03 - O baile de Mascaras parte 01

1298 Words
Enfim, o tão aguardado baile de máscaras. O dia em que novamente eles iriam se encontrar. Só que dessa vez, não seria apenas por uns breves minutos. Apenas trocar olhares não seria o suficiente. Era a noite em que a vida dos dois, de forma inesperada, mudaria para sempre. Graziella estava na sua casa se arrumando para o evento. Estava ansiosa. Talvez porque já fazia um tempo que ela não participava de eventos sociais que não fossem voltados ao seu trabalho. Por estar sempre focada na sua carreira, nunca tinha um tempo para si. Mas naquela noite, ela quis se permitir. Um pouco de diversão faria bem, e Graziella estava disposta a curtir da sua maneira. Estava diante do espelho, trajando o vestido que ela mesma fez para a ocasião e estava orgulhosa pelo seu trabalho. Ele era vermelho, longo, de alças finas e com um decote que valorizava o seu b***o. Também tinha uma pequena f***a lateral e as costas nuas acima do bumbum, dando-lhe um ar sensual. Os cabelos da morena estavam presos num coque lateral, sua franja bem penteada, deixando o seu colo e nuca expostos. Nos olhos, uma maquiagem leve e na boca, um batom vermelho carmesim. Graziella estava, como dizem, vestida para matar. Estava armada com a sua sensualidade e o seu jeito angelical. A campainha tocou. Ela sorriu, só poderia ser a Mia ou a Carina. Correu para abrir a porta e se deparou com a sua amiga Mia que estava tão maravilhosa quanto ela. Mia usava um vestido tomara que caia de seda verde, que realçava a cor dos seus olhos, e que tinha uma f***a lateral em ambos os lados. Modelo desenhado por Graziella. Quando Mia olhou para a amiga, o seu queixo caiu e na hora começou a falar: — Grazi minha amiga, você está um arraso! Carina logo em seguida chegou e ja dava gritinhos agudos. — Amiga por deus! Você tá gatíssima! Se eu não gostasse tanto de homem, eu te pegaria muito hoje! Deixou a cara de santinha em casa e vai parar aquela festa com certeza! Todas riram das palhaçadas de Carina, que também estava deslumbrante. A loira usava um vestido dourado justo acima dos joelhos, com um decote que valorizava o belo corpo da mulher. — Agora vamos indo, porque preciso encontrar uma p**a milionária para passar a noite. ---Falava Carina arrancando risos das amigas. As três pegaram as suas máscaras e saíram em direção ao baile. ✲ ✲ ✲ Piettro já estava pronto em casa, apenas aguardava Antonella terminar de se arrumar. Não queria ir com a esposa, mas não teve alternativa. Até porque vários magnatas importantes estariam presentes, e manter a sua imagem de homem sério e casado era necessário. Uma bobagem do c*****o, pensava ele. Mas Alessandro, sempre foi o mais sensato, havia o aconselhado. O loiro vestia um terno preto, feito sob medida, por dentro uma camisa vinho e um sobretudo por cima, também preto. A roupa realçava o corpo forte e alto do homem, que chamava atenção por onde passava com a sua beleza única. Os seus cabelos estavam penteados para o lado, perfeitamente alinhados. Ele esperava a esposa, irritado com a demora da loira. Depois de mais alguns longos minutos de espera, ela desceu. Antonella também estava muito bonita, usava um vestido vinho que combinava com a blusa do marido, bastante cavado e sexy. Ela olhou para o esposo esperando um elogio, mas ele rapidamente pegou a sua mão e a conduziu para o carro, mencionando que os dois estavam atrasados. A loira mais uma vez suspirou, frustrada. Todos os planos de fazer amor até amanhecer, quando chegassem do baile, falharam. Piettro não gostava de depender de ninguém para se locomover, sempre dirigia os seus carros. Dito isso, o loiro assumiu o volante e dirigiu-se até o evento. Ao chegar no local, colocou no rosto a sua máscara, toda n***a, deixando apenas os seus olhos azuis à mostra. Antonella colocou a sua dourada, e ambos descem de mãos dadas para o baile. Graziella já estava no salão, a sua máscara era n***a e valorizava os seus olhos azuis-claros, quase perolados. Para variar, as suas amigas já tinham ido ao encontro de algum rapaz, e ela estava sozinha no meio do salão. Por escolha própria, é claro. Pois a sua presença atraia olhares onde quer que fosse. Enquanto degustava a sua taça de champanhe, o seu olhar se dirigia à porta de entrada onde por ela, acabava de passar um casal. Muito bonito por sinal. Mas todo o seu corpo estremeceu quando ela se deparou com aqueles olhos azuis, os mesmo olhos que tanto a perseguiam. E no momento que o seu olhar cruzou com o dele, o seu coração errou uma batida e ela teve a sua certeza. --- Era ele. Piettro chegou ao local de mãos dadas com Antonella. Não estava muito interessado em estar ali, mas como líder, tinha obrigações e formalidades a cumprir. Além disso, teria uma conversinha “amigável” com um certo policial inútil, e isso traria um pouco de emoção a sua noite. A sua mente estava longe daquele salão, e o seu olhar vagava sem rumo. Até se deparar com ela. A mulher dos olhos azuis, quase perolados. A morena que tanto mexia com a sua mente e com o seu corpo. E quando ele finalmente pôs os seus olhos nela…. Por deus! Ele precisava tê-la nos seus braços, tê-la na sua cama! Precisaria terminar a noite dentro dela, a possuindo gostoso. Quando os seus olhos se cruzaram, Piettro também se deparou com uma sensação estranha. O seu coração bateu de forma diferente e não apenas desejo estava evidente ali, tinha algo a mais. Algo que não sabia explicar. Por um instante, sentiu medo. Precisava se aproximar e mandaria para o inferno aqueles limites impostos, nem que seja por uma única noite. Graziella desviou o olhar quando viu que ele não estava sozinho. Saiu do local e foi em direção ao banheiro. Precisava sumir dali, precisava sair da presença dele. Por algum motivo não tinha controle quando ele estava próximo. Era como se ele fosse um imã, que a atraísse para o seu eixo, e isso a apavorava. Piettro pediu licença à esposa e saiu atrás da morena. Ele não a perderia novamente. Não se pudesse evitar. A viu entrar no banheiro e dirigiu-se para o mesmo local, porém no meio do caminho, Luiggi o interrompeu preocupado e tocou no seu ombro perguntando: — Pietro? — Agora não, Luiggi, não deixe que ninguém entre no banheiro feminino. — O que? — Depois eu explico. Antes que Luiggi pudesse abrir a boca, Piettro saiu apressado, deixando o amigo sem entender nada. O loiro entrou no banheiro e pode vê-la através do reflexo do espelho. Quando os olhares se cruzaram novamente, ambos respiravam ofegantes. Piettro então se aproximou e virou Graziella para si. Ele a olhava com devoção. Com uma mão, ele tocou no seu rosto, de forma suave e carinhosa, e foi descendo até os seus lábios que já estavam entreabertos. Sorriu e se aproximou reivindicando o que ele achava que seria dele. Deu um beijo lascivo e cheio de desejo. As línguas se tocavam numa dança harmoniosa, como se quisessem sentir cada canto da boca um do outro. Piettro se afastou e olhou novamente para a morena e os seus lábios inchados pelo beijo. Se aproximou do seu ouvido e sussurrou: — Te procurei por tanto tempo… cheguei a pensar que você fosse uma ilusão que criei na minha mente. — Falava olhando com admiração. — Não quero mais fugir. Eu quero você! Graziella se viu presa na imensidão daqueles olhos azuis. E naquele momento, estava decidida a se render aos seus sentimentos, mesmo que fosse apenas por uma noite.
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