2º Capítulo

1519 Words
Acordo com minha mãe berrando, olho no celular e faltam cinco minutos pro despertador tocar, bufo e cancelo o alarme, então vou tomar meu banho. Quando termino saio e me visto depressa por causa do frio, pego meu celular e tem uma mensagem. Puta ㅤㅤsz : Acordaaaa ㅤㅤㅤㅤㅤㅤ: Bora causaaaar! Euㅤㅤㅤㅤㅤ: Tô arrumando. Bloqueio o celular e vou arrumar o cabelo, em seguida passo base e rímel, coloco uns cadernos na mochila e vou pro quarto da minha mãe tirar uma foto. Posto no f*******: e marco a best. Bruna Siqueira: Bom dia! #escolanova #vidanova — com Bárbara Siqueira. Não somos exatamente primas, a vó dela, Lorena, é tia da minha vó, então não sei exatamente o que somos. Desço e tomo café, depois escovo os dentes, junto minhas coisas e saio de casa. A Bárbara está saindo com o Lucas, espero eles e vamos juntos. O Lucas me abraça quando estamos entrando na escola. — Quero ver quem vai mexer com a minha irmã! — Pra de verdade ele nem liga — Babi ri. — Vai achando, meto a porrada em quem chegar. — Quem vê até pensa. Três garotas vem em nossa direção e me olham de cima a baixo. — Menorzinho — a ruiva beija sua bochecha — quem é essa? — Minha irmãzinha. Encaro ela. — Oi cunhadinha, é um prazer. — O prazer é todo seu. Sorrio e saio puxando a Bárbara. — Vamos descobrir qual é minha sala. Ela está morrendo de rir. — Bem feito, alguém tinha que dar um se liga na Débora. — Garotinha nojenta. Caleb Lá estava eu, discutindo novamente com a Tainara. Gosto dela mas a mina não saí do pé, não posso fazer nada que esse demônio vem encher meu saco. Mandei ela ir pescar e fui até os muleques, cumprimentei eles e sentei na mesa. — O que ta pegando? —Já viu a novata? — Kius beija os dedos juntos e solta no ar. — Não é pra mexer com minha irmã não caraí — Menor diz bolado. — Que irmã? — A best da Babi — JP diz mexendo no celular, então me mostra uma foto. — c*****o vei, apresenta aí Menor. — Saí fora que eu vi primeiro — Kius diz. — Você pega a Babi — respondo. — E você namora! — Ele retruca. — Ninguém vai pegar ela não caraí — Menor grita. Geral que tá por perto começa a olhar pra gente e caímos na gargalhada. O sinal bate e lá vem o supervisor nos lombrar, então levantamos e vamos pra sala de aula. JP e eu somos da mesma sala, enquanto o Menor e o Kius são da sala da Bárbara. Entramos e vamos pro fundo da sala, e lá está ela, p***a, é bom demais pra ser verdade. Sento atrás dela e o JP ao meu lado. — E aí Bruna — JP diz. Ela se vira e o encara. — Ah, oi! João Pedro, de ontem, né? — Ela sorri. Ele afirma com a cabeça. — Não sabia que viria pra cá. — Fui expulsa ontem — ela dá de ombros. — O que você aprontou? — Ah, bati em uma garota, nada demais. — Nossa, nada demais, não vou nem olhar nos seus olhos de medo — ele brinca. Que palhaçada vei, começo a tossir pra quebrar a conversa. — Ah, foi m*l, Bruna esse é o Caleb, meu parça. — E aí — ela diz. Quando vou responder a professora entra atrasada mandando todo mundo calar a boca e a mina se vira pra frente. No terceiro horário o professor de geografia começa a passar um texto gigante, então aquela moreninha se vira pra trás. — Tu não tem uma caneta sobrando por aí? Abro a bolsinha e entrego uma caneta pra ela. — Valeu mané. Abro um sorriso, gostei dessa mina. O JP me atira uma bolinha de papel, abro e leio: o****o. Olho pra ele e mando meu dedo do meio. — Está tudo bem senhor Martins? Olho pro professor. — Sim. — Preste atenção no seu caderno. Afirmo com a cabeça e volto a copiar... Quando o sinal finalmente bate saio que nem louco, e pro dia ficar pior lá está a Tainara. Reviro os olhos. — O que tu quer? — Só um beijo, credo seu grosso. Agarro ela pela cintura. — E grande também. Então beijo ela. Tainara e eu somos um caso complicado, sempre fui um vagabundo nato, aí ela apareceu e me colocou na linha, mas agora eu não consigo parar de olhar pra novata, e reparar cada qualidade dela. Encerro o beijo após o JP tossir. — Vamos pro refeitório, querem ir? A Bruna está ao lado dele. Nem encaro muito ela pra Tainara não meter o louco. — Quer ir? — Pergunto pra ela. — Pode ser, estou com fome. — Eu sou Bruna — ela acena pra Tai. — É um prazer. Descemos em direção a cantina com a Bruna contando sobre a briga dela com a garota que a fez ser expulsa, por incrível que pareça a Tainara gostou dela e as duas conversam sem deixar o assunto morrer, ela até desgruda de mim e deixa eu conversar em paz com o JP. A linguaruda da Débora aparece atrás da Tai e já começa a soltar o veneno. — O que você tá fazendo com essa daí? — Essa daí tem nome tá fofa — Bruna revida. — Ela é legal Débora. — Legal? Te contei como ela me tratou hoje né? — Ai Débora, f**a-se. — Daqui a pouco ela vai pegar seu homem, pela cara de p*****a. — O QUE? A Bruna ia voar nela quente, a sorte foi que eu segurei ela pela cintura e o JP saiu empurrando a Débora pra sei lá onde. — Me solta — disse se debatendo — vou quebrar a cara dela. — Se acalma, acabou de entrar e já vai ser expulsa? — Pois é, sua mãe vai ficar mais bolada ainda — Tai aconselha. Solto ela, que respira pesadamente. — Quem ela pensa que é? Espera só o final da aula, vou parar só quando ela estiver sangrando. Dou risada. — Vamos comer, vem — passo o braço ao redor do pescoço da Tai e entramos na cantina. Entramos na fila e compramos alguma coisa, depois nos sentamos na mesa do pessoal. — Que tumulto foi aquele? — Bárbara pergunta, depois de olhar feio pra Tai, as duas se odeiam. — Aquela vaca m*l comida me chamando de p*****a. Espera a saída. — OPA! — O Kius gritou. — Xiou a treta suave. — Quero ver quem vai por a mão na minha irmã — Menor já tava bolado. — Sua mulherzinha — Tai responde. — Minha nada, tá tirando vei? Aquela louca deve achar que vou defender ela, deixa ela na ilusão. — Amiga vamos comigo no banheiro? — Bárbara chama. — Vamos — Bruna saí toda inocente. Eu sabia que ela ia envenenar a menina contra a Tai. Ela é difícil mesmo, mas se deu bem com a menina, por quê intrometer? Japa Chegamos no banheiro mas eu já imagino o assunto, se ela não se dá com a Débora, também não se dá com suas amigas. — Por que você tá sendo amiga daquela vaca? — Porque ela é legal — digo como se fosse óbvio. — Amiga não se deixe enganar, ela é falsa e paga de virgem maria, mas aquela cara não engana ninguém. — Deixa de paranoia Bárbara. — Só estou te avisando, ela usa as pessoas e depois joga fora. — Vou tomar cuidado, tá legal? — Tá. O sinal bate e eu quase não comi meu biscoito, volto pra cantina e pego ele na mão do JP, que já comeu a metade, então vamos pra sala. Na verdade, estou enérgica, todos já sabem que eu tô arrumando confusão e estão comentando, não me importo, só sei que vou bater naquela garota até ela pedir arrego. Temos um horário vago e uma educação física, onde eu jogo queimada com as garotas da turma, Isabela e Eduarda (que eu tenho certeza que são lésbicas) são do meu time, o resto não decorei o nome ainda, mas, massacramos o time adversário. Quando o sinal bate sou a primeira a sair. Deixo minha mochila no chão, amarro o cabelo e os meninos vem pra onde eu estou. — Olhem minha mochila. — Eu vou é gravar — JP diz. Começo a rir e balanço a cabeça negativamente. Todo mundo está por ali, ninguém arredou o pé pra ver no que ia dar. O resto dos meninos, a Bárbara e a Tai já apareceram, a Duda e a Isa estão me contando umas tretas sobre a Débora. Então ela saí, junto com a outra que eu não sei o nome e nem faço questão de saber, saio do canto e vou pro meio da rua, coloco as mãos nas costas, empino o nariz e espero ela.
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