O Encontro com a Bruxaisódio sem título

1077 Words
Maya continuou sua corrida pela densa floresta do sul da França, onde a mata era tão fechada que o brilho do sol m*l conseguia penetrar pela densa vegetação. Ela estava a ponto de desistir de sua busca quando, entre as árvores, avistou uma cabana que parecia ser parte da própria vegetação. A cabana era uma visão única, antiga e misteriosa. Sua estrutura de madeira estava parcialmente oculta por trepadeiras e musgo, o que dava a ela a aparência de ter sido integrada à floresta ao longo dos séculos. O telhado era coberto por folhas e galhos, tornando-a quase invisível para olhos não treinados. Maya sabia que a bruxa que vivia naquela cabana era poderosa, e a cautela era essencial ao se aproximar. Ela não estava ali para ameaçar a bruxa, mas sim para buscar sua ajuda. Com passos silenciosos e respeitosos, ela se aproximou da cabana, deixando claro, com gestos sutis, que estava buscando assistência, não conflito. Seu olhar dourado, brilhando como joias preciosas, transmitia determinação, mas também respeito pela sabedoria da bruxa que habitava a cabana escondida na floresta. Maya estava pronta para enfrentar qualquer desafio, mas esperava que a bruxa pudesse ser a chave para o controle de seu próprio destino. Maya respirou profundamente e deu um passo hesitante em direção à cabana. Cada folha e galho sob seus pés pareciam sussurrar segredos ancestrais da floresta. O ar estava carregado de uma energia mágica que era ao mesmo tempo enervante e reconfortante. O mundo ao seu redor parecia ter diminuído, e a cabana se tornou o epicentro de sua jornada. Ao se aproximar da entrada da cabana, Maya percebeu uma estranha atmosfera ao seu redor. Como se a floresta inteira estivesse observando, esperando para ver o que aconteceria a seguir. Ela ergueu a mão e bateu suavemente na porta de madeira entalhada, que parecia ter séculos de idade. Um silêncio profundo pairou no ar, até que, finalmente, a porta se abriu lentamente, revelando uma figura enigmática. A bruxa estava vestida com roupas escuras e antigas, cobertas por um manto de veludo n***o. Seu rosto estava parcialmente oculto por um capuz, mas seus olhos brilhavam com um fulgor misterioso. Sem pronunciar uma palavra, a bruxa fez um gesto convidativo, indicando que Maya deveria entrar. A jovem adentrou a cabana com reverência, notando que o interior era tão surpreendente quanto o exterior. As paredes estavam forradas com estantes de livros antigos, frascos de vidro contendo ingredientes mágicos e artefatos misteriosos. Velas acesas lançavam uma luz suave, criando sombras dançantes que pareciam ganhar vida. A bruxa se virou para Maya, e seus lábios se curvaram em um leve sorriso. Com uma voz suave e hipnotizante, ela finalmente quebrou o silêncio. "Você veio em busca do que, híbrida. Diga-me, qual é o motivo da sua visita? O que a trouxe até minha cabana escondida na floresta?" Maya olhou para a bruxa, aquele ser incrivelmente poderoso e detentor de informações valiosas. Entre todos os seres do mundo mágico, as bruxas sempre haviam fascinado Maya. Esta bruxa em particular era surpreendentemente linda, com a pele branca que tinha um toque bronzeado do sol, olhos castanhos escuros que brilhavam com uma sabedoria intrigante e um rosto simetricamente desenhado que inspirava confiança. Maya não hesitou e disse com determinação: "Eu quero a sua ajuda. Não quero encontrar meu companheiro. Eu quero ter o poder de escolher por quem vou me apaixonar, em vez de ser arrastada por um vínculo que não escolhi." Andreza, a bruxa, riu, e sua risada soava cristalina, demonstrando que ela estava claramente admirada com a sinceridade de Maya. Com um sorriso amigável, a bruxa se apresentou: "Meu nome é Andreza, híbrida. E o seu nome?" Maya a olhou com surpresa, pois nada nela evidenciava que era parte loba. Afinal, ela não tinha herdado nada do pai e não possuía uma loba interior. Como se lesse a mente de Maya, Andreza disse: "Ah, você tem um ser espiritual dentro de você. Ela está apenas esperando o momento certo para se revelar, criança." Maya ficou assustada, pois ela realmente sentia um vazio interior, como se houvesse um espaço a ser preenchido. Seu encontro com Andreza estava se tornando mais misterioso e intrigante do que ela jamais poderia ter imaginado. Com a voz trêmula, Maya responde: "Eu me chamo Maya." Andreza sorri, revelando uma expressão que misturava sabedoria e compaixão, e diz: "Maya, a híbrida, ninguém foge do destino que a Deusa da Lua traçou para nós, criança. Por exemplo, eu farei uma viagem com você que eu não quero fazer, mas é o meu destino ajudá-la quando a prata chegar." Maya olha para Andreza, perplexa, pensando se a bruxa não teria enlouquecido, pois suas palavras pareciam confusas e desconexas. No entanto, a bruxa ri suavemente e acrescenta: "Um dia, você entenderá. Quando chegar a hora, o que importa é que estarei aqui para fazer o que for necessário." Maya fica convencida de que Andreza deve estar um tanto confusa, talvez devido ao seu isolamento naquela cabana no meio da floresta. No entanto, ela se lembra do motivo de sua visita e continua: "Eu entendo que as coisas são complicadas, mas o que eu realmente quero saber é se você pode me ajudar com essa história de companheiro. Eu não quero ser presa a alguém que o destino escolheu para mim." Andreza olha seriamente para Maya e diz: "Sim, posso ajudar. Mas assim como o seu companheiro não sentirá o seu cheiro nem o vínculo, você também não sentirá. No entanto, a Deusa tem seus caminhos, e mesmo assim, vocês podem ser atraídos um pelo outro." Maya quase grita de felicidade, e a imagem de Justin, seu namorado humano, surge em sua mente. Determinada, ela diz: "Por favor, me ajude." Andreza começa a vasculhar os artefatos em sua cabana até encontrar um colar, que ela entrega a Maya: "Este colar bloqueará o vínculo, mas, se você decidir retirá-lo, o efeito também será desfeito." Maya pega o colar, olhando-o com um misto de esperança e incerteza. Ela se pergunta se poderia ser tão simples assim. Virando-se para Andreza, ela pergunta: "Quanto custa?" Andreza sorri misteriosamente e responde: "Como eu disse, nos encontraremos novamente. Agora, se me der licença, estou preparando minha mudança para a casa do meu irmão." Maya percebe que a conversa chegou ao fim, e, com o colar em mãos, ela agradece a bruxa e se prepara para deixar a cabana, com a sensação de que sua jornada está apenas começando.
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