casamento?

1083 Words
Era manhã, Lian deslizou a mão pelos olhos, virou-se para o lado, sentiu sua cabeça latejar e esbravejou. — que dor de cabeça. — se quiser peço que lhe preparem um chá — disse Clarissa o fazendo se assustar. — o que faz aqui ?— ela estava bem a sua frente sentada em uma cadeira, ele ao perceber que estava completamente pelado se cobriu com o lençol. — Liz a moça que coordena o harém me avisou que você estava completamente bêbado e precisava de ajuda, eu como sua serva estava na obrigação de lhe ajudar, então o trouxe para o quarto, lhe dei um banho e ajudei a deitar. — não lembro de nada, passastes a noite inteira nesta cadeira? — sim, não posso deitar em sua cama sem tua permissão, como te sentes? — m*l, meu corpo está dolorido, meus olhos estão a arder, minha boca está seca e minha cabeça dói horrores — ela levantou-se da cadeira em que estava, foi até uma pequena mesa que havia ali, pegou uma jarra com água, encheu um copo e o entregou, ele sem demora tomou. — um banho quente vai fazer com que se sinta melhor, vou preparar. O banho estava pronto, ele entrou na banheira e ela agachou ao lado dele e começou a massagear seus ombros o fazendo suspirar. — eu não concordo com isso. — com o que? — ela questionou. — que sejam designadas para satisfazer os homens. — então você não quer? — não, mulheres não deviam ser obrigadas a tais coisas. — então por que não recusou quando o rei me designou para você? — não quis o contrariar, mas não pretendo tocar em você — dizia ele, mas seu m****o dizia e pedia outra coisa. Ela continuou a massagear os ombros dele, estava tão relaxado que estava a ponto de dormir, então ela parou. — vou pedir que lhe preparem um chá — ela sussurrou para não incomodá-lo, ele assentiu com a cabeça em seguida saiu. Quando enfim voltou ao quarto trazendo uma bandeja com café da manhã ele já havia saído do banho e se vestido. — trouxe café da manhã e um chá. — obrigado, deixe sob a cama e pode ir descansar esteve a noite inteira aqui. — tenho que está aqui caso necessite. — lhe asseguro que não será necessário, vá, tenho uma reunião com meu pai. — mas... — vá, é uma ordem. — como queira meu príncipe. — e obrigado pelo café da manhã. — apenas fazendo meu trabalho — ele assentiu com a cabeça então ela saiu o deixando sozinho no quarto. Na sala do trono o rei o esperava, ele entrou e se surpreendeu ao ver ali também seu primo Agustín. — bom dia. — bom dia primo. — pai se é sobre nossa saída ontem... — fiquei sabendo, mas não é sobre isso, e não vi nada demais, apenas foram festejar. — então qual o motivo da reunião? — questionou Lian. — um casamento. — casamento de quem? — Lian questionou. — do Agustín. — me...meu? — ele perguntou gaguejando. — sim, com a Valentina. — me perdoe a forma de falar, mas, está falando sério tio? — sim, meu sobrinho, conheço sua índole, é um bom homem, não existe alguém melhor para que eu entregue minha amada filha e também não posso me dar ao luxo de que um qualquer entre para nossa família, se tiverem um filho homem ele será o segundo na linha de sucessão e caso Lian venha a não ter filhos ou caso não tenha um filho homem o seu será o primeiro na linha de sucessão. — entendo sua preocupação tio, tenho um carinho muito grande pela Valentina, mas a questão é, ela já está a par disso e o que ela acha? — ela não tem que achar nada, estou fazendo o melhor para nosso reino e me encarregando de que o trono esteja sempre em nossa família, ela sempre disse que tinha muito a fazer pelo reino, estou dando a oportunidade. — o senhor sabe que não era bem assim que ela queria ajudar o reino — disse Lian. — eu sei, mas existem regras em nosso reino. — claro, regras que favorecem ridiculamente os homens — disse Lian alterando a voz. — baixe o tom de voz, sou o rei e acima disso seu pai, me deves respeito — disse ele e Lian apenas baixou a cabeça. — eu sei como e por que faço as coisas. — mandou me chamar papai? — disse Valentina entrando. — sim, para que conheça seu noivo. — noivo? — sim, Agustin, seu noivo. — só pode estar louco — disse ela. — mais um para me desrespeitar, por que não pode seguir o exemplo do seu primo e aceitar a ideia sem reclamação? — disse ele já irritado. — aceitar claro, não tenho opção, mas pedir que eu não reclame ou fique feliz com isso é pedir demais — disse ela que rapidamente saiu os deixando na sala então seu pai balançou a cabeça em negação. — vá atrás dela Agustín, preciso conversar com o Lian — Agustín rapidamente foi. — isso não é justo pai. — eu sei que não, mas o justo nem sempre é o melhor, você sabe bem o por que de tudo isso, já lhe expliquei mais de uma vez. — eu sei, eu sei, é o melhor para nossa família — ele disse se rendendo. No jardim estava Valentina, algumas lágrimas escorriam por seu rosto, Agustín se aproximou então lhe chamou por seu nome. — Valentina. — não fala comigo Agustín. — eu não sabia de nada disso, pra mim também foi uma surpresa. — deveria ter recusado. — assim como você, eu não tenho escolha, não quero pagar pra ver o que vai acontecer caso eu me recuse a casar com você, seu pai está buscando o melhor para nossa família, nosso filho primogênito estará na linha de sucessão e caso o Lian não tenha filhos, será o primeiro. — não acredito que meu futuro será casar com alguém que não amo e ter uma penca de filhos que eu sequer queria. — Valentina...para o nosso casamento até o momento não vejo solução, mas sabes do grande respeito e carinho que tenho por ti e sem tua permissão jamais te tocarei. — obrigada Agustín — ele se aproximou dela, secou uma lágrima em seu rosto em seguida a deu um abraço reconfortante.
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