Clarissa caminhava em direção ao quarto do príncipe, ela distraída quase esbarrou em alguém.
— Cuidado senhorita — disse Breno, o irmão do rei e também pai de Agustín, ela ao ver de quem se tratava apenas ignorou e continuar a trilhar seu caminho, Lian que havia acabado de sair de seu quarto viu o que aconteceu e até estranhou um pouco.
— algum problema com meu tio?
— nenhum — nenhum ela respondeu.
— sua cara diz o contrário, o que pensas sobre ele?
— não estou aqui para dar opiniões sobre sua família, meus serviços são outros — ele apenas riu e disse.
— como queira minha serva.
— necessita de algo? — ela questionou.
— não, na verdade estou de saída, mas se quiser ficar um tempo com minha mãe fique a vontade, estivemos conversando sobre você, ela lhe tem um carinho muito grande.
— obrigada Príncipe — ela disse em meio a um sorriso, ele apenas assentiu com e saiu a sua frente.
— não querendo ser intrometida, mas, onde vais?
— visitar umas terras de posse do meu pai que estão abandonadas.
— tome cuidado, as estradas são perigosas.
— sempre tomo cuidado — disse ele que em seguida saiu.
No quarto do rei estava ele prestes a tomar o remédio que o médico da corte havia criado para resolver as dores de cabeça que sentia, quando de repente alguém bateu na porta.
— quem é? — ele perguntou com a voz cansada.
— sou eu irmão.
— entre.
— como está?
— não muito bem, essas dores de cabeça estão acabando com meu ânimo.
— creio que logo estará bem.
— quando chegou?
— hoje pela manhã, fiquei sabendo que anunciou Lian como futuro rei.
— sim.
— ele é muito jovem, até um tanto imaturo.
— mas é muito dedicado e inteligente.
— talvez, mas não sei se ele é a melhor opção no momento.
— e quem seria a melhor opção?
— eu.
— a ideia é colocar alguém mais jovem que possa reinar por muito tempo e você é mais velho que eu.
— mas diferente de você eu sou saudável.
— você não perde a oportunidade, já está sabendo do noivado do seu filho?
— sim e fico feliz que tenha concordado com a ideia, não existe partido melhor para a Valentina que meu filho.
— não graças a você, tens que agradecer a tia dele que cuidou de educá-lo quando a mãe dele faleceu — Bruno disse e seu irmão apenas revirou os olhos.
Clarissa caminhou pelo jardim, e próximo às roseiras encontrou Eliza a rainha que estava a sentir o aroma das flores.
— Rainha — disse Clarissa lhe fazendo a devida reverência.
— querida, tenho sentido sua falta.
— o príncipe saiu e disse eu poderia lhe fazer companhia em sua ausência.
— que ótimo, tentei a todo custo tirar minha filha do quarto para caminhar comigo mas ela não aceitou.
— fiquei sabendo que a princesa ficará noiva de Agustín.
— sim, ela esta puro descontentamento.
— não é para menos, parece que independente da classe nos mulheres uma hora ou outra somos obrigadas a algo que não nos agrada.
— não concordo, queria que ela ao menos tivesse tido a oportunidade de escolher, assim como Lian, mas não posso fazer nada.
— eu sei.
— o que me consola é que Agustín é um rapaz de ouro, o vi crescer, conheço sua índole, ele é um bom homem e sei que vai cuidar e respeitar minha filha.
Era noite, Clarissa já estava em seu quarto no harém quando alguém bateu na porta e chamou por ela, era Liz a responsável por orientar as moças do harém.
— aconteceu algo? — Clarissa perguntou.
— sim, ao que parece uns indigentes atacaram o príncipe e os que estavam junto, ele se machucou, tens que ir para cuidar dele.
— claro, só vou me trocar — logo após se trocar ela foi para o quarto do príncipe, ao chegar lá o encontrou deitado em sua cama dando ordens a um dos criados que o ajudou a ir para o quarto.
— não diga a minha mãe, tampouco a meu pai, ele está doente e não precisa de preocupações.
— e a princesa?
— não, ela tem os problemas dela, não quero preocupar ninguém — o rapaz apenas o reverenciou em seguida saiu.
— o que houve príncipe?
— alguns indigentes nos atacaram na estrada, com toda a confusão meu cavalo se assustou, disparou e acabou me derrubando.
— está todo machucado e sujo, vou lhe ajudar com o banho e nem ouse recusar, em seguida vou cuidar de seus machucados.
— nem se eu quisesse poderia recusar, m*l estou conseguindo andar — ela se aproximou da cama e logo em seguida com cuidado começou a lhe despir.
— venha, vou lhe ajudar a caminhar até a banheira — ela o segurou pelas mãos e aos poucos ele foi sentando.
— ai.
— lhe machuquei?
— não...estou bem — disse ele, mas seu semblante era sofrido.
— machuquei o tornozelo.
— não se preocupe, lhe ajudarei a caminhar — com dificuldade ela o levou até o banheiro e o ajudou a entrar na banheira em seguida pegou uma pequena toalha que se usava para enxugar o rosto e começou a deslizar pelo corpo dele.
— preciso limpar todos esses machucados para que não corra o risco de ter alguma infecção.
— entendo — ela começou pelo pescoço onde havia alguns arranhões, em seguida passou pelo peito que tinha um corte que ainda estava a sangrar, ao chegar mais embaixo ela paralisou ao notar algo.
— é involuntário — disse ele se referindo a sua ereçã0, ela apenas assentiu e continuou com seu trabalho.
Clarissa estava quase terminando de limpar todos os machucados, havia apenas um bem ao pé da barriga e estava embaixo de seu m****o, ela o segurou e puxou um pouco para o lado, ele suspirou em resposta, mas sequer abriu os olhos, quando enfim terminou ela tirou a mão dali e se pronunciou.
— terminei.
— já? — disse ele quase que involuntariamente, apesar de dizer que não tocaria nela ele estava a gostar dela o tocando, principalmente quando segurou seu instrumento de prazer.
— sim, agora precisa se secar, estou lhe sentindo um pouco quente, pode ser febre.
Ela secou o corpo dele com ajuda de uma toalha e quando terminou o ajudou a deitar na cama.
— pegue uma roupa pra mim.
— melhor que fique assim, roupas vão ficar incômodas sob os machucados e ainda preciso passar algo nesses cortes e arranhões para cicatrizar mais rápido, vou buscar alguma pomada ou loção, não se levante, volto rápido — ele assentiu, então puxou o cobertor para cobrir seu corpo.
Clarissa voltou trazendo um chá e uma pomada, ela entregou o chá a ele e disse.
— tome, vai aliviar as dores.
— obrigado — ele pegou a xícara e enquanto ele tomava, Clarissa tirou o lençol que estava a cobrir o corpo nu dele e começou a passar a pomada pelos machucados e mais uma vez uma ereção se manifestou.
— sempre fica assim quando te toco?
— sim, mas é involuntário — ele disse entre dentes.
— eu poderia resolver isso pra você.
— eu não vou te tocar e já disse meus motivos.
— mas e se eu te tocar?
— eu...eu — ele gaguejou ao sentir a mão dela delicadamente deslizando por sua coxa e prendeu a respiração.
— melhor descansar para se recuperar logo — disse ela tirando as mãos de seu corpo.
— vou pedir que lhe preparem algo para comer.
— não precisa, estou sem fome — disse ele deslizando a mão pelos fios de cabelo, então ele a viu sentar na cadeira que havia bem em frente a sua cama.
— não vai voltar para o harém?
— não.
— pode se retirar, eu estou bem.
— não, não está, irei permanecer aqui até que se recupere — Lian assentiu e vencido pelo cansaço não demorou a dormir.