Quando o Pedro disse que iria atrás do meu irmão, me sentir uma louca. Sabia como eram as coisas no morro, sabia que o Henrique andava cheio de mulher e tinha ciência de que o Pedro estava indo talvez para me trair e isso me enlouqueceu completamente.
Seguir para casa, assim que cheguei lá coloquei um mini vestido, soltei meus cabelos e em seguida peguei a chave do carro do Henrique, ele me ensinou a dirigir e eu não perderia tempo, mesmo não podendo mostrar para o mundo a minha relação com o Pedro, eu iria dar um jeito de marcar meu território.
Porem, a decepção apareceu quando eu cheguei lá e vir uma vagabunda perto demais dele. Ali a minha ficha caiu, ele me deixou sozinha, completamente sedenta, para atender a um chamado do Henrique e além disso, pelo visto, estava se divertindo com uma p**a qualquer.
Henrique veio todo nervoso, tentando me tirar daquele lugar, meu irmão era agressivo, me puxou com força pelos cabelos e o Polegar veio achando que poderia me defender, mas isso eu não deixaria nunca.
Ver aquela mulher chamando ele de amor me enlouqueceu para c*****o. Ele estava comigo ontem e hoje com ela.
— Para, eu não sou o seu amor — rosnou Pedro.
— Calma, amor — ela disse sorrindo.
— Sofia, eu quero que saia dessa p***a desse morro, esse ambiente não é para você c*****o — Henrique insistiu.
— Você pode me soltar? Eu sei me cuidar muito bem, não preciso de você para dizer o que eu devo ou não fazer da minha vida, Henrique — falei querendo muito fingir que aquilo não estava me afetando.
— Barão, se você quiser, eu posso levar a Sofia para casa. Eu não to mesmo no clima de festa e… — eu cortei ele.
— Me levar para casa, Pedro? Você ta se divertindo com seu amor — gritei brava.
— Sofia, você entendeu tudo errado, ela não é o meu amor… eu apenas estou bebendo e nada mais — ele justificou.
— Isso não é da minha conta, não me compete o que está acontecendo na sua vida, Pedro — falei brava.
— Eu é que estou começando a entender tudo — Henrique alegou se virando para o Polegar, ele segurou ele pela camisa.
— Qual é? O que quer saber? Eu amo sua irmã mesmo, se tiver que ficar com ela, eu te enfrento — disse e meu coração acelerou.
Henrique partiu para cima do Pedro, meu irmão lhe desferiu um soco no rosto, eu tentei impedir aquela situação, fiquei completamente nervosa e de imediato fui para próximo.
— Para, Henrique! — supliquei.
— Então isso aconteceu debaixo do meu nariz? Vocês dois estão o tempo todo fazendo esse c*****o debaixo do meu nariz? — gritou bravo.
— Me perdoe, mas eu quero ficar com sua irmã e estou aqui agora, para falar isso contigo — ele disse firme e eu fiquei nervosa.
— NUNCA! Se você amasse a minha irmã, iria falar comigo antes de se aproximar e não estaria dando condições a p**a da Ingrid — Henrique gritou. — Eu vou te matar — falou segurando-o pela camisa.
— Não, Henrique! A culpa foi toda minha, você não pode fazer isso, você não tem o direito de fazer isso — falei chorando.
— Me puna, c*****o! Faça o que quiser comigo, mas não tem como mudar o fato de que eu gosto da sua irmã — Polegar falou fazendo eu errar as batidas do meu coração.
— Você ama a minha irmã? Eu não acredito nisso, Polegar! Eu te quero longe da Sofia, seu desgraçado — ele disse furioso.
— Henrique as coisas não podem ser assim, eu sou maior e posso decidir por mim — tentei suplicar por isso.
— Enquanto você tiver morando na minha casa, você vai fazer as minhas vontades, entendeu? — perguntou segurando meu rosto com força.
— Eu não vou permiti que machuque ela, Barão. Sua irmã é minha mulher — disse Polegar piorando as coisas.
— O que? Você ta dizendo que comeu a minha mulher? Repita esse c*****o, eu quero ouvir — Henrique disse pegando a arma.
Eu conhecia meu irmão, sabia o que ele iria fazer, portanto, passei na frente, eu queria protege o Polegar disso.
— Henrique, por favor, não faça isso, eu quis, eu seduzir o Polegar e acreditei que ele me amava do mesmo jeito, mas hoje, eu vir que ele não me ama, ele está junto com essa garota e… — ele me cortou.
— Eu não estou com essa garota! Eu nem conheço ela, Sofia. Eu te amo, estou aqui enfrentando seu irmão para ficar do seu lado. Amor… — tentou se expressar, mas eu o parei.
— Você me deixou sozinha, veio para cá ficar bebendo e curtindo. Está com essa p**a e isso me machucou — disse chorando.
— A relação está avançada desse jeito? — perguntou com ironia.
— Henrique, eu quero poder resolver a minha vida, o Polegar foi um erro meu e agora, eu quero resolver sozinha, já vir ele com outra, já sei que ele não me ama — disse com lagrimas nos olhos.
— Para com isso, eu te amo sim, Sofia — tentei explicar.
— Para com essa mentira! Você não me ama e nunca me amou — ela falou magoada.
— Eu ainda não entendi esse c*****o, não vou deixar passar essa p***a — Barão avançou disposto a me matar, mas ela tomou a frente.
A mulher desesperada se ajoelhou aos pés do irmão implorando para que nada me acontecesse.
— Por tudo que é mais sagrado nesse mundo! Não resolva essa situação, eu te imploro que não resolva. Eu não vou encostar no Polegar nunca mais na minha vida e isso é uma promessa — disse chorando.
— Como isso é uma promessa? Você não vai… — ela me cortou.
— Eu tenho personalidade, Pedro. Você e essa mulher. Quem é ela? Você me deixou sozinha, no momento que temos para ficar junto e veio para cá, no que quer que eu acredite? — questionei me tremendo.
— Barão, você estava com essa mulher, viu que eu a neguei. Fale a verdade para a sua irmã, não percebe que eu amo a Sofia? — eu questionei sério.
— Sofia, essa garota está comigo, ele negou ela, mas mesmo assim, eu não sei se posso permitir essa p***a — gritou Henrique.
— Irmão, eu só quero que me tire daqui, por favor — suplicou com lagrimas nos olhos.
— Sofia, eu… — tentei falar, mas ela virou as costas para mim.
Sabia que ela estava furiosa e isso fez com que meu coração acelerasse, eu não queria perder aquela mulher, mas também não poderia seguir com ela, tinha que dar espaço para ela pensar um pouco.