terminei de limpar, fui para o caixa, e fiquei lá organizando tudo, quando a dona Luana colocou o cartaz com o aberto para frente, logo começou a chegar pessoas. Então fiquei atendendo e recebendo todos os livros que as pessoas compravam, até que o Davi chegou.
Davi: Oi minha princesa, dos olhos de piscina. - fala todo cheio de i********e, ele é um cara que sempre da investidas em mim, ele quer algo comigo, mas eu nunca dei ousadia ou i********e.
Mali: Ah, oi Davi, como está? - continuo focada no meu trabalho.
Davi: Estou bem, queria saber quando vamos marcar para sair. - do animado.
Mali: Eu não tenho tempo para passeios, Davi. Você sabe disso. - digo olhando em sua direção.
Davi: Poderia ser só um jantarzinho ou até mesmo um sorvete. - diz sorridente.
Mali: Desculpa, não dar mesmo, minha vida está bem complicada esses dias. - digo o olhando seria.
Então ele entende mais insiste um pouco mais até que meu horário já deu, então saiu de casa e vou indo embora até o Uber, assim que o Uber estaciona eu entro nele e lhe dou meu endereço, ele dirige até a entrada do morro, assim que ele para, ele fala que não pode subir, então desço do carro, p**o a corrida e vou subindo, na barreira como sempre, ouço as piadinhas que eles dizem mas eu apenas ignoro, vou caminhando até em casa, no meio do caminho uma moto para a meu lado, e quando vejo é o Biel.
Biel: Aí loira, vim tá passar a visão. - diz me olhando.
Mali: O que houve? - pergunto preocupada.
Biel: JP, mandou te avisar, que dentro de alguns dias ele vai passar aqui na sua casa, com o irmão do Coiote, e juntos vocês vão visita o patrão. - diz e eu sinto meu corpo estremecer, suspiro e tento manter a calma.
Mali: Tá bom, quando for o dia, pede para me avisar cedo, porque preciso está pronta. - digo com a voz trêmula.
Biel: Demorô. - diz e acelera a moto, então rapidamente entro dentro de casa com meu corpo inteiro tremendo, corro para meu quarto, coloco minhas coisas em cima da cômoda e pego meu diário, então começo a escrever nele.
Começo a escrever todos os meus pensamentos, e todos os sentimentos que se passam exatamente agora por mim, eu estou tão nervosa que minha letra está trêmula, eu sei que uma hora ou outra ele iria pedi para me ver, mas não sabia que seria tão rápido, assim que termino de escrever coloco meu diário em cima do guarda roupa, vou ao banheiro e tomo um banho, quando acabo volto para meu quarto e coloco um pijama, me jogo na cama e adormeço. Mas a noite minha mãe me acorda e ela está um pouco sorridente, ela diz que meu pai em breve vai ser solto, e que vamos voltar a ser uma família feliz, fico até animada com tudo, mas no fundo algo me diz que as coisas podem ficar r**m, o que faz meu corpo inteiro tremer. Então apenas jantei sem falar nada, ajudei minha mãe, e quando acabei fui direto para meu quarto, me joguei na cama e adormeci.
Se passou umas 2 semanas, quase 3, quando estava tomando café e a Lore chegou, rapidamente e me avisou que o irmão dela tinha avisado que era para eu ata pronta. Então fui rapidamente ao banheiro, tomei um bom banho, quando acabei fui para o meu quarto procurei um conjunto de lingerie e visto, pego meu creme de amora e passo por todo meu corpo e depois me perfumo, pego meu vestido soltinho da cor amarelo de alcinha, visto o mesmo e coloco uma rasteirinha. Ainda bem que escolhi um sutiã que é igual um tomara que caia, então quando estou pronta, faço uma make bem básica e assim que estou pronta, ouço uma buzina enfrente de casa, então rapidamente pego minha bolsa com meus documentos e vou até o carro, como minha mãe não estava em casa eu deixei avisado com a Lore que não sabia a hora que eu voltaria, então assim que entrei no carro eles deram partida para uma pista cadê voo, eu não sabia exatamente o que tava acontecendo, mais ouvir alguém falar que a pista clandestina estava pronta. Então assim que chegamos, entramos em um jato, que não demorou muito a decolar. Eu fiquei todo o tempo quieta e em silêncio para não falar com eles e nem os encarar. E pelo jeito eles respeitaram meu espaço, não quiseram falar comigo, eu só ouvia eles discutindo baixinho, mas não conseguia compreender, até que depois de algumas horas o jato pousou, então descemos e entramos em um outro carro, ainda era 14:00 da tarde, eles disseram que a visita era as 14:30, então teríamos tempo. Quando entramos no carro um outro cara dirigiu até um lugar afastado, e tinha uns muro muito alto, também tinha em uma Torres uns policiais, e então pude saber que ali era alguma delegacia, ou algo do tipo, então ele estacionou e descemos, então o JP, veio mais perto e pediu meus documentos, entreguei e ele foi na frente, então fui logo em seguida com o NT, eu já tinha visto ele de longe uma vez, mas nunca me aproximei e nunca tive contato e eu acho bem melhor assim. Então assim que chegamos a uma grande porta, o JP voltou e me entregou os documentos, e um cartão de visita é uma carteirinha, eu não entende bem o que era aquilo, mas guardei tudo dentro da minha bolsa, uma mulher me revistou e olhou tudo que tinha na minha bolsa, então ela me liberou e eu seguir o JP até uma área onde tinha várias pessoas, parecia mais um refeitório de colégio cada um com várias pessoas ao redor. Então andamos até uma mesa onde estava um homem muito grande, ele era uma parede enorme de músculo, quando o olhei rapidamente baixei meu rosto, mas conseguir ainda ver de r**o de olho os seus olhos vidrados em mim.
JP: E aí irmão. - eles fazem um gesto com a mão, assim o NT também faz, eles se sentam e eu fico em pé ao lado do JP. - Essa é a Maria Alice, ou Mali como a amiga dela chama. - ele fala e o homem me come com os olhos e aquilo me dá um arrepio enorme na espinha.
NT: Coiote, tu não vai fazer o que penso né? - ele fala em código e eu não entendo.
Coiote: Não se meta, o assunto é meu c*****o, eu faço o que eu quero p***a. - ele fala grosso e xingando o NT. - Então loirinha, você não fala? - ele olha com seus olhos em chamas, e eu sintonia tremor no meu corpo.
Mali: Falo sim, moço. - digo baixinho e ele sorrir, ele passa sua mão grossa no meu rosto, é tão grande a mão dele que meu rosto se torna pequeno.
Coiote: Delicada, pequena, carinha de anjo, parece até uma boneca. - diz acariciando meu rosto, e fico todo momentos com os olhos fechados.
NT: Ela está assustada, você não ver irmão? - fala bravo.
Coiote: Já falei para não se meter. - diz grosso. - JP, semana que vem traga ela, vou conferir o material com minuciosidade. - fala e eu fico me perguntando que material? Respiro fundo.
Então depois daquele momento, eles pediram para me afastar e eu fiz, eles conversaram por longos minutos, até que uma hora eu vi o Coiote da um soco na mesa irritado com o NT, e aquilo me fez tremer ainda mais, então minutos depois todos estavam saindo, incluindo a gente, voltamos em silêncio para o carro, e fomos para o jato novamente, então ele decolou e voltamos para o Rio de Janeiro, eu só sabia que era o Rio por causa do Cristo, e suas lindas montanhas. Quando pousou a gente foi para o carro e voltamos para o morro, assim que chegamos, me deixaram na porta de casa, então entrei em casa rapidamente e fui até o banheiro, tomei um banho e vestir uma roupa para dormir, nem fome sentir depois de tudo aquilo, já estava tarde da noite, então apenas deitei e dormir.