Bruno
Já se passou muito tempo e nunca mais vi a Tainá. Também não fiquei com mais ninguém, sasputa não me interessam mais, porém sempre tem uma ou outra se atirando mas decidi que não quero, e se insistir muito eu dou uns tapas. Na real mano, eu queria que a Taina tivesse morrido, seria melhor. Essa mina é o lembrete de quanto eu fui fraco. Ela não fez nada sozinha, nem me estuprou é óbvio mas ela atentou, ela insistiu e se mostrou até que eu caí, foi uma vez e depois outra, aí toda semana, todo dia. Ela nunca foi importante pra mim, era só algo que não sei explicar, o prazer que sentia quando tava fudendo a b****a dela nunca havia sentindo com ninguém, saber que só meu p*u entrou ali era mágico pra mim, e como sempre transava com ela na brisa do pó era como se estivesse em um mundo só meu. Com a Júlia meu prazer era absoluto, ela é a razão do meu viver sempre foi. Aquela pequena mulher fez em mim um milagre que jamais imaginei que seria possível mas ela era uma prostituta, a Júlia deu pra vários caras, era o trabalho dela essa parte hoje eu entendo mas a b****a dela vários fuderam, a boca dela chupou vários paus e a Taina foi só eu. Eu ser o único que me fascinou mas nunca teve meu coração, nunca me teve por inteiro. Meu corpo, minha mente, meu coração sempre foi, e sempre vai ser da Júlia e hoje eu entendo que ficar pensando nas besteiras que aconteceram no passado dela só me fez errar e não dar valor a mulher que tinha ao meu lado, Julia fez por necessidade ela não teve escolha, já eu tive e decidir arriscar toda a minha vida e assim perdi tudo
Daqui três dias é o aniversário da minha princesa, e mais uma vez vou passar longe dela. Esse é o segundo, que passo longe, ela tá completando três aninhos, e só consigo pensar em como eu queria ver minha menina, nem que seja de longe. Passo as mãos no porta retrato onde tem a foto do primeiro aninho dela.
Na foto tá eu, a Júlia e a vitória, lembro da família feliz que nós éramos, até eu fuder com tudo.
Rael: E aí viado!?
Bruno: Como tu entrou que nem vi
Rael: To ninja agora
Ele me arranca um leve sorriso, se não fosse por ele eu já tinha atirado na minha cabeça, faz tempo.
Rael: E aí, me diz quanto tempo sem drogas e putas? Tô orgulhoso - diz enquanto fecha um beck
Bruno: Não sei, uns 8 meses talvez - alcanço o isqueiro pra ele
Rael: c*****o mano, é isso aí!
Bruno: Tô ligado. Mas não é fácil ficar só na punheta - gargalha e sorrio junto. Prefiro punheta que essas putas.
A Tainá não foi embora do morro, queria isso, mas o Rael insistiu então deixei ficar, a mina ficou meio m*l depois da facada, teve uns b.o aí e aqui ela tem a tia que pode cuidar né, também não seria justo depois de tanta merda largar a mina doente e sem ninguém pra ajudar.
A Jéssica ficou louca né, também não seria pra menos.
(***)
Desço do meu carro cambaleando, tô que não me aguento em pé.
Já mandei chamar a Betina pro barraco, hoje quero fuder ela até cansar, tá ligado mano que eu tentei ser alguém melhor, mas não dá. Eu sou viciado admito saporra e aí já não é fácil e além de tudo, a solidão a minha mente jogando na minha cara toda a merda da vida inteira, a culpa e mais um monte de merda eu não resisto truta, preciso de um scape e é aí que me perco porque início e não consigo mais parar. Fui treinado pra ser quem eu sou, até mudei, pela Júlia, mudei depois do sonho com a Vitória, mas o fato é que sou um fudido e isso nem eu, nem ninguém é capaz de mudar, sou um belo de um filha da p**a, e no meu caso literalmente veio.
Entro no banheiro do barraco e tomo um banho rápido, desligo o chuveiro e me enrolo na toalha. Assim que volto pro quarto eu vejo a Betina deitada na cama, já sem roupa e com as pernas abertas.
Na hora lembrei de quando a Júlia me viu com a p**a da Luana, lembro como se fosse hoje, ela chegou aqui no mesmo barraco e ficou do mesmo jeito. E aí começou o meu inferno, só que mano, ao invés deu parar por aí. Não. Fiquei com a Tainá ainda!
Lembro do quando machuquei a Júlia naquele dia, um ódio mortal explode dentro de mim.
Eu fecho meus punhos e caminho até ela, na hora ela fecha o semblante, já percebeu que vai apanhar.
Começo a socar a cara dela, que grita desesperada. p***a mano, foi eu que chamei ela aqui, sou eu o culpado de ter perdido a Júlia e a Vitória, e estou descontando mais uma vez em quem não tem nada a ver com isso.
Mais uma vez estou sendo covarde, entendo isso e sei que ela não merece, ninguém merece passar por isso eu quero parar mas algo em mim não deixa, eu sinto como se eu tivesse que por essa raiva toda pra fora, socando alguém, e sinto muito esse alguém e a Betina.
Mal percebo quando sou tirado, de cima da mina. Estou com tanta raiva que não vejo nada em minha frente.
Júlio: Pra que isso cara? Olha o que tu fez. Ouvi os grito da mina de longe
Rodrigo: Pô patrão, ela tá morta. Não tá respirando não tem batimento
Ouço as palavras do vapor, que entram como facas afiadas em meu peito, eu preciso da minha calmaria mano, preciso da Júlia. Eu preciso de ajuda!!
Rael: Meu tu não tem jeito! eu tô cansado viu!? - me deparo com meu truta parado na porta
Rael vai atender a Betina enquanto olho agora um pouco mais calmo, e vejo o quanto eu fudi com a mina. Eu arrebentei ela legal, eu tenho o dobro do tamanho dela, o dobro da força, isso é covardia mano, muita covardia!
Vejo o Rael, sai dali com ela nos braços, na esperança de chegar no posto e dizerem que ta tudo bem com ela. Na moral eu também quero isso.
Abro a gaveta de uma mesa velha que tem no barraco, e pego uns pinos e começo mais uma vez me drogar, agora é assim.
Eu uso drogas pra esquecer as merdas que faço, mas aí vou lá e faço coisa pior. Eu preciso de ajuda, não tô normal.
(***)
Já se passaram três semanas da morte da Betina, a pobre da mãe dela se matou. Eram só as duas e a veia não suportou perder a filha e eu sinto muito, muito mesmo.
Acabei descobrindo que a Betina tava dando pra um aliado da antiga facção que fazia parte ele é lá do Sul, o Sapo. E oh mano, de repente a mina era até x9 tá ligado? Porque depois que eu saí fui visto como traidor por vários. Tem vários parça que querem me ver morto talvez foi até bom, ter dado fim nela. Eu tenho um parça no comando do Sapo, e o fí me disse que ele tá puto comigo. Me prometeu de morte e pá, o que é até bom alguém fazer isso por mim. Pelo menos alguém vai fazer o que eu não tenho coragem. Que é dar um fim em mim. Dar um fim no sofrimento dos outros.
Entro na boca, e os vapores me comprimentam, com medo eu percebo isso aqui agora todos tem medo. Entro no escritório do Rael, me dói o meu mano ter me abandonado, ele vai largar o morro.
Vai embora pro asfalto.
Bruno: E daí mano, tu vai mesmo?
Rael: Eu disse que cansei, não disse? - nem olha na minha cara, eu levanto da cadeira e sigo pro meu escritório.
Assim que sento puxo a gaveta e preparo mais uns pinos. Até que meu celular toca. Mas eu não conheço o número, então nem me dou o trabalho de atender.
Vota aí??