Capítulo VI- Rafael Ferreira

2158 Words
— E ai já conseguiu dar uns pega nela? — Estava de canto sentado no bar, quando Isa entrou junto com Larissa, ambas de short curto, uma de top vermelho mostrando toda a barriga lisa, o caminho de pelinhos loiros a mostra, enquanto a outra de cropedd verde sem alças se aproximou, ignorei como se não fosse comigo, embora soubesse que era. Virei o copo de cerveja na boca, bebendo toda a cerveja, não poderia negar que as gurias eram mais fáceis, pouca coisa já tava no papo, com aquela gorda eu já tinha mandado flor, chocolate, salvo de bala, dado chocolate na boca, chamado pra um lanche e de nada, em nenhum deles tive sucesso. — Ei? — Quando Isa virou colocando seu rosto frente ao meu sentir o desafio nos seus olhos pretos, ela sabe que eu não presto, só ia esculhambar a sua irmã. — Porque tanta raiva da tua irmã? — Perguntei, ela já sabe a minha fama, todo mundo sabe que eu jamais pegaria alguém pra o bem, não é atoa que eu não me envolvo a sério com ninguém. A garota riu, o sorriso bonito, os cabelos cacheados soltos, cheio de molinhas bem bonita, uma parte loira a outra preta, do jeito que riu e suspirou por fim, ela podia ter qualquer homem pra ela, se ocupa nisso, e tava ali me cobrando por uma aposta sem futuro. — Pra ela deixar o meu noivo em paz, o que acha? A minha irmã é insuportável, você não tem ideia, se acha a rainha do bom senso, cheia de si, minha mãe faz questão de mostrar que ela é melhor que eu, precisa de mais? O Som rolava solto, o irmão dela que é chegado do chefe bebia no canto, ele não se envolve, mais é amigo de todo mundo aqui, daqueles chegados que tem moral, trabalhador, que sempre pega o baba com a gente, sem julgar, bebia de canto sentado com o chefe, vendo todo o movimento, e de lá eu via ele balança a cabeça falando as coisa pra o chefe quase a pé de orelha, era nítido pra mim que falava dela, Isa, mas ela não se importava com nada. — Talvez se tu resolvesse ajudar em casa. — Falei com zombaria, não precisava ser um gênio pra saber que ela não faz nada em casa, é o tempo todo nas portas, a guria botou as duas mãos na minha frente, mostrando as unhas bem grande pintadas de vermelho. As mãos pequenas delicadas, mas as unhas já dava pra sentir o estrago de longe. — Acha que eu tenho mãos pra ser dona de casa? Eu vou quebrar as minhas unhas, e além disso não nasci pra isso, tem a Dandara. Olhei dela pra a amiga, não vendo algo diferente, não importa a qualidade, a ocupação, gente como nós, não se importa se a mulher é correria, é guerreira, o importante é se estar disposta. — Agora mesmo aquela retardada tá lá lavando os pratos, eu vou ficar em casa em pleno domingo fazendo isso? — Levantei quando o chefe me olhava, mesmo que o lance deles fosse de relâmpago se tem uma coisa que eu não quero é problema por isso, não ia perder a amizade por causa de uma p**a qualquer. — Eu tenho cara de donna de casa? — Gritou em tom mais elevado, não olhei nem virei pra ela, só me aproximei do balcão pedi duas quentinhas, mandei entregar na casa da gorda, se ela lavava os pratos agora, vai saber que horas ia comer, quando o irmão chegou disse que limpava a casa, não é preciso fazer muito esforço pra saber tudo que se passa na casa de todo mundo aqui. O moleque entregou rápido, foi num pé voltou no outro. Esperei que ela saisse porta a fora, botasse as caras, mas não apareceu, só a mãe que fechou o portão segurando as sacolas. Cocei a cabeça pensando no trabalho, se eu desistir a gorda vai acabar queimando a minha reputação na quebrada, o que vai ter de resenha me chamando de vacilão, fraco, rejeitado por uma mulher como ela, não tem noção, me arrependi da hora que me meti nisso, olhei em volta do bar vendo os parceiros, Isa já rodava o chefe, a mão até tentou descer no peito dele, oferecida como sempre, mas ele se saiu. Acho que pra não fazer feio pra o irmão dela, o chefe não queimou, o irmão olhava o chão na hora, dava pra ver a vergonha que tem, é estranho como uma irmã é fechada demais, e a outra aberta pelas duas, bebi e ouvi o som até a tarde, quando a cerveja me pegou, desci pra o barraco, me joguei no sofá, bêbado tirei o meu cochilo, quando acordei alguém me cutucava, colocando o dedo em minhas costas. Virei vendo Isa e a amiga, Thamires, a última que mechia em mim, enfiando o dedo pra mim acordar. — O que tu quer? Não conseguiu ganhar a coleira do chefe? — Não perdendo o tempo pra gastar com a cara dela. — Minha amiga tem uma surpresa pra você. — A guria já vinha se ajoelhando, amarrando o cabelo numa posição que eu já conhecia bem, não recusei quando abriu a minha bermuda, já pegando no meu m****o, o moleque não ia recusar o boquete aquela hora, essa que eu nem sabia qual seria. — Surpresa? — Perguntei desconfiado, até a novinha meter a boca, caindo com tudo nele, engolindo e chupando bem experiente, o t***o já me preenchia o corpo, percorria pelas minhas veias, subindo até a nuca, a magrela é tão boa nisso, que só segurei a sua cabeça sem ter mais vista em Isa. — Que boquinha gostosa morena! — Gemi induzido pelo momento prazeroso que ela me oferecia. — Pode ter muito mais! — A voz de Isa que respondia, ela de pé assistindo tudo como se mandasse na magrela v***a de short ajoelhada no sofá, me chupando bem safada. — E o que tu quer? — Não n**o que a ideia me agradava bem, e muito bem afinal, as duas ajoelhadas fazendo ia ser uma loucura, a fama do que Isa sabe fazer com a lingua, até aguenta as socadas fundas na garganta, geral sempre passou nas rodinhas de conversa, enquanto traga o baseado. — Você já sabe o que eu quero. — Molhei os lábios vendo que não ia segurar mais tempo, os arrepios já denuncia, até os meus ovos já dava sinal que eu ia deixar a garota alimentada. — Tá dificil p***a! — Gemi um pouco rouco, mas ela deu de ombros. — Insiste, ela não é de ferro, aquela banca dela tem que ser quebrada, ela não é melhor que ninguém aqui é? Não, isso eu sabia que não era, mais que a gordinha é difícil, já tava aprendendo e descobrindo na prática, quando ela se tornou o meu próprio desafio, e ainda assim eu não consegui nem levar pra lanchar. — Aí tu complica véi. — Respondo, sem esconder a dificuldade. — Os espasmos vieram, o liquido saiu levando um pouco de força, eu encarava mais, muito mais, mas sabendo dos interesses das duas, m*l terminou a limpeza, guardei a minha máquina pra dentro. Não tem como fazer negócio desse jeito, o homem não tem como nem pensar, já vi os parceiros perder a vida por causa de mulher, eu que ia entrar num negócio com uma, recebendo de outra um oral delicioso? Não, sou o****o a esse ponto não. — Eu te ajudo no que precisar, liberar a casa quando ela tiver sozinha, dizer onde pode ir, sei lá, ela não vai sonhar que eu tenho algo haver com isso, não precisa ser muito. A guria agora já vindo com um ar de súplica na minha direção, ajoelhando pegando em meu joelho, só ela e os trouxas podia mesmo cair no papel de vitima dela, eu já fico alheio. — Por favor Jão, se não me ajudar, é capaz de minha mãe me botar pra fora de casa, por causa dela sabia? — Segurei na sua nuca pelos fios de cabelos, olhei na sua cara, fazia a cara de cachorro caindo da mudança na chuva. — Não sabe quem é a Dandara, aquilo é uma peste, inventa história, mente sobre mim e ainda faz a minha mãe brigar comigo, até o Paulo acredita nela. Me disse com uma cara de choro, mastiguei o nada, como ela nós também é apontado no morro, como vagabundos, miseráveis, preguiçosos, os crentes se acham melhor que todo mundo aqui, mas na hora que erra não quer que ninguém saiba. — Só porque canta, se acha dentro de casa, tudo é dizer que é da igreja que é um anjo, que jamais faria isso, aquilo, minha mãe só acredita nela. — Eu ainda tava duvidando de Isa, não ia acreditar totalmente nela, já tinha visto a irmã dela nos corre, indo e vindo dos trampos, mas a minha vontade de quebrar a crista dela, era minha, bem, só porque ela é difícil, complicada, e o melhor, se acha melhor que eu. — Depois que eu ficar com ela, vai me deixar em paz? — Vi a garota assenti levando um sorriso nada bom de acreditar no rosto, a cara lavada, já tinha bebido algumas que eu sei. — Quero tu e tua amiga de joelho pra mim depois, as duas. — Se olharam, a morena esperava que ela desse a resposta, aquele tipo de amizade do leva, faz tudo que a outra manda. — Ham ram, prometo. Isa respondeu dando o sinal, só levantei do sofá, catando a minha pistola, só me enrolando cada vez na situação da gorda que não me dava bola, por ela ter chegado na madrugada em casa, tive certeza que não ia sair domingo a noite, mas a igreja estava aberta, no anoitecer, a sua rua já se tornava a minha passagem, qualquer oportunidade já era boa, estava descendo quando ela saiu de casa com mais duas garotas, toda do seu naipe, a filha do pastor, a dentuça que Rick chupava os p****s, da última vez até deu uma dedada pra ver se é virgem mesmo. A outra, um pouco gorda também, faz uns penteados de criança, enche o cabelo de creme, cacho e laço, os vestidos coloridos e estampados ridículo, laço, fita em tudo que é canto, a infancia saiu dela, mas ela não saiu da infância, as três conversava e ria entre si, no meio das duas, logo vi a minha vítima, numa jardineira jeans azul, tênis branco nos pés, o cabelo cacheado dividido do lado, curto como sempre, um preso de lado. Segurando o violão, mas rindo e falando com as duas, eu nunca tinha visto desse jeito, parece ter um motivo pra ri de repente, me aproximei das três, deixando a arma marcar bem na cintura. — Boa noite! — As cumprimentei educadamente, as duas olham para ela, que me olha, os olhos negros intensos, lhe vejo suspirar fundo, o rosto limpo, sem maquiagem, a sua pele não é manchada, é escura, mas não tem mancha. — Danda, ele esta falando com você. Uma das garotas bate em seu braço, com o cotovelo falando e rindo. — Boa noite Jão! — Ela disse seria, toda a graça parece ter ido de repente. — Só Jão? — A cheia de laço pergunta pra ela, baixo, mais eu escuto, as três riem, como três idiotas e em seguida saem correndo, preciso nem dizer que ela já esta um pouco velha pra se comportar como tal, olho para trás vendo as três correndo em direção a igreja. Volto a descer as escadas do beco, depois de resolver as pendências na quebrada subo outra vez, paro na igreja, lhe vejo na frente cantando, ela canta sempre? Não n**o que cante bem, mas sempre está cantando, tem algumas pencas de velhos sentados, espero o culto acabar, até que vejo sair sozinha. — As suas amigas parecem ter algo mais interessante a fazer no domingo a noite. Como perder uma virgindade por exemplo, ela trancava a porta da igreja quando vira num impacto de susto, já deveria ter se acostumado comigo. — Oh que droga, você sempre faz isso! — A mão vai ao peito farto, gordo enquanto fala. — Do que tem medo? — Pergunto ao me aproximar da porta e dela. — De tiro? De gente como você. — Dou risada, gente como eu? Parece que a sua irmã não estava brincando quando me disse aquelas coisas. — E o que gente como eu ia fazer com você? — Olho para a garota de baixo a cima, cruzando os braços. — Matar? torturar? Raspar a cabeça? Não seria bom ser gorda e careca, as pessoas já não me olham, careca...— Dou risada quando queria manter a minha seriedade. — ...então ia ser uma tragédia.
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