Cap 3

922 Words
Léo Demorou um pouco mermão, considerando o tempo que meus parças vieram me passar a visão de que o comando do outro lado do morro tava de olho na minha casa, demorou mais a hora de enfrentar aquele lado bruxo chegou. Claro que eu fiquei sabendo das coisas estranhas que tavam acontecendo do outro lado do morro, p***a, que liderançaeu teria se não soubesse? O menor veio conversar comigo, como quem não quer nada, se tremendo inteiro de medo. Medo de eu achar que ele estava incluso na presepada, porque foi ter conversa com outro lado, porque, por ironia do destino, nem era o mesmo menor que eu tinha mandando de primeira, ele não conseguiu me passar a visão porque o movimento alheio tinha desconfiado da p***a toda e tava na vigilia do meu garoto. Ele que não é bobo nem nada, fingiu mais perfeito pro meu lado do que pro lado deles, fiel pra caralho Mas não, eu não fiquei puto não, era até bom porque, pelo menos assim, eu ficava sabendo de toda a movimentação. Isso sempre aconteceu. Como o morro é dividido em 2 partes, eu sempre tive que ter um olho nas costas para não ser apunhalado. Na verdade, isso não é novidade, dono de morro vive assim mesmo, no perigo, mas a atenção não é só por conta de gente de fora, por conta de gente de dentro também, dentro do mesmo morro Antes eu não ligava muito, porque a maioria do morro é nosso mesmo e eu tento viver pela comunidade, tento dar o melhor por porro que acorda com as galinhas e vai pra labuta enfrentar a quentura do sol e encontrei uma mulher que segue o mesmo caminho que eu, que pensa nos moradores, que quer ver eles crescerem, atender todas as necessidades. Então eu sempre achei que morador que é bem atendido, também é bem agradecido. Só que você sabe né? Quando a necessidade bate, a gente começa a fazer a escolha sem pensar muito. Eu sei que mesmo tentando, ainda tem muita gente aqui dentro do morro que precisa de mais ajuda que outras pessoas, sei que eu não consigo atingir pessoas que são fáceis de acreditar nas promessas do outro lado. Pois é, eu fiquei sabendo do tal de Marco, o garoto cresceu aqui e foi ajudado por mim várias vezes. A família é toda quebrada, noiada, sabe? Eu cheguei até a pagar clínica de recuperação tanto para o pai, quanto para mãe, porque já pensou, o garoto é filho único, imagina ter os 2 pais drogados? Ele não sabia a quem recorrer, não sentia segurança dentro da própria casa, então eu ajudei mesmo, só que ele foi para o outro lado, e agora o menor vem e me diz sobre essa movimentação toda e me cita o nome dele. Parece que o menino achou abrigo em outro lugar, está dando valor para a pessoa que não é do meu lado. Isso é perigoso, isso torna as pessoas mais fiéis. A gratidão, o sentimento de que eu estou não devendo alguma coisa para tal pessoa aqui no meu morro ou em qualquer outro lugar, isso é sinônimo de lealdade, de fidelidade. Muito perigoso para quem está lá em cima, no caso eu. Pro menor, eu fingir demência, na verdade, não foi nem demência, eu fingi foi num dá muita importância, mas para o Guerreiro não tinha como, ele é meu parça, ele tem que saber de todas as minhas preocupações e pensar junto comigo, fechar o meu lado do morro, eu não posso deixar ninguém chegar perto da minha família Eu não cheguei nem a finalizar o assunto e ele já se tocou, já veio com toda aquela correria, batendo no peito dizendo que ele tava certo, que a gente tinha que aumentar o contingente, pegar mais menor e tals, deixar os menor tudo na atividade, de olho, fora que ele também sentiu, mesmo que de longe, a situação errada que o primeiro menor tava passando, me disse que a gente tinha que dá jeito de tirar ele de lá porque o comando, mesmo achando que ele não tem nada de errado, ia ficar na cola e uma hora ou outra, essa vigília toda podia fazer o garoto tremer na base e dizer coisa que não devia A mente do Guerreiro pensa lá na frente, faz jus à posição dels de sub, como se ele fosse o tico e eu o teco, o n**o começou e eu terminei. Dei ordem pra que a gente desse a entender que até do nosso lado, a gente tinha que colocar X9, pra tentar identificar se tinha algum cagoeta já infiltrado Meu menino, o Caio, tava ali do meu lado, escutando tudo, aprendendo tudo, mesmo porque, ele logo ia assumir o comando, o menino já tava virando homem mermão Era uma ideia meio louca, mas muito inteligente, ele pensou mesmo que ia ter zoiudo dentro da minha proteção, então, a gente também ia colocar, só que no fingimento, entende, como se os nossos próprios homens quisessem ajudar o outro lado Foi isso que eu fiz e agora eu estou esperando a resposta, e muito ligado no movimento todo, tanto dentro da minha ordem, como do outro lado, aquele comandado pela outra facção, eu estou esperando o golpe certeiro, eles darem o primeiro passo, mas eu também espero que eles estejam esperando a minha resposta, porque eu vou com tudo pra cima da quebradeira. Aqui ninguém vem meter bedelho não mermão, aqui quem manda sou eu
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