Entre segredos e a máfia

Oito anos depois

Oito anos depois

Alexa tinha se tornado uma das pessoas mais temidas na máfia italiana, ela havia passado a atender apenas por seu sobrenome, estava cumprindo a ideia de seu pai de deixar o sobrenome Guehardi marcado no mundo da máfia, a aquela altura já havia conseguido, mas pretendia fazer muito mais, mas isso não agradava a muitas pessoas naquele meio, constantemente era ameaçada, então para manter seu paradeiro sempre oculto, ela se mudava com certa constância, nunca para fora do país, sempre dentro da Itália, afinal, ali estava seu trabalho, sujo trabalho. Em uma dessas constantes mudanças, ela já tinha um novo destino, Pescara, onde seu braço direito havia tratado de comprar um luxuoso apartamento para que ela pudesse residir no tempo que estivesse ali.

No aeroporto, Alexa pegou suas duas malas, com cara de poucos amigos, a ruiva saiu as puxando, fora do aeroporto ela pediu um taxi que logo parou e a ajudou a guardar as malas, ela então passou o endereço de sua nova morada e em seguida o taxista deu partida. Já no prédio onde iria morar, ela entrou no elevador, o destino era a cobertura, onde havia apenas um apartamento a mais fora o dela, o que ela achou bem agradável, não queria ter que lidar com vários vizinhos chatos, com sorte, poderia ate ter bons vizinhos, talvez alguém que passasse maior parte do tempo viajando, ou um casal de velhinhos que dormem a maior parte do dia. Ao entrar em seu apartamento, ela sentiu o cheiro de moveis novos, tudo ali havia sido preparado para ela, estava de seu agrado, afinal, Luy, seu braço direito e melhor amigo, que havia se encarregado daquilo, ela deixou as malas largadas pela sala, então foi em direção a cozinha, sua boca estava seca e pretendia tomar agua, mas ao abrir a geladeira teve uma surpresa nada boa, não havia nada ali, a geladeira estava desligada, ainda com os plásticos de proteção da parte interna, era nova.

— luy, você me paga, o que custava ter ligado e colocado ao menos uma garrafa de agua. — ela disse a si mesma. — bom, esta na hora de conhecer meu vizinho ou vizinha. — Alexa caminhou em direção a porta, arrumando seu belíssimo e longo cabelo ruivo, ao sair de seu apartamento caminhou uns metros e parou em frente a porta que havia ali, então tocou a campainha, depois de cerca de um minuto, viu a porta se abrir e em sua visão, um bonito homem, cabelos loiros bagunçados, olhos verdes brilhantes, uma barriga sarada que estava a mostra, pois tudo que o belo homem usava era uma calça de moletom.

— boa noite, posso lhe ajudar em algo? — ele perguntou educadamente.

— pode sim, o que acontece é que acabei de me mudar para o apartamento que fica logo ali, cheguei agora mesmo do aeroporto e me dei conta que não tem agua para tomar, estou muito cansada e não queria ter que sair a essa hora em busca de um lugar para comprar, poderia me dar ao menos um copo de agua? — ela perguntou docemente, sabia ser bem doce quando queria e precisava.

— claro, já volto. — disse ele, em seguida fechou a porta.

— melhor vizinho não podia ter, que gato. — ela disse a si mesma, Alexa era acostumada a ter todos os homens que queria a seus pés, todos rendidos por sua beleza, o cabelos ruivo brilhava, os olhos eram azuis como o céu, a pele impecável, um rostinho de anjo que não condizia nada com sua personalidade, a porta novamente se abriu, Alexa ate sorriu ao ver o belo homem novamente.

— aqui esta, é...qual seu nome?

— me chamo Alexa, e você?

— me chamo Mark, aqui está a agua e seja bem vinda.

— obrigada, você é um doce.

— se precisar, estarei por aqui. — ele disse educadamente, ela não queria perder a oportunidade de dar em cima daquele homem que tanto havia lhe chamado atenção.

— também estou por aqui, para exatamente tudo que você precisar, gato.

— bem...boa noite. — ele disse um tanto sem graça.

— pra você também gato, ate mais, ele fechou a porta, então ela seguiu para seu apartamento, ao entrar, trancou a porta e disse a si mesma. — que fofinho, tímido, mas eu pegava muito, pretendo pegar muito.