O jantar

3298 Words
Os rumores sobre a falência da empresa do papai tinham de dissipado durante a tarde e dera lugar a informação de que uma nova era se iniciava na Collins Corporations, os Callahan agiam rápido afinal. Mamãe chega por volta das 16:00 horas, almocei mais cedo em meu quarto e dormi um pouco durante a tarde, estava exausta depois da viagem e de toda essa m***a que havia sido jogada em cima de mim. - Meu amor, você não começou a se arrumar ainda. - Ela diz entrando em meu quarto, estou deitada na cama mexendo no celular respondendo a Alicia e Brenda que não param de me questionar sobre as notícias que leram no jornal, falei que explicaria tudo quando voltasse a faculdade mas elas estão furiosas. - Apresse-se, vamos! Não podemos nos atrasar. - Olho para ela impotente, coloco o celular na mesinha de cabeceira, ela parece estar muito feliz, acho que já sabe que aceitei me casar. Me levanto, vou ao banheiro tomo um banho demorado, lavo o cabelo, quando saio do chuveiro ando até o closet, existem várias roupas aqui, muitas que nunca usei, quando fui embora não levei quase nada pois sabia que não precisaria dessas coisas na vida pacata que pretendia levar. Achei um vestido longo vermelho, com uma f***a a lateral que vai até a coxa, costas completamente nuas e decote em V, era lindo, nunca o havia usado mas me lembrei que quando comprei me vi apaixonada por ele me deixava tão sensual, não havia encontrado ocasião para usá-lo, talvez seja essa! Escolhi um par de sapatos preto para combinar com meu humor, rio da minha própria desgraça. Sequei meu cabelo, o prendi em um coque alto com algumas mechas soltas onduladas, passei uma maquiagem bem leve, não gosto de nada muito pesado, coloquei o vestido, caiu perfeitamente em meu corpo, o salto preto foi uma combinação perfeita, a empregada veio avisar que já estavam me esperando lá fora, respiro fundo e desço as escadas, papai e mamãe já estavam no carro a minha espera. - Minha filha, como você está linda! - Mamãe exclamou, pude ver o entusiasmo em seus olhos, papai sorriu para mim e abriu a porta do carro, entrei e partimos. A medida que o carro seguia meu coração afundava em meu peito cada vez mais, nunca imaginei que seria assim, sempre pensei que acharia alguém que me amaria e a quem eu amaria também, nos casaríamos na praia em uma cerimônia pequena e simples, eu andaria descalça até ele a cerimônia seria no por do sol. Agora eu estou noiva de um cara desprezível de quem eu não gosto e que não gosta de mim, como o destino pode ser tão c***l?! Abaixo a cabeça para esconder as lágrimas que teimam em queimar em meus olhos e sigo assim durante o caminho. Louise e papai estão tão animados comentando como estou linda e sobre o casamento grandioso que pretendem fazer que não perceberam o desespero em que me encontro. Chegamos a mansão dos Callahan onde aconteceria o jantar, era enorme, muito maior que a nossa, fiquei impressionada com o tamanho e a beleza do local logo ao passar os portões o carro avançada em uma estrada onde haviam várias palmeiras, no final da estrada estava uma enorme casa branca com imensas colunas e uma grande escadaria, havia em frente a ela um enorme chafariz de jardim, estava encantada com o lugar. Havia alguns poucos carros carros, seria um jantar para poucas pessoas, somente alguns amigos íntimos e empresários importantes. Participei de muitas festas, mas nunca havia participado de nenhuma aqui, me pergunto o porque, já que papai e Otto parecem ser grandes amigos. Quando chegamos, um segurança veio ao nosso encontro, abriu a porta do carro, eu desci ele me encarou por um tempo, fiquei sem jeito, parecia que queria me despir com os olhos, papai percebeu meu desconforto e pegou-me em um braço, e do outro lado ficou mamãe, chegamos ao final da escada e a porta se abriu, lá estava Otto com um sorriso de orelha a orelha. - Sejam bem vindos! Emma minha querida como você está deslumbrante essa noite. - Ele sorriu e me abraçou, retribui o abraço, era estranho, não estava acostumada a tanto contato com pessoas que não conheço bem. Em seguida apareceu uma senhora que aparentava ter a mesma idade de Louise, ela sorriu calorosamente ao me ver. - Emma minha querida, você está ainda mais linda do que me lembrava. - Então ela me abraçou, retribui o abraço, era muito caloroso, me lembrou minha mãe. - Obrigada Sra, Callahan. - Eu disse enquanto a abraçava. Ela então me soltou. - Chame-me de Aghata, afinal em breve seremos uma família. - Meu sorriso congelou, Otto e Aghata eram pessoas queridas e calorosas, como puderam ter um filho como Lucian ? Ela nos conduziu para dentro, havia poucas pessoas, cerca de 20, alguns conhecia de outras festas, muitos empresários, alguns nunca vi senti muitos olhares sobre mim e me sentia estranha com isso, não sabia o que aquelas pessoas estariam pensando, abaixei a cabeça enquanto acompanhava Aghata e mamãe de perto, papai e Otto estavam logo atrás de nós. Otto então me pegou pelo braço e me dirigiu até um grupo de pessoas que conversavam animadamente próximo a um sofá, quando cheguei todos pararam e me olharam com uns com um sorriso, outros com espantos e alguns com desdém. Nunca fui uma pessoa fácil de intimidar e não me deixaria ser agora, ergui a cabeça, a roda se abriu e pude ver Lucian sentado no sofá com uma taça de champanhe na mão, exalava uma aura fria, ao seu lado mas não muito próxima estava uma jovem, aparentava ter minha idade ou um pouco mais, o sorriso dela congelou quando me viu. - Pessoal, essa é minha nora Emma. - Otto disse quebrando o silêncio constrangedor que havia se instalado. Todos foram muito cordiais me cumprimentando. - Minha querida, porque não senta ao lado de Lucian. - Ele continuou e apontou para o canto, queria recusar mas Lucian chegou para o lado me dando espaço, me espantei com sua reação porém não disse nada, sentei em silêncio, não porque me sentia i********e, mas porque não conhecia essas pessoas e não tínhamos o que conversar, saudades das minhas amigas. A garota que estava ao lado de Lucian se moveu para mais distante após ele lhe lançar um olhar severo, ela ficou vermelha de vergonha e abaixou a cabeça, senti pena dela e a olhei, quando ela levantou o rosto me mostrou um olhar petulante, logo meu sentimento de pena passou e achei mais que merecido, boa Lucian, seja mais bastardo do que já é com essa garota por favor. Eles conversavam e eu hora ou outra gesticulava com a cabeça e sorria, não estava realmente prestando atenção no que estavam falando, peguei meu celular e enviei mensagem para Brenda que me disse que estava no tédio, seus pais não a deixaram sair hoje, queriam ficar em família, mas são tão velhos que jogavam xadrez enquanto ela e o irmão queriam chorar. Me peguei sorrindo com as fotos e caretas que ela me enviava, senti um hálito próximo ao meu rosto e congelei o sorriso por um momento, Lucian havia passado o braço em minhas costas no encosto do sofá, e agora estava muito próximo a mim me encarando, não atrevi virar o rosto, olhei para cima e todos estavam em silêncio olhando em nossa direção, senti um olhar lascivo em meu decote e me mexi desconfortável, era um cara logo a minha frente, que ao invés de encarar meu rosto como todos, encarava meus s***s. Lucian desviou os olhos de mim e seguiu meu olhar, o garoto tentou disfarçar mas Lucian lhe deu um olhar fuzilador de aviso, ele ficou branco, e depois vermelho como um pimentão e então virou o rosto. - Estávamos lhe perguntando algo, mas parece que você tinha coisas mais interessantes para ver. - Ele falou virando-se para mim novamente, muito próximo ao meu ouvido como um sussurro, abaixei a cabeça. - Desculpe, não ouvi, poderia repetir?. - Respondi erguendo a cabeça novamente sem olhar para o lado. Ele então encostou novamente no sofá, d***a, deveria ter visto as fotos que Brenda me mandou de seu irmão. - Perguntamos em que ano da faculdade você está, e o que cursa. - Respondeu a garota sentada ao lado de Lucian que estava agora mais distante que antes. Eu sorri e a olhei. - Curso economia e estou no último período, me formo em 3 meses. - Respondi de forma educada. - Mas quantos anos você tem?. - Perguntou outro que estava em pé diante de nós. - Vinte, fiz esse ano. Pulei algumas séries e adiantei algumas matérias na faculdade. - Disse sorrindo e encolhendo os ombros. Ele me olhou incrédula. - Irmãozinho, que sorte a sua, sua noiva além de linda é inteligente. É pra compensar essa sua cara f**a e pouco cérebro? - Disse um homem alto e loiro que eu não tinha visto até então com um sorriso sarcástico nos lábios. Ele estava zombando de Lucian, eles devem ser próximos pois os que estão aqui até então só o elogiaram e puxaram o saco. - Acho que está me confundindo com você Éric. - Estalou Lucian para ele, tirando o braço de minhas costas e levantando. Eric então se sentou ao meu lado me entregou uma taça nova de champanhe, a minha já estava vazia e se apresentou. - Prazer, Éric Simons, amigo irmão do seu noivo. - Sorri para ele e peguei a taça de sua mão. - Prazer, Emma. - Então tomei um gole do champanhe, a primeira pessoa com quem me sinto à vontade. ————————— Lucian ———————— Mas que d***a, me levantei pois estava me sentindo embriagado com o cheiro que Emma exalava, estava quase perdendo os sentidos, quando me aproximei para falar em seu ouvido após a pegar sorrindo para o celular, seu cheiro me atingiu como uma bomba, era tão viciante, ela cheirava tão bem, me senti e******o e tentei me acalmar, d***a, sempre tive muito a alto controle, o que estava pensando ? Me sentir atraído por essa garota que acabou de sair das fraldas? Quando vi o i****a do Éric se sentando ao lado dela e lhe entregando uma taça eu queria chutar a b***a desse i****a, ele não era meu amigo? O pior foi que ela aceitou e ainda sorriu pra ele. Os dois começaram a conversar, Éric passou o braço no encosto do sofá na posição que eu estava, queria me provocar. - Olha Emma, se você não quiser o Lucian, eu estou solteiro, sou mais jovem e bonito. - Ele disse e olhou para mim zombando da minha cara, ela riu. - Estou falando sério, você é linda, eu sou lindo, seria ideal para você, não o patinho f**o ali. - Continou me provocando me apontando com a cabeça. Emma estava achando tudo muito engraçado o que era dela estava guardado também. Já que Éric queria tanto uma noiva, irei arrumar uma para ele, hoje Éric me paga, com juros e correção, dou um sorriso aterrorizante para ele, ele percebe e fica sem cor. - Irmãozinho, é sua mulher, eu só brincando, porque está me olhando assim? O que está passando nessa sua mente maldosa?. - Ele começa a falar e se levanta. - Vamos Emma, cumprimentar alguns convidados. - Estendo a mão para ela, ela não me recusa e a pega. O que já podemos considerar um milagre, vou em direção a família Simons, família de Éric, ele percebe vem atrás de nós apressado e segura meu braço. - Lucian o Que você está fazendo? Eu estava brincando com você cara, somos irmãos. - Posso sentir o pavor em sua voz, Emma começa a rir, parece estar se divertindo com a situação, meu sorriso aterrorizante aumenta à medida que me aproximo deles. - Tio Albert, Tia Lisa. - Cumprimento os pais de Éric. - Essa é minha noiva, Emma. - Eles então a cumprimentam e Emma sorri encantadoramente, ela pode conquistar qualquer um com esse sorriso. Essa garota deve ser muito manipuladora. - Lucian, sua noiva é linda e adorável, você fez seus pais muito felizes meu filho, queria ter uma nora assim. - Albert Simons, pai de Eric fala com um sorriso no rosto, Éric está logo atrás com a cara fechada. - Tio Albert, acho que o senhor também pode ser um pai muito feliz, meu casamento com Emma foi arranjado por nossos pais, mas olha como estou feliz, ela é linda, muito inteligente, está preste a se formar mesmo tão nova e é uma ótima garota. - Falei tentando parecer o mais convincente possível, Emma sabia que eu estava aprontando algo pois me olhava sem acreditar em meus elogios, ela é mais esperta do que imaginei, tio Albert por outro lado me olhou atentamente esperando que eu continuasse, podia ver seus olhos se iluminando, um sorriso apareceu em meu rosto e Éric prevendo o que aconteceria veio em minha direção. - Lucian, Cale a boca. - Ele gritou comigo, meu sorriso só aumentou. - Quieto Éric, não me faça perder a paciência. - Tio Albert calou Éric com um olhar, a carranca de Éric se aprofundou e eu me sentia cada vez mais contente, a raiva que ele havia me feito sentir a um tempo atrás já havia passado, eu só precisava colocar ele em apuros para que ele ficasse ocupado com suas próprias merdas e me deixasse em paz. - Acho que nossos pais sabem o que é melhor para nós Éric, apesar de sermos homens adultos, você nunca se interessou por mulher nenhum, sempre viveu como um playboy, nunca apresentou ninguém para sua família. - Falei em um tom sério, até eu acreditava no meu discurso, roubei de meu pai, pensar nisso me fazia querer rir. - Acredito que assim como meu pai soube escolher o melhor para mim, o senhor Tio Albert saberia escolhe o melhor para Éric, ele já não é mais jovem, está na hora de ter responsabilidades. - Éric me olhou estupefato, ele não podia acreditar no que estava ouvindo, tio Albert estava me olhando pensativo como se digerisse minhas palavras, mas o melhor ainda estava por vir. - Acho que o senhor escolheria uma boa esposa para Éric, olhe Mia por exemplo, é jovem, vem de uma boa família, terminou os estudos recentemente, parece ser uma boa menina. - Podia ver o pânico se instalando no rosto de Éric, ele detestava Mia, ela era pegajosa e manipuladora. Eu me senti tão bem. - Vou apresentar Emma aos outros convidados. - Sai levando Emma comigo, deixei tio Albert pensando em minhas palavras, Éric já havia começado a argumentar com ele em pânico e eu estava muito feliz com o que havia feito, vamos ver se agora ele tem tempo para me irritar. ———————— Emma ———————— Passei a noite de braços dados com Lucian, parecíamos um verdadeiro casal apaixonado, cumprimentarmos várias pessoas, ele me apresentou a todas, brindamos com todas, comecei a me sentir tonta, então na primeira oportunidade me afastei e sentei. Não costumava beber, sempre tinha que cuidar de Alicia e Brenda quando saiamos. - Por favor, pode me trazer um copo d’água. - Pedi ao garçom que passava, ele disse sim e saiu imediatamente. Estava de estômago vazio, havia só almoçado, que jantar era esse que não tinha jantar? Olhei para o lado e havia uma mesa enorme cheia de comida, bem, acho que tinha eu só não vi. - Tudo bem minha filha ? - Aghata perguntou se aproximando. - Sim, só estou um pouco tonta mas já vai passar. - Respondi sorrindo e abaixando a cabeça. O garçom chegou com a água que pedi, agradeci e comecei a tomar, Aghata se sentou ao meu lado, parecia preocupada. - Você comeu ou só bebeu? - Corei, não queria admitir que não havia comido nada, abaixei a cabeça e ela percebeu. - Minha querida, é por isso que está se sentindo m*l, vou preparar algo para você. - Ela disse se levantando, eu queria recusar mas Lucian se aproximou. - O que aconteceu? - Perguntou olhando para sua mãe. - Emma está se sentindo m*l, você não percebeu que deu bebida a ela a noite toda mas ela não comeu nada ? Cuide dela irei preparar algo para ela comer. - Disse Aghata ao filho o repreendendo e foi em direção ao buffet. - Você é estupida ? Não sabe se cuidar sozinha ? - Ele então latiu para meu lado, queria por uma fucinheira nele. - Não pedi para você cuidar de mim, vá. - O respondi sem paciência. Ele então veio para o meu lado. - Vamos. - Para onde ? - Você vai andar ou quer que eu a Carregue ? - Me apoiei em seu braço e então o segui. Passamos pelo canto e entramos em um escritório, sentei no sofá e ele me deu um remédio. - É para a tontura, vai te ajudar amanhã com a cabeça e o estômago. - Tomei, acho que iria me ajudar. - Você não acha esse vestido revelador de mais ? - Eu olhei para ele confusa e inclinei e fiquei de pé encarando-o. - Consigo ver toda sua pele daqui até aqui. - Disse passando a mão da minha nuca até abaixo na minha cintura, fiquei petrificada e sem reação, meus olhos se arregalaram. - É toda sua pele daqui até aqui. - Levantou meu queixo com uma mão e com a outra seguiu meu decote, da minha garganta até entre meus s***s na altura do estômago que era onde ele ia, entrei em pânico, quis o empurrar para longe mas ele segurou minha mão e me jogou no sofá, entrei em pânico, antes que pudesse reagir a porta do escritório se abriu, eu estava com um olhar aterrorizado. - Tudo bem filha ? - Lucian olhou para trás. - Papai não me sinto muito bem, estou tonta, podemos ir ? - Então ele me ajudou e saímos, Lucian nos acompanhou até a saída, não dissemos nada chegando em casa subi as escadas e me tranquei em meu quarto, estava apavorada com o que aconteceu. Não disse nada ao meu pai, ele pensaria que estou inventando para não me casar com Lucian. ———————— Lucian ————————— Não sei o que deu em mim, um misto de ciúmes e excitação, quando vi Emma corada por conta da bebida meu corpo reagiu, ela estava mais linda. Quando ela se encostou em mim seu cheiro parecia ter me embriagado, quando ela me encarou seu rosto era tão perfeito, seus lábios vermelhos e carnudos pareciam me convidar, quando toquei sua pele macia, o ciúmes e o tesao me tomaram, o que eu estava fazendo ? Quando cai em mim ela me olhava em pânico e o pai dela estava na porta. O que está fazendo Lucian Entrei no chuveiro e tomei uma ducha fria pensando na m***a que fiz, peguei o telefone do enviei mensagem para o número que Louise me deu da última vez dizendo ser de Emma. SMS: Peço desculpas, assumo que errei, estava bebado e fora de mim. Espero que você me desculpe pelo que aconteceu, nunca iria lhe forçar a nada, não sou esse tipo de homem. Afinal sou um homem, nunca levantaria um dedo para uma mulher, assumo meu erros, deito em minha cama para pensar.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD