CAPÍTULO 08

723 Words
Bruno Uso várias drogas a fim de esquecer tudo e depois choro desesperado até que adormeço depois de sei lá quantas horas. Acordo depois de um pesadelo, como todas noites. Levanto do chão e sinto os efeitos da droga ainda no meu corpo, no meu sub consciente. Ouço a música rolando e percebo que o baile não terminou, olho no relógio de pulso mas a visão tá um merda pela brisa da droga ainda no sangue e não consigo enxergar nada então pego o celular no bolso e o horário marca exatamente 6:00 da manhã. Abro uma bocha de cocaína e cheiro na mão mesmo e logo tô novo, aquela sensação r**m saiu e Picasso tá novinho em folha. Pego mais duas e saiu da boca, entro no carro e dirijo até a quadra. Assim que estaciono, vejo a Tainá se pegando com um carinha. Tá ligado, mano que to nem aí, pro que ela faz. Mas aí me veio na mente o que a Betina me disse. E não suporto o fato dela tá espelhando por aí que expulsou minha mulher do morro. A não ser que esse sempre foi o objetivo dela. Fico com raiva só de imaginar e com a adrenalina da droga, os pensamentos que nunca me deixam, a raiva por ela ter entrado no meu caminho, e mais ainda pelas mentiras que ela tá falando, tudo se junta e não consigo me segurar. Saio do carro, transtornado e pego ela pelos cabelos, o cara me olha apavorado mas não diz nada, ele nem ousa, óbvio! Dou vários tapas nela, e pego no meu bolso uma faca pequena mas bem afiada e enfio com tudo na barriga dela. Enfio mais uma vez e quando vou enfiar a terceira minha mão é segurada pelo Menor. Menor: Para com isso cara, tu já machucou a mina demais. Deixa ela ir embora do morro então! Bruno: Ela vai, só que morta! Tento soltar minha mão mas ainda tô no efeito das varias drogas e não comando meu corpo, não tenho forças, e minha tentativa é totalmente em vão enquanto Menor segura firme meu pulso e vejo Rael correndo em nossa direção. Quando me dou conta estou sendo puxado pelo Rael e vejo o Menor com a Tainá no colo. Jéssica: Que tu tá fazendo Menor, deixa ela morrer! Amanda: Deixa eu terminar o serviço do Bruno, pelo menos hoje ele fez algo que preste! Rael me colocou dentro do carro, mas mesmo assim eu podia ouvir as meninas gritando, elas me odiavam, e na moral com toda razão. A Amanda não olhou mais na minha cara, e a Jéssica fazia questão de jogar alguma piadinha toda vez que me via. Nunca disse nada pois sei que mereço. ________________________________ Júlia Deito com a vitória na cama, pra assistir um desenho. Frozen como sempre, não sei como essa menina não enjôoa. Daqui três dias ela tá fazendo aniversário de três anos. E tem quase dois que fui embora do Rio. Observo minha filha, a única coisa de boa que me sobrou dessa maldita viajem ao Rio de Janeiro e ainda pra ajudar ela é a cara do Bruno, a Vih herdou tudo do pai, o sorriso, as manias. Simplesmente tudo! Nesses dois anos lutei muito pra esquecer o Bruno, mas ele foi meu único amor, e infelizmente por mais que eu tente com todas as minhas forças não dá. Não consigo esquecer meu ogro, até hoje eu acordo todas as noites de madrugada choro por ter perdido meu amor. Mas entendi que amo ele, mas não preciso dele. Não preciso de um amor que me machuca, que me trai. Isso não é amor, nunca foi e o amor próprio sempre deve prevalecer. Júlia: Filha, o que tu quer ganhar de aniversário? Vitória: Mãe, eu quero que tu compre um pai pra mim. - junta as mãozinhas implorando, e seus olhos brilham esperando meu sim. Júlia: Mas amor, pai não se pode comprar - digo com a voz embargada tentando controlar o choro Vitória: Mas eu quero um pai mãe, vamos pedir pra Deus um pai? Ela diz com o olhar triste, e eu abraço minha filha forte, e não consigo conter as lágrimas. Dói muito minha filha ter que passar por isso, por que o pai dela não pode segurar a piroca nas calças.
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