Cap 4

1006 Words
Duda e Marco Dizem que a gente não manda nas coisas do coração e eu era prova disso. Eu precisava usar a razão, sabia que não podia mudar de lado assim, na verdade, depois de tudo que o Leo fez por mim, me cuidando sabe, era minha obrigação ter mais gratidão Depois daquele acidente, o que levou o meus pais assim, tão inesperadamente, eu me vi sem rumo. A gente era uma família feliz, não tinha posses, mas quem disse que a gente precisa disso pra ser feliz quando se tem casa, comida e amor de família? Só não passei fome mesmo por conta do Leo, mas a minha cabeça não conseguia desviar o pensamento daquele homem, do Marco, por isso eu estava disposta a fazer até uma loucura pra chamar a sua atenção Aline - O que? Você está louca? Duda - Ele vai parar amiga, eu tenho certeza Aline - Mas e se ele não parar? Duda - Se ele não parar, eu vou morrer tentando chamar a sua atenção Aline - Não faz isso amiga, o nível de loucura já subiu pra hard, vamos pensar direitinho e além disso, ele nem te conhece amiga, você sabe, esse povo não pensa duas vezes antes de fazer gente distraida no meio da rua, de asfalto. E se ele não parar Duda? Duda - eu já pensei e decidi que não quero ficar aqui parada, sem fazer nada, imaginando que o Marco pode estar pegando todas do outro lado do morro. Vai ser hoje amiga, espia Claro que eu sabia que o risco era grande, que o Marco podia não me dar a importância que eu estava toda na disposição para dar para ele, aliás, eu estava querendo dar muita coisa para o Marco Mesmo assim, eu não dei pra trás Coloquei uma roupa mais comportada, não porque eu queria, mas para prevenir a minha acabada no asfalto da rua e fui, só com a cara mesmo, a coragem eu deixei pra trás A Aline me acompanhou, mas no caminho todo, ficou me dando sermão, tentando me convencer que a loucura não valia a pena Ficamos paradas numa esquina qualquer lá, na frente de um bar, dos lados daquelas cadeiras de plástico. Eu pesquisei, vi que ele vinha para o bar com frequência, não bebia, mas gostava de passar o tempo ali Demorou mais do que eu esperava, os caras lá, os bebum, até tentaram me jogar aquelas cantadas baratas de velho bêbado, mas a única coisa que eu conseguia prestar atenção era aqueles bafos azedos Cara, como demorou . . . mas depois de algumas horas, já querendo socar a cara da Aline por ela ainda tentar me convencer de que o Marco não valia a pena, eu escutei de longe o ronco da moto Ela não viu diferença das outras mil motos que passaram na frente do bar, mas eu reconheci, aquele som era da moto do Marco Duda - É agora amiga Aline - Meu Deus do céu, só toma cuidado pra não morrer Duda - Pode deixar Eu não sai logo de cara, não fiquei dando bandeira, deixei ele se aproximar bem, senão, não daria certo Aliás, eu fui um pouco mais pra cima na rua, porque sabia que ele iria parar no bar, então, ficar ali na frente não me adiantaria. Assim que ele se aproximou e que eu tive certeza que meus cálculos estavam corretos, eu saí correndo de próximo da calçada e fui pro meio da rua Foi por pouco, por muito pouco, em milésimos de segundos eu consegui rezar dez pai nosso e quase me casar inteira, graças ao céus que eu não tinha nosta no cú Marco - Tá maluca menina Lógico que eu fiz um drama, a moto não relou no meu corpinho, mas eu joguei ele no chão e fiquei ali, curtindo os meus "aí aí aí ai" Ele desceu da moto, fixou ela no asfalto, deu a volta e depois, me estendeu a mão. Na minha visão, eu estava contemplando um Deus grego Marco - Bora, levanta, tá chamando muita atenção Eu segurei aquela mão como se minha vida dependesse daquilo Marco - Presta mais atenção guria, desse jeito, uma hora tu consegue abreviar a tua vida Duda - Se pra ganhar um toque seu, eu preciso fazer isso, então eu não ligo Ele se assustou, deu pra ver na sua cara e daí, largou a minha mão o mais rapido que conseguiu Marco - Bora, p**a a mula, não quero te ver mais na minha frente Duda - Não, por favor, eu quero te falar um coisa Marco - Fala e vaza Duda - Eu sei do Ventania . . . dá tua vontade de tomar o outro lado do morro e posso te ajudar nisso. Eu moro do lado do CV, se tu quiser, estou na disposição. Em troca, só peço que considere me fazer, pelo menos, a tua amante No morro essa é a coisa mais normal do mundo, o cara tem lá a tua fiel, que não era o caso, porque eu pesquisei, mas mantém outras, em casas bancadas, só pra poder brincar um pouquinho e não cair na rotina Marco - E como é que eu vou saber que tu não é X9 tentando me enganar? Duda - Você vai ter que confiar Marco - Então quer dizer que você não é fiel ao prato que te alimentou Duda - Eu sou fiel a você, me coração me disse isso. Por favor, me deixa eu te provar que posso mesmo te ajudar Ele titubeou um pouco, mas me deu a sua resposta, na sua forma mais gostosa, aquela que abocanha a minha boca e me toma bem ali, no meio da rua Marco - Espero que saiba o que tá fazendo, porque se isso for caô, eu te passo sem pensar duas vezes Não . . . nunca . . . eu faria tudo por ele, até mesmo mesmo enganar o Leo e tomar o comando das suas mãos
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