ARCO 01 | Capítulo 2

3462 Words
… Sábado à noite … POV SARADA Olho da calçada para a casa dos Uzumaki, já há muitas pessoas conhecidas lá dentro, as vejo beber e comer, ouço o barulho de conversa alta e posso ver meus pais pela vidraça, que estão próximos ao Nanadaime e sua esposa. Puxo o ar como para garantir uma reserva de fôlego e toco a campainha, logo Himawari abre a porta e me recebe com um grande sorriso, típico seu. - Sarada-chan! - ela me abraça sem reservas - está bonita - fala reparando melhor no que vestia e piscando um olho para mim, eu sorrio de volta, um sorriso pequeno, mas simpático. Eu uso um vestido chemise vermelho escuro com as mangas dobradas na altura dos cotovelos, de comprimento médio com duas pequenas fendas laterais, acinturado por uma faixa preta em várias voltas na minha cintura e meus cabelos soltos, rebeldemente desgrenhados pelo vento que fazia do lado de fora - entre, já estão todos aqui - assinto e caminho ao seu lado até o grupo de meus amigos da academia, um feito raro, todos reunidos assim. Rapidamente, Boruto aparece ao meu lado e me abraça pelos ombros, dando um beijo na minha bochecha. Eu coro instantaneamente, sem graça, declarações de afeto em público sempre me deixaram desconfortável, mas ele não parece se importar, parece extremamente animado, rodeado por todos, é bem a cara dele. - Que bom que veio - fala alto, com um sorriso largo. - Eu não perderia - falo sorrindo e me soltando do seu braço para cumprimentar os demais, me juntando a Chouchou depois, que me puxa para a mesa de bebidas - alguma chance de conseguir álcool nessa festa? - ela sorri maliciosa. - Só suco e refrigerante - a encaro em desagrado, ela ri e serve um copo de suco, depois mistura algo de uma garrafinha e me oferece, experimento enquanto ela se serve – tim tim! - ela fala erguendo o seu copo para brindarmos e assim o faço, depois tomamos um grande gole – nada como um pouco de vodca para aquecer o coração - fala baixo pra que apenas eu possa ouvir e nós rimos, ela sempre carrega um cantil discreto para as festas, você chame como quiser, eu chamo de precavida. - Eu te amo, Chouchou! - ela ri ainda mais piscando pra mim. - Todos parecem animados… - fala divagando, mas eu sei onde ela quer chegar - menos você. - Do que está falando? Eu estou muito animada, a chegada de Boruto era o que precisava para entender se aquele sentimento realmente ainda existe – falo me esforçando para parecer confiante. - Sei… e você não está nem um pouco preocupada, não é? – ela ergue uma sobrancelha para mim. - Absolutamente – falo em um fio de voz, falhando miseravelmente em parecer tranquila, estou longe de não estar preocupada, principalmente quando ao desviar o meu olhar do seu vejo Boruto conversando algo que parecia ser sério com o Shikadai, que por sua vez estava claramente tenso. Sinto minhas pernas fraquejarem, mas Chocho segura meu braço me mantendo em pé. - Vai ter que ser mais convincente amiga - quase gargalha, tomo o resto do líquido em meu copo de um gole só, fazendo uma careta para ela. - É porque não é com você - ela continua rindo. - Vou pegar uns sanduíches – fala saindo de perto após me servir mais um copo de ponche batizado. ... - Precisamos conversar - eu congelo, ouvindo aquela voz rouca e conhecida vindo por trás de mim, bem próximo ao meu ouvido, seu hálito quente e seu cheiro amadeirado impregnaram minhas narinas, fazendo meu corpo arrepiar e me condeno mentalmente por essa reação involuntária. Olho em volta para ter certeza de que era seguro – Sasuke-sama o chamou - suspiro aliviada ao vê-lo longe. - O que aconteceu? – sussurro, virando minimamente em sua direção, mas sem encará-lo, me mantendo alerta. - Ele perguntou sobre sua vida pessoal – sussurra de volta, mantendo um tom frio e distante, que dá a entender que não estamos sequer desenvolvendo um diálogo - perguntou se você tinha tido alguém, disse que você estava diferente - fala mexendo o conteúdo de seu copo e bebendo. - E o que você disse? - Que você era muito discreta com sua vida pessoal. - Vago, mas bom. - É, mas temos que fechar essa história, não quero magoá-lo, Sara – fala sério e meu coração aperta ao ouvi-lo falar assim. - Não é o momento nem o lugar. - Tem razão – fala bebendo - amanhã, no meu apartamento, 16h – fala se servindo com suco e se afasta, me apoio na mesa, tentando lembrar como o ar faz para chegar aos pulmões, eu arrancaria os cabelos da cabeça se não estivesse em público. - O que ele disse? - Chouchou questiona se aproximando com um prato de salgadinhos e sanduíches. - O que eu menos precisava ouvir… - suspiro, pegando um sanduíche e comendo, ela faz uma careta em apoio ao meu drama. Depois de comer, ando pela festa e converso um pouco junto a todos, Boruto me olha de tempos em tempos, como se pensasse que não percebi. Depois de um tempo com Himawari e Chouchou, falando sobre um novo bar que iria abrir e uma nova remessa de armas ninja que havia chegado na loja da Tenten-sama, me despeço determinada a ir até os meus pais avisar que estava indo para casa, mas Boruto me encontra no meio do caminho. - Ei, está fugindo Uchiha? - o encaro confusa. - Fugindo? – indago, ele assente. - Você parece estar me evitando, ou evitando conversas mais longas comigo – fala sem graça, “ele percebeu…”, constato. - Não é isso, estou apenas cansada, foi uma longa semana – não preciso me esforçar muito para parecer exausta. - Entendo, eu ia te propor uma coisa, mas acho que você precisa descansar... – fala desanimado, seus olhos aparentam uma profunda decepção, eu me forço a não ser uma total estraga prazeres e sorrio. - Pode falar... – incentivo e seus olhos se acendem - se estiver ao meu alcance... - Você aceita sair comigo amanhã? - dispara e meus olhos se arregalam imediatamente e antes que eu pense em perguntar, ele responde - e sim, é um encontro - ele me encara profundamente, com expectativa, “essa era a oportunidade que você esperava, não era?”, aquela voz irritante fala comigo, “tão rápido...”, penso. - Amanhã? – pergunto torcendo o lábio, “será que todo mundo sabe que estou de folga amanhã?”, me pergunto. - Isso, um picnic, pela manhã – explica animado com um sorriso pedinte. - Tudo bem... – falo de forma simples, com um sorriso sincero em resposta ao seu sorriso satisfeito. Não sei se é efeito do álcool que bebi, ou se realmente existe algo rolando, mas sinto meu rosto quente, não me julgue, você não imagina a quanto tempo eu espero esse dia. - Te pego às 8h – fala pondo as mãos atrás da nuca e se virando. … Domingo … Levanto-me às 7h, porque não posso dizer que estava dormindo para acordar. Tomo um banho frio para despertar meus olhos e meus músculos, visto uma bata branca com detalhes vermelhos e um short vermelho escuro e uma sandália fechada preta, seco meus cabelos deixando-os soltos e passo um pouco de base para cobrir minhas olheiras e um gloss nos lábios para tirar minha cara de morta, “pronta”, penso me fitando no espelho, “ou pelo menos acho que sim”. Ando até a cozinha, encontrando meus pais recém acordados. - Bom dia, oka-san - falo dando um beijo em sua bochecha que estava em pé ao lado da bancada cortando pães. - Bom dia, Sarada. - Bom dia, oto-san – falo direta. Eu não sei bem como agir com meu pai, nunca soube, então apenas aceno com um sorriso pequeno. - Bom dia - fala curto com um sorriso sutil de canto - aonde vai, Sarada? - ele mantem o sorriso, talvez esteja de bom humor. - Vou sair com o Boruto, ele já deve estar chegando - vejo seu rosto endurecer e sua sobrancelha arquear, mas minha mãe toca seu ombro e ele parece relevar. - Bom passeio querida, tenha cuidado e volte para o almoço, por favor, gostaria de ter uma refeição em família ainda essa semana - ela fala amável, mas eu entendo nas suas entrelinhas, que é uma forma de manter meu pai satisfeito e avisando para não fazer besteira. Eu apenas assinto positivamente e ouço a campainha tocar, sabendo quem é, apenas me despeço e vou até a porta. - Ohayo, Boruto! - falo abrindo a porta, ele abre um enorme sorriso, daqueles que os olhos sorriem junto. - Ohayo, Sarada! Você está linda - fala com um sorriso. Passo o olhar por sua figura completa, ele usa uma camisa rosa salmão e uma calça preta com tênis preto e carregava uma cesta, “está bonito também”, penso não lhe dando o gosto de me ouvir falar isso. - Obrigada, então… vamos? - pergunto fechando a porta atrás de mim, ele assente. - Vamos – ele me puxa pela mão direita, e eu me forço a não reagir negativamente, apenas me deixo ser levada rua à fora - espero que esteja com fome - fala caminhando rápido. - Muita - respondo rindo um pouco - aonde vamos? - Tenha paciência - fala em tom de brincadeira, ele sabe que paciência não é o meu forte - vamos chegar logo. Pegamos o trem e não demora muito chegamos à margem do rio, caminhamos mais um pouco até um local com algumas árvores que sombreavam uma boa área da margem, onde ele estende a toalha de picnic e tira vários potes com algumas das delícias culinárias de sua mãe, meu estômago ronca só em ver. - Pronto – sorri orgulhoso e toca o espaço ao seu lado na toalha, me chamando para sentar e assim o faço. - Não acredito que você fez sua mãe cozinhar tudo isso tão cedo. - ele ri, erguendo as mãos em rendição. - Ela fez questão, ela sabia que era pra você - ele cora, “meu Kami-sama! Como pode?”, penso desviando o olhar para as comidas à minha frente. - Parecem deliciosos - tento me concentrar em comer, já que estava realmente com fome. Comemos e começamos a conversar sobre seu treinamento e os lugares por onde passou, por indução minha, já que não quero tornar o assunto mais pessoal, quando de repente um silêncio se estende por tempo demais e me distraio olhando para o movimento da água. POV BORUTO "Essa conversa não vai levar a lugar nenhum", penso impaciente enquanto respondo Sarada sobre os lugares onde passei e como foi viver esse tempo com seu pai, ela ri com minhas caretas de desgosto enquanto contava minhas histórias, ela ri com perfeição, um lindo sorriso, leve, de quem está totalmente à vontade de estar ali, comigo, pelo menos enquanto o assunto é sobre mim. Paramos por um instante, e o silêncio é quase palpável de tão pesado, ela não parece não ter mais perguntas, ao contrário de mim, mas eu não pretendo começar uma nova sessão de retrospectivas, queria nos aproximar, quero um pretexto para tocá-la e dizer o que sinto, mas preciso antes entender como ela se sente. - Eu senti sua falta – falo como quem fala que o dia está bonito, ela vira encarando meus olhos, de repente seus ônix tinham o mesmo brilho sombrio de quando nos esbarramos, aquele ar melancólico, que me deixa mais curioso sobre o que aconteceu com ela. - Eu também senti sua falta - ela fala quase em um sussurro - aqui é muito bonito, como você achou esse lugar? - não me surpreendo com sua tirada, eu havia percebido que ela não queria chegar nesse nível de diálogo. Ela está diferente, parece esconder algo. - Por que você está me evitando? - Não estou – fala quase histérica, apenas a encaro. - Nani? – disparo no melhor humor irônico que desenvolvi com a convivência com Sasuke. - Eu só... eu não sei como lidar com você – solta em um suspiro, desviando o olhar, eu ergo uma sobrancelha em sua direção, “mas sou eu, Boruto, nos conhecemos desde sempre”, penso confuso - eu não sei o que você esperava encontrar, quem você espera que eu seja, porque, definitivamente, eu não sou a mesma garota que você deixou aqui quatro anos atrás… e eu não gosto de lidar com expectativas - “não entendo, ela está com medo do que eu possa pensar dela?”, penso vendo-a muito insegura, coisa que não combina com ela, mas não acho que qualquer coisa que ela tenha feito possa mudar como me sinto. - Sarada - seguro seu rosto, fazendo-a me olhar nos olhos - eu só quero passar um tempo com você – falo manso, me aproximando - eu te a… - começo a me declarar, mas sou interrompido pela sua mão fria tapando minha boca. - Não... fala isso agora – fala séria e não consigo evitar meu olhar de frustração - eu não posso aceitar que se declare assim, sem saber quem eu sou agora... – destapa minha boca e eu franzo o cenho em sua direção, “não pode ser tão r**m”, duvido - vamos passar um tempo juntos... – “gosto da ideia” - se depois de nos conhecermos novamente esse sentimento ainda for nítido para nós dois, faremos isso - forço um sorriso de canto, me apegando àquela parte que significava que ela sente algo por mim. - Tudo bem, se você prefere assim - eu serei paciente, ela precisa que eu saiba quem ela é agora e eu vou fazer isso o mais rápido possível, pra mostrar a ela que não ligo pra quantas pessoas ela matou, ou seja lá o que mais ela fez - você não vai me contar, não é? - a encaro tentando um tom malicioso, já sabendo a resposta, mas eu tinha um plano para ter as respostas - já que é assim… posso fazer uma coisa que quero fazer desde que esbarrei em você? Ela me encara desconfiada, mas concorda como se não se importasse. Me aproximo, tirando uma mecha de cabelo que cobria parte do seu rosto e ela parece analisar o que eu faço, sem expressar reação, coloco a mão no seu rosto, entrelaçando os dedos em seus cabelos, puxo seu rosto para perto do meu e a beijo com um pouco de receio, pronto para qualquer reação negativa, que felizmente não veio. Continuo o beijo de forma mais intensa, enroscando nossas línguas de forma constante e ela leva sua mão à minha nuca enroscando os dedos nos meus cabelos e puxando, o que me fez arfar, largando seus lábios, vejo o sorriso satisfeito em seus lábios e a encaro com desejo, desejo que vi refletido nos seus olhos. Eu a pressiono em direção à toalha e ela resiste a deitar-se, minha ereção aperta dentro da calça e eu avanço em seu pescoço deixando leves chupões na área, eu sinto sua pele queimar sob meu toque apertado em seu quadril por dentro da sua blusa a fazendo gemer. Eu estava louco de t***o por ela, me vi a ponto de arrancar os botões da sua blusa, e fazê-la minha ali mesmo, quando seu infeliz celular toca insistentemente, me fazendo bufar irritado. - Jigoku!* - resmungo no seu pescoço, “maldito celular, só falta ser meu pai novamente”, praguejo mentalmente. *Inferno - Desculpa - fala olhando rapidamente para o visor e fecha os olhos suspirando pesadamente – tenho mesmo que ir – fala me afastando, a encaro decepcionado - não faz essa cara, nós vamos terminar isso depois - sorri com malícia, piscando para mim, e eu sorrio de volta esperançoso, “eu não esquecerei dessa promessa”, sorrio malicioso com a ideia. Nos organizamos para voltar e a deixo na porta de casa, não sem antes lhe roubar um beijo, “espero que Sasuke não tenha visto isso”, torço mentalmente, caminhando em direção à solução para ter as respostas que precisava para que as coisas andassem um pouco mais rápido. - Boruto-chan? - Temari-Sama abre a porta - Boa tarde, Temari-sama. Shikadai está? – pergunto simpático. - Está sim – fala em seu tom normal – ele está colocando a mesa para almoçarmos... vou chamá-lo para você – fala antes que eu possa dizer qualquer coisa - SHIKADAI, BORUTO ESTÁ AQUI PARA FALAR COM VOCÊ! - grita me fazendo encolher os ombros e volta a me olhar como se nada tivesse acontecido, sorrio sem graça e meu amigo logo aparece ao seu lado. - Já estou aqui, oka-san - fala com seu ar de tédio costumeiro revirando os olhos. - É bom tê-lo de volta, Boruto-chan, mande lembranças à Hinata – fala sorrindo e some dentro da casa. - Obrigado, Temari-Sama – falo alto. - Eaí, cara? O que aconteceu? – pergunta sem emoção. - Eu preciso de um favor – ele ergue uma sobrancelha para mim. - Um favor? – assinto - Que tipo de favor, Boruto? - Do tipo que eu não pediria, se não fosse importante - ele franze o cenho. - Tem a ver com a Sarada? - questiona naturalmente, não parecendo ligar para a informalidade que não era do seu feitio, parece que ficaram mais próximos nesse tempo. - Já disse que você é um gênio, meu amigo? – bajulo. - Não me bajule, baka – resmunga - diga o que é e verei se posso fazer - fala sério, provavelmente temendo o tipo de favor que pediria, e com razão. - Preciso de acesso aos relatórios da Sarada. - Relatórios de missão Anbu? – questiona baixo com a expressão alarmada – está louco? – ri com escárnio - você sabe que são documentos de acesso restrito, certo? - ele fala num sussurro me puxando mais para longe da porta. - Sim e sim, eu sei. Mas eu preciso de informações de forma rápida e sei que o seu pai tem todos esses relatórios organizados e que você consegue acesso a isso - falo também sussurrando. - Não pode simplesmente perguntar? - revira os olhos. - Ela não vai me falar nada - ele murmura algo inaudível - me ajuda. - Diferente do que pensa, eu não posso tocar nesses arquivos, não vai ser tão fácil, vou ver o que consigo... – fala m*l-humorado. - Obrigado, cara. Você é o melhor – falo indo embora. POV SARADA Entro em casa, passo pela sala vazia e caminho até a sala de jantar, onde o almoço está posto à mesa e meu pai sentado na mesma cadeira de antes, enquanto minha mãe traz os copos. Ele me encara como quem procura algo. - Tadaima - falo em tom normal, me aproximando. - Okaeri! – minha mãe responde sorrindo - como foi o passeio, querida? - pergunta curiosa, sentando-se à mesa e eu faço o mesmo antes de respondê-la. - Foi ótimo mãe - sorrio minimamente - fomos a um lugar muito bonito na margem do rio – falo simplesmente. - Rio? Estavam sozinhos? - meu pai pergunta grave, eu solto um riso nasalado e ele franze o cenho para mim, parecendo irritado. - Desculpe... sim, nós comemos e conversamos – falo tentando parecer à vontade em dar satisfação, ele parece mais satisfeito com a resposta e começa a comer, “parece que meu pai não tem a mesma qualidade da minha mãe afinal”, penso começando a comer também, mas depois dessa, sei que ele também não vai gostar de saber da minha i********e nesses últimos anos, “e não serei eu a contar, com certeza”, penso olhando em volta e o almoço segue silencioso. Acabo de comer e me levanto da mesa, levando meu prato à pia e subo para meu quarto, tomo um bom banho, precisava esfriar o corpo. Sinto o sono me abater quando saio do banho, então me deito para um cochilo, “ainda tenho tempo”, penso pegando no sono banhado de lembranças daquele dia tão memorável por motivos tão distintos, o dia em que percebi o que havia me tornado, que perdi totalmente o controle da minha sanidade e talvez da minha vida, visto que foi o dia que também ultrapassei alguns limites que não achei que ultrapassaria àquela altura e que meu pai não iria gostar de saber.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD