Capítulo 19 Sofia

1117 Words
Após o meu termino com o Polegar, as coisas ficaram completamente difíceis e triste para mim. Eu estava sendo humilhada na praça e isso me fazia querer ficar em casa. Via os olhares de todas as mulheres, o sorriso no rosto e isso me deixava muito incomodada. Tentei segurar a tristeza, a dor ainda estava no meu olhar e quando ele se aproximou com ironia, eu percebi o que estava acontecendo comigo. — Olha se não é a mulher que achava que é rainha! Achava que o bandido iria se apaixonar — uma das vadias da rua deixou isso escapar. Não vou mentir, me senti completamente machucada pela fala dela, mas tentei ser forte. Respirei fundo e em seguida sorrir, tentando esconder tudo o que eu estava sentindo. — Me der licença — falei quando fui fechada por duas dela e de imediato o PP veio na minha direção. — Vocês estão mesmo querendo comprar briga com o Patrão? Acho que são muito corajosas — ele disse me defendendo. As mulheres se afastaram e eu passei em silêncio, não queria render aquele assunto, mas o PP não perderia tempo, ele se aproximou de mim. — Não precisa me acompanhar, PP. Ta com pena de mim? — perguntei. — Eu te avisei. Eu te amo, Sofia. Você deveria me dar uma chance e esquecer o Polegar, eu juro que não vou brincar com seus sentimentos, não vou te fazer sofrer como você está sofrendo agora — alegou me surpreendendo. — PP, não é hora de eu querer esquecer a dor com um novo relacionamento. Tudo o que eu quero agora é esquecer o que aconteceu comigo, eu quero viver em paz e ser feliz — disse firme. — Você vai ser feliz, você é uma linda mulher e não merece sofrer por causa de pessoas como o Polegar… — cortei ele. — Se você está me acompanhando para falar do Pedro, eu vou pedir que me deixe sozinha — supliquei. — Não, eu não quero falar do Pedro. Na verdade, tudo o que eu desejo é que saiba que estou lhe esperando, quando essa dor secar, quando você esquecer dele e estiver pronta para abrir seu coração para outro homem, vou está te esperando — disse enxugando minhas lagrimas. Ele sabia que eu estava completamente vulnerável, tanto que me abraçou apertado me surpreendendo completamente com aquela atitude que eu não esperava. De alguma forma me sentir segura nos braços dele, estava carregando o peso do mundo nas minhas costas e quando ele me abraçou, eu chorei, chorei todas as lagrimas que eram necessárias. — Calma, não chora desse jeito. Te ver machucada me deixa louco. Eu queria muito te mostrar que as coisas podem ser melhor — sussurrou no meu ouvido. — O que está acontecendo aqui? — nosso momento foi interrompido pelo Pedro. Eu não sei de onde ele apareceu, nem como, mas vir seus olhos ficarem escuros. Aquele homem iria criar confusão. — Não é da sua conta, minha vida não te diz respeito — rebati me afastando do PP. — Sofia, nós dois temos muito o que conversar — declarou. — Não temos, eu vou para casa — falei tentando me afastar. O PP iria me acompanhar, mas ele tomou a frente peitando o homem. — Volte ao seu trabalho, vou acompanhar a minha mulher — disse fazendo meu coração disparar. Eu me sentia uma boba por está me sentindo desse jeito, aquele homem era um tremendo filho da p**a que fez sofrer e ainda tem efeito sobre mim. — Eu vou acompanhar a dona Sofia, eu suponho que ela não queira ir contigo — falou PP desafiando-o. — Como é que é? Você ficou maluco? A Sofia é a p***a da minha mulher, você sabe disso? Não se atreva a se envolver na minha relação com ela, pois eu te mato — gritou empurrando-o. — PAREM COM ISSO! — gritei ofegante. — Eu sei o caminho de casa — falei brava. — PP, para seu bem, fique longe da minha garota, eu te mato. Entendeu? — Pedro perguntou. — Eu não tenho medo de você, se o patrão der a ordem, vou seguir — ele disse e vir que daria uma morte naquela situação. Na verdade, agradeci mentalmente quando o Henrique apareceu de moto. Ele parou olhando diretamente para mim. — Que p***a ta acontecendo aqui? — rosnou meu irmão. — Henrique, por favor, me leve contigo — pedi. — Sobe na moto. Eu vou te tirar daqui. E vocês dois vão me explicar essa p***a, se estiverem expondo a minha irmã na p***a da favela, eu juro por Deus que vou matar vocês — rosnou Henrique. Eu subi na sua moto e ele de imediato pilotou até nossa casa, assim que entramos o Henrique me olhou séria e eu sabia que viria bronca, portanto, ouviria calada. — Que p***a é essa? O que você ta querendo, Sofia — rosnou. — Não deu certo com o Polegar e agora o PP. Quer fazer esses dois homens se matarem? Me explique essa p***a, pois eu ainda não entendi — gritou me surpreendendo. — Eu não quero nada disso, não é minha intenção gerar um conflito na família, eu não quero colocar pessoas para brigar. Você está muito enganado, Henrique. Eu estou machucada demais, fui traída e as pessoas estão rindo e soltando piada quando saiu na rua. O PP apenas fez o papel dele como seu soldado, ele me protegeu das mulheres que me cercaram — disse chorando. — O que? Quem foram? Essas filhas da p**a vão pagar por esse c*****o, eu juro por Deus que vão pagar — deu uma tapa na mesa. — Henrique, se você fizer um tumulto, as coisas serão piores. Apenas siga agindo como se nada estivesse acontecendo, eu juro que vou me curar de tudo isso, só preciso de tempo — falei chorando. — Eu não posso fazer o que você ta pedindo. Você ta chorando, Sofia. Ta magoada e meu jeito de resolver é matar quem te fez m*l. Como quer que eu haja como se nada estivesse acontecendo? Você é tudo o que eu tenho nessa vida e se isso está fugindo do seu controle, eu como seu irmão vou resolver, vou mandar o Polegar se afastar e te deixar em paz — afirmou. — Tudo bem, faça como quiser. Eu só quero paz. Talvez eu precise de um tempo para mim, longe dessa favela. Me deixe viajar para esquecer o sofrimento — pedi. — Acha certo? Você só vai adiar um problema. Encare tudo de frente e resolva — afirmou e eu me agarrei nele. Henrique era tudo o que eu tinha na minha vida.
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