A vingança de Leonardo

3885 Words
07 de maio de 2019 Narrador narrando Leonardo tinha pego um forte resfriado e ficou acamado durante quase uma semana e estava se sentindo muito fraco, ele teve que se afastar dos esquemas do grupo, mas foi tempo suficiente para que seus dissidentes e seus inimigos se reunissem contra ele. Leonardo se dirigia até o ponto de encontro, onde estavam outros lobos como de costume enquanto Leandro, um dos lobos que era dissidente dele, planejava junto com Gustavo, o lobo marrom, sequestrá-lo e matá-lo. Junto com eles estavam uns dez lobos, razoavelmente armados. Leonardo estava se dirigindo ao local para averiguar algumas mercadorias que seriam despachadas. Naquela mesma tarde, um grupo de hienas estava planejando um ataque bomba contra Leonardo. As hienas estavam indecisas e estavam com muito medo pois as tentativas anteriores de eliminar Leonardo haviam falhado, era como se ele sempre conseguisse prever o que ia acontecer ou descobrisse os culpados e logo depois os perseguindo e os assassinando logo em seguida. As hienas estavam reunidas em uma chácara afastada com alguns outros animais e tinham feito uma festa para mascarar que estavam tramando. — Aquele filha da p**a simplesmente não morre. — diz uma das hienas. — Por pouco escapei com vida. — diz a gata Outra hiena diz — Eu já tentei atirar nele, mas parece que alguém tinha sabotado a metralhadora e ela não funcionou na hora, aí ele acelerou o carro na gente, nós corremos para a floresta e ele ficou atirando na gente. — E pior — diz um gato — ele sempre consegue eliminar todas as evidências contra ele. É como se a justiça estivesse sempre do lado dele. — Leonardo tem que morrer! diz a gata — Já basta todo o m*l que ele causou. — Como nós vamos eliminar ele? — diz uma das hienas — Ninguém consegue se aproximar dele, uma vez um dos nossos foi observar a casa dele e foi morto de maneira h******l! — Simplesmente, ninguém consegue chegar muito perto dele, Leonardo é muito misterioso. — diz a gata. — Existe um rumor de que o pai dele era híbrido de hiena com lobo e que aquelas terras foram tomadas por umas hienas e depois Leonardo foi lá e as tomou na bala. — diz a hiena — Isso são rumores, podem não ser verdade, o pai dele não parecia ser híbrido. — diz o gato. — Que tal a gente s********r o filho dele? — diz uma das hienas. — Tu tá maluco?! — diz o gato — Se a gente fizer isso ele vai colocar nossa cabeça a prêmio, você quer que seus filhos morram? Ele vai mandar aqueles cachorros dele pra cima da gente e da nossa família. — Já parou pra pensar que alguns parentes dos inimigos de Leonardo simplesmente sumiram — uma das hienas diz pensativa e triste. — Se a gente conseguir se livrar dele, pode ser pior, vocês já pararam para pensar? Leonardo só mexe com quem mexe com ele. E se Leandro assumir o grupo no lugar de Leonardo, pode ser pior, ele é a favor de sair matando várias hienas indiscriminadamente e ele faz parte da ala mais radical e fanática do grupo. — O nosso trabalho ia está longe do fim, a gente teria que m***r todas as seis lideranças do grupo, o que é quase impossível, já que a gente m*l consegue chegar perto de Leonardo e olha que ele é o mais vulnerável deles. — diz o gato. Uma das hienas começa a chorar e a gata também. — Meu pai foi metralhado pelos lobos na minha frente, eles entraram na minha casa e metralharam todos eu só sobrevivi porque consegui me esconder debaixo da cama. — diz uma hiena. — Eu quase morri naquele dia, minha amiga raposa foi morta só porque ela conseguiu enganar um dos lobos e roubou um quilo de arroz pra dar de comida para os filhos dela. — diz a gata — Nós já fomos buscar ajuda com o governo — diz a outra hiena — mas o governo tá controlado pelos lobos e eles não fazem nada. — Eu vou m***r Leonardo, nem que eu morra também! — diz a hiena que teve a família morta. Narrador narrando Era quatro da tarde, Leonardo se dirigia ao local em uma limusine toda preta e blindada, acompanhada de outros cinco outros carros, dois na frente, dois nos lados e um atrás. Os carros pararam a alguns metros do ponto de encontro atrás de umas moitas e os lobos que estavam no local indicado não notaram muito a presença dos veículos. Leonardo sai da limusine com um revólver na cintura, estava vestido com uma calça jeans e camisa preta e estava usando óculos escuro, Leonardo começa a caminhar em direção ao ponto de encontro e de dentro dos carros saem vários lobos com armamento pesado, eram vinte lobos no total. Vendo que Leonardo se aproximava, Leandro dá o sinal para os lobos mais dissidentes entrarem em ação, mas todos recuam ao notar todos aqueles lobos fortemente armados. Ninguém fez nada, Leandro nem sequer conseguiu chegar perto de Leonardo enquanto Gustavo se aproximou de Leonardo e o cumprimentou como se nada tivesse acontecido. Leonardo aperta sua mão sorrindo e olhando para Gustavo, todo o grupo dissidente estava borrando de medo porque Leonardo tinha percebido o que estava acontecendo. — Leandro! Vem cá, quero te mostrar uma coisa. — diz Leonardo. Leandro se aproxima dele e Leonardo pega o revólver da cintura e o coloca na mão de Gustavo e diz. — Mate-o. — Que?! Não, eu não posso fazer isso, ele é um dos nossos! — diz Gustavo quase chorando. Leandro começou a chorar, ele estava se borrando de medo — Por favor não chefe. — diz ele. — Eu não vou fazer isso! — diz Gustavo. Na mesma hora os lobos que estavam fortemente armados pegam seus fuzis e apontam na direção do grupo dissidente — Ou faz isso, ou eles morrem. — diz Leonardo. Gustavo começou a sofrer uma enorme pressão, com os lobos dizendo pra ele apertar o gatilho e Leandro implorando para não morrer enquanto Theo, o irmão de Leonardo, ficou no carro não queria ver aquela carnificina, ele raramente saía com Leonardo. — APERTA O GATILHO GUSTAVO! — gritava Leonardo. — Eu não vou! Não posso fazer isso! — dizia chorando. — É o seguinte, eu vou contar de um até cinco e quando eu chegar no cinco. OU VOCÊ APERTA OU TODOS AQUI VÃO MORRER! — gritou Leonardo — Aperta Gustavo! — gritou um dos lobos dissidentes que estava desesperado — SE VOCÊ NÃO APERTAR, EU JURO QUE TE MATO! Leandro fechou os olhos e Gustavo puxou o gatilho, mas era uma arma falsa e Leonardo deu um sorriso quando ele apertou e não havia saído nada. Leonardo começou a dar risadas e os dois nervosos também. Até que Leonardo naquele momento teve uma idéia diabólica, de repente ele sacou uma arma de verdade e disparou contra Leandro na cabeça e ele cai no chão. — NÃO!! — Gustavo grita e os lobos metralharam o grupo dos dez lobos que dançaram enquanto os disparos eram feitos, ficando depois empilhados um em cima do outro — Me acompanhe Gustavo. — disse Leonardo. E Gustavo resolve não contrariá-lo enquanto o acompanha até a limusine, morrendo de medo. Gustavo ainda teve que ficar cara a cara com Leonardo, se sentando de frente para ele e naquele momento Gustavo não sabia se lamentava por si próprio ou por Leandro ter morrido. A limusine deixou o local junto com os outros carros, mas dos dez lobos um conseguiu sobreviver. Leonardo leva Gustavo para uma mata fechada e Gustavo ficava se perguntando se iria sobreviver. A limusine estava se aproximando do local, Gustavo suava frio e suas orelhas estavam baixas, até mesmo Theo que estava do lado de Leonardo estava com medo. A limusine parou em uma clareira, Leonardo saiu do carro e disse para Gustavo descer também, Gustavo desce e um dos lobos sorrindo, pega uma pá e oferece com uma das patas e Gustavo teve um calafrio pois sabia muito bem o que acontecia a seguir. — Pegue a pá Gustavo. — dizia um dos lobos. — Por favor, eu não quero morrer. — diz Gustavo enquanto os outros lobos sorriam. Theo ficou dentro da limusine, ele não queria ver o que iria acontecer. — Pegue a pá Gustavo, isso é uma ordem! — disse Leonardo com firmeza enquanto Gustavo se tremendo todo pega a pá, seu coração estava a mil e ele conseguia até escutar suas batidas. Leonardo manda Gustavo caminhar e ele obedece, depois Leonardo diz para ele parar e começar a cavar. — Eu vou cavar minha cova? — pergunta Gustavo se tremendo de medo. — Apenas siga minhas ordens e descubra. — diz Leonardo com frieza. Chorando muito Gustavo começa a cavar e fica dizendo que não queria morrer e pedindo perdão enquanto isso os lobos ao seu redor caiam na gargalhada inclusive Marshall, um dos lobos do grupo que se deliciava ao ver aquela cena. Gustavo estava cavando até que uma hora, a pá finca em uma sacola plástica. — O que é isso? — pergunta ele nervoso. — São as mercadorias. — diz um outro lobo sorrindo Gustavo começa a rir de nervoso, sem entender nada. — Você vai entregar toda está mercadoria para o intermediário — diz Leonardo, sorrindo e colocando a mão em seu ombro — Você só tem mais esta chance, se você falhar, pode preparar seu caixão. Obrigado Sr. — diz Gustavo aliviado — Eu não vou decepcionar. Gustavo retira toda a mercadoria que foi colocada em um dos carros e junto com os outros lobos deixou o local. — Sr. e quanto aos lobos que foram mortos, o que faremos com eles? — pergunta um dos lobos Leonardo apenas sorri e diz — Foram as hienas que fizeram aquilo — e todos entenderam o que Leonardo quis dizer com aquilo. Leonardo faz um discurso para os outros lobos — Todos vocês tem tudo o que vocês quiserem, apenas peço que sejam cautelosos e não me traiam, temos que continuar juntos se quisermos continuar mandando em tudo, lembrem-se, se eu cair todo mundo cai! — e todos entenderam a mensagem. Leonardo estava mais forte do que nunca, havia conseguido eliminar de vez seus dissidentes, era apenas uma questão de tempo para ele conseguir eliminar o que restou do grupo dissidente de hienas e da oposição no grupo. Já eram umas 6:40 e já estava anoitecendo. Leonardo estava voltando para casa em seu carro, até que ele viu Lucas, o garoto estava no supermercado e Leonardo decide ir até ele se certificar que o garoto ia ficar de bico calado. Lucas estava distraído colocando alguns produtos na cesta, quando ele virou e viu Leonardo tomou um susto, não havia ninguém no corredor e Lucas estava com medo porque a pistola estava com um silenciador e não havia câmeras no local — É melhor você ficar calado garoto, vai ser melhor para todo mundo. E lembre-se, se eu descobrir que você falou alguma coisa, você e sua família terão que cavar. — diz Leonardo e Lucas sente um arrepio na espinha — E-e-eu não vou falar senhor Leo. — gaguejou Lucas quase chorando. — Não chore. — diz Leonardo passando a mão na cabeça do garoto, ele deu um sorriso e foi embora desaparecendo nas ruas. Logo em seguida Ryan aparece e pergunta confuso — Tá tudo bem Lucas? — Lucas diz que sim e que foi só uma falta de ar. Leonardo retorna para o carro, mas ele não esperava que uma surpresa o aguardava. Enquanto o carro passava pela avenida, ela estava interditada e tinha uns cones do meio da avenida. Leonardo ficou desconfiado pois ele não ouviu falar de nenhuma obra por perto e a avenida estava sem nenhum buraco ou obra em andamento. Havia uma hiena vestida como trabalhador da prefeitura, ela sinaliza para o carro virar para uma rua à direita e Leonardo obedece. Aquilo tudo era um plano para matá-lo, quando Leonardo entrou na rua a direita, a hiena vestida de trabalhador da prefeitura acompanhou o carro e estava com um revólver, era a hiena que teve a família metralhada pelos lobos. Ela acompanha o carro com um ódio cego, a rua que Leonardo entrou estava meio escura e ele desconfiando de tudo, se prepara para pegar o revólver. Uma outra hiena, havia feito uma bomba às pressas e ficou esperando Leonardo estar a uma distância em que ele acertasse facilmente o arremesso e um gato estava com um revólver no fim do beco só esperando o momento certo. Quando Leonardo avança mais um pouco, dois pneus do carro furam pois havia pregos na rua. — p***a é essa?! — Perguntou Leonardo sacando o revólver, na mesma hora uma das hienas que estava em um muro, joga a bomba no carro, mas a bomba foi m*l armada e não explodiu, somente amassou a parte da frente e rolou na direção do gato. Na mesma hora, a outra hiena se aproxima e começa a dar disparos e o gato também. Depois de um tempo, a bomba explode, ferindo o gato com os estilhaços dela e ele deixa sua arma cair, a qual por conta do impacto da queda, dispara e acerta a outra hiena no pescoço. Eles atiraram cegamente enquanto Leonardo estava abaixado e não levou um tiro sequer pois o carro era blindado. Ao ver o que havia acontecido, o gato, mesmo ferido, corre até a hiena para ajudá-la, enquanto na mesma hora, Leonardo sai do carro e atira na direção dos dois. O gato tentou correr, mas levou dois tiros nas costas e caiu morto, e a hiena disfarçada levou um tiro na cabeça. Leonardo ainda atirou na direção dos telhados tentando acertar a que estava hiena que havia jogado a bomba, mas sem sucesso. Não demorou muito e a ambulância chegou e Leonardo foi logo atendido, ele não se feriu gravemente somente ficou com alguns arranhões. No dia seguinte, ele apareceu na tv e da maneira mais hipocrisia possível, culpando as hienas pelo que havia acontecido e as acusou de estarem tramando m***r os lobos, defendendo que deveria haver uma repressão maior para combater o contrabando e a criminalidade, já que como chefe de polícia da cidade, ele tinha o dever de proteger todos os cidadãos de bem que só querem trabalhar honestamente para sustentar as suas famílias. Enquanto Leonardo aparecia na tv, os lobos estavam assistindo e estavam contentes e entenderam bem a mensagem. — O chefe é um gênio. — dizia um dos lobos e os demais aplaudiam. Já as hienas ficavam com mais medo, algumas choravam e diziam — Agora tudo vai piorar, eles vão começar a nos m***r indiscriminadamente. Em algum lugar um pouco longe dali, em uma estrada de terra no meio dos matos, Gustavo o lobo marrom e seu grupo esperava os intermediários chegarem para entregarem todas as mercadorias. Gustavo ainda estava suando frio por ter visto aqueles lobos serem mortos e ainda sentia vontade de chorar por Leandro, mas teve que engolir todo o choro. Gustavo estava trêmulo e os outros dois lobos receosos pois iriam entregar as mercadorias para dois foragidos muito perigosos que tinham a fama de m***r por qualquer motivo. Gustavo pegou um comprimido, colocou na boca e bebeu um pouco de água, pela estrada estar toda escura, deixava o ambiente ainda mais macabro — Eu ainda não acredito que o Leandro está morto. — pensou Gustavo enquanto tentava acalmar os nervos. Os dois lobos prepararam o revólver na cintura enquanto viram um carro se aproximar — Deve ser eles — disse um dos lobos. O carro deu meia ré e parou perto do carro onde Gustavo e os outros lobos estavam. De dentro do outro carro saíram dois cachorros marrons brutamontes, eles eram enormes e estavam usando roupas pretas. Os lobos ficaram com um pouco de medo, mas não quiseram admitir que estavam com medo de dois cachorros. Gustavo e os lobos saíram do carro e começaram a fazer as trocas, eles estavam praticamente no escuro, a estrada só estava sendo iluminada pela lua e pelos faróis dos carros. Gustavo e os outros dois lobos estavam se arriscando demais pois havia um grupo formado por policiais de vários estados no local, a procura dos dois criminosos e o risco dos lobos serem pegos junto com os dois era enorme. O grupo de Gustavo e os dois cachorros não falam muito, só realizaram a troca das mercadorias e depois voltaram para a estrada. Minutos depois, eles escutaram no rádio que aqueles dois cachorros haviam matado dois policiais a bala naquela estrada de terra baldia e que haviam sido descobertos por um grupo de 10 policiais exatamente às 8:25. Gustavo respirou aliviado pois se o grupo demorasse mais 5 minutos naquele local, a possibilidade deles terem sido mortos era grande ou de terem sido pegos e presos. Gustavo havia conseguido escapar da morte pela 2 vez em um dia. Os outros dois lobos foram para suas casas e Gustavo ficou sem saber o que fazer, ainda incrédulo que Leandro havia sido morto tão de repente, Gustavo estava sozinho no carro e começou a chorar descontroladamente lamentando ter perdido Leandro. Gustavo ficou meia hora chorando e tendo ataques de raiva, chegou até a pensar em ir pessoalmente até a casa de Leonardo e matá-lo por ter feito aquilo, mas tinha medo. Então decidiu ir até onde Leandro estava — Ele poderia não ter morrido, talvez haja uma chance dele ter sobrevivido. E se a bala não fez um ferimento tão grave? E se ela passou de raspão? — pensava Gustavo em negação. Gustavo ligou para o Gustavo, o lobo branco e contou o que havia acontecido, o lobo branco preocupado foi dirigindo até onde ele estava. O lobo marrom dirigiu até o local onde Leonardo havia atirado no grupo dissidente. Estava escuro e frio no local, mas ele não se importou, ele só queria salvar o Leandro, o lobo marrom pegou uma lanterna e a usou para iluminar o local. Ele foi caminhando e só encontrou uma pilha de corpos empilhados um em cima do outro, nesta hora se sentiu tonto e com um pouco de falta de ar, então ele caiu de joelhos sem poder caminhar. Gustavo estava sentindo que ia desmaiar, mas mesmo tonto ele respirou fundo e pegou um comprimido que estava na sua cartela, tomou e levantou do chão. Ao iluminar alguns corpos furados de bala começou a vomitar por conta da visão e do cheiro deles. Os barulhos que algumas moscas faziam ao redor dos corpos dos recém mortos o atordoavam, mas estava determinado a chamar pelo Leandro. — Você não pode ter morrido. — disse Gustavo chorando. — Leandro! Leandro! — Chamava Gustavo desesperado enquanto iluminava os corpos Gustavo iluminou um corpo que estava morto no chão com um olhar sinistro com moscas ao redor da boca. — Credo! — Disse Gustavo. — Por favor, alguém! — disse um gemido vindo de trás de uma árvore — Leandro é você? — Perguntou Gustavo correndo até o corpo O corpo estava perto de uma árvore e era outro lobo — Por favor, me ajude, eu tô sangrando muito. — disse o lobo segurando com a mão dois buracos na barriga que haviam sido feitos a bala. — Você não é o Leandro. — disse Gustavo saindo de perto do lobo. — Por favor Gustavo, não me deixe aqui! — disse o lobo em lágrimas o segurando a cauda de Gustavo, quando ele se virou para ajudar, o lobo apagou e Gustavo ficou desesperado, colocou a lanterna na boca, pegou o lobo e o levou até o carro. Gustavo não sabia o que fazer, se ajudava o outro lobo ou se continuava procurando o Leandro. Gustavo disse para o corpo inconsciente que não iria demorar muito então ele o deixou no carro, pegou a lanterna e voltou a procurar. — Leandro! Me diz que você tá vivo. — gritava Gustavo iluminando os corpos Gustavo encontrou o corpo do Leandro caído no chão com um enorme buraco de bala na testa. — Leandro! Leandro! — gritou Gustavo correndo até o corpo, mas o corpo estava morto. — Por favor me diz que você tá bem, você não pode ter morrido, LEANDRO! LEANDRO! — gritava Gustavo desesperado balançando o corpo. — Por favor não, me diz que você está fingindo, isso não pode ter acontecido, por favor — gritava Gustavo enquanto chorava. — Eu te amava tanto Leandro, por que você foi fazer isso? — Gustavo sentiu alguém o pegar pelas costas e era o lobo branco. — Me larga Gustavo! — disse o lobo marrom. — Ele já tá morto, vamos sair daqui antes que a polícia chegue. — disse o lobo branco — Não! Eu só quero ficar com o Leandro. — disse o lobo marrom se soltando e se deitando perto dele — Por que você foi sempre tão teimoso e cabeça dura? Eu te disse que isso acontecer. — disse o lobo marrom ainda aos prantos. O lobo branco comovido começou a chorar também e tentava consolar o Gustavo, mas era inútil. Então o lobo branco teve que tirá-lo à força e o colocou em seu carro — O que você está fazendo?! Se a gente não ajudar ele, ele vai morrer! — disse Gustavo — Leandro! Leandro! você vai voltar não vai? — Perguntou Gustavo enquanto chorava — GUSTAVO! — gritou o lobo branco o dando um t**a na cara para ele recuperar a razão — SE A GENTE NÃO AJUDAR ESTE LOBO, ELE VAI MORRER! Gustavo então caiu em si e mesmo inconsolável, ele saiu dali com o seu carro e o lobo branco foi o seguindo em outro carro. Os dois chegaram em uma estrada, ligaram para a ambulância e com todo o cuidado, eles colocaram o corpo perto de uma estrada em cima da uns papelões e ficaram esperando a ambulância aparecer atrás de umas moitas. Os dois observaram a ambulância chegar e o corpo ser levado sem muita certeza se aquele lobo iria sobreviver. O lobo branco abraçava o lobo marrom que estava inconsolável, ele estava tão fora de si, que acreditava que a qualquer momento Leandro voltaria a vida. Com muito trabalho o lobo branco o acompanhou até sua casa, o lobo marrom deixou o carro em frente a sua casa e acompanhou o lobo branco até o esconderijo deles. 1:30 da manhã — O que você tá fazendo Gustavo? — Perguntou o lobo branco levantando da cama — Eu vou buscar o Leandro, ele não pode ficar naquela estrada sozinho. — Não, você não vai. — disse o lobo branco — Eu vou. — disse o lobo marrom — Ele já morreu. — disse o lobo branco e o lobo marrom começou a chorar de novo, mas o lobo branco o abraçou tentando consolá-lo. — Era para a gente ter levado ele no médico, ele tá lá, sozinho e sem ninguém! — Ele se foi, agora só temos um ao outro. — disse o lobo branco. Enquanto o espírito de Leandro, observava tudo sem poder fazer nada.
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