CAPÍTULO 03

2528 Words
ELISABETH BERTOLAZZO   Olho as vitrinis das lojas e fico em completa confusão do que comprar para o trabalho, por mais que odeie admitir, Arthur está certo.. Infelizmente vivemos em um mundo que a aprecia chama bastante atenção, ainda mais para um advogado. Aproveitei a hora do almoço e pedi Helena para vir comigo comprar essas coisas, ela ficou chocada quando viu o meu carro. — Onde pretende deixar essas roupas que comprar?— questiona olhando a vitrini. — No carro, não vai ter problema, mas daqui a pouco vamos ter voltar e ainda não escolhemos nada. — Precisamos de algo elegante e feminino, vestidos são uma boa opção, de cores neutras, saias coladas que vão um pouco a cima do joelhos e blusas de mangas cumpridas ou curtas da mesma cor, servem também, olha, essa loja parece ter o que precisamos, vai ter que preparar o cartão de crédito.— m*l sabe ela que o cartão que tenho, não tem limite. **** Ao chegarmos na empresa, me dirijo direto para a minha mesa e conseguimos chegar com alguns minutos de antecedência. Meu pai vai ficar surpreso por eu ter usado um valor tão alto no cartão, geralmente uso ele para despesas pequenas e necessárias, mas eu pretendo pagar com o meu salário. — Elisa, as roupas vão ficar lindas, louca para ver você amanhã com elas aqui no trabalho, e siga meu conselho, solte mais o cabelo, ou venha com ele preso em um r**o de cavalo, use brincos discretos, mas que realce sua beleza e tente usar suas lentes de contato, mas caso não se sinta a vontade, use os oculos mesmo.— comentei isso com Helena, meu pai havia comprado para mim a um tempo, mas nunca achei necessário usa-la. — Obrigada Helena, se não fosse você, eu nem saberia por onde começar.— ela abre um sorriso enorme que fazem seus olhes fechares com o ato. — Bom, vamos ser colegas de trabalho e espero que sejamos amigas, me identifiquei muito com você. Por mais rica que seja, é tão simples como qualquer outra pessoa e isso é incrível.— sorrio de ante de suas palavras. Ao ouvir o barulho do elevador, logo que ele abre, Arthur e Hunter aparecem. Por mais que odeie admitir, os dois são lindos demais, Arthur com toda a sua imponência, alto, forte, cabelo curto, cortado dos lados e penteado em cima, barba rala, olhos pretos como a noite, mas o mesmo tempo brilhantes, algumas tatuagens nas mãos, e uma voz que faz qualquer mulher ficar derretida. Já Hunter tem a barba grande, mas bem aparada, olhos castanhos claros, cabelo quase igual o do Arthur e da mesma cor, preto, alto mas com um porte fisico maior do que do seu amigo. Os dois devem ter muitas mulheres que se jogam aos seus pés. — Srta Bertolazzo, vamos precisar fazer uma alteção na minha agenda. — Claro, mas porque? — O Arthur vai ter que ir em um evento em Los Angeles na semana que vem.— responde Hunter. — Mas não seria só nos dois que iriamos? — questiona Helena. — Eu sei que quer ficar sozinha comigo, bela Helena, mas a presença do Artuhr foi requisitada.— ela mostra o dedo do meio para ele. Me impressiona a i********e que eles tem um com o outro. — E como minha secretária e assistente pessoal, vamos ter que ir juntos.— complementa o Arthur. — Tudo bem, vou refazer a sua agenda até lá e daqui a pouco levo na sua sala para ver se aprovar tudo, só vou precisar do dia e o horário, também preciso saber que tipo de evento é para saber o que usar e como me portar. — Vai ser no sábado, Elisa, é um evento de gala muito importante, terá pessoas influentes lá. O objetivo é uma instituição de caridade que ajuda crianças com deficiência física e também, crianças que tem traumas psicologicos deixados por familiares. O Arthur é o fundador dessa instituição junto com outros grandes empresários.— olho surpresa para ele. — Eu sei, ele parece que não tem coração, mas lá no fundo ele é uma boa pessoa.— murmura Hunter que recebe um olhar nada bom do amigo. — Acho que sei pai foi chamado para esse evento pelo que vi na lista de convidados.— reviro os olhos. Que ótimo, meu primeiro evento com meu chefe, e meu pai vai estar presente. — Isso vai ser um porre.— murmuro. — Tudo bem? Parece que não gostou muito de saber disso. — Não gosta de ir em eventos com o seu pai?— questiona Arthur. — Não é que não goste.— solto uma respiração pesada.— É que vocês não sabem como ele é, em especial nesses eventos quando estou com ele, mas ao menos vou com os senhores, então acho que não haver problemas.— sinto que isso vai ter problema, mas prefiro por pensamentos positivos na cabeça. — Bom, vou para a minha sala, com licença.— sem dizer mais nada, Arthur sai com uma cara de poucos amigos. — O que deu nele, Hunter?— questiona Helena. — A vaca da Agnes vem amanhã.— tento lembrar de onde já ouvi esses nome e logo me recordo. — A ex esposa dele? Mas porque ela ainda o procura?— pergunto. — Agnes Parker, é uma pedra no sapato dele que usa a morte dos filhos para se manter ligada a ele de alguma forma.— isso me fez questionar algo. Se eles não se amavam, porque ela insiste em se manter ligada a ele? ARTHUR CAVENDISH Hoje é o dia que não queria acontecesse, Agnes vem a empresa daqui a pouco para me convencer de que éramos um casal maravilhoso, isso tudo para continuar saindo em capas de revistas famosas como “a família perfeita”, chega a ser doentio ela querer viver um casamento de merda só por status sociais. Saio dos meus devaneios ao ouvir vozes alteradas lá fora, logo Agnes entra, seguida de Elisabeth. — Desculpe, Sr Cavendish, ela não deixou que eu a anunciasse.— pelo olhar que ela lança a minha ex esposa, percebo que a qualquer momento ela pode avançar em cima dela. Eu deixaria e com prazer. — Eu não preciso ser anunciada meu amor.— ela joga seu cabelo ruivo para trás. — Tudo bem, Srta Bertolazzo, não se preocupe.— fiz questão de falar o sobrenome de Elisabeth para ver a cara de Agnes, e é claro, ela ficou surpresa. — Bertolazzo?! Espera, você é a filha do Renner? — Sim, sou. — O que faz trabalhando como secretária aqui? É tão rica quanto nós dois aqui. — Acho que eu não lhe devo satisfações, Srta Parker.— Agnes abre um sorriso debochado. Isso não vai da certo. — Aqui dentro você é só uma empregadinha, então deve me obedecer.— Elisabeth devolve o sorriso debochado dela. — Achava que o nome da empresa, fosse Cavendish, e não Parker, e ser mãe dos filhos do meu chefe, não te faz dona de nada.— o olhar enfurecido de Agnes é dirigido a ela. Continuo no meu canto e adorando essa cena. Ninguém além de mim ou Carla, minha irmã, fala assim com Agnes por medo do pai dela, o Gomer Parker, governador de Ontário, estado do Canadá. — Sabe de quem eu sou filha? Eu pesaria duas vezes antes de falar assim comigo, nem mesmo a influencia do seu pai te ajudaria.— com deboche e com as respostas na ponta da língua, Elisabeth responde. — Eu sou secretária de um dos maiores advogados do país, com um currículo impecável, e futura advogada e também sou filha de um homem muito poderoso, mas e você? Só é filha de um governador? Não tem nenhuma profissão? Usa o nome do seu pai para amendrontar as pessoas, mas lá no fundo sabe que não é nada. Diferente de você, Srta Parker, nunca precisei usar o nome do pai para conseguir nada, porque eu sou uma mulher inteligente e que não precisa depender de ninguém para ter algum poder, mas o que esperar de uma mulher que m*l conseguiu segurar um casamento.— Agnes ameaça avançar em cima dela e então eu intervenho. — Agnes, nem pense nisso.— seu olhar enfurecido e dirigido a mim agora. — Vai deixar ela falar assim comigo?! — Você que começou, arque com as consequências dos seus atos, Elisabeth, pode nos dar licença? — Claro.— quando ela sai, a raiva de Agnes aumenta ainda mais. — Eu não aceito que essa mulherzinha me trate desse jeito. — Ela falou alguma mentira? — Olha aqui Arthur, pense bem em como me trata, Kaira e o Kael... — Não coloquem as crianças no meio disso! Eles não tem culpa da p*****a de mãe que eles tiveram.— ela ri. — Falou o santo, sabia dos meus amantes assim como eu sabia das suas, e se eles não estão mais connosco, a culpa é toda sua!— grita as palavras na minha cara. — Eu, ao contrário de você, fazia o possível para esconder e me prevenir, agora você foi tão irresponsável que teve especulações sobre sua traição, já te viram saindo de diversos motéis e ainda por cima engravidou de um drogado.— odeio falar disso,  mas ela me obrigou. — Justin está limpo das drogas a muito tempo e hoje trabalha como corretor de imovéis.— agora é a minha vez de ri. — Corretor ou garoto de programa? Acha que não sei o tipo de pessoa que se envolve? — Acho melhor não se meter na minha vida, os gemeos não eram seus filhos de verdade, imagine se a mídia souber que você não era o pai deles? Vão deduzir que o que fez a eles, foi por raiva.. — Vaca dos infernos! — Agnes, o que você quer? Porque veio a empresa?— ela puxa uma cadeira e se senta. — Te fazer uma proposta.— não estou gostando do rumo dessa conversa. — Que proposta? — Para nos casarmos novamente, continuar com os amantes, mostraremos que mesmo depois do que houve a nossos filhos, continuamos firmes e fortes.— começo a ri da audancia dela. — Você foi uma mãe de merda, não mereceu os filhos que tinha. Eu nunca me casaria com você de volta, estou feliz do jeito que estou. — Olha, você é um i*****l, eu odeio ainda mais por ter me deixado no momento em que eu mais precisei na minha vida.— me encara com seus olhos esverdeados. —Agnes, nos nunca nos amamos, e a morte deles só deixou pior o que já era, você me culpa pela morte deles, quando sabe lá no fundo o que causou tudo aquilo, sei que por mais filha da p**a que seja, você sente a perda deles porque eram seus filhos, mas condenarmos um ao outro a ficarmos juntos é loucura.— Agnes ri. — Eu não tive culpa de nada, Arthur, eles eram meus filhos, você me abandonou quando eu precisava do apoio do meu marido, me deixou sofrer sozinha, sei que estavamos divorciados a um ano e vivendo juntos ainda por causa das crianças, entretanto, não era o momento para anunciar o divorcio, muito menos me abandonar. Sempre vou culpar você ao que aconteceu, porque era você que dirigia aquele maldito carro!— me contenho para não avançar em cima dela. — Você dormiu com esse Justin na nossa cama, enquanto viajava a negocios, você inventou a p***a de uma viagem das mulheres, para ficar em nossa casa, na nossa cama com um drogado filho da p**a. ELE TOCOU NA NOSSA FILHA!— grito com raiva, ela se encolhe no canto com os olhos cheios de lágrimas. — Justin me disse que não fez isso, ele...— começo a ri. — Você está se ouvindo? Acha que Kaira inventaria isso?! — Não, mas ele era o verdadeiro pai deles, Justin não seria capaz de... — Olha, você é uma vagabunda, saia da minha sala, agora! — Sabe que isso ainda não acabou. — Acabou a muito tempo, e é melhor sair daqui, se não eu mando matar aquele seu amante de merda.— ela abre um mais frio dos sorrisos. — Não tem provas de nada e se machuca-lo, tudo que construiu, vai ruir. — Se for pra ver você na lama, vale  muito a pena. Tem sorte que fiquei muito vulnerável com a morte deles, se não, eu teria o matado com as minhas mãos. — Faça isso, e farei sua vida virar um inferno total.— assim que ela sai batendo a aporta atrás de si, me jogo na cadeira sentindo uma grande vontade de chorar, mas me seguro, não posso fraquejar, não de novo. Logo quando ela sai, ouço batidas na porta, digo que pode entrar e Elisabeth aparece. — Sr Cavendish, eu quero me desculpar por ter sido uma intrometida e ter falado aquelas coisas.— faço sinal para que ela se sente, ela fecha porta e faz o que peço. — Agnes mereceu, muita gente tem medo de falar com ela assim por causa do pai dela, a única que via encarando ela, era a minha irmã.— olho para ela com mais atenção e só agora percebi. Seu cabelo está solto e bem penteado, com ondulações, está com uma maquiagem bonita e sem os óculos, fora que as roupas dela mudaram também, está com um vestido branco colado ao corpo um pouco acima dos joelhos e com um pequeno decote. Ela está linda. — Senhor, está tudo bem?— sem graça por te sido pego no flaga, murmuro. — Está sem os óculos, consegue enxergar?— é tudo que você sabe dizer, i****a? — Eu tinha lentes de contato em casa, que meu pai havia me dado a um tempo e com os conselhos da Helena, resolvi usar.— ela joga seu cabelo para trás e eu fico olhando para ela sem acreditar muito o quão linda ela é. — Você tem belos olhos, foi bom seguir os conselhos dela.— por alguns segundos, ficamos quietos, um olhando para o outro, ela sorri sem graça e só agora percebo que ela tem covinhas no canto da bochecha. Porque estou reparando tanto nela? — Obrigada, eu achava que não me sentiria bem me vestindo assim, mas até que gostei.— ela se levanta e dou uma breve olhada em seu corpo, que parece ser lindo já que o vestido marca bem suas curvas.— Eu vou indo, logo mais o senhor tem uma reunião com um cliente e tenho que prepara as pastas dos advogados com o caso dele, com licença.— Quando ela se vira, é inevitável não olhar para a b***a dela. Puta que pariu! Não seja um Hunter, ela é sua secretária e por mais que finja, o sobrenome que ela carrega é influente demais e se eu me meter com essa moça, posso ferrar todo o meu esforço até aqui. Pense sempre com a cabeça de cima Arthur, que tudo vai da certo.
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