CAPÍTULO DOIS

1405 Words
As folhas das arvores balançavam criando uma sintonia única arrastada pelo monótono vento do fim do verão, criando ondas por cima das árvores secas que cobriam a floresta de sangue. Sobre os olhos de Odessa tudo parecia calmo como deveria estar. O castelo sem as crianças ressoava os seus passos e seus pensamentos. — Mestre Heráclito — Odessa adentra a sala do velho mago, que como sempre estava absorto entre pilhas de pergaminho e livros velhos que se misturavam com os bustos queixosos da sala. E após sondar o ambiente, a bruxa nota que o mago não estava sozinho na sala. — Devil. — o bruxo apesar de sua robusta estrutura passava despercebido no ambiente. Sempre resguardado nas sombras, acobertado pela mesma. — Odessa, algum receio do ano que nos recai ? Se tiver algum ! Pode se juntar a Devil. — o mago atira com bom humor que não foi partilhado por Devil, que não gostando nada de ter sido entregue naquela conversa dar um pigarro grave, alertando ao mestre Heráclito para ter mais cuidado com suas palavras. — Creio que o sobrerano não tens os mesmos receios e cuidados para com os alunos que eu tenho Heráclito. — Rebate Odessa de m*l grado. Apesar das escolhas de Devil no ano retrasado ter contrariado até mesmo suas palavras ao escolher Lyra, a bruxa ainda não sabia se Devil deteria seus próprios anseios de vingança. — receio que esteja enganada Odessa. Agora mesmo Devil estava comentando a sua preocupação com retorno de uma aluna específica a Academia. — informa Heráclito e os alertas de Devil se torna mais grave, a sua expressão apesar de enigmática atravessar o mago. Mas esse sequer sentiu, pois deu um sorriso por de trás de sua farta barba se divertindo com as preocupações do soberano. — Eu também tenho uma preocupação. Com uma aluna específica professor. Mas receio que não devemos afasta-lá da Academia. Não é a decisão da maioria. — Odessa rebate ocultando o círculo, pois não sabia até onde Devil tinha informações a respeito da organização e seus membros. — Se está referindo ao Circulo senhora Salem. — o tom de voz de Devil destilava. — a decisão não cabe a eles. — e parou grave e autoritário ao ditar quem dava as regras. E Odessa por um momento ficou impactada ao perceber que Devil sabia mais do círculo que ela esperava. — E cabe a quem senhor Domini ? — pergunta Odessa esperando não somente uma confirmação de uma pergunta, mas a confirmação da lealdade do mesmo, mas o alquimista apenas retornar olhar para Heráclito, como dele tivesse que vim a resposta. — Senhora Salem, receio que deva ser a primeira saber. Mas Devil a muito tempo e um m****o secreto do Círculo. — e apesar de não vim a resposta que Odessa esperava, essa também a surpreendeu. — Um m****o ? — de modo que ela indagou com uma sobrancelha levantada. — Sim senhora Salem. — E porque és um m****o secreto ? Porque os demais membros não podem saber ? — Questiona Odessa e nesse momento ela pode jurar que no rosto de Devil surgiu um sorriso torto e trapaceiro. Mas ela não tinha certeza porque o bruxo se escondia muito bem por de trás de sua armadura de nobreza. Uma nobreza e elegância que disfarçava até o mais c***l caráter. — Digamos que por agora, para os dois lados da moeda e importante que Devil sejas apenas um m****o secreto. — Salientou Heráclito. — A propósito, qual sua decisão referente a menina Devil ? Quero encarregar Odessa de informar ao Circulo. — com isso Odessa torce o nariz contrariada, mas aguarda a resposta do alquimista. — Então informe ao círculo, que a garota não irá retornar a Academia para esse ano letivo. — e dado a sentença, Odessa se retirar da sala, sendo ela não somente encarregada de dar tal fatídica notícia, mas também de criar uma boa desculpas para dizer que não havia uma opinião no Circulo que importava, além de Devil Domini. ☆ ~ ★ No dia seguinte Lyra acordou animada para o café da manhã. Tão animada que sequer penteou seus longos cabelos. Ficando com uma aparência um tanto selvagem. Um pouco parecido com seu Pégaso em uma gaiola, que estava com sua pelubem toda arrepiada. Entre seu rosto a única coisa que era visto na nuvem de cabelos enrolados era fino nariz da menina, que curiosa se inclinava na escada, não vendo ninguém a vista. Talvez estejam todos na cozinha ! Ela pensou e correu para o local, mas invés de encontrar a Sra. Brown atrás do fogão, ela encontrou seu padrinho, que pelo cheiro queimava panquecas. — Pestinha ! Sente aí. O café da manhã está quase pronto. — Gael tentava virar uma panqueca atrapalhado quase fugindo do fogão, que jogava em sua direção manteiga derretida. — Cadê a senhora Brown padrinho ? — pergunta Lyra se sentando na cadeira. Bem distante do fogão para sua própria segurança. — Ah os Brown's — Gael se jogou para o lado desviando da manteiga. — eles tiveram que ir em algumas lojas decadentes. Não lembro bem a onde. — Responde Gael desligando o fogo e colocando uma panqueca com borda queimada no prato que foi entregue a Lyra. Que não querendo ser ingrata com o esforço do padrinho, que realmente não cozinhava tão bem quanto a Sra. Brown, pega um garfo para comer. — Pedi a eles para comprar algumas coisas para cozinha e roupas novas para você. — Lyra parar o garfo na boca, mesmo sabendo que o padrinho vinha de uma família de grandes bruxos e tinha uma fortuna considerável, ela não gostava que ele gastasse tanto com ela. — Não precisa padrinho ! Eu tenho tantas roupas. — Eu sei Lyra. — Gael senta na frente de Lyra parecendo sério, deixando a bruxa preocupada. — Mas você precisa de algo mais formal. Como um vestido. — e colocar as mãos juntas na mesa de madeira. — Porque eu preciso de algo formal ? Fui convidada para um baile ? — Não ! — Gael olha par as mãos. — Lyra a Corte suprema quer que você esteja na próxima audiência. Mas eu realmente não desejo que você vá. — e em seguida olhar para afilhada com um pesar cortante em sua direção. — Mas ela precisa ir Gael. — e nesse momento Hermes adentrar o cômodo, fazendo Lyra largar de vez o garfo em suas mãos. — a sua liberdade depende do testemunho dela. — Se sua liberdade depende disso, eu vou. E não tem nada que senhor possa dizer ou fazer que irar fazer eu mudar de ideia. — Lyra diz firme. — Lyra... — Não padrinho ! O senhor não pode me pedir para eu ficar. Eu também fui uma vítima de Rheia. Eu também quero minha vingança. — Lyra se levanta da cadeira determinada. — Você deveria querer justiça Lyra ! Não vingança. — Hermes diz entrando na frente da afilhada. — e é por isso que você irá na Corte Suprema. Para buscar justiça. Entendeu ? — Pergunta Hermes, Lyra então cruza os braços e acena positivamente parecendo contrariada. — Agora termine o seu café. Eu preciso conversar com o espinheto. — dito isso, Lyra conhecendo o apelido de Gael, pegar o seu garfo e voltar panquecas queimadas. Então seu padrinho que estava sentado na sua frente, dar um sorriso para ela e se retirar da cozinha junto a Hermes. — Oque houve ? Aconteceu alguma coisa ? — pergunta Gael quando se afastada da afilhada o suficiente. — Eu recebi uma mensagem da poeira ? — responde Hermes baixo puxando Gael para o canto do hall. Tinha quase certeza que Arthur estava na sala de reuniões. Então ele não podia usá-la. — De quem ? Heráclito ? — Não, foi enviado por uma coruja. Tenho quase certeza que pertence a professora Salem. — A professora Salem ? — o rosto de Gael por trás de sua barba se torna confuso. A bruxa não era muito presente no Circulo. — Sim ! Ela pede uma reunião com todo o Círculo. — Hermes responde e pela sua expressão também achava suspeito. — Concerteza ela deseja passar algum recado de Heráclito. Vamos marcar uma reunião com todos depois da audiência. — Porém mesmo incerto dos objetivos de Odessa com reunião, Gael decide aceitar a reunião inesperada.
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