Derick narrando
Enquanto passava meu olhar pelo salão de festas a procura da única garota que chamava minha atenção,podia ouvir de longe,meus amigos comentarem sobre seus novos objetivos e seus próximos passos para um futuro que hoje, já não se torna tão distantes assim. Meus pais pareciam procurar por alguém assim como procurava minha morena,mas o que realmente chamou minha atenção,foi o fato de Rúbia vir praticamente correndo em minha direção. Seu olhar estava assustado como se soubesse de algo, porém não poderia descobriram com uma simples e mero olhar amedrontado.
Desde que essa garota entrou na mesma classe em que frequentei o ano inteiro,soube que poderíamos ser bons amigos,soube que poderia contar com sua ajuda sem ao menos pensar duas vezes e,no momento em que ela descobriu meu envolvimento com Marina,tive a certeza de que ela era o tipo de amiga que pode ser chamada de irmã. No mesmo dia em que Rúbia descobriu esse nosso segredo, lhe expliquei exatamente como tudo aconteceu,praticamente me abri para ela,mas o que me pegou de surpresa, foi o fato de ter recebido seu conselho para não desistir dela,para lutar por uma amor proíbido,mas que se torna forte cada obstáculos. Naquele dia,a prometi que jamais abandonaria a minha namorada, jamais deixaria esse laço que nos liga,estragar nossa vida futura,seja juntos ou separados.
___ Preciso falar com você, Derick!___ sem ao menos esperar uma resposta minha, Rúbia segura em meu braço puxando-me em direção a um canto mais reservado.
___ O que houve,Rúbi?___questiono me mantendo a sua frente.
___ Marina. Sua irmã saiu desse salão abatida, chorando e dizendo que não estava se sentindo bem, obviamente não acreditei em suas palavras e sabemos bem o porque...___ sentindo meu coração acelerar e um aperto no peito me sufocar,tento me manter atento a cada palavra que saia de sua boca___ a questão é,se sua irmã saiu daqui praticamente correndo sem avisar alguém, é porque está planejando fazer algo que não dê para ser impedido. A sua irmã não aceitou a sua ida para Nova York,Derick, vocês estão tendo problemas com esse namoro e o pior, você se afastou a tratando com indiferença que frieza. Acha mesmo que ela pensará duas vezes em cometer uma besteira?
Por alguns segundos,me lembrei de alguns meses atrás e a um ano; Marina havia tentado se suicidar,e não era a primeira e muito menos a segunda vez. De todas suas tentativas, conseguimos chegar a tempo e impedir algo fatal,mas hoje e ali com àquele pressentimento,sabia que se ela tentasse mais uma vez, poderíamos chegar tarde de impedi-la e de até mesma a salvar.
___Obrigada por avisar,Rúbi___ deixando um beijo em sua bochecha em sinal de agradecimento,me afasto seguindo em direção a saída daquele salão.
Pegando as chaves do carro novo que meu pai havia me dado de presente hoje de manhã,passo pelos alunos que conversavam no jardim da frente daquele local;o lugar no qual pediria a Morena em casamento mais uma vez.
___Filho, você sabe onde sua irmã está? A procuramos por todo local e não a encontramos___ olhando para minha mãe que entra em minha frente antes que pudesse entrar em meu carro,assinto nervosamente.
___ No momento ela está em casa,mas se demorarmos mais alguns minutos,talvez a veremos amanhã em um nicroterio.___ não negando meu medo,passo por minha mãe e entro em meu carro arrancando em direção ao lugar que tentei chamar de lar.
Sabia que tudo a sua volta lhe atormentava,porém bastou um ato de marra de minha parte para tudo se desencadear a fazendo pensar em uma besteiras dessa magnitude. A conheço melhor que meus pais,sei do que Marina é capaz de fazer para aliviar essa maldita mágoa e dor que está sentindo a dias, porém gostaria de acreditar que estou enganado ao pensar que ela seria capaz de tirar sua própria vida,queria acreditar que Marina não havia tido outra recaída e que poderia a encontrar sem vida em minha própria casa. Somente eu sei o que senti quando a vi tentando tirar sua vida pela primeira vez, somente eu sei o medo que se apossou de mim ao pensar que a perderia para sempre,ao imaginar que tudo era culpa de meus pais. Mas agora,dirigindo aquele carro imaginando tudo que minha menina é capaz de fazer contra si,tinha em mente que tudo era parte de uma culpa vinda de mim,tudo estava relacionado a nossas vidas em geral,desde a nossos pais a minha forma de me referir a si.
Saindo de meu carro sem ao menos estaciona-lo corretamente,sigo correndo em direção a entrada de minha casa, podendo encontrar a porta da sala de estar aberta,soube que Mari fazia exatamente o que pensamos,ela tentaria se suicidar mais uma vez. Deduzi isso somente em encontar a porta apenas encostada,pois exatamente assim que encontramos todas as últimas vezes que ela pensou em tal ato. Subindo as escadas podendo ouvir meus pais entrarem em casa,apresso meus passos indo em direção a seu quarto que se encontrava com a porta trancada.
Medo,angustia e culpa,eram exatamente esses sentimentos que se fizeram presentes em meu peito,ao menos conseguia me concentrar nós pedidos de meus pais para que Marina abrisse aquela porta. Pegando uma chave cópia na fechadura da porta de meu quarto que também possuía uma minha,abro a porta encontrando seu vestido caído no chão juntamente a seus saltos,brincos, colares e pulseiras.
Olhando em direção a porta de seu banheiro a encontrando aberta,soube que veria uma cena que jamais imaginei suportar assistir. Caminhando em passos rápidos porém amedrotados,a encontro deitada na banheira com água fria e com a cor avermelhada de seu sangue. Sem ao menos me importar se me sujaria com seu sangue,a tiro daquela banheira a deitando em meu colo.
___ Liga para o hospital,pai!
Seus olhos estavam vidrados somente em mim, seus lábios ainda cobertos por um brilho labial,estavam tomando uma cor pálida,assim com seu rosto.
___ Vai ficar tudo bem, amor!___ sussurro somente para que ele me ouvisse,pois meu pai se mantinha nos observando.
A vendo da um último suspiro juntamente a um sorriso fraco,sinto meu coração acelerar e o medo me consumir ao vê-la fechar seus olhos perdendo a consciência.
___ Não faz isso comigo, Mari! Por favor!
Sentindo as lágrimas molharem meu rosto,a pego em meus braços passando por meu pai. Não permitiria que a vida me tirasse ela, não aceitaria que o meu destino seria amar alguém que abriu mão de tudo, até mesmo de nós, não aceitaria saber que Mari escolheu a morte,do que viver em um mundo junto a mim e no qual estávamos separados.
Descendo aquelas escadas praticamente correndo,saio daquela casa indo em direção ao meu carro a colocando no banco passageiro. Secando as lágrimas ao fechar a porta de seu lado,me apresso em entrar naquele carro arrancando em direção ao hospital central,pois era exatamente para ele que meu pai havia ligado.
___ Vai ficar tudo bem,amor! Eu te prometo___ tocando em seus cabelos com as mãos trêmulas,piso no acelerador sem me importar com as multas que viriam.
O importante era a vida da garota inconsciente ao meu lado,ela era a única coisa que me interessava nesse momento,o resto que se f**a-se.
Não sei exatamente quanto tempo levei para chegar ao hospital,porém sabia que Marina piorava a cada segundo que se passava,pois sua respiração e pulsação estavam fracos. Saindo daquele carro a pegando em meus braços novamente,sigo para entrada daquele hospital podendo ver a equipe médica nós esperando protos para atender minha namorada ou que era, já não sabia de mais nada.
___ Seja forte meu anjo! Vou estar aqui quando você acordar.
Os vendo a levar para uma sala de cirurgia,sigo para a sala de espera e me jogo em uma das poltronas cobrindo meu rosto sentindo as lágrimas ganharem intensidade,o que fez-me perder todo o controle que exista em meu corpo. Eu estava com medo de a perder...e ainda estou.