Não é possível que esse homem me chamou para fazer proposta indecente. Quem ele pensa que é? Nunca vou me entregar para um homem como ele. Penso enquanto me apreso para sair daquele lugar, estava virando a esquina quando ele me alcançou e segurou meu braço com brutalidade.
— O que foi? — Pergunto assustada.
— Ou Ariel, essa p***a tem regra e eu vou passar elas para você. — Diz bravo.
— Não entendo, você não... — Ele me corta.
— Ande na p***a da linha, se eu sonhar que entrou no meu morro para causar, vou meter uma bala na sua cabeça. — Diz colocando uma pistola na minha cara.
— Não... não... não... — Ele sorrir.
— Perdeu a língua? E o atrevimento demais cedo? — Pergunta irônico.
— Não se preocupa, não vou fazer nada para ofender o seu morro. — Digo e ele me olha.
— Não faça mesmo. E tem mais, para morar aqui eu preciso aprovar. Você não foi aprovada por mim.
— Quer que eu vá embora? — Pergunto nervosa.
— Não, eu não quero. Mas, se fizer alguma gracinha vou meter uma bala na sua cabeça. — Rosna.
— Eu não vou atravessar seu caminho. — Digo abaixando a cabeça, não iria desafiar um louco.
— Olha lá, a Ariel ta mansinha. — Diz sorrindo.
— Você é o dono desse lugar, o que eu posso fazer? — Indago.
— Papo reto, não procure brigas no meu morro. Odeio patifaria nessa p***a! — Avisa.
— Eu não vou procurar brigas. — A minha voz sai mais frágil do que o esperado.
— Se procurar, eu passo a máquina zero no seu cabelo! — Afirma. — Eu não quero fazer isso, Ariel.
— Não vou fazer isso. Eu não conheço ninguém, — Digo e ele sorrir.
— Olhe para mim. — Puxa meu rosto e nossos olhos se cruzam. — Sua diaba, você é linda demais. Não se atreva a ficar com nenhum filho da p**a nesse morro. Antes de t*****r com qualquer um, eu quero você! — Diz me pegando de surpresa.
— Não se preocupa, não vou t*****r com ninguém, nem mesmo com o Fera. — Digo desafiando-o.
— Você gosta de brincar com fogo? — Coloca sua mão no meu pescoço e passei a arma pelo meu corpo. Minha respiração ficou pesada e ele contínuo. — Você vai ser minha Ariel. Não queira pagar de emocionada, se imaginar que você está fazendo alguma coisa, vou destruir sua vida. — Afirma.
— Fera... — Ele em corta.
— Não converse com nenhum homem nesse morro. Não vá aos bailes, fique na sua e me aguarde. Vou manter contato com você. — Diz e se afasta.
Solto o ar que não sabia que estava segurando e perco a força das pernas ao me jogar no chão. As lágrimas molham meu rosto ao pensar que estou ferrada. Controlo o meu nervosismo e levanto-me de vez. Respiro fundo e prendo meu cabelo. Em seguida sigo para a casa da Sandy e assim que entro ela vem na minha direção.
— Amiga, você está bem? — Pergunta.
— Sandy, eu não sei se estou bem. — Digo chorando.
— O que ele queria? — Pergunto.
— O que todos querem de mim. — Digo e ela toca meu rosto.
— Amiga, você é linda e chama atenção dos homens. — Diz me confortando.
— Dessa vez eu chamei atenção do demônio. — Digo com lágrimas nos olhos. — Ele ameaçou cortar meu cabelo. Disse que se me ver com alguém vai me matar. Ele é louco. — Digo nervosa.
— p**a que pariu, você chamou a atenção do Fera. — Diz espantada.
— Isso é horrível, né? — Pergunto.
— Mana, ele é liberal, sei que dividi as mulheres dele, mas, você é virgem e isso pode enlouquecer o chefe. Isso não é coisa boa. — Diz.
— Amiga, ele colocou regras e disse que vai me procurar.
— Menina, acho que não foi uma boa você vir aqui. — Diz com um sorriso amarelo.
— Ele vai me obrigar a ficar com ele? — Pergunto chorando.
— Debora, o Fera não precisa obrigar a ninguém. Você é um bichinho indefeso na mira de um lobo m*l. — Ela diz.
— Amiga, eu vou embora. — Levanto-me.
— Como você vai embora? O Camilo está atrás de você. — Diz.
— Eu posso dar uma queixa, ou fazer alguma coisa. Como eu vou enfrentar um traficante de 1,85, forte e mão encarado? Olha para mim. — Digo nervosa.
— O Fera não vai te fazer m*l, mas você precisa obedecer. — Ela diz.
— Eu não vou me deitar com um traficante. Eu não vou ficar na mão dele. — Digo nervosa,
— Eu sei, não se preocupa. Ele vai esquecer isso. O Fera tem muitas mulheres ao redor dele. — Diz sorrindo.
— Eu espero que você esteja certa. — Digo.
— Deixa eu te fazer uma pergunta. Você o enfrentou?
— Eu disse que não ficaria com ele. — Afirmo.
— Debora, eu peço que controle esse seu gênio agressivo. Fera pode perder a paciência rapidamente. Ande na linha e evite os lugares que ele frequenta. — Ela afirma.
— Eu quero distância desse homem. — Digo e ela me abraça.
— Vamos esquecer esse assunto. Passa despercebida por ele. — Diz e eu a abraço.
— Amiga, eu vou tentar esquecer. — Abro um sorriso e ela me aperta nos seus braços novamente.
— Vamos esquecer tudo o que aconteceu. Que tal a gente tomar um açaí na praça mais tarde? — Pergunta.
— Não é perigoso? — Pergunto.
— Relaxa, pois ele não vai te fazer nada. Nos duas vamos tomar um açaí e voltar para casa. — Diz sorrindo.
— Amiga, eu vou pensar, hoje passei por muitas coisas e quero esquecer. — Digo sorrindo e meu telefone toca. — O que você quer, Camilo? — Pergunto.
— Quero que pare com essa palhaçada. Você sabe dos meus sentimentos por você e vivi correndo e mim.
— Camilo, me deixe em paz, eu já falei que prefiro morrer ao ficar contigo. — Digo nervosa.
— Para de palhaçada, ruivinha. — Diz e eu desligo o telefone.
— Amiga, era o Camilo? — Pergunta.
— Vou trocar meu número. O mundo caindo na minha cabeça, eu não quero mais um problema. — Afirmo levantando-me e sigo para o quarto.
Deito-me na cama e fecho os olhos tentando esquecer tudo o que aconteceu. O rosto do Fera vem a minha mente e o meu coração acelere. O cheiro amadeirado, misturado com álcool e maconha o deixa atraente. Esse homem é um perigo, seus olhos escuros mostram que ele não tem sentimento por nada, por ninguém. Não sei qual é o desejo dele comigo, mas espero que