Casada com o CEO

Lucian

Meu nome é Lucian, tenho 28 anos e sou formado em administração por uma renomada universidade, tenho um irmão já falecido, então sou o único herdeiro de minha família. Desde pequeno fui criado para um dia assumir a posição de meu pai nos negócios, eu nunca medi esforços para ser o melhor em tudo o que eu fiz em toda minha vida. Modéstia a parte sou um belo homem alto, moreno, atlético, inteligente, praticamente irresistível, mas não existiu uma única mulher que despertasse meu interesse por muito tempo, nunca quis me casar ou formar uma família, meu pai sempre pareceu ser o homem perfeito mas na realidade era perfeito somente nos negócios, sempre foi muito ausente. Sempre fui muito discreto, e as mulheres com quem sai não passaram de uma noite, sempre estive focado na minha carreira e nos negócios da minha família, nunca teve em minha vida espaço para essa balela de amor, até que um belo dia meu pai resolveu jogar um enorme balde de água fria na minha então vida perfeita.

2 semanas antes -

- Lucian, preciso que volte para casa agora, chegou seu tão sonhado momento! - Meu pai me disse ao telefone e eu poderia jurar que ele estava tirando onda com minha cara.

- Eu estou de férias pai, minhas merecidas férias de 45 dias viajando pelo mundo depois de 10 anos entre os estudos e a empresa - Eu não queria ter que largar tudo que eu havia planejado, apesar da proposta tentadora quando ele mencionou "chegou seu tão sonhado momento ".

- Lucian isso não é uma sugestão, o jato irá sair do aeroporto em 2 horas, espero que seja pontual, não me faça ir até aí. - Disse meu pai desligando o telefone.

Adeus férias, está na hora do filho pródigo retornar.

Chego em casa após uma longa viagem, ouço o som de risos vindo do escritório de meu pai, o mordomo bate a porta e me anuncia então eu entro.

- Boa noite pai - e quem é esse que está sentado ao sofá ? Não me é estranho mas não me recordo de onde o conheço. Aceno para ele com a cabeça que me retribui erguendo o copo de whiskey.

- Filho, esse é Thomás Collin, um amigo de longa data. Já nos vimos em alguns jantares importantes- Agora me recordo de onde o conheço, das manchetes de jornais que dizem que sua empresa está por um fio!

- Ola senhor Collin, como vai ? - Sou o mais educado possível, afinal parece ser amigo próximo de meu pai.

- Lucian, não precisa ser tão cordial, te conheço desde pequeno. E como foram as férias ? - Olha só, parece que tem algo mais do qual preciso me recordar, não me lembro desse homem em nosso círculo social.

- Foram quase perfeitas, mas tive que retornar antes do final.- Meu pai coloca o copo na mesa um tanto quanto irritado, ele nunca foi de fazer rodeios então vai direto ao ponto como sempre.

- Meu filho, vamos aproveitar que Thomás está aqui e ir direto ao assunto, queremos juntar nossas empresas, Collin's corporation e o CLH Group. - Acho estranho meu pai ter me convocado para falar sobre aquisição de empresas é algo rotineiro em nossos negócios, poderia resolver quando voltasse, algo não vai bem para mim, eu sinto isso.

- Será uma ótima aquisição pai, é uma grande empresa e com um tremendo potencial a ser explorado.- Realmente era uma empresa com grande potencial nas mãos certas.

- Aí que está meu filho - Meu pai me interrompe enquanto o Sr. Collins toma um grande gole de whiskey, La vem bomba.

- Nós queremos juntar nossas empresas com o matrimônio entre nossas famílias! Thomás tem uma linda filha, inteligente, educada, dará uma ótima esposa.

Eu quase me engasgo com a fala de meu pai, como assim? Esposa? Casamento ? Minha cabeça começa a girar, precisos beber, ando até o bar, me sirvo de whiskey e tomo um grande gole.

- Otto, é muita informação para o menino digerir, ele e Emma não se conhecem ainda, precisamos saber se eles concordam.- Ao menos uma voz sensata, continuo bebendo em silêncio, óbvio que eu não concordaria com isso.

- Thomás, respeito sua posição mas não concordo, são nossos filhos únicos, casamento para eles deve ser tratado como negócios, tem que ser benéfico para a família e para os negócios da família, uma junção entre as família Callahan e Collins seria ótimo para ambas as partes. Lucian tem ciência disso, o amor vem com a convivência assim como aconteceu comigo e minha esposa.- Não pude acreditar no que estava ouvindo.

- Convivência? Que convivência? O senhor passava 90% do seu tempo entre viagens de negócios e sua empresa, e os outros 10% trancado dentro desse escritório. - Não aguentei, precisava falar, não irei me casar nunca, ainda mais com uma garotinha mimada que eu nunca vi.

Meu pai bufa, pede desculpas a Thomás Collins que se despede de mim com um aceno e vai embora, meu pai está furioso, mas eu nunca tive medo dele e não vou começar a temê-lo agora, continuo bebendo meu whiskey e ele está um tanto calado, óh não, o que essa mente velha e perversa está pensando.

- É um direito seu não querer se casar - ele começa - E eu não posso te obrigar a isso Lucian, nos últimos anos você tem vivido uma vida regada a festas e mulheres e eu nunca me intrometi, nossa empresa gera a fonte de renda de muitas famílias, somos responsáveis por elas, e pela nossa também. Um homem de verdade tem que fazer sacrifícios, você não ama ninguém, nunca nos apresentou ninguém, não tem nada sério com ninguém, e mesmo assim se recusa a fazer algo que pode nos trazer benefícios, provando mais uma vez que nada do que eu ditei é sua prioridade, você é só um garoto mimado, estragado, que só pensa em si.- Estou chocado com o discurso de meu pai, não só com as palavra mas também com a calma que ele proferiu cada uma delas.

- O que seria tão benéfico na junção dessa empresa que esta praticamente falida ? - Eu pergunto já com a guarda baixa girando o copo de whiskey que está em minha mão, quero ver até onde ele vai.

- Nossas empresas representam grande parte da demanda de trabalho da região, se a Collin's corporation fechar serão muitos desempregados, e se assumirmos ela em uma fusão após a falência, teremos um grande trabalho pra reerguê-la, e uma dívida maior ainda para quitar, o que da mesma forma custará o emprego de muitos. Mas um casamento de conveniência, meu querido filho, nos da acesso por direito a ela, onde você poderá assumir o CHL Group e a Collin's corporation, onde iremos reerguê-la de dentro. Saberemos onde será empregado nosso dinheiro, e as duas cooperando juntas, unidas por laços tão fortes, imagine só, o mundo dos negócios estará em nossas mãos. Além de pouparmos os empregos, teremos dois grandes nomes do mundo dos negócios ao nosso favor, os Collin's e os Miller's que são a família da mãe de Emma. Quando se tem dinheiro meu filho, e tantas famílias dependendo de você, não é mais só a sua felicidade que conta. Espero que me prove ser um homem de verdade, e que possa assumir essa responsabilidade.- Ele se levanta da um t**a em meu ombro e sai do escritório me deixando submerso em meus pensamentos. Meu pai tem razão, nunca me interessei por mulher alguma, muitas pessoas dependem de nós, e se esse casamento trará benefícios talvez eu devesse tentar, afinal hoje em dia temos o divórcio, podemos ficar juntos até conseguirmos o que queremos e depois cada um que siga seu caminho. E será um casamento por conveniência, vou deixar bem claro a essa garota que ela não poderá se intrometer em minha vida íntima, e não irei me intrometer na dela, Óh céus, talvez eu tenha que terminar de criar minha futura esposa.

Quando saio do escritório encontro meus pais sentados na sala tomando chá, minha mãe vem ao me encontro e me abraça.

- Meu filho, senti tanto sua falta.

- Foram só algumas semanas mãe, não é pra tanto.

Me junto a eles, pego uma xícara de chá, e após o primeiro gole olho para meu pai e digo.

- Eu topo.- Levando a xícara a boca meu pai balbucia.

- Topa o que Lucian ?

- Me casar com a garota, eu topo. - Meu pai engasga com o gole de chá que havia tomado, eu acho graça mas não posso rir, permaneço sério.

- Você está falando sério Lucian ? Eu estava preparado para uma guerra antes de você ceder. - Esse velho, como ele tinha tanta convicção que mais cedo ou mais tarde eu cederia ?

- Estou falando sério pai, você tem razão, nosso casamento trará benefícios a nós e a sociedade, vou me casar com ela, desde que ela seja uma boa garota me respeite, respeite minhas regras.- Gargalhando ele disse .

- Isso você terá que resolver com ela quando estiverem casados, será engraçado te ver tentar, Emma não é como as garotas submissas as quais você impressiona com sua beleza e dinheiro. - Maldito seja, ele está rindo da minha cara! Vamos ver então papai, se eu consigo ou não amansar essa fera.

Após algum tempo fomos até a residência dos Collin's para tratarmos sobre o assunto, Thomás havia dito que eu e Emma precisaríamos nos conhecer, e que ela precisaria também aceitar o acordo, o que Thomás não achava uma tarefa fácil por ter uma filha teimosa de mais. Então eu escuto uma voz doce feminina do lado de fora do escritório. Thomás, todo animado, anuncia ser sua adorável filha e nos encaminha para porta.

Quando Thomás da um passo para frente eu posso ver, uma jovem de cabelos longos dourados e grandes olhos azuis, com um sorriso encantador, ela tem os olhos iluminados, parece tão... O que deu em mim? O que eu estou fazendo ? Não consigo parar de encara-La. O sorriso em seu rosto desaparece, ela aparenta não estar feliz em ver seu pai, e então eu vou embora.

Preciso beber :

- Alô, Éric? Que tal uma balada?!

E então 2 semanas depois, mais um choque para a sociedade, anunciado a junção de dois impérios um deles um tanto quanto, como podemos dizer ?! Falido. E o casamento de seus respectivos herdeiros. Agora ca estou eu, do lado de fora de um dormitório de universidade, dando lição de moral em uma garotinha egocêntrica e mimada que por acaso será minha futura esposa. Maldita hora que eu fui concordar com essa loucura!