CAPÍTULO 9

1030 Words
— Espera… está me dizendo que o homem que é biologicamente pai do seu filho, está no meio da jogada? — É. — É? E como isso aconteceu? Você encontrou ele ou ele encontrou você? Ele veio atrás porque não queria que o filho fosse para a adoção? Ele é bonito? O Dominic se parece com ele? Quantos anos ele aparenta ter? Eram muitas perguntas, Dakota tinha certeza de que ela poderia formular muitas outras perguntas em menos de 1 minuto. Dakota respirou fundo, e com uma mordida no lábio, ela disse: — Ele não sabia que era pai. Larissa fez uma careta, tentando entender. — Ok, para de falar em código e me conta de uma vez. Não vou te interromper até você me contar tudo. Dakota agradeceu por ela dizer que não vai interromper, porque Larissa adora falar, e ela falaria por horas sobre um único assunto. Ela acha o que dizer até se estiver assistindo tinta secando e não se importa com quem está ouvindo. Dakota sempre achou que ela levava muito jeito para cuidar de idosos, ela adora conversar e normalmente são os senhores de idade que não têm quem os escute. — Bom, eu estava no shopping com o Dominic e do nada duas pessoas começaram a se aproximar de mim. Fiquei tentando lembrar se estava devendo alguém ou se eu conhecia aquelas pessoas. Eles disseram que o meu filho era lindo e aí o homem que estava com ela simplesmente se vira para mim e pergunta se a gente já tinha transado. E a resposta era não, eu acho que nunca vi ele na minha vida, loiros são todos muito parecidos — Larissa estava escutando tudo calada, comendo seu doce enquanto prestava atenção em cada palavra que Dakota dizia — E começamos a falar sobre ele não se lembrar de ter engravidado uma menina e que eu não era a menina. Tive que dizer que eu adotei Dominic e que não sabia nada sobre mais ninguém. E então, ele pediu exame de DNA. Só então Larissa abriu a boca. — Teste de DNA? Ele quer ser o pai do seu filho? Ela parecia chocada demais para tagarelar. — Sim. E eu não faço ideia se devo aceitar ou não. Porque, veja bem, a mãe dele estava com ele e ela foi super simpática, um amor comigo e com o Dominic. Ele parecia desacreditado, mas não quer seguir a vida dele sabendo que pode ter um filho. Se o filho for dele, ele vai arcar com todas as responsabilidades, ele vai ser um pai. Mas, ao mesmo tempo, eu fico com medo de toda essas responsabilidade ser somente ele mandar dinheiro e ser um pai ausente, não preciso de um pai ausente e ter que explicar porque o pai dele não está aqui, se for pra ser assim, eu mesma lido com tudo sozinha, porque foi o que eu escolhi. Larissa meneou a cabeça, pensando. Ela podia ser totalmente pirada algumas vezes, mas ninguém tinha conselhos tão bons quanto ela. — Você tem medo de ele querer só arcar com a responsabilidade só porque acha que tem que fazer isso porque descobriu que é pai e não querer dar amor porque o filho nunca foi intenção dele? Essa garota é uma máquina. — Sim… é isso. — Precisa deixar isso claro. Por você tudo bem se ele for o pai do seu filho? Fazia sentido dar um pai para Dominic, porque era importante uma figura paterna. E a família de Levi tinha uma boa condição e isso era óbvio, então seria uma coisa ótima para ele também. — Eles são pessoas com ótima condição, e se páolhar pelo lado de que isso é importante também hoje em dia, seria ótimo pro Dom. Mas, se não tiver amor, não vale a pena. Precisa de amor, meu filho precisa crescer com um pai que saiba dar amor e não só enviar dinheiro. — Bom, então digamos que você aceita fazer o teste, precisa falar pra ele que não precisa assumir nenhuma responsabilidade se não for assumir o papel de pai. Você não quer o dinheiro dele, quer o bem-estar do seu filho. Agora, se ele quiser ser um pai que dá amor e ainda mantém o filho em ótimas condições, você pode aceitar também. Dakota pensou sobre aquilo. Ela não estava procurando um pai para seu filho, mas não seria de todo m*l se ele tivesse um que realmente fosse um bom pai. Talvez Levi estivesse disposto a ser um bom pai. — Eu devia tentar, não é? — Eu acho que devia sim — ela mordeu mais uma alcaçuz do pacote. — E ele é bonito? Dakota revirou os olhos, rindo. — Irritantemente bonito. Dominic se parece demais com ele. Eles têm a mesma marca de nascença na bochecha. Parece meio óbvio que são pai e filho quando olham uma foto do cara bebê. A mãe dele me mostrou que são muito parecidos. As contas batem também, ele se lembra de quando transou sem p******o, mas não fazia ideia de quem era a garota. — Que inconsequente. — Homem fazendo homice. — Mas nem todo homem… — ela brincou, rindo. — Nem todo homem faz um filho e depois de 16 meses descobre que tem um bebê de 7 meses que é a sua cara ainda por cima. Acontece só com alguns. — Você foi sorteada. — Fui sim. E você foi sorteada para ser a titia do ano, então eu já agradeço por ser a melhor tia do mundo todinho e ficar com ele essa noite. Larissa gemeu, como se sentisse dor. — O que eu não faço por um hambúrguer! Dakota sorriu para ela. — Sério, obrigada mesmo. — Sabe que eu ficarei com todos os filhos que você tiver porque sou uma ótima amiga. Dakota ficou de pé. — Bom, sorte a sua que eu vou demorar um bom tempo pra ter outro. — Larissa ergueu os braços em agradecimento. — Vou tomar banho. Se quiser, tem sorvete no freezer. Muito rapidamente, Larissa ficou de pé e passou por Dakota. Ela podia ficar com todo o sorvete só por ser uma babá incrível.
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