Capítulo - 8

2906 Words
Vincent   Me recostei na cadeira, passando os dedos pelo meu cabelo, enquanto sorvi o líquido apreciando a acidez da bebida. A fogueira aquecendo a noite, o fantástico é saber que fomos presenteados por uma lua brilhantemente grandiosa, o céu se misturando com as estrelas, uma bela recordação de um sábado à noite.  Não é a primeira vez que venho aqui, apesar de ser a propriedade dos pais de Mike, se tornou meu refúgio nos momentos em que sinto que preciso sair da rotina e respirar com calma. Aqui se tornou o meu lugar favorito, onde posso colocar minha cabeça no lugar e desconectar do mundo.  Ontem amanhecemos bebendo e conversando, foi algo tão simples, mas que de alguma forma me trouxe paz. Me sinto mais livre assim, longe do mundo, mais perto de mim. No nosso dia a dia passamos tanto tempo afastados das pessoas, vivendo nesse mundo virtual, que esses momentos de conversas e risos acabam sendo descartados e menosprezados. Passei os últimos dias trancado em um escritório, trabalhando até a completa exaustão. Sei que minha caixa de entrada deve ter milhares de e-mails, decidi ligar o “f**a-se”. Foram dias interminavelmente longos, as semanas se arrastando demasiadamente lenta, como se o número de horas por dia tivesse sido alterado.  Enchi mais uma vez meu copo, e quando o whisky passou pela minha garganta, senti meu corpo relaxar.  Decidi que era hora de desacelerar, e quando Mike me comunicou que viria para cá, vi a oportunidade perfeita de pisar no freio. Faz três anos que não tiro férias, trabalhando direto sem parar, dia após dia, quando não estou gravando, estou administrando minha empresa, fundei a Aires Investimentos há pouco mais de seis anos, posso dizer que foi minha maior realização. Engraçado que no começo, muitos me criticaram, até mesmo desdenharam, justamente por não ter nenhuma formação na área de administração ou ciências econômicas, mas sempre gostei de estudar e acredito que esse seja o diferencial. Hoje posso bater no peito e dizer que me superei e me tornei um sucesso, minha empresa tem uma capitalização de trinta e três bilhões. É minha grande conquista! Uma voz doce me tira de meus devaneios, é a dela, Chiara dedilha o violão e canta uma canção que conheço bem, Linger de The Cranberries.  If you, if you could return Don't let it burn Don't let it fade I'm sure I'm not being rude But it's just your attitude It's tearing me apart It's ruining every day... Chiara é mesmo irritantemente linda.  Hoje mais cedo, quando acordei, me peguei pensando em uma certa loira de cabelos ondulados, nem sei ao certo o porquê disso, na verdade eu a acho metida demais para o meu gosto, apesar de ser muito bonita e tenho certeza de que qualquer homem se veria apaixonada por ela apenas com seu olhar.   Ela tem algo que hipnotiza, que faz o sangue ferver e pulsar nas veias. Observei o rosto de Chiara, ela analisa admirada cada detalhe do lugar, parece uma menina, quando terminou de tocar ela colocou o vilão em cima do banco e tomou um gole de vinho.  — É nada mau! — fiz pouco caso só para irritá-la, pois sei que sua voz é linda. — Nada mau, sério? — retrucou insatisfeita com meu comentário. Sorri assentindo. — Você desafinou um pouco no refrão! — Se eu fosse você arrancava o p***o dele. — Kelly sugeriu. Pus a mão sob o meu precioso, como se quisesse defendê-lo de um grande inimigo. — Cala boca garota! — bronqueei vendo-a arquear as sobrancelhas de forma sugestiva. — O que você entende de música? — Chiara perguntou, e cruzando as pernas me fitou estreitando os olhos. — Entendo muito, de Bob Dylan à Michael Jackson. — Então você está na profissão errada, deveria ser um produtor musical — opinou ela para não ficar para trás.   — Realmente, caso contrário não dê pitaco. — Eu posso ser qualquer coisa, sou uma pessoa flexível. — Sim, estou vendo, é por isso que além de ator... — Chiara enumerou usando os dedos — você é i****a, m*l-educado e ignorante. Por fim conseguimos entrar em um assunto em que temos uma Paixão em comum, a arte.  Chiara e eu nos entretemos conversando por delongas sobre set de filmagens, projetos, bastidores e peças em que participamos. Incrivelmente conseguimos manter um tom divertido e saudável na conversa. Dei minha opinião enquanto ela escutava atentamente, em alguns momentos concordava, em outros discordava, sempre passiva. Até rimos juntos e fizemos piadas. Ela riu de mim por fazer um papel de um jovenzinho, segundo Chiara eu estou velho demais para tais papéis. Não discordei, pois, sei que é verdade, e isso não me agrada, gosto de coisas diferentes e novas, gosto de me reinventar a cada projeto. Por isso decidi que só aceitaria papéis que agrega de forma positiva na minha carreira e no meu desenvolvimento como ator. — No começo da minha carreira eu fazia sempre os mesmos papéis, isso me irritava. — Nem me fala, meu empresário sempre fica furioso quando recuso alguns papéis. Mas nunca gostei de interpretar a pobre menina virgem que passa o filme todo sofrendo pelo namorado egocêntrico e arrogante. — Pobre menina virgem... — comentei risonho, — você está interpretando a si mesma? Chiara sorri e, olhando para mim, responde: — Claro que não, eu não seria tão burra para acredita em uma declaração de amor dois segundo após o primeiro beijo. Rimos. O pior é saber que esses tipos de filmes são os mais amados pelos públicos, por mais que o roteiro seja tão vazio. — Clichês! — É verdade que a maioria desses roteiros são um lixo. — Não reclame — replicou Chiara divertida, gostei de seu sorriso cínico. — Você já fez muito dinheiro com eles. Levanto os braços em rendição. — Realmente, isso eu não tenho com o que reclamar — apesar de tudo, é por conta deles que estou aqui hoje. — Eu dividia um quarto com um amigo meu, estava passando por uma barra, fazia figuração para ganhar dinheiro, nessa época eles não pagavam muita coisa, quando comecei a ganhar dinheiro para valer, fiquei vislumbrado com esse mundo, fiz muita merda, precisei quebrar a cara para saber que nada disso é real. Chiara me lançou um olhar surpreso e curioso. Poucas pessoas sabem disso, e prefiro assim. — O que aconteceu? — inquiriu, mas depois pareceu se arrepender — Claro, se quiser falar, não precisa se não quiser... — Tive uma overdose, as pessoas que eu achava serem meus amigos, me deixaram sozinho quando perceberam que eu estava na beira da morte, então Mike me encontrou e pediu socorro. Uma hora você acha que tem amigos, na outra você está há um passo de descer as escadas do inferno, então percebe que tudo aquilo era uma ilusão, as pessoas estão contigo até quando você pode proporcionar uma boa curtição, passe livres para festas regadas a bebidas caras, iates, mulheres... Eu gostava de todas aquelas pessoas enchendo meu ego, me bajulando, eu era uma árvore que produzia bons frutos e eles eram os parasitas, mas isso não me importava, eu não gostava de me sentir sozinho e de alguma forma aquela vida, aquelas pessoas preenchiam esse vazio. O mais irônico foi saber, que mesmo cercado de várias pessoas, acabei sozinho. Que e******o! — Uau! Está aí uma coisa sobre você que eu não sabia. Ela parece surpresa, surpresa e absorta. — Somente quem estava lá aquele dia sabe, isso acabaria com minha carreira, você sabe como é isso, quando você indo bem, a mídia vive massageando seu ego, mas basta um deslize para que eles destruam sua carreira e você se torne a pior pessoa do mundo — a vi assentir e escutar atentamente tudo o que eu falava —, tive de subornar algumas pessoas para que ninguém soubesse. — E hoje, você conseguiu se livrar de todos seus fantasmas? Eu sei o que ela quer saber, se eu ainda uso drogas. Na verdade, nunca fui um viciado, tampouco alguém que achava prazer em se drogar, mas quando se tem um bolso cheio de dinheiro e a cabeça sem um pingo de maturidade, você se droga porque é “legal”. — Sim, foi quando eu resolvi pôr em prática minhas ideias empreendedoras, como eu sou um gênio, tudo deu certo. Lindo, gostoso e milionário, as mulheres ficam loucas. Com um olhar de soslaio, Chiara aproveitou para dizer o quanto eu era “patético”. Mas tarde após uns bons drinks e muita curtição, Chiara e Kelly foram para o quarto. Ficamos somente eu e Mike, eu bebendo e ele cantarolando a música “La bamba” de Los Lobos, como um mantra. Bêbado chato, quem aguenta? Eu não! Mike quando está bêbado enche o saco de qualquer um, fora que repete a mesma história milhares de vezes. — O que há entre você e Chiara? — Mike perguntou bebendo mais um copo de whisky, sua voz alterada pelo álcool, suas palavras saem arrastadas. — Nada.  — Não é o que parece. Vocês juntos soltam faísca, parecem água e óleo, além de que, não param de brigar e trocar farpas um só minuto.  Ah, isso realmente é verdade.   — Eu sei onde isso vai acabar! — completou quando percebeu que não iria respondê-lo.  Quando Mike finalmente estava exaurido e m*l se aguentava em pé, o deixei em seu quarto e seguir para o meu, tomei um banho. A fome sempre aperta quando você está sem sono, desço as escadas e vou em direção a cozinha, são quase uma hora da manhã. Paro bem na entrada, e me encosto na porta de entrada cruzando os braços. Chiara está ali, de costas para mim, inclinada sobre o balcão tentando alcançar um pote de geleia em um dos armários da parede. Sua posição quase favoreceu minha vista, a camisola rosa de ceda que Chiara usa, falta poucos centímetros para transparecer sua b***a. Seria uma bela vista! Não param de passar pela minha cabeça as imagens que vi de Chiara no dia da boate, em que ela dança e esfregava em mim, despudoradamente sobre o efeito do álcool.  — Hum, hum — pigarreei. Então, em fração de segundos, um grito ecoou por sua garanta, o pote de geleia chocou-se contra o chão, fazendo o objeto despedaçar-se.  — p***a! — blasfemou irritada e, pois, a mão no coração — Que merda você está fazendo aqui?   — O mesmo que você, bonita. — Respondi calmo e passei por ela sem pisar nos cacos de vidros e restos de geleia.  — Você me deu um susto. — Estava tão interessante vê-la tentando alcançar a geleia, não quis atrapalhá-la.   — Merda, limpa logo esse chão antes que eu me machuque. — Limpa você, não tenho culpa se você está descalça. Abri a geladeira e enchi meu copo de leite, fiz um misto e comi ali mesmo. Ao ergue os olhos, Chiara me mirava, enfurecida. — Qual seu problema? — Perguntei dando de ombros à sua total falta de noção. Não quero me estressar com Chiara. Prefiro quando ela está alcoolizada e safada. Levantei e pus tudo que tinha sujado na pia para lavar. Com a mão na cintura, fuzilando-me com seus olhos castanhos ela retruca: — Meu problema? Qual o seu problema — bateu o indicar contra meu peito — A culpa foi sua, você deve limpar.  Ela parece ela está disposta a brigar comigo, e por nada. Se ela não me odiasse tanto, eu diria que ela está a fim de mim e toda essa implicância i****a é uma forma de disfarçar seus sentimentos. Me aproximei o bastante para sentir a ponta de seus m*****s roçarem em meu peitoral —a cada vez que ela respira pesadamente—, mesmo que coberto com uma camisa, e, c*****o sentir uma fisgada o meu p*u. Olhei diretamente em seus olhos e percebi que de repente as feições de seu rosto mudaram, a carranca de raiva deu lugar ao desejo, nervosismo. Pude notar que ela me quer, ao menos no que diz respeito a parte carnal, e não posso negar que também a quero. Quero sentir o seu cheiro, explorar cada parte de seu corpo com meus dedos, quero puxar os seus cabelos enquanto a faço minha, sentir o sabor da sua carne, quero ouvi-la gozar e chamar por mim pedindo por mais. Mais um passo, então a prendi, deixe-a enclausurada entre mim e a parede, Chiara não recuou, tampouco murmurou, e como se estivéssemos em um filme, todos nossos atos pareciam estar em câmera lenta. A puxei pelos quadris, erguendo-a. Ela suspirou quando eu desci a mão por sua coxa até encontrar a barra camisola e subir a mão novamente por dentro do tecido, sentindo a consistência de sua pele, macia, como um veludo, quente, como fogo. Toquei a b***a durinha, pressionei ainda mais seu corpo, agora contra meu p*u, fiquei ainda mais duro quando sua b****a foi de encontro a mim. Desejo, é tudo o que sinto! Distribuir beijos em seus pescoços, sentir que ela estremeceu com o meu toque então continuei a trilha de beijos parando próximo de sua orelha, em seguida eu mordi o lóbulo escutando um gemido. É notável o quanto ela está tentando se controlar, mesmo estando na beira do caos.  Com os dentes cerrados, Chiara faz o máximo que pode para não perder a compostura. Rasguei sua calcinha e a pus no meu bolso. Tomei sua boca com a minha sentindo sua língua havida confrontando a minha por espaço, de repente se tornou uma batalha e acredito que nós dois saímos ganhando, apertei-a em meus braços e, minhas mãos deslizaram por todo seu corpo e eu sentir a consistência de sua carne, aprofundamos o nosso beijo. Os gemidos dela me estimularam e me fizeram querer muito mais que apenas um beijo com pegada. Estou e******o e preciso, de alguma forma, me livrar dessa tortura angustiante.  Me sentir aéreo depois de muitos minutos a beijando, e quando o ar se fez necessário, desgrudei meus lábios dos seus e puxei o ar buscando o folego. Chiara está com os olhos fechados, os lábios entreabertos, agora também inchados por conta de nosso beijo, ela puxa o ar com força enquanto tenta acalmar a respiração. Lambo sua boca e tiro parte de sua franja do rosto. Ela é maravilhosamente perfeita, me sinto até tonto em admirá-la tão vulnerável em meus braços. Então, ela pestaneja, e passa a mão sob a boca, seu olhar se volta para mim, mirando-me como se estivesse arrependida, Chiara me empurra e a coloco no chão, mas não saiu de perto dela. Um clima estranho se instalou na cozinha, seguido de um silencio ensurdecedor. — É... Vicent... — gaguejou quebrando — desculpa... eu... eu acho melhor eu ir... — tentou passar, mas eu a impedir segurando em seus ombros.  Ah, Chiara não me provoque se não está disposta a ir até o fim. — Vamos continuar, eu sei que você quer... — cheirei seu pescoço e depositei uma trilha de beijos até sua boca — vem para meu quarto? Apertei sua cintura, massageando o local com o meu polegar. — Sim? — instiguei. Quero que ela ceda e entregue-se ao prazer. — hummm... — o som abafado de sua boca perdeu-se no ar. — O que? — sussurrei a pergunta em seu ouvido, ela contorceu-se e deu um pulinho. Levei minha mão até a parte interna de sua coxa, massageando vagorosamente a carne, aos poucos subindo em direção a sua i********e.  Quero que ela perca o medo e todo e quaisquer receio. A cada vez que me aproximo, fica mais e mais quente, quando chego ao local desejado, deslizo dois dedos sob suas dobras, ao encontrar o botão de carne, esfrego meu polegar sob ele. Chiara aperta uma perna na outra, sem se conter, perdendo qualquer controle, não tem uma mulher que não se excite ao ser masturbada. — Abra as pernas... isso, querida... segure-se em mim! — exijo e ela me obedece de imediato.   Devagar a incito como quero, fazendo-a se libertar daquela casca de virgem puritana que criaram dela. Ela é uma mulher como qualquer outra, que sente prazer, t***o, desejo. Talvez ela só seja oprimida pela mídia e sua família. Tomo sua boca para evitar os sons deleitosos que escapam pôr os lábios dela. Ela aperta meu pescoço descontrolada, como de uma hora para outra ela se tornou tão forte? E gozando em meus dedos majestosamente, Chiara pela primeira vez entrega-se ao que tem tanto medo: Prazer. — Muito bem, você foi ótima! — Limpo minhas mãos na calça e abaixo sua camisola. Por sorte ninguém nos pegou aqui. — Meu Deus! — Exclama absorta — o que eu fiz? Sorri maliciosamente. — Rebolou enquanto a fodi com meus dedos! Chiara pelo visto não é do tipo de mulher que aprecia falar s*******m durante o sexo, tirei a conclusão ao terminar as palavras. Me lançando um olhar frio ela se retirou subindo as escadas como um foguete. Se ela não fosse tão difícil poderíamos terminar o que começamos aqui. Mas não irei insistir, se Chiara quer assim, assim será!  Subo a escadas apressado. Plano A: Tomar um banho gelado depois de ficar com t***o acumulado. Plano B: b*******a pensando naquela boca gostosa de Chiara em mim. Inferno! Quanto mais penso nela, mas vontade de fodê-la eu tenho.      
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