capítulo 25

1053 Words
Marina narrando Olhando para meu lado da cama,a encontro vazia,assim com meu quarto que se encontrava iluminado apenas pela claridade que o adentrava devido as cortinas estarem abertas. Sentando-me naquela cama,aperto o lençol que cobria meu corpo e suspirando deixando qualquer coisa que me incomodasse,se esvair. - Derick?- com a esperança de o encontrar em meu banheiro,chamo por seu nome,mas não obtenho resposta. Olhando para o relógio sobre meu criado mudo,me surpreendo por ser 16:00 da tarde,o que me fez crer ter dormido a tarde inteira,o que não me surpreendia,pois estava exausta das noites que fiquei acordada sentindo as dores em meu corpo e as lembranças ruins invadirem minha mente. Levantando-me,sigo em direção ao meu banheiro deixando que aquele lençol ficasse no chão. Sentindo a água cair sobre meu corpo, pude sentir um alívio ao não sentir as dores presentes,pois por mais que ambas estivessem fracas, não se comparava com as que senti durante essa semana, não se comparava a de três dia atrás. Os medicamentos que minha mãe me dava e a pomada que estava usando, aliviava perfeitamente as minhas dores,era como se não passasse de um simples e mero arranhão. Mas o que me deixava feliz,era saber que meu irmão estava aqui,saber que enquanto ele estiver ao meu lado,o mundo e aquele ser que se chama de meu pai seriam apenas obstáculos que podem dar removidos. Saindo do box do banheiro e me vestindo em um roupão completamente branco,sigo para meu quarto ainda o encontrando vazio, certamente Derick estava em seu quarto ou até mesmo conversando com nossa mãe. Pegando apenas um conjunto de lingerie que havia deixado sobre a cama,visto ambas sendo seguidas se um conjunto moletom que havia ganhado de presente de meu irmão. Saindo de meu quarto,sigo pelo corredor em direção as escadas. Ao ouvir as vozes de meus pais e meu irmão,soube que a conversa não estava sendo amigável. Apressando meus passos,desço as escadas rapidamente podendo ver meu irmão em uma discussão com o ser que um dia chamei de pai. - Vocês são meus filhos e o que achar ser melhor para vocês,irei fazer...- como se achasse correto essa sua forma de agir, nosso pai reforça sua percepção. - Você acha que agredir a sua filha,a marcar como ela está, é o melhor que precisamos? Acha que vê-la da forma que está hoje, é o melhor para ela? - Derick,se acalma!- mamãe pede tentando estabilizar a calmaria entre ambos. - Você acha justo o que ele fez com a sua filha,mãe? ELA ESTÁ TODA MARCADA POR CULPA DELE, MERDA!- o vendo se alterar, me aproximo e o abraço por trás o fazendo suspirar. - Olha como fala comigo,garoto! - repreende - enquanto ela estiver sob minha responsabilidade, enquanto for de menor,irei educa-la da minha forma... - Escuta bem o que vou fizer...- Derick se solta de meu abraço e se aproxima do pai mantendo a seriedade a todo momento - se você tocar nela novamente,se ao menos mexer em um fio de cabelo, esqueço que você é meu pai e faço você lamentar pelo que fez... - Está me ameaçando Derick?- também mantendo a pose séria,o homem a nossa frente questiona. - É um aviso!... Se virando em minha direção,meu irmão deixa um beijo em minha testa e me abraça carinhosamente insentivando-me a voltar para as escadas que nos levaria até meu quarto. Mas ao me fazer menção de o seguir,sinto as mãos de meu progenitor segurar meu braço puxando-me para trás. Reprovando o ato do pai, Derick se vira novamente e lhe acerta um soco certeiro que o fez cair sentado no chão. - Você enlouqueceu, Derick?- repreendendo o ato do filho,minha mãe se abaixa para ajudar o marido que olhava para o primogênito,incrédulo e assustado pelo seu ato. - Não toque em minha irmã,nunca mais!- se voltando para mim, Derick me abraça pelo ombro e me guia em direção as escadas as subindo tranquilamente como se nada tivesse acontecido. Por mais que soubesse que Derick faria alguma coisa em relação o que aconteceu essa semana, nunca imaginei que seria algo desse tipo,nunca pensei vê-lo brigar dessa forma com o pai. Por mais que estivesse odiando aquele homem com todas as minhas forças, não queria que a união entre ele e meu irmão terminassem assim, embora Derick carregar uma mágoa por nunca terem sido presentes,sabia que enquanto ambos não afetassem sua vida e a minha,tudo ficaria bem,seria eu e ele em nosso mundinho e nossos pais na vida deles. Mas agora,vendo o que aconteceu e irá acontecer,soube que nunca poderíamos ser a família que sai nas revistas empresarial,nunca poderíamos carregar os diversos elogios que ganhamos das diversas colunas sociais,pois somos apenas isso;uma reportagem falsa que a mídia aprimora da forma que lhes convém. Não me fará falta e não me afetará em nada,pois a minha vida e o sentido dela estava ao meu lado,me protegendo e segurando a minha mão enquanto fosse necessário. Entrando em meu quarto com Derick ao meu lado,tranco a porta deixando a chave na fechadura. Voltando meu olhar para o garoto a minha frente, suspirando podendo vê-lo com um olhar perdido,com um olhar que dissesse não estar bem com o que acontecia,porém havia uma pergunta que estava me deixando curiosa; será que estava se culpando? - Amor!...- chamando por ele, não obtenho resposta. Aproximando-me calmamente podendo vê-lo ainda nervoso, toco em seu ombro, porém Derick apenas recuou ao meu toque e se afastou indo para a sacada de meu quarto.Suspirando sabendo que ele queria apenas um tempo para pensar,o deixo ali e sigo até meu closet pegando um par de tênis os calçando. Sem pensar em lhe incomodar,abro a porta de meu quarto novamente e saio sem fazer barulho. Descendo as escadas tranquilamente, encontrei apenas minha mãe sentada no sofá daquela sala de estar, parecia estar pensativa. - Onde você está indo,Marina?- ignorando sua pergunta grosseira, apenas saio por aquela porta a deixando sozinha. Olhando para as horas em meu relógio de pulso,me ponho a andar em direção a casa ade Piter,pois precisava conversar e ele seria o único que guardava meus segredos e minhas condições,assim como também guardava as suas. Ambos queriam um tempo para pensar,eu queria uma pessoa para me ouvir e me aconselhar,assim como queria uma forma de distrair a minha mente,apenas juntei o útil com o agradável.
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