Capítulo 13 : As evidências

1100 Words
Mãe do Lucas narrando Chego em casa e vejo que Lucas não está na sala, ele geralmente fica a tarde toda jogando lá. O que tá acontecendo? Será que aconteceu alguma coisa? Eu subo as escadas, chamando o nome dele, mas Lucas não responde. — Lucas! — eu chamo mais uma vez, mas ele não responde. Eu vejo que a porta do quarto dele está fechada. Eu abro a porta e quando me aproximo, vejo que Lucas está dormindo. Eu tomo um susto ao ver uma forma que parece que tem alguém deitado do lado dele e vejo que ele estava em um sono profundo. Eu me aproximo devagar e quando puxo o lençol, vejo que eram só dois travesseiros e lençóis empilhados, ele estava acordando. — Hm? Mãe, o que foi? — pergunta ele com a voz sonolenta. — Nada não, filho — digo a ele. — Por que você estava dormindo neste horário? — Eu acabei ficando com sono e fui dormir, mãe — diz ele, bocejando. Deve haver algo de errado, digo para mim mesma. Eu vi o calção dele lá embaixo jogado no sofá e vejo marcas de garras na parede. Lucas está trazendo alguma garota aqui para casa talvez? — eu me pergunto, mas não digo nada. — Quando você quiser jantar é só descer tá, querido? — digo isso, saindo do quarto e fechando a porta. Lucas e Ryan — Ryan, ela já foi, sai daí — disse Lucas. — Ok, vou sair, mas meu calção tá lá embaixo. Não posso sair só de cueca por aí — diz Ryan. — Eu vou buscá-lo e você fica aí! — diz Lucas. — Como se eu tivesse escolha — disse Ryan de forma sarcástica. Lucas se vestiu e foi jantar. Os pais estavam cansados demais para notar que Ryan tinha deixado seu calção perto do rack. Lucas passou rapidinho perto do rack e chutou o calção de Ryan para baixo para os pais não verem. — O que é isso daí? — pergunta Roberto, olhando na direção de Lucas. — Isso o quê? — perguntou Lucas, com medo do pai estar se referindo ao calção no chão. Roberto estava apontando para uma maquete que estava próxima ao rack de onde Lucas tinha chutado o calção de Ryan. — Ahh, tá, essa é uma maquete sobre Brasília, a capital do Brasil — disse Lucas tentando disfarçar com um sorriso amarelo. Roberto se aproximou para analisar a obra de perto, tão perto que ele podia ter visto o calção de Ryan, mas para a sorte de Lucas ele não percebeu o calção. — Quem fez esta maquete? — O Ryan e eu — disse Lucas. — Estou orgulhoso de você, filho — disse Roberto, que depois foi se sentar na mesa, pois estava cansado e ao mesmo tempo, a mãe do Lucas começa a servi-los. Narra Lucas Meus pais estão me olhando com um olhar meio malicioso. Meu pai olhou para a minha mãe e passou a mão na minha cabeça, sorrindo. — Filho, eu sei que você está trazendo uma garota pra casa e dormindo com ela — dizia Roberto enquanto, em pensamento, Lucas dizia que essa garota era o Ryan e se segurava muito para não rir. Lucas olhou para a sua mãe e ela estava com um sorriso orgulhoso. — Como assim? — eu pergunto. — Nós somos seus pais, a gente te conhece, filho — disse a mãe. — Você anda meio agitado, parece meio aéreo e tem até uns arranhões pelo seu quarto — diz a mãe. — Não, eu não estou trazendo ninguém aqui — eu digo. — Os lençóis da sua cama estavam sujos — disse a mãe. Nesta hora, Lucas ficou vermelho. — Quem é ela? — perguntou meu pai. — Ela quem? — perguntou Lucas. — Não se faça de desentendido, Lucas. Quando você vai nos apresentar a garota? — falou o pai, sorrindo. — E-E-Eu não sei do que você está falando — disse gaguejando. — Deixa ele, Roberto. — disse minha mãe. Eu termino o meu jantar e, meio envergonhado, vou me sentar no sofá como quem não queria nada e fico mexendo no celular. Até que, teve um momento que minha mãe estava pegando umas roupas no quintal e meu pai entrou no banheiro. Nessa hora, eu peguei o calção de Ryan que estava embaixo do raque e levo para ele. Ryan ainda estava debaixo da cama. — Por que demorou tanto? — ele perguntou. — Eu estava jantando — sussurro para ele e peço para ele se vestir rápido. Na mesma hora, eu escutei alguém subindo as escadas de novo. — Ryan, sai pela janela! — sussurrei para ele, com medo dele ser visto. — Não dá! — disse Ryan debaixo da cama, ainda colocando o calção. E então, alguém bateu na porta e quando eu apareci para abrir, era meu pai. — O que você tá fazendo aí, Lucas? — perguntou ele. — Nada, pai, tô só procurando uma chinela — digo a ele. — Mas você tá calçado. Por um acaso, não estaria escondendo a garota aí não, né? — disse meu pai. — Não tem ninguém aqui, pai — disse Lucas com medo dele olhar embaixo da cama. Mas Roberto, ainda assim, entra no quarto, liga a luz e percebe que a cama estava bagunçada. Quando ele se aproximou da cama, sentiu um cheiro de guaxinim e se abaixou para ver se havia alguém debaixo da cama, mas não tinha nada ali. Meu pai deixa o quarto, me olhando com um olhar desconfiado enquanto Ryan estava no guarda-roupa e eu solto um suspiro de alívio. Ryan saiu pela janela, trepando em uma árvore próxima à janela. Ele consegue descer, olha para trás e me dá um adeus. — Adeus, Ryan — eu disse baixinho para que meus pais não escutassem enquanto acenava para ele, admirando aquele lindo guaxinim de pelos listrados indo embora, com o vento balançando seus pelos. Vejo seu sorrisinho malicioso e uma cara mascarada de um ladrãozinho que roubou o meu coração. Narra Ryan Cheguei em casa e minha mãe estava preocupada com o porquê de eu ter demorado tanto. Eu digo que estávamos fazendo uma maquete. Eu entrei no banheiro e comecei a me lavar, quando termino, vou jantar. Depois, escovo os dentes e vou dormir pensando no Lucas. Aquele lobinho não sai da minha cabeça — pensou Ryan na cama, tentando dormir. Os pais de Lucas desconfiavam cada vez mais dele. Eles notaram que no peito dele tinha marcas de garras e as roupas dele também.
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