Bruna
Acordei já era quase meio dia, c*****o vei. Fui direto ler as mensagens no meu bebê, a Nat tinha me chamado pra ir ao shopping duas horas. Então levantei e fui direto chamar a Isa. Quando entrei em seu quarto ela não estava, também né, eu dormi mais que a cama. Desci e encontrei minha mãe na cozinha fazendo batata recheada.
— Mãe, cadê a Isa?
— Saiu cedo e até agora não voltou. Filha sem mãe.
— Que estranho.
— Cheguei! — Ouvi ela entrando gritando na sala. Fui correndo pra lá.
— Onde cê tava criatura? — Perguntei e ela deu um sorriso safado, então logo vi um chupão no seu pescoço. — Isabela de Deus — comecei a rir — encontrou o chupa c***a?
— Encontrei, ele é maravilhoso viu!
— Aí esquece. Vamos no shopping duas horas.
— Tá bom.
— E vai passar uma maquiagem nisso —disse rindo e ela subiu correndo.
Natália
Me arrumei e tirei uma foto p**a das galáxias, postei e o primeiro a comentar foi o Conrado.
Conrado: eitcha, mas tá poderosa essa n**a em?
Natália: Sempre fui meu amor.
Os meninos acabaram indo com a gente, era até melhor pois teríamos carona. Assim que chegamos no shopping fomos direto comprar Lays, porque essa batata é maravilhosa! Depois ficamos zanzando pelo shopping e acabamos comprando umas roupas.
— Vamos ver esse filme de zumbi? — Conrado sugeriu.
— Nossa, tinha que ser o retardado pra querer ver um filme desse.
— Nunca insulte Como Sobreviver A Um Ataque Zumbi — Caio disse dando um tapa na cabeça da irmã. E em seguida fez um high five com o amigo.
— Cinema é uma boa galera — Bruna concordou.
— Então fechou, todo mundo vai pro cinema — meu irmão disse. Mas eu sabia que era por causa da Bruna. Ele até poderia se dar bem, se não fosse por...
Matheus
— Amor! — A Laís gritou e veio na minha direção.
— Oi gata — eu ia beijar sua bochecha mas ela me deu um selinho.
O Conrado fingiu uma tosse: pegador. O fuzilei com os olhos.
— Que coincidência — ela sorriu.
— Pois é, o que ta fazendo aqui?
Ela levantou as sacolas.
— Então, a gente tem que ir porque senão perdemos a sessão do cinema.
— Podemos ir juntos? — Ela apontou para as amigas mais afastadas.
— Claro, será um prazer — Conrado respondeu antes que eu pensasse em uma desculpa para dar.
— Que bom — ela sorriu e foi até as amigas.
Por pouco não dei um soco na cara do Conrado.
Bruna
Fomos nas Americanas e compramos MUITA coisa pra comer. A tal Laís até era legal, mas as amigas dela eram nojentas, sério, tinham uma voz irritante, não comiam nada de gostoso porque é puro sódio, gordura e tal e ainda ficam se jogando pra cima do Conrado e do Caio. Minha irmã estava quase soltando fogos de artifício pelo nariz. Meu irmão nem com a gente foi, devia ta comendo alguma vagabunda por aí, o que deixou a Luísa super feliz, de verdade, ela não queria vê-lo nem pintado de ouro.
Quando chegamos no cinema sentaram o Matheus, a Laís, eu, a Natália, a Luísa, minha irmã, o Caio, a chata número um, o Conrado e a chata número dois.
O filme começou, e era um lixo. Só o Conrado que estava dando altas gargalhadas. Enquanto a Laís agarrava o Matheus, a Luísa dormia e minha irmã morria de ciúmes da menina se jogando pra cima do seu boy.
— Vamos sair? — Sussurrei pra Natália.
— Achei que nunca ia perguntar.
Nos levantamos e demos a desculpa que íamos ao banheiro, mas na verdade fomos pro Planeta Sport e ficamos dando tiros em zumbis.
Caio
— Aí que filminho r**m, por que a gente não curte outra coisa? — A garota disse quase jogando os p****s em cima de mim.
— Shiii, eu quero assistir — fingi estar concentrado na tela.
Na verdade eu estava concentrado na cara de b***a da Isa do meu lado, mano que vontade de bater no Conrado viu.
— Poxa — a menina reclamou.
— Cala a boca minha filha, tem gente querendo assistir o filme — a Isa xingou ela.
Eu achei uma gracinha aquela coisa morena e baixinha metendo marra pra cima de alguém. Mas a garota não tinha um pingo de vergonha na cara e continuou. Foi a gota d'água para Isa se levantar e sair do cinema. Respirei fundo e fui atrás. Encontrei ela pisando fundo lá na frente. Corri até ela e a segurei pelos ombros.
— Ei morena, calma.
— Calma, Caio? Você me pede calma? Agora eu sou obrigada a ficar vendo aquela vagabunda se jogando pra cima de você?
— Não marrenta, a culpa foi do Conrado que deixou elas virem com a gente.
— Você bem que tava gostando.
— Tá com ciúme é? — Dei um sorriso sacana.
— Claro! — Ela me olhou brava.
Engoli seco.
— Isa, eu não quero aquela mina atirada. Eu quero você. Desde a primeira vez que te vi eu desejei você.
Ela descruzou os braços e tirou o bico do rosto.
— Mas isso me incomoda.
— Não tenho culpa de ser gostoso, né?
Foi o suficiente pra receber um tapa.
— É brincadeira marrenta, vem cá — puxei ela para um abraço.
Luísa
Acordei com a tia da limpeza me cutucando. Ai que ódio daquele povo que não me acordou! Saí do cinema revoltada e acabei esbarrando em um menino e caindo no chão.
— Ei, não olha para onde anda?
— Não, pra andar eu só preciso das pernas.
Ele estendeu a mão e eu a peguei. Me levantei e limpei minha b***a. Ótimo, além de dormir no cinema eu caio no meio do Shopping.
— Qual seu nome esquentadinha?
— Não te.
— O que?
— Não te interessa.
— Eu sou o Henrique.
— Seria uma pena.
— O que?
— Se eu não tivesse te perguntado.
Ele riu.
— Você é cheia de marra.
— Você ainda não viu nada.
— O que acha de me mostrar?
— Dispenso — olhei ele de cima a baixo com um sorriso travesso nos lábios e saí andando.
Matheus
Depois do cinema consegui me livrar da Laís, e o Conrado ficou lá agarrando a amiga dela enquanto a outra que o Caio dispensou ficou com cara de b***a.
— Cara que gostosa — Conrado comentou enquanto andávamos pelo shopping procurando as meninas.
— Muito obrigado por me ferrar.
— Ferrar? Eu te ajudei. A mina é mó gata.
— Mas se você não percebeu eu estava tentando me livrar dela.
— Cara, quem quer se livrar de uma gostosa daquelas?
Revirei os olhos.
— Eu estava afim de outra.
— Hm, danadinho. Quem?
— A Bruna.
— A filha do chefão? Irmão, tenta brincar com o coração daquela ali que o cara come você vivo.
— Eu não ia brincar.
— Meu mano tá apaixonado? Vixi, perdemos um guerreiro.
— Vai se fuder.
Encontramos o Caio e a Isa se pegando em um banco, perto da Cacau Show, o Conrado foi lá e apertou a cabeça dos dois, depois começou a zuar. Tomou soco dos dois e eu fiquei rindo.
Bruna
A semana se passou e meu pai e eu estamos cada vez mais próximos. Minha mãe continua fazendo três pratos diferentes por dia e a Isa ainda dá suas fugidinhas pra casa do boy, logo perde esse cabaço. Era sexta feira e teria uma resenha na Pampulha e o pessoal estava muito animado, eu confesso que de tanto que eles falaram nessa festa acabei me animando um pouquinho também. O dia se arrastou. Comi uns três pedaços de torta tentando matar a ansiedade, mas não era fácil. Terminei minha tarde fazendo as unhas. Depois fui no salão e me depilei. Quando cheguei em casa eram sete e meia. Tomei um banho e hidratei o cabelo, quando saí do banheiro a Isabela tinha acabado de voltar da casa do Caio.
— Opa. Essa aí vai igual uma cinderela — ela fez fiu fiu e foi para seu quarto.
Ri e escovei meu cabelo. Quando terminei fiz minha maquiagem e fiquei uns dez minutos escolhendo minha roupa. Quando terminei calcei um salto, pus meus acessórios e passei perfume. Peguei meu celular e uma bolsinha com dinheiro e saí. A Isabela também saia de seu quarto, toda linda.
— Eita, o coração do Caio não vai aguentar.
— Será? — Ela deu um sorriso safado e riu.