O restaurante todo decorado dos anos 1950 era um marco no Capitol District. Era aberto 24 horas por dia, tinha todo tipo de clientes. Deste politicos a garis. O lugar estava sempre cheio, e todo mundo que ia uma vez, sempre voltava pela comida maravilhosa.
A mãe de Adam trabalhava lá. E ele praticamente cresceu ali.
A ideia de apresentar Donna para sua mãe o deixou um pouco desconsertado mas ele queria mostrar pra Donna que ele não era insensivel com as mulheres como ela pensava. Pelo menos não era mais.
Ele tinha aprendido a se lembrar das más escolhas que havia feito no passado, e das recompensas que aprendeu a buscar. Sua pós graduação só foi possivel graças ao programa do Segunda Chanse e da mulher que Donna estava prestes a conhecer.
Adam estava um pouco nervoso, mas também muito orgulhoso. Sua mãe era incrivel. Ele nunca havia levado nenhuma namorada ao restaurante, embora ele soubesse que aquilo não era bem um encontro amoroso. Se ele fosse tentar esclarecer algo, Donna iria falar que era apenas um almoço de colegas e ainda assim sua mãe iria entender.
--Terra chamando Adam..
O olhar dele a encontrou enquanto eles esperavam pra atravessar na faixa.
--Desculpa, o que foi?
--como voce encontrou esse lugar?
--E meio que um marco. O dono e gerente do restaurante é um irlandes rabugento que tem os melhores garçons da cidade. E se vale a lembrança, eu lhe deve um pedaço de torta, torta boa. Não existe nada melhor que a torta de creme de chocolate que servem aqui.
Donna ficou vermelha, e passou a mão pelo pescoço.
--Voce não deve nada
--eu sempre p**o minhas dividas, e digo que lhe devo a torta, então pronto, teremos torta.
O sinal abriu para os pedestres e eles foram caminhando em direção ao restaurante.
Adam abriu a porta e esperou Donna passar.
--Sente onde achar mais confortavel.
Ela escolheu uma mesa perto de uma das janelas imensas que tinha ali.
Quando Donna percebeu que Adam o observava, decidiu falar com ele
--me deixe ser sincera. Não sei porque me convidou pra almoçar, talvez voce esta tentando aliviar a culpa que tem cultivado deste sabado a noite, ou deste aquelas palavras domingo, talvez voce esteja tentando se reestabelecer como um cara legal, talvez
--Chega..
Adam falou calmo, porem firme.
--Pare com isso Donna
--Desculpa?
--Voce me ouviu, pare com isso.
Adam pegou um cardapio e deslizou na frente dela.
--eu queria almoçar com voce, voce concordou em almoçar comigo. isso é suficiente. E embora eu não tenha trazido voce para comer e beber em um restaurante cinco estrelas, a comida daqui é excelente.
Ela franziu a testa, tentando absorver tudo que ele acabou de falar
--e a companhia?
--Na verdade a pior coisa no cardapio pode ser melhor do que a companhia rançosa.
A risada dela ecoou no restaurante chamando atenção de alguns clientes em volta.
--devidamente anotado.
O som da risada de Donna chicoteou Adam como um vento quente. Ele queria aquela risada de novo, e faria qualquer coisa para conseguir.
Uma das garçonetes apareceu e piscou pra Adam, apontando pra Donna, só então Adam se deu conta que trazer Donna ali seria como apresentar ela para toda sua familia e não só para sua mãe.
Todos os funiconarios do restaurante eram sua familia a quase 15 anos. Todos eles ajudaram a cuidar dele e de sua mae e irmas quando seu pai foi mor.to
As garçonetes se revezavam para ficar de baba para suas irmas enquando Adam estava envolvido com sua propria tristeza, e não serviu de nenhuma ajuda a sua mãe. Todos ajudaram para dar presentes de natal e aniversario para as crianças, e concederam turnos extras para sua mãe conseguir juntar mais dinheiro, mesmo todos sendo tão carente quanto a familia Maxwell.
Aquela culpa familiar por tudo que ele causou a sua familia percorreu sua espinha. Adam não tinha sido um garoto exemplar, e momentos como esse, em que o passado se escondia e o surpreendia derrepente o irritavam de mais.
Ele pagou por seu comportamento egocentrico, por decisões preciptadas e momentos mais sombrios. E pagou caro.
Mas não fazia sentido deixar isso o pertubar agora. Ele começou a esfregar seu biceps esquerdo, onde ele tinha uma tatugem, lembrando de cada agulha.
--Adam?
--Eu?
--Seu braço esta doendo?
--O que ? Ah, não.. Esta tudo bem..
Ele olhou por cima da cabeça de Donna, vendo sua mãe conversando com uma cliente no balcao. Em questão de segundos, sua mãe o olhou e sorriu para o filho.
--Adam.
-- Oi mae.
Adam sentiu o susto de Donna.
--Esqueci de mencionar que minha mãe trabalha aqui?
**
Respirando profundamente, enquanto pensava em como m***r Adam lentamente quando saisse daqui. Donna estava tentando controlar a respiração.
Donna se levantou, e tentou manter a postura, e encarou a senhora a sua frente.
--Sra Maxwell? Sou Donna Cooper, ex aluna de seu filho.
--é um prazer conhecer-la Donna, por favor me chama de Darcy. O que vão querer? Chá quente? cafe? refrigerante?
--Cha quente seria otimo.
Donna foi atraida pelo calor e sorriso sincero de Darcy.
Adam se levantou e acompanhou a mãe atraves do corredor estreito e ao redor do balcao, tomando em um grande abraço de urso. Donna se viu totalmente desnorteada ao se perguntar como uma mulher tão pequena foi capaz de dar a luz e criar um sujeito tão alto e musculoso como Adam, principalmente quando ele segurou e girou em seu colo.
--me coloque no chão seu grande bobo.
--feriu meus sentimentos mamae,
--vou buscar meu cortador de pizza e mostrar o que é um ferimento.
Darcy arrumou sua roupa
--Quer leite no chá?
Darcy perguntou para Donna que estava na mesa de frente pro balcão onde Darcy estava com Adam.
--Sim por favor
--Ela ganha um 'voce gostaria de leite com isso' e eu ganho um chute?
Adam a agarrou novamente e deu um beijo estalado sem sua bochecha
--eu sou seu filho, mãe.
--voce é um pé no sa.co isso sim.
Darcy ria do jeito brincalhao de Adam.
Adam voltou pra mesa, enquanto Darcy havia trago as canecas.
Donna estava girando o saquinho em sua mão, ela odi.ava. aquela marca de chá mas não tinha coragem de pedir outra coisa a Darcy.
--Voce não tem que olhar o cardapio?
Ela decidiu falar com Adam,
--So serviria pra ela me bater com ele. Ja comi tudo que tem no cardapio, pelo menos uma vez. até mesmo o bolo de carne.
--Meu bolo de carne é o melhor garoto
O cozinheiro gritou la de dentro
As vantagens e desvantagens de um lugar pequeno. Tudo era ouvido.
--seu bolo de carne tem cordeiro. a receita de bolo de carne não leva cordeiro Shamus..
--Leva sim, se voce for irlandes.
--ah, voce sabe que eu faço um tipo muito mais nova iorquino
--mas ainda é um espertinho
--sempre um espertinho..
Darcy decidiu se intrometer na conversa, se não iriam longe. Ela colocou uma xicara de café na frente de Adam, antes de alisar seu cabelo.
--Então meu filho como esta sendo o primeiro dia como Dr. Maxwell?
Enquando Adam respondeu, as brincaderias continuaram.
Por um segundo Donna parecia ter entrado em um microuniverso. Algo parecido com seus sonhos de criança.
Um lugar no qual ela cresceu amada, fazendo parte de uma familia, onde as pessoas ficaram felizes quando chegava.
Ela daria qualquer coisa pra fazer parte daquele.. daquele cenario.
Isso, parecia um cenario de comercial de TV.
COmo isso podia existir bem na sua frente, e ao mesmo tempo estar tão fora de alcance?
--Donna?
Donna piscou e olhou pra Darcy
--seu saquinha de chá esta se desmanchando..
--ah, é verdade..
Darcy recolheceu aquela caneca e trouxe outra caneca com agua quente e outro pacotinho de chá da mesma marca.