Como conversaram até tarde da noite, Luy ficou para dormir ali com Alexa, pela manhã, quando ambos levantaram, trataram de preparar o café da manhã, enquanto conversavam, eles sempre tinham muito assunto, fosse sobre a máfia, ou sobre a vida pessoal deles.
— esqueci de te perguntar, conseguiu minha transferência para a faculdade que pedi?
— sim, por conta de suas notas impecáveis, o reitor não da faculdade não pensou duas vezes em te aceitar.
— ótimo. — após o café da manhã, Alexa acompanhou Luy até a porta, e o deu um abraço ali, nenhum dos dois tinha família, então se apoiavam um no outro e se consideravam família, sempre muito carinhosos um com o outro, naquele mesmo instante, Mark saiu de seu apartamento e ficou parado, olhando aquela cena.
— se cuida, qualquer coisa me liga. — disse Luy, em seguida cumprimentou Mark. — bom dia.
— bom dia. — ele respondeu de forma simples e seguiu ali parado enquanto Luy seguiu seu caminho e logo desapareceu da visão dos dois.
— será que seu namorado gostaria de saber que você andou dando em cima do vizinho. — Alexa riu, então disse.
— que horror, ele não é meu namorado, é meu irmão.
— desculpe, achei que fosse.
— estou solteira gato, quem sabe assim se anima.
— mas eu não estou.
— já disse uma vez, mas vou dizer de novo, eu não me importo. — ele apenas riu, achava engraçado o jeito atirado dela, nada mais que isso. — conheci sua namorada ontem, ela é linda.
— sim, uma mulher espetacular, ela me falou que você passou pra devolver a faca.
— sim e mais uma vez agradeço, me foi muito util.
— bom, eu vou indo, antes que leve uma cantada mais, tenha um bom dia.
— uma hora você vai ceder.
— não vou não. — disse ele enquanto seguia seu caminho para o elevador, ela riu, em seguida disse.
— tenha um bom dia.
— obrigado.
Sem nada para fazer naquela manhã, Alexa decidiu sair, foi as compras, tinha que comprar os materiais que usaria na faculdade, também queria comprar algumas coisas que estava sentindo falta. As compras duraram o dia todo, comprou tudo o que precisava e muito mais, era muito rica e usufruía de tudo que seu dinheiro podia a proporcionar. Era fim de tarde, Alexa seguia pelo corredor que levava até o elevador, foi quando escutou uma voz masculina atrás de si.
— se prometer que não vai dar em cima de mim, te ajudo com essas sacolas. — Mark brincou, ela riu e logo o respondeu.
— então acho melhor eu mesma carrega-las.
— deve estar pesado.
— um pouco, mais eu sou forte.
— me dá aqui, te ajudo. — disse ele, quando ela estava passando parte das sacolas para ele, uma delas caiu revelando alguns cadernos. — então você é uma jovenzinha estudante.
— não tão jovenzinha, mas sim, sou estudante.
— faculdade?
— obviamente, não sou nenhuma adolescente, estou cursando medicina, estou no ultimo ano.
— e quantos anos você tem?
— vinte e cinco, e você?
— vinte e oito.
— olha, pouca diferença. — ele riu e para mudar daquele assunto que ele já imaginava que acabaria em mais uma cantada, disse.
— realmente você é bem forte, essas sacolas estão bem pesadas.
— pois é. — claro que ela era mais forte que parte das mulheres, havia sido treinada para todo tipo de situação, carregas algumas sacolas não era nada pra ela. — se estiver achando pesado, eu posso leva-las.
— claro que não, eu sou um cavalheiro.
— se não quiser que eu fique cada vez mais encantada, guarda suas qualidades só pra você. — ele novamente riu.
— se você não fosse assim, poderíamos ser amigos. — disse ele, Mark havia gostado do jeito espontâneo e do humor dela, mas o fato dela sempre dar em cima dele, o incomodava um pouco, amava muito a namorada, e não pensava nem nunca havia pensado em troca-la.
— amigos com direitos?
— definitivamente não.
— que chatisse.
Quando saíram do elevador, Mark a seguiu até a porta do apartamento dela, que logo pegou a chave e abriu a porta, ele entrou levando as sacolas e as colocou sob o sofá.
— obrigada Mark, você é um doce.
— vou indo, até breve.
— qualquer dia você pode vir aqui, sei lá, a gente toma um vinho, talvez um jantar.
— ficar em um ambiente fechado com você por um longo período de tempo...obrigado pelo convite, mas dispenso.
— por que? medo do que pode acontecer entre nós dois?
— medo de você. — ele disse a fazendo rir.
— qual é Mark, estávamos agora pouco, só nós dois no elevador.
— pouco mais de dois minutos, e lá tem câmeras, caso tentasse me agarrar, o vigilante veria. — ele brincou.
— tudo bem, qualquer dia desses, quando meu irmão estiver aqui, te convido pra jantar com a gente, por que assim não vou poder te agarrar.
— você é um graça, vou indo, até breve.
— até lindinho. — ele sorriu sem graça, em seguida saiu a deixando sozinha. — ele ainda vai ser meu. — ela disse a si mesma, então mordeu o lábio inferior demonstrando o desejo que tinha por ele.