Era fim de tarde, Alexa havia enrolado o dia inteiro para ir ao supermercado, mas não tinha mais como tardar, precisava ir, ou ia ficar com fome, ela colocou um óculos escuros, pegou sua bolsa e saiu, no corredor, para sua alegria, encontrou Mark.
— oi Mark.
— oi Alexa, óculos escuros a essa hora?— ele perguntou.
— é que não dormi nada bem a noite, estou cheia de olheiras. — mentiu ela, na verdade havia colado aqueles óculos para não olhar na cara de ninguém, mas Mark era uma exceção e por baixo daquele óculos estava analisando cada parte de seu corpo, que desta vez estava coberto por um jeans escuro e uma camisa social. — voltando do trabalho?
— sim, foi um dia estressante, mas e você?
— indo a um supermercado, sabe me informar se tem um aqui perto?
— sim, segue direto na rua do prédio, tem um lá.
— obrigada gato.
— ah...melhor não me chamar assim, eu tenho namorada, na verdade, noiva.
— não sou ciumenta, eu vou indo, até breve gato. — ele apenas riu sem graça e seguiu em direção a seu apartamento.
Alexa seguiu em direção a portaria do prédio, o porteiro tratou de usar seu controle para abrir o portão para que ela pudesse sair, mas ela queria primeiro bater um papo com o porteiro, queria descobrir mais sobre seu vizinho.
— boa tarde meu bem, poderia me dizer uma coisa?
— claro, pergunte o que quiser. — ele disse empolgado, não era todo dia que tinha uma bela moça lhe chamando de meu bem.
— comprei o apartamento da cobertura e tenho um vizinho, saberia me dizer quem é ele e o que faz da vida.
— ele é um CEO, dono de uma empresa que produz cosméticos, o nome dele é Mark Olegare.
— querido, muito obrigada pela informação, é que sou uma pessoa muito reservada e me preocupa saber quem vai estar no meu convívio.
— entendo senhorita, mas não precisa de se preocupar, o prédio é muito seguro.
— agora vou indo, preciso ir ao supermercado.
— boas compras. — desejou o rapaz, havia se encantado com Alexa, se soubesse que ela só era doce quando lhe era vantajoso.
Compras feitas, já em casa ela guardou cada coisa em seu lugar, em seguida foi para a sala, onde sentou no sofá e pegou seu celular, nele havia algumas mensagens, parte delas ela ignorou, leu apenas as de Luy.
— investigando o terreno em que estamos pisando, não vai acreditar no que descobri, um homem ligado ao Dylan Pasquali tem falado m*l de você. — ela leu em voz alta, em seguida respirou fundo e efetuou uma ligação para Luy que não tardou em ser atendida. — quem é o desgraçado que ousou falar m*l de mim?
— um tal de Laster.
— e o que exatamente ele tem dito, preciso saber pra decidir se mato ou apenas torturo.
— está dizendo por ai que você é uma p**a, que já transou com mais da metade da máfia italiana, e que Dylan levou sorte de não ter casado com você, pois provavelmente estaria cheio de chifres, e que você só é o que é por conta dos homens que te rodeiam.
— então que dizer que só sou o que sou por conta de homens, espero que ele não se importe em morrer pelas mãos de uma mulher.
— se quiser podemos fazer uma visitinha pra ele amanhã.
— tem o endereço dele?
— sim, que tal inaugurarmos a casa que te falei com uma pequena sessão de tortura?
— uma pena que não temos brinquedos pra usar com ele, mas dou um jeito, arrumo nem que seja uma faca de cozinha.
— então nos vemos amanhã.
— nos vemos amanhã.