Ainda naquela noite ouviu a movimentação sussurrada no quarto ao lado. Inicialmente se assustou, principalmente porque costumava estranhar quando dormia em lugares desconhecidos, mas ao escutar os risinhos da amiga deu-se conta de que era o noivo chegando na madrugada e aparentemente os dois tomavam banho na piscina privativa da "suíte da noiva".
Tentou voltar a dormir, mas sem sucesso. Decidiu então por um passeio e seus passos foram aos poucos conduzindo-a até a beira da praia. Não soube quanto tempo ficou ali embalada pelo hipnótico som das ondas, perdida em pensamentos, mas subitamente seu corpo se arrepiou por inteiro e ela foi tomada por uma sensação estranha...olhou em volta assustada, mas tentou afastar aquela sensação pesada que de repente tomava o ar a sua volta. Já havia decidido dar por terminado seu passeio dando meia volta quando além de sentir a "presença" ela distinguiu um vulto na escuridão...
_Olá! - chamou e imediatamente se arrependeu - Ótimo! Diga "olá" para o possível maníaco te espreitando no escuro, sua maluca! - pensou ela fechando ainda mais o robe e tratando de tomar o caminho de volta – Por isso que eu não bebo! Quando bebo faço coisas idiotas como passear numa praia deserta, desconhecida e escura no meio da noite. - prosseguiu apertando o passo e revirando os olhos para si mesma – Com a minha sorte serei morta e esquartejada e ainda vou estragar a festa de casamento da minha melhor amiga... - adiantou o passo na direção do hotel sentindo a cabeça zunir com todas as cenas de crimes que ela havia assistido.
_Esta perdida, bella? - disse uma voz masculina perigosamente perto dela que quase a matou de pânico. Chegou diante das portas duplas que davam acesso ao seu quarto tentando abrir, sem conseguir de tanto nervoso.
_Acho que precisa de ajuda, bella. – o dono da voz se aproximou por trás espalmando um dos braços na porta, com o outro envolveu firmemente sua cintura imprensando-a contra o vidro de costas para ele, mantendo-a imobilizada. Na posição que estava, mais do que ver o intruso, ela sentiu sua enorme estatura dominando-a assomando-se por trás dela. Sua mente de Criminal Minds começa a mandar ela identificar possíveis pistas para "identificar o agressor", porém, além de escuro ainda estava sem óculos. Mesmo assim conseguiu divisar mãos tatuadas...
_ Uma moça tão bonita não devia ficar vagando por aí à noite... Pode ser muito perigoso... - Ele falou ecoando a antiga ladainha da avó, fazendo com ela ficasse ainda mais alarmada. Tentou em vão se soltar, mas ao se debater, ele a apertava ainda mais e já estava tão colada nele que começou a sentir certas partes da anatomia do sujeito "crescendo" nas suas nádegas e na base das suas costas...
_Por favor... – pediu ela
_Por favor o quê? - ele quis saber enquanto cheirava seus cabelos enfiando o rosto em meio ao emaranhado de fios encaracolados. Ele soltou a mão que envolvia sua cintura e passando os dedos lentamente por uma das mechas de seus cabelos que havia escapado do coque frouxo que fizera para dormir. Seguindo o caminho dos fios, ele foi descendo com as costas da mão até um pouco abaixo da curva de seu b***o e parando justamente ali para fazer movimentos lentos, os nós dos dedos roçando no bico do seu seio esquerdo por cima do tecido fino da roupa de dormir. Ela tentava a todo custo enviar uma frase coerente para seu cérebro aterrorizado e também tentar enxergar seu captor em meio a semiescuridão e a sua miopia galopante.
Por favor...- repetiu – Me solte...- pediu enquanto ele parecia sequer estar escutando sua súplica. Para piorar toda a situação ela se arrepiou toda diante do toque dele em seus s***s e os b***s começaram a "apontar" e endurecer. Ao notar como o corpo dela reagia a seu toque, ele a apertou ainda mais abaixando a cabeça e gemendo perto de seu pescoço.
_ Você tem ideia de como que quero você nesse momento? - Um barulho vindo do quarto ao lado pareceu tirar Rina do torpor em que se encontrava e ela puxou o ar tentando gritar por socorro. Parecendo adivinhar sua intenção, o estranho tapou sua boca e avisou ameaçador - Nem pense nisso, bella. - Ela recomeçou a se debater com toda força sem conseguir se desvencilhar do seu agressor que, no esforço para subjugá-la, apertava ainda mais a mão sobre sua boca e nariz prejudicando sua respiração - Tinha que continuar tentando escapar daquele tarado! - pensava desesperada – Senhor Jesus! Não era possível que estava sendo atacada dentro de um hotel de luxo daquele! - foi seu último pensamento antes de sentir a escuridão tomar conta completamente de sua mente e o ar lhe faltar.
Acordou sobressaltada na manhã seguinte olhando em volta sem reconhecer direito onde estava: o quarto estava mergulhado na penumbra, mas ela, mesmo sem seus óculos, percebeu ainda mais alarmada que não estava no quarto que tinham reservado para ela no hotel! Seus olhos divisaram um vulto sentando numa poltrona próxima em meio a total semiescuridão que predominava no local.
_Buongiorno, bella!
Ela se sentou automaticamente na cama procurando pelos óculos que sempre mantinha à mão. Lembrando com pesar que "ela" não estava onde deveria estar... Automaticamente olhou para si mesma para saber se ainda vestia suas próprias roupas.
_ Sua desconfiança me insulta, bella. - ele comentou - Por mais que eu te deseje, e eu te desejo muito. Não sou um tarado, não curto n********a. - ela olhou para ele apertando ainda mais seus olhos míopes - Você estava desmaiada. Quando eu a tiver debaixo de mim quero-a quente, desperta e excitada gemendo e gritando meu nome; não como uma morta. – afirmou - Você me deixou preocupado... - continuou - mas meu médico já te examinou e você está bem, só precisa controlar sua pressão sanguínea...
Ele se levantou da poltrona fazendo-a se retrair - Peço desculpas. - ele falou notando a reação dela – Se soubesse que poderia causar danos teria sido mais prudente...- ele passou a mãos pelos cabelos aparentemente incomodado – O problema é quando vi você daquele jeito na praia, os cabelos ao vento, aquela camisola fina, o tecido desenhado cada pedaço desse seu corpo... - ele respirou fundo procurando se controlar e ela, para sua total consternação, sentiu seu corpo se arrepiar todo diante das palavras dele... - Tenho observado de longe há tanto tempo... te desejado tanto... - nesse momento ela ficou completamente confusa - estava ouvindo direito? Entendendo direito? - Já te esperei demais...
PRÓXIMO CAPÍTULO...
"...
Pare de se debater, me obedeça! - ele começou a praguejar em italiano e ela não entendeu nada - Estou falando para seu bem!
- Acha mesmo que vou confiar que você que tentou me violentar e ontem à noite e me trouxe contra a minha vontade para sabe-se lá onde está preocupado com minha segurança? - como ela iria sair daquela situação? Senhor Jesus! - Quem diabos é você e em nome de Deus, o que eu estou fazendo aqui? - ele a empurrou com mais força contra o colchão, uma das mãos desceu tateando sem cerimônia por entre as suas pernas
..."
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