CAPÍTULO 3

1275 Words
MONIQUE Que sorte... Digo, que azar. Isso nunca aconteceu comigo. — Não precisa me levar. Eu sou um pé no saco. Meu marido sempre diz isso. Você não vai me aguentar por 1 hora... — tentei convencer o cara, enquanto ele apontava a direção que eu precisava ir. Fui andando devagarinho e fazendo a péssima propaganda sobre mim. — É o meu sotaque. Você não vai me aguentar falando o tempo todo. O perigoso sempre diz que meu sotaque é insuportável. Imagina você, dono dessa cidade, tendo que me ouvir. —  Você tá no território inimigo. Eu te peguei. Agora tu vai ficar comigo, pra servir de ameaça pra esse tal de Perigoso.  Ele não me ouviu? — Você não tá me ouvindo?  — Infelizmente. — continuou andando atrás de mim. — Mas não ligo para o que você vai falar.  Esquentadinho. — Então tá. Depois não vem dizer que eu não avisei.  Eu tô tremendo feito vara verde.  Desnecessário ele me pegar, se o problema é o Douglas. Por um lado é r**m, mas... Vamos ver como será lá. Ma... pensar que não... Tinha uma motoca daquelas toda empossada parada no meio fio. Ele tirou um capacete e antes e quando ia me entregar, olhou para meu casaco e desistiu, devolvendo o capacete ao lugar de antes. — Tira o casaco. — Mas tá frio. — me abracei. — Tira o casaco, gata. Bora. — me apressou. Ao menos reconhece a minha beleza. Tirei o casaco e a blusinha que eu usava sem sutiã ficou a mostra. Passei meus braços pela frente do corpo e me apertei. Ele começou a revirar os bolsos do casaco, com uma cara suspeita.  — Você não anda armada? — veio para perto de mim.  — Não. A única coisa que tem armado em mim são os b***s dos meus p****s. Tô morrendo de frio. Me devolve o casaco, por favor. — implorei com os braços arrepiados.  Ele colocou as mãos em minha b***a e eu fiquei encarando a sua ousadia. Enquanto apalpava, ele olhou para a minha cara.  — Tô vendo se você não tá armada mesmo. — Tem um alvo na sua testa só porque você fez isso. — avisei. — Quem ameaça? — tirou as mãos de mim. — Não sou eu. Meu marido é muito ciumento. Muito ciumento mesmo. — afirmei de um jeito amedrontador. Ele é ciumento até demais.  Quando ele souber que eu fui pega, com certeza vai querer me estrangular. Vai me chamar de tudo quanto é nome r**m. Onde foi que eu errei? Eu fiz o que ele mandou. Passei o bagulho e perguntei se tinha algum traficante na cidade. Só isso. Acredito que ele tenha feito o mesmo. Porque esse cara então não procurou logo o Douglas e veio atrás de mim? Será que ele ainda não sabia que o Douglas também estava fazendo isso? É muito problema para uma pobre camponesa. — Eu não tenho medo do seu maridinho. — ele me entregou o casaco e o capacete e colocou o outro. — Pra onde você vai me levar? — a minha tremedeira dificultou para colocar o casaco e o capacete. — Para a minha casa. — ele subiu na moto e eu subi logo depois.  Se Douglas aparece nesse momento, estou morta. — Segura. — ele mandou. — Tá bom... — passei a mão em sua cintura e seguimos viagem. Obrigado senhor por esse maluco me dar o capacete. Assim, se o Douglas estiver por aí não vai atirar na gente. Sou tão nova...  Ele não corre muito não. A moto também é um alarme ambulante. O que é a sirene da ambulância perto da moto desse macho? É um sininho de loja de conveniência. Viajamos até uma mansão bonita que só. Ele parou ali na frente e o portão subiu. "Que ele não seja sadomasoquista, pai" "Que ele não tente me estuprar" "Que ele não me deixe com fome" "Que ele não me mate" Entramos na mansão e o portão se fechou. Depois disso, ele estacionou a moto e eu desci, já tirando o capacete. Com muros tão altos, vai ficar difícil do Douglas me resgatar. Ele tirou o capacete das minhas mãos e eu voltei a atenção a casa. Portas de vidro. Um luxo. Deve ser um trabalho da poxa pra limpar. — Bora. — ele deu um toque nas minhas costas e eu comecei a andar para a porta de entrada. — Ah, não! — uma garota levantou indignada. Deve ser a fiel dele. Estou lascada... — Mais outra?! Agora é isso todo dia, Eric?!  Buguei. — Relaxa, aqui é outro bagulho. — ele deixou a chave da moto encima de uma mesa e apontou para o sofá. — Senta aí, boneca.  O medo que eu tinha era passar pela garota e ela me puxar pelos cabelos e tentar me matar. Eu sou boa de briga, mas faz tempo que não caio no tapa com ninguém. Se me pegar desprevenida, me quebra todinha. Mesmo assim, passei por ela e sentei no sofá. — Quem é essa? — a garota perguntou, me olhando de cima a baixo. — É isso que eu vou descobrir. — ele desnecessariamente tirou a camisa. Se ele é bonito sem camisa? Um pedaço de m*l caminho.  Porque homem r**m sempre é tão bonito? — Tão desnecessário... — a garota falou revirando os olhos. — Me passa teu celular, boneca. — estendeu a mão, ignorando o comentário da outra. Entreguei e só aí percebi que ainda estou tremendo. Me tornei uma covarde depois de passar por tanto. — Desbloqueia, p***a. — virou o celular para mim, com um olhar feio. Coloquei a senha mesmo tremendo e a menina ficou me encarando novamente. — O que você tá aprontando, Eric?  — Essa mina andava me procurando. Quero descobrir quem é o mandante. — Eu só segui ordens. — expliquei, segurando minhas mãos entre as pernas, para aquece-las e tentar parar com a tremedeira. Respirei fundo buscando relaxar, mas o meu celular estava no viva-voz, chamando o Douglas.  Isso não vai acabar bem e eu sei muito bem disso. Ele atendeu. — Qual é, Monique?! Onde p***a tu se meteu?! — estava bravo. O tal Eric encostou o telefone em mim e me mandou responder.  — Fui pega. — respondi a verdade. — O traficante da cidade me pegou. — O QUE, MONIQUE?! QUE MERDA DE DESCULPA É ESSA?! — gritou tão forte que eu estremeci e fechei os olhos apertado. Nesse momento eu não gostaria de voltar pra casa. Ele está tão furioso que vai quebrar a minha cara. — Desculpa nada. — o tal Eric falou no telefone. — Ela tá comigo.  — E quem é você? Caipira. Douglas não é de economizar nas ofensas. — Caipira vai ser você depois de ter que fugir para o interior pra não levar um tiro na testa.  Douglas riu. — O que cê quer com a minha mulher, cara? — Não é sobre isso. É sobre o que você quer na minha cidade. — ele sentou do meu lado e eu me afastei um pouco. Ainda tremendo. Eu só queria ficar uns dias na casa da Helena, enquanto o Douglas se acalma. — Eu quero expandir meu negócio nessa cidadezinha.  Eric riu. — Lamento. Más você não vai não.  — Larga o celular da minha mina, seu fuleiro! Passa pra ela. Eric riu de um jeito que eu fiquei com medo. Ele encostou o celular em mim.  — Oi.  — MONIQUE, SUA p***a RETARDADA. QUANDO VOCÊ CHEGAR AQUI, VAI APANHAR TANTO QUE VAI DESEJAR NUNCA TER NASCIDO. Eric deixou o celular cair no chão.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD