Capítulo 14

1308 Words
Marina narrando Olhando para aquelas pessoas se divertindo com seus amigos, não podia deixar de me lembrar que o dia de ir embora da pessoas que mais amo no mundo, estava chegando. Meu peito se apertava com a mesma facilidade que meus olhos ficaram banhados por lágrimas,o nó em minha garganta me fez criar coragem para sair daquele salão de festas na qual comemoravam a formatura dos alunos do último ano no colégio. Me levantando do lado de meu pai,saio podendo ouvir seu chamado por mim, porém apenas acenei que não voltaria para o lugar no qual me machucava a cada idealização de ficar sem Derick ao meu lado. ___ O que houve, Marina?___ ouvindo a voz preocupada de Rúbia - uma das formandas - deixo a lágrimas caírem sobre meu rosto. ___ Não se preocupa. Avisa para meu irmão que estou indo para casa pois não estou me sentindo bem___ a vendo confirmar,me despeço rapidamente e saio pela porta de entrada. Depois que meus pais chegaram de viagem,a liberdade que tinha para conversar com Derick havia se esvaído como em um passe de mágica,os momentos que tínhamos em suas ausência,havia desaparecido como se não tivessem existido jamais,mas o que me magoou,foi a indiferença que o moreno estava tendo comigo. Ao ter a presença de meus pai naquela casa,meu inferno começou e se pensei que poderia ser feliz,estava totalmente enganada. O último momento que tivemos juntos,foi ao termos aquela última conversar na qual ficou estabelecido que deveria me decidir o que realmente queria para minha vida, após sair daquele quarto,foi o mesmo que tivesse desistido de tudo que vivemos, como se tivesse dito que havia esquecido nossos melhores momentos,pelo menos foi isso que o Moreno insinuou ao sequer direcionar seu olhar para mim durante esses dias. Tinha minha resposta,havia feito a minha escolha no momento em que encontrei meus pais parados na sala de estar daquela casa que jamais pude chamar de lar,mas ao ter a indiferença de Derick,a forma fria que de dirigia a mim, fez-me ver que jamais poderia assumir outro posto em sua vida,jamais ocuparia um lugar no qual outra mulher conquistaria. Começamos como uma f**a fixa e sexo casual,nada poderia mudar isso, não seria uma casamento proposto a dias atrás que mudaria esse fato.Embora o ame incondicionalmente, estava disposta a abrir mão de tudo que vivemos,estava lhe dando a liberdade de seguir a vida que sempre demostrou querer ter,estava lhe a sua liberdade. Deixando um soluço escapar por meus lábios,apresso meus passos ao ver que faltava pouco para chegar em minha casa. Estava cansada de viver assim, estava exausta de tentar fazer as pessoas entenderem que não estava feliz,estava cansada de mostrar que nada estava bem ao meu redor,nada era motivo para me manter bem,pois a única pessoa que poderia me fazer bem, estava desistindo de insistir na nosso vida juntos. Sinceramente, não precisava ficar nessa merda de cidade e vida. Abrindo a porta de entrada de minha casa,encontro a sala de estar com todas as luzes apagadas. O silêncio era a única coisa que predominava naquela casa que me enlouquecia cada vez mais. Subindo para meu quarto sem ao menos me importar em trancar a porta de entrada,sinto as lágrimas se intensificarem a medida de que me lembrava dos momentos que vivi com o moreno que se divertia juntamente a seus amigos,o moreno que merecia uma vida repleta de felicidade e sucesso. Era hora de tirar um peso das mãos de todos a minha volta e que convivem comigo. Abrindo a porta de meu quarto,entro a trancando atrás de mim. Desfazendo aquele penteado que minha mãe havia feito em mim,sinto meu peito se apertar cada vez mais; com minhas mãos trêmulas,retiro aquele vestido o deixando no chão daquele quarto onde revivia os melhores momentos que tive com meu irmão. Ficando apenas de lingerie,sigo para meu banheiro ligando a água para que enchesse a banheira. Era a quinta vez que isso acontecia, confesso que o controle das minhas ações eram difíceis de se ter,porém bastava algo fugir de meu controle que pedia a consciência de meus atos. Mas hoje e ali,estava ciente do que faria ,estava ciente de meus atos e sabia que não me arrependeria,pelo menos não por hoje e talvez,nunca mais. Olhando para o armário abaixo da minha pia,o abro pegando uma tesoura que sempre usava para cortar as pontas de meu cabelos e que estava,de certa forma,nova. Entrando naquela água fria,sinto um arrepio subir por todo meu corpo fazendo-me fechar os olhos enquanto as lágrimas caiam de forma silenciosa. ___ Marina? Filha,você está bem? Ouvindo a voz de minha mãe vindo de meu quarto - por ter deixado a porta do banheiro aberta - abro meus olhos apertando a tesoura em minhas mãos. ___ Vai ficar tudo bem,mãe! Você,o papai e Derick não vão precisa se preocupar comigo,nunca mais___ sussurro para mim mesma enquanto olhava para tesoura. Segurando em uma parte de corte daquele objeto,estendo meu braço para frente de meu corpo. Sentindo as lágrimas caírem com mais intensidade,passo a laminado em meu pulso podendo sentir a pele se corta e uma fétida se abrir,o que me fez suspirar. ____ Mari! Abre essa porta. Ele estava ali. Derick se encontrava do lado de fora do meu quarto, porém me surpreendi ao saber que não estava feliz por ter sua presença ali. O queria se divertindo,o queria com seus amigos aproveitando sua formatura e sua nova fase de vida,o queria feliz ao lado daqueles que lhe fazem bem. Com a mão trêmula,troco o objeto para minha mão direita estendendo a esquerda. Ouvindo as batidas se tornarem mais frequetes,delizo a tesoura por meu outro pulso deixando um gemido em meio ao soluço escapar por meus lábios. Sentindo o sangue escorrer, arremesso a tesoura no chão do banheiro e me permito relaxar naquela banheira. A água estava se tornando cada vez mais vermelha devido a meu sangue,meu corpo enfraquecia a medida que deslizava para o fundo da banheira deixando apenas um dos braços em contato com a água,minha respiração se tornava cada vez mais leve e o choro esvaía a cada suspiro de dor que me afetava devido ao ferimento. Ouvindo a porta ser aberta,pude direciona meu olhar para a porta daquele banheiro encontrando meus pais e Derick entrarem naquele cômodo. ___ Meu Deus!___ mesmo com a visão ficando turva,pude ver minha mãe se assustar com a cena. Sem ao menos se importar, Derick se aproxima me tirando daquela banheira puxando-me em direção a seu colo. Podendo sentir um beijo em meus cabelos, suspiro sentindo o alívio por saber que em breve,deixarei de complicar suas vidas. ___ Liga para o hospital,pai! Sua voz estava embargada enquanto carregava um pouco de medo,mas não me senti m*l ao fazer aquilo, não me arrependia em momento algum,apenas queria deixá-lo bem e feliz com tudo que poderá acontecer em sua vida de hoje em diante. Eu o amo e é exatamente por isso que abri mão de mim mesma. Sentindo suas mãos amarrarem algo em meu pulso,soube que ele faria o possível e impossível para me ver bem,o que não queria em hipótese alguma. Experimentei uma vez ficar sem ele e não gostei,e foi pensando nisso que decidi por um fim em tudo isso. ___Vai ficar tudo bem,amor! " Amor", engraçado que essa palavra não estava fazendo sentindo naquele momento,na verdade,não fez diferença durante o tempo de indiferença comigo. Ele me ama e também o amo,mais não quero ter que ser tratada por uma f**a fixa e sexo casual. Amor que é amor,define uma relação e esquece de como tudo começou, sempre que tenha dado início de forma r**m. Sentindo meus olhos pesarem,pude deixar um último suspiro escapar por meus lábios antes de os fecha-los. ___ Não faz isso, Mari! Por favor, amor! Deixando um último sorriso surgir em meus lábios,perco a consciência de tudo a minha volta...
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