um rei ainda melhor

972 Words
Já era noite, o dia havia sido cheio, Bruno tinha enchido o filho de recomendações sob o reino, ele entrou em seu quarto e se deparou com Clarissa mais uma vez sentada naquela cadeira. — és minha sombra agora? — sua serva, para servi-lo em tudo que for necessário, parece estressado. — um dia cansativo, por favor prepare meu banho. — como queira — ela foi em direção ao banheiro, encheu a banheira em seguida colocou alguns sais de banho, então voltou ao quarto, ele estava sentado na cama tirando os sapatos, ela se aproximou e começou a ajudá-lo com a roupa. — eu posso me despir sozinho. — como queira — ele caminhou em direção ao banheiro, quando chegou lá tirou a roupa e entrou na banheira, depois de alguns minutos ela apareceu segurando uma toalha. — posso lhe fazer uma massagem se quiser — ele ficou um tanto receoso mais aceitou, ela começou a massagear os ombros dele que logo soltou um longo suspiro, Clarissa tinha mãos de fada, era impossível não se render a aqueles tão delicados toques. — tens mãos de fada — ele disse quase em um sussurro, as mãos dela deslizaram dos ombros até o peito e entraram em contato com a água, ela sentiu cada musculo presente naquela região e também viu a pele dele arrepiar, mas não foi mais adiante, afinal ele não concordava com aquilo. Ao fim do banho ele se secou e se vestiu, como ele havia dito que poderia fazer aquilo sozinho não o ajudou. — como não precisa dos outros serviços que presto, posso me retirar? — claro. — tenha uma boa noite meu príncipe — disse ela que em seguida saiu — ele se atirou na cama e fechou os olhos, não estava com cabeça para nada, tudo que precisava naquele momento era dormir, mas um dos criados do castelo bateu em sua porta e disse que o rei estava o chamando para jantar em família. Já na sala de jantar, Lian se juntou a família e sentou a mesa sem muito ânimo. — eu estava indo dormir, algo importante? — sim, eu e sua mãe estamos planejando um baile para oficializar o noivado de Valentina — disse Bruno e Valentina largou os talheres no prato. — e também para que possa encontrar uma noiva filho. — serão convidadas as filhas de várias pessoas influentes no nosso reino e também dos reinos vizinhos — disse Eliza. — todos com títulos de nobreza — completou Bruno. — o senhor disse que eu não precisava me casar de imediato. — sim, mas não é de imediato, ainda tens que encontrar uma noiva — Lian apenas assentiu, mas em seu rosto era claro o descontentamento. — quando será este baile? — ele questionou. — daqui a três ou quatro semanas — disse sua mãe. Ao fim do jantar que mais havia parecido com uma das reuniões da corte, Lian estava a caminho de seu quarto, mais uma vez estressado e cansado mentalmente, tudo que lhe vinha a cabeça era aquelas mãos de fada o massageando até adormecer. — príncipe, precisa de algo? — perguntou um dos criados do castelo. — sim, chame minha serva, preciso dela — o rapaz apenas assentiu e saiu. Depois de alguns minutos Clarissa bateu na porta do quarto do príncipe e logo a mandou entrar, ao vê-la a sua frente disse o que precisava. — preciso de uma massagem. — como queira meu príncipe — ela foi até ele que estava sentado na cama, ficou entre suas pernas e começou a desabotoar sua camisa, ao terminar ela aproximou o rosto ao dele e sussurrou. — deite de bruços — ele apenas assentiu enquanto olhava no fundo dos olhos dela, parecia hipnotizado por aquelas lindas esmeraldas brilhantes, Lian fez como ela pediu e logo sentiu os delicados toques de suas pequenas mãos sob sua pele, o relaxamento foi instantâneo. — se por acaso eu dormir, pode se retirar, não há necessidade de passar toda a noite aqui. — como desejar meu príncipe — disse ela com sua voz tão doce e aveludada, vez ou outra beijos eram desferidos pela pele dele, a cada um Lian sentia sua pele arrepiar e suspirava, aqueles lábios lhe pareciam o paraíso, mas estava se contendo para não torná-los seus e quebrar suas palavras. O cansaço e o relaxamento o venceram e ele acabou dormindo, ela ao perceber que ele havia caído no sono, colocou o cobertor sob o corpo dele e saiu. Pela manhã ele acordou com alguém batendo na porta, ele mandou entrar e viu que era sua mãe. — bom dia querido. — bom dia mãe. — não se juntou a nos para o café da manhã, vim ver se estava tudo bem. — já passou o café da manhã? — sim querido, na verdade já é quase hora do almoço. — dormi demais. — tem sido dias complicados, como está se comportando sua serva? — é muito atenciosa e prestativa. — só isso? — mãe...se esta falando isso por outro assunto, o que tenho a lhe dizer é não, não irei tocar nela de outra forma. — na verdade eu não estava pensando nisso, estava falando de suas qualidades mesmo, ela tem muitas, tantas que eu poderia ficar horas lhe contando sobre. — papai me contou que ela já foi serva de vocês quando eu estava em caravana para outros reinos. — sim, é uma garota adorável, só abri mão dela para que ela fosse sua serva, por nenhum outro motivo teria aberto mão dos serviços dela, triste que ela tenha tido tal destino, seria uma ótima esposa. — eu não concordo com nada disso, pobres mulheres, tem suas vidas vendidas quando ainda são crianças. — seu pai é um bom rei, mas você será um rei ainda melhor.
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