Era manhã, Alexa acordou com a campainha tocando, ela levantou de sua cama, tudo que usava era uma calcinha minúscula e uma camiseta, ao chegar a porta da sala, ela abriu e viu que se tratava de seu melhor amigo e braço direito, Luy.
— como você atende a porta desse jeito?
— não tem nada demais, por que veio me acordar a essa hora da manhã?
— da tarde você quis dizer.
— estava dormindo, estava muito cansada, que horas você chegou na cidade? — ela perguntou, Luy também havia se mudado para Pescara, para poder ficar perto de Alexa e também para agir ao lado dela.
— cheguei pela madrugada, m*l dormi, tinha que vir aqui saber se estava tudo certo.
— você nem pra deixar uma garrafa de agua pra mim, ah, aqui somos irmãos ok. — ele riu e perguntou o porque, já imaginava que havia um terrível motivo para aquilo.
— você conhece o gato que mora no outro apartamento?
— não.
— gostei dele, como sei que você vai vir aqui com bastante frequência, não quero que ele ache que tenho namorado, vou investir nele.
— tinha que ser, agora vai botar uma roupa decente.
— por que, está olhando por acaso?
— sabe que não te vejo desse jeito, te vejo como uma irmã.
— então faz um favor pra sua irmãzinha, compra alguma coisa pra gente comer e agua também.
— tudo bem, agora vai se vestir.
Alexa seguiu para o quarto, tomou um demorado banho, não como gostava, pois não tinha ali os muitos produtos que gostava de usar na pele e no cabelo. Depois de ter feito sua higiene pessoal, ela se vestiu devidamente e seguiu para a cozinha de onde havia escutado um barulho, ao chegar lá, Luy havia colocado umas sacolas sob a bancada e estava a preparar a geladeira, ao terminar a ligou.
— pronto dondoca, esta limpa, tem agua e refrigerante ai, mas depois você vai ter que ir ao supermercado.
— já disse que te amo?
— você sempre diz isso.
— e os armamentos, conseguiu arrumar?
— sim, mas ainda não chegaram, eles vão ser levados para uma casa, que vamos usar para as reuniões.
— perfeito. — Alexa pegou a sacola de pão, em outra havia queijo e presunto fatiado, ela colocou dentro de um pão e deu uma mordida.
— sabe que o tal Dylan Pasqualli é bem ativo por aqui. — ela revirou os olhos e disse.
— não quero saber desse ai, mas se ele interferir no meu trabalho, não vou pensar duas vezes em destruir ele.
— imagina se tivessem casado.
— já estaria viúva a um bom tempo, sabe que foi isso que planejei desde o início, mata-lo um pouco depois do maldito casamento que meu pai e o pai dele haviam planejado, assim ficaria com os dois sobrenomes, responsável pelo poder dos dois. — Alexa era ardilosa, não costumava se sujeitar a nada, sempre dava um jeito de virar o jogo para seu favor.
— as vezes me custa acreditar que dentro desse corpinho de anjo, existe uma alma podre como a sua.
— eu poderia ser de outro jeito, mas foi pra isso que fui treinada e você não é nenhum poço de virtudes.
— ninguém nesse meio é.