CAPÍTULO 6

650 Words
Aquilo era loucura. Uma loucura completa! Dakota não queria admitir que o homem de pé na frente dela era a cara do seu filho. O que complicou ainda mais era que ele tinha as datas e as datas batem com tudo. — Se for, pelo visto você não faz ideia de que engravidou uma mulher. O rosto dele se transformou em uma careta. Pelo visto alguém não gostava de ser o errado. — Porque essa mulher nunca me procurou pra dizer que eu tinha colocado um boneco nela. Eu ia saber como? Não me apaixonei perdidamente por causa de uma trepada pra ir atrás. Por Deus, ele era irritante. Tinha beleza de sobra naquele rosto bem feito, mas ainda era irritante. — Levi… — sua mãe chamou sua atenção. Pelo menos ela reconhecia o i****a ao seu lado. — Olha, você sabe se ele é meu filho? Dakota não sabia. E era óbvio que a única pessoa que sabia sobre os dados da mãe biológica era a diretora do orfanato. Então, o que ela deveria fazer? Ele deveria ter ido embora quando as datas bateram porque isso poderia significar muita responsabilidade para um homem que até uma hora atrás não fazia ideia de que supostamente tinha colocado uma criança no mundo. — Eu não sei — suspirou. — Ok, é, eu não sei se você é o pai. Eu adotei ele o mês passado, estou há meses, desde quando ele ainda era muito pequeno tentando levar ele para casa. E agora eu consegui. Eu não sei se você é o pai, e mesmo se for, você não precisa mudar nada… — Mulher — Levi a interrompeu — eu acabo de descobrir que posso ter um filho e a primeira coisa que passa na sua cabeça é que eu vou conseguir pregar o olho à noite sabendo disso? Dakota franziu o cenho, tentando achar uma forma educada de dizer que homens fazem isso o tempo todo. — Homens fazem isso o tempo todo — não tinha forma melhor de se dizer isso — Como eu posso saber se você realmente é o pai dele? Essas coisas acontecem. Talvez você tenha até mais. — sorriu para ele. Ela estava o chamando de irresponsável na cara dura, mas ao mesmo tempo, agradecia por isso porque agora tem um bebê lindo como seu filho. — Não… a não ser que tenha sido gêmeos, eu só tenho um, e é esse daí. Levi estava prestando mais atenção no bebê. Apesar de qualquer loucura, era um bebê muito fofo. Se for mesmo o seu filho, ele caprichou na hora de fazer. A criança abriu um sorriso para Levi, soltando uma risadinha e mostrando suas gengivas. Levi sorriu para ele, querendo apertar aquelas bochechas gordas. — Qual o seu nome? — Perguntou para ela. — E qual o nome dele? — Dakota. Ele é Dominic. Levi estendeu a mão apenas para empurrar uma mecha de cabelo de Dominic para trás. — Dominic… — seu sorriso estava demorando para sumir. — Eu gostei. A cabeça de Dakota estava tão tonta quanto a de um bêbado. — Bem, Dakota, eu quero a sua permissão pra um teste de DNA. Dakota soltou uma risada. Era uma risada nervosa. O que passa na cabeça de um homem que vê um bebê que é a sua cara? Boa parte sairia correndo assim que notasse as datas, mas porque ele ainda estava de pé na frente dela, olhando para o bebê como se fosse a coisa mais perfeita do mundo. — Você não precisa fazer isso. — Por favor. Se não for meu, você provavelmente nem vai me ver de novo. — E se for? Era uma ótima pergunta. Levi não deve ter pensado naquilo. O que ele faria? O que ela queria que ele fizesse? Seria estranho abandonar a criança se ele soubesse que tinha seu sangue. — Eu assumo a paternidade.
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