CAPÍTULO 07

1072 Words
Bruno Termino de conferir o carregamento de drogas que chegou a pouco, e já que ta tudo nos conformes entrego o dinheiro pro cara e entro na boca. Tô cheio de b.o hoje, o dia tá corrido e tem sido assim a alguns meses já. Tô caindo fora da facção que fazia parte, caindo não. Já caí e comigo saíram mais outros e agora sou patrão, não que eu quisesse, não era essa minha meta mas foi assim que terminou o bagulho. Mano, por mais c***l que eu seja tudo na vida tem limite, tem coisas que precisam ser respeitadas tá ligado? Os bagulho precisam de proceder e os cara precisam seguir a risca e a facção qual eu fazia parte tava perdida desde a morte dos dois líderes que fundaram, quem veio depois deles mudaram tudo e tava do jeitinho que o d***o gosta e eu pulei do barco, sai sozinho e fui atrás das minhas drogas, das minhas coisas e atrás vieram outros caras e fui visto como traíra, mas não trai ninguém na real só cansei de ver maldade com cidadão de bem e os cara se empenhando dentro dos fundamentos e outros cagando pros bagulho. Não gosto disso, posso ser todo errado na moral, mas o certo é o certo truta. E com tudo isso tem muita responsabilidade nas minhas costas e muito b.o pra resolver, mas hoje, mais de um ano desde o início de tudo eu posso dizer que sou o líder da facção Os Truta. Assim que entro na sala meu rádio apita e eu atendo Rádio on: Bruno: Fala Menor: Picasso, tem b.o na rua 17, aquele noiado do Joares deu uma surra na mulher. Bruno: Tá e daí c*****o? E eu com isso, resolve essa merda aí! Menor: Falô, só avisei por que um tempo atrás tu não admitia isso no morro, né não!? Nem na facção Bruno: Isso foi a um tempo atrás! E o Joares não é da facção, é só um noivado e a mulher vive voltando, então se quiser, pode subir os dois! Rádio off: Me jogo no sofá e fico olhando o teto, dentro de mim tá uma completa tempestade, bagunça sem fim. Sempre tive saporra ai e a Júlia era minha calmaria. Eu preciso dela, eu sei, tenho vontade de ir atrás e trazer ela de volta nem que seja pelos cabelos, mas não vou machucar minha pequena ainda mais, não vou me permitir fazer isso com ela. Nem percebo quando o Rael entra na minha sala, e me observa com um leve sorriso no rosto. Bruno: Que é viado?! Se apaixonou por mim foi!? Rael: Sim amor eu realmente te amo - fala fazendo voz fina, e acabo rindo desse merda Rael: Tô felizão por tu meu Bruno: Tu fumo erva estragada foi? Feliz por que c*****o!? Rael: Depois de quase um ano, essa é a primeira vez em que te vejo sóbrio, sem drogas ou bebidas Bruno: Tô tentando. Depois daquele dia eu tô tentando A uns três dias atrás bebi demais e usei muita droga, fui parar no hospital. E em meio delírios eu sonhei com minha filha. Ela pedia pra eu parar com tudo isso, vi ela e a Júlia. As duas sorriam pra mim, Júlia com aquele sorriso perfeito que só ela tem. Depois que acordei chorei como criança. E então não usei mais nada nem bebi, também não fiquei com mais ninguém, nem chamei mais a Tainá. A mãe dela morreu tem um tempo, e eu não vou mais machucar ela, não vou jogar em cima da mina o que é culpa minha. Já machuquei pessoas demais. (***) Passo a semana bem de boa, sem drogas ou bebidas, por mais difícil que tenha sido eu tentei ao máximo e consegui. Hoje é sábado dia de baile, e passei na quadra pra conferir tudo, apenas uma passada rápida pra distração mesmo. Faço toque com os vapores que já estão fazendo a contenção na quadra e saiu de lá e vou pra boca. Hoje não pretendo ir no baile. Eu mudei, de verdade. Sempre que ia era só pra beber, usa droga e fude alguma mina que vinha se oferecer mesmo. Não quero fazer besteira, e na moral o baile não é um bom lugar pra isso. Entro no meu carro, e dirijo devagar pra boca da rua 1, tenho que ver algumas coisas e depois vou pra casa, ou andar na praia, aproveitar que ainda tenho essa liberdade Tô fazendo de tudo pra não fude, com tudo mais ainda, e me distrair tá dando certo. Entro no escritório, e sento na cadeira atrás da minha mesa, dou uma olhada no caderno de devedores e p***a veio, tem uma pá de gente que me deve, vamo ter que resolver isso, aqui não é brincadeira não Ouço um barulho e vejo que é a porta do escritório que é aberta e por ela passa Betina. Mina rodada do c*****o! Bruno: Vaza - volto o olhar pro caderno a minha frente Betina: Calma amor Bruno: Amor o c*****o! Camba daqui! - digo sem paciência, até por que nunca foi meu forte mesmo. Betina: Tudo isso é por que a Tainá tá de fiel é? Bruno: Como? - tô sem intender p***a nenhuma Betina: Tu ainda não sabe patrão? Ela tá dizendo pra todo mundo que é patroa, e que a Júlia foi embora por que ela expulsou Ela diz com um sorriso de deboche no rosto, e enrolando uma mecha do cabelo, que deixa ela mais p**a do que já é. Bruno: Vaza!!! - grito Betina: Faz amor comigo Bruno Olho pra ela e fico a observando, p***a eu tento ser legal mas essas putas não colaboram. Bruno: SAI VAGABUNDA! Betina: Eu faço tu esquecer a Julinha Caralho fico cego de raiva, levanto da mesa com tudo e a p**a tenta fugir depois de perceber que fez merda mas pego nos cabelos dela e dou dois socos no rosto. Quebro o nariz dela na hora. Bruno: Quem tu pensa que é em v***a!? Desfiro mais vários socos nela, e quando vejo já está desmaiada em cima da mesa. Saio de lá e mando um vapor entrar e levar ela pro posto. Entro em outra sala e pego uma seringa, preparo a heroína e aplico Eu nunca serei bom. Eu até tento, mas não dá. Meu coroa tinha razão, nasci pra ser um podre, um fudido.
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