Em nome do pai

Capítulo 17

Com as informações sendo levadas para todas as direções, o perigo voltou a rondar o reino de Florença. Dimitri não podia descansar ou a qualquer momento pior poderia acontecer, precisavam estar em alerta. Após conversar com a maga, ele voltou para o quarto e conversou com Marisa…

- Você confia em mim, bela?

- Claro que sim! - Ela respondeu acariciando o rosto dele, Dimitri queria sorrir para ela, mas o medo de expor a rainha a algum perigo estava tirando a paz de seu coração.

- Eu te amo muito Marisa, quero que permaneça aqui e não saia de jeito nenhum.

- Ficar aqui presa? - Ela questionou com tristeza em seu olhar.

- Sim, minha amada, meu coração está apertado e não quero sequer pensar, que algo aconteça a você. Por isso, eu quero que permaneça aqui e segura!

- Mas e você?

- Ficarei bem se você ficar bem, promete para mim?

Marisa abaixou o rosto, mas ganhou um beijo apaixonado nos lábios e conseguiu sorrir, mesmo que o medo ainda esteja dentro dela.

- Sim, eu prometo para você Dimitri.

Ele ordenou que os súditos ficassem sempre vigiando o quarto da rainha e ninguém entrasse a não ser ele.

Naquela mesma noite, uma rebelião foi organizada e os traidores pretendiam acabar com o reino.

- Começaremos atacando o palácio, não quero que deixem nada de pé!

Eles invadiram silenciosamente esperando dominar tudo e todos por lá. Muitas pessoas ficaram feridas, pois o ataque estava sendo devassador…

Mas Dimitri já sabia do plano deles, por isso havia cessado a batalha e esperava que eles entrassem para invadir o castelo, havia se preparado para isso. Ele não queria que chegassem até Marisa, por isso ordenou que cuidassem dela e não deixassem que nada e nem ninguém se aproximasse do quarto naquela noite.

Os invasores entraram pelos muros, o rei fingia estar surpreso e assustado, prestes a ser atacado.

- Chegou o momento de despedir-se do seu reino Dimitri.

Ele não demonstrou medo, apesar de estar cercado pelos inimigos, nesse instante, ele pensou na rainha e lançou sua magia.

Os invasores olharam para as palmas de suas mãos, eles estavam se tornando ** e desfazendo-se pouco a pouco.

- Não pode ser! - Um deles gritou, pouco antes de desaparecer. Alguns foram poupados e ficaram feridos na batalha… outros fugiram para a mata.

Dimitri seguiu derrotando os aqueles traidores que ainda ousaram tentar invadir o castelo, e desintegraram-se um a um.

Muitos corpos ficaram pelo chão e o combate daquela noite parecia encerrado.

- Verifiquem as casas, ajudem os moradores feridos e reconstruam as casas destruídas. Florença renascerá quantas vezes forem necessárias.

Ele avistou que o líder dos invasores ainda estava caído e não havia se desfeito como os demais, e o que ele não pode prever é que aquele desertor, apenas estava fingindo-se de morto, assim que Dimitri ia verificar seu corpo no chão e terminar o que havia começado, o homem o atingiu com um golpe usando um estranho objeto.

O som do golpe trouxe de volta os súditos que vieram correndo para ver o que havia acontecido e viram o rei ir ao chão. Dimitri caiu sentindo fortes dores e suas forças estavam acabando, quando de seu corpo, um rastro de gás n***o estava sendo emitido e os súditos ficaram muito assustados, pois nunca haviam visto nada parecido.

- Isso não parece nada bom. - Um deles indagou.

A maga Lucélia correu para verificar o que estava acontecendo com ele e o que era aquilo, usou várias combinações de feitiços, mas nada adiantou.

- Essa força n***a é como um verme parasita que está sugando a vida dele e invadindo-o pouco a pouco. - A frase dela os deixou ainda mais amedrontados.

- E o que faremos? Você é a única que sabe lidar com magia e que pode fazer algo por ele. - Um dos súditos perguntou.

- Tenho que trazer Marisa para cá. - A maga respondeu ao levantar-se.

No castelo, Marisa temia, sabia que planejavam alguma coisa, mas dessa vez Dimitri a deixou longe de tudo e em segurança. O coração dela estava apertado e prevendo que algo estava acontecendo com ele do lado de fora.

Marisa

Ele estava muito seguro de que nada poderia nos acontecer, sinto medo do que está acontecendo e só me deixaria aqui por algum motivo muito forte. Dimitri precisa de mim, assim como eu preciso tanto dele. Ela bateu na porta pelo lado de dentro, mas os súditos sabiam que deveriam vigiar pelo lado de fora e impedir que ela saísse ou alguém entrasse antes da ordem do rei.

- Preciso que me digam, o que está acontecendo?

- O rei nos pediu que a mantivéssemos segura!

- Eu quero sair, Dimitri precisa me contar o que está havendo.

Os dois súditos se olharam, ela era a rainha, mas ainda tinham que obedecer às ordens do rei e deram sua palavra de honra a ele. A maga Lucélia surgiu correndo e pediu que abrissem a porta.

- Não podemos fazer isso. - Um deles respondeu deixando-a mais ansiosa e assustada.

- Abram agora mesmo ou o rei Dimitri morrerá e a culpa pelo sangue dele, será de vocês dois!

Marisa ouviu a frase dela, ficou ainda mais aflita e desesperada para sair e poder fazer alguma coisa para ajudar o marido.

- Eu ordeno que me deixem sair desse quarto, com a ausência do rei… dou as ordens no reino. Abram, abram agora! - Marisa gritou de dentro do quarto e os dois não tiveram outra alternativa a não ser abrir a porta.

A maga a puxou pela mão e estava muito aflita e m*l conseguia falar de tão ofegante, por ter corrido tanto, mas tentou manter a calma para se fazer entender.

- Precisa vir comigo agora majestade, o rei Dimitri está em sérios apuros.

- Vamos agora mesmo! - Marisa não quis perder tempo pedindo maiores explicações.

As duas correram pelo castelo o mais rápido que conseguiram para chegar até ele e desviaram de toda a bagunça causada pelo ataque… casas em chamas e pessoas machucadas, Marisa temia que dessa vez o perdesse para sempre.