Capítulo 6
GUERREIRO NARRANDO
Momentos antes ...
Depois de passar a noite pensando em várias merdäs, acordo e vou direto para o banheiro tomar um banho e quando termino olho no celular, e vejo que ainda são seis horas da manhã.
Percebo que não tem nenhuma mensagem do Alex, será que ele já chegou? Sempre que ele está saindo da boca ele liga pra mim. Alex vulgo Frajola é meu irmão e ele pode até ser maior, mas eu cuido dele como se fosse uma criança, tento proteger de tudo que posso.
Quando a mulher que dizia ser minha mãe, foi morta pelos alemão, só ficamos eu e o Alex, ficamos na casa de uma tia até eu conseguir juntar um dinheiro para construir a nossa casa, mas logo eu consegui. Com dezessete anos, eu construí a casa em que moramos hoje, a única coisa que mudou atualmente é que ela está maior. Lembro que quando eu trouxe o Alex para moramos juntos a minha tia não concordava, ela falava que éramos crianças e principalmente o Alex por ser mais novo que eu. Só que não era só por isso o receio dela, era também pelo fato de eu ser o braço direto do antigo dono do morro, ele também foi morto por alemão, ele era como se fosse um pai para mim. Antes dele morrer, ele passou o seu posto para mim e hoje eu sou o dono dessa porrä toda.
Hoje o Alex é o meu sub, meu braço direito, eu juro que tentei de todas as formas impedir ele de entrar nesse mundo, até mesmo quando éramos pequenos, quando a minha mãe mandava ele fazer alguma entrega, eu sempre passava na frente. Porém depois de grande eu não tive mais como impedir, então eu preferi manter ele por perto, e ele se tornou o meu braço direito, e só nele eu confio totalmente .
( ... )
Após me vestir, saio do quarto e encontro o Alex na cozinha, ele está fazendo café e cantando .
Guerreiro - Que bicho foi que te mordeu? - Pergunto assustando ele .
Frajola - Que susto da porrä Ale ! Tava distraído caralhö! Chega igual um fantasma. - Ele fala ao se virar.
Guerreiro - Não me chama assim porrä! Apelido de boiola do caralhö. - Falo me sentando na cadeira.
Frajola - Eu te chamo assim desde que éramos pequenos. Para de frescura no rabö ... - Ele fala olhando pra mim, mas como se estivesse pensando em outra coisa.
Guerreiro - Que foi? Porque tá me olhando assim? - Pergunto encarando ele e analisando ao mesmo tempo.
Frajola - Sabe ... Tem uma coisa que não sai da minha cabeça ... Porque você mandou eu matar aquelas ciganas quando chegaram aqui no morro? Você realmente estava falando sério? - Ele pergunta me encarando.
Guerreiro - Eu sabia que você não mataria pessoas inocentes Alex, ainda mais sendo mulher, você é o que tem o coração bom da família, não era nem para você está nessa vida cara, era para você está fazendo alguma faculdade, você é inteligente pra cäralho mano, enquanto eu, nem terminei o ensino médio. Mas porque tá com isso na cabeça, já foi! - Falo olhando para ele.
Eu não terminei o ensino médio, porque eu estava focado em fazer dinheiro para sairmos da casa da nossa tia, mas isso não foi culpa do Alex, foi uma escolha minha também. Eu sei que às vezes ele se sente culpado por tudo o que aconteceu.
Frajola - Eu pensei que você realmente estava falando sério.
Guerreiro - Você está estranho, o que está acontecendo, Alex? Tem mulher no meio? Não me diga que você passou a noite com alguma putä? Você chegou hoje pela manhã né ? Por isso não mandou mensagem pra mim.
Frajola - Não é nada disso, Ale, é que eu passei na casa da tia Dora e cheguei um pouco mais tarde em casa, quando cheguei tomei banho e fui logo dormir. - Ele fala com o pensamento distante.
Guerreiro - E você foi fazer o que na casa da tia? - Pergunto estranhando.
Frajola - Sabe aquela cigana? - Ele pergunta olhando para mim.
Guerreiro - Tem o que ela? - Pergunto sem entender o que tem aquela porrä.
Frajola - Eu fiquei com pena dela e da família, então eu pedi pra nossa tia fazer alguma coisa para eu levar para elas comerem. - Ele fala receoso achando que eu vou falar alguma coisa.
O Alex tem um coração bom, chega até ser admirável, eu queria ter um pouco da sua bondade, mas não existe bondade em mim. Eu nem sei o que é isso.
Guerreiro - Você nunca muda não é Alex, você ainda vai se föder com essa sua bondade . - Falo indo até a geladeira .
O Alex não precisa saber o que eu acho da sua bondade, porém ele precisa ficar esperto também. Eu não sei se o Rony e a família dele são confiáveis, eu preciso averiguar isso primeiro.
Frajola - Eles estavam com uma criança, você sabe que uma hora daquela não tinha nenhum lugar aberto. - Ele fala tentando se justificar.
Guerreiro - Só fica ligado, não esquece da nossa regra de confiança . - Falo abrindo a geladeira e pegando a caixa de leite.
Frajola -Eu sei ... " Não podemos confiar em ninguém até a pessoa se mostrar confiável, porém, o ser humano é traiçoeiro, então mesmo a pessoa se mostrando confiável não devemos confiar " - O Alex repete as palavras que eu falei para ele por diversas vezes, até ele gravar e entender o que essas palavras significavam.
Guerreiro - Isso aí garoto! - Falo virando a caixa de leite na minha boca e percebo o olhar dele.
Frajola - Copo não existe pra você não é ? - Ele pergunta me encarando.
Guerreiro - Na caixa é mais gostoso. - Falo dando de ombros.
Frajola - O que você achou daquela cigana Guerreiro? - O Alex pergunta me fazendo olhar pra ele.
Eu estou tentando tirar o olhar daquela cigana da minha cabeça, mas o Alex não me ajuda.
Guerreiro - Qual das duas, não me diga que você ficou interessado na mais velha, a mulher do Roni? Ela até que é bonita, mas você sabe o que acontece com talarico no meu morro não é? - Pergunto o encarando.
Frajola - Claro que não, eu estou falando da filha, o que você achou dela? Eu nunca na minha vida vi uma mulher como aquela, você viu os olhos dela? - Ele pergunta com os seus pensamentos distantes.
Será que Alex teve a mesma sensação que eu, será que ele sentiu alguma coisa quando olhou dentro dos olhos daquela cigana.
Observo a forma que ele está falando, parece até que ele está apaixonado, será que aquela cigana enfeitiçou ele? Nunca vi o Alex assim.
Guerreiro - Você sentiu alguma coisa quando olhou nos olhos dela?
Frajola - Não, porque? Você sentiu alguma coisa? - Ele pergunta curioso.
Guerreiro - Não, só foi uma pergunta aleatória mesmo, os olhos dela são bem verdes, né ? - Falo tentando disfarçar.
Frajola - Você não achou ela bonita? - Ele retorna a perguntar.
Guerreiro - Não, só achei os olhos dela bonitos, só isso. - Minto, eu também nunca vi uma mulher bonita como ela, não dá para ver as suas curvas com aquelas roupas que ela usa. Mas ela deve ser uma grande gostosa por debaixo daquelas roupas.
Porrä !
Meu päu chega deu uma animada.
Frajola - Ela é perfeita Ale. - O Alex fala, e eu me sinto um pouco desconfortável com a forma que ele fala .
Guerreiro - Tá bom Alex, tenho que ir agora, mas antes de ir, vou te falar algo, fica longe dessa cigana e não é um pedido, é uma ordem . - Eu não sei porque eu falei isso, até tento achar um motivo, mas não acho.
Frajola - Porque você falou isso Guerreiro?
Guerreiro - Só faz o que eu falei Frajola, tô indo pra boca.
Saio de casa, e tiro a minha moto da garagem pra ir pra boca, quando eu já estava só do lado de fora, a filha da minha tia " Ema " me chama .
Ema - Guerreiro, eu quero falar com você ...
Guerreiro - Fala Ema, o que você quer?
Ema - O Alex tá em casa?
Guerreiro - Era isso que você queria conversar comigo? Vai procurar o que fazer, Ema. - Falo saindo dali.
( ... )
Quando eu chego na boca, vejo uma mulher de costas, ela tem o cabelo preto e grande, e está usando um vestido longo. Percebo que ela está conversando com os meus vapores, o que essa mulher está fazendo aqui?
Quando eu me aproximo, escuto a voz da mulher e já reconheço, é a cigana, eu reconheceria essa voz em qualquer lugar.
Quando ela fala que quer falar comigo, o Fofão fala que ela quer me dar, eu fico incomodado e já corto o assunto mandando ele calar a boca e pergunto pra cigana o que ela quer, eu sei que ela se chama Jade, mas eu prefiro chamar ela de cigana, porque eu gosto como ela fica quando eu chamo ela assim.
Olho pra dentro dos seus olhos e vejo que ela está triste, desço o meu olhar até a sua boca, e ela analiso que ela tem os lábios avermelhados e bem desenhados, mas não é isso que me chama atenção. E sim o corte na boca dela com um pouco de sangue. Ela abaixa a cabeça, então eu coloco a minha no seu queixo e levanto o seu rosto, pergunto se foi o pai dela que fez isso com ela, mas ela fica em silêncio. Não precisa nem falar nada, ela só deve ter vindo até aqui para pedir ajuda. Eu observo ela e quando eu abaixo os meus olhos, reparo a roupa dela melhor e na hora meu päu começa ficar duro.
Guerreiro - Caralhö cigana, como é que você sai assim de casa? Por isso, esses filhos da putä tão quase te devorando.
Como que essa porrä dessa mulher sai assim de casa e vem na boca cheia de homens!
Porrä! Caralhö!
Tento me concentrar, mas dá para ver direitinho o peito redondinho dela com os b***s durinhos, putä que pariu que vontade de apertar, chupär e me acabar nesse peito gostoso do caralhö. Percebo como ela ficou constrangida e tiro esse pensamento da minha cabeça e volto a minha atenção pra ela, vejo os vapores olhando pra cigana então eu dou uma camiseta minha pra ela usar.
( ... )
Saímos da boca, e eu falo pra ela que eu vou resolver a sua situação. Pego a minha moto e chamo a cigana pra ir comigo, mas ela não aceita, como eu tô pouco me fodendö, então eu deixo ela pra trás. Problema dela se quer ir andando.
( ... )
Chego na casa do Roni, e já bato na porta com força, eu deixei ele avisado, que se ele aprontasse no meu morro ele ia sofrer as consequências. Em alguns minutos a mulher dele abre a porta, percebo que ela está normal. Quando o Roni ver que sou eu, ele fala para entrar, analiso ele antes de falar qualquer coisa. Aparentemente está tudo normal, mas esse Roni não me transmite confiança.
Guerreiro - Que porrä que aconteceu aqui Roni? Você agrediu a sua mulher e a sua filha? Porrä você é fodä né filho da putä, você só tem um dia aqui e já tá fazendo merdä caralhö, eu deixei bem claro pra você que se viesse causar ia ser cobrado da mesma forma que qualquer morador daqui do morro.
A cigana abre a porta bem na hora que eu pergunto o que está acontecendo. Eu fico putö quando ele fala que não aconteceu nada, na mesma hora eu olho pra cigana.
Roni - Não aconteceu nada aqui Guerreiro.
Eu respiro fundo e tento não fazer merdä, essa cigana não mentiu pra mim ... essa filha da putä não me tirou da boca atoa ... não né .
Mesmo assim, eu questiono se ele bateu na cigana, e a mulher dele fala que foi ela.
Roni - A Jade é mentirosa, ela foi até você para chamar atenção, provavelmente ela quer dar pra você. - Como um pai fala assim da filha, ele só podia ser parente da minha mãe. Claro que isso não significa que eu não ia gostar de föder ela.
Mas quer saber? Isso não é problema meu, como a mãe dela falou que não aconteceu nada, então eu não vou fazer nada, mas vou ficar de olho, porque essa história está um pouco mäl contada. Mas antes de sair, eu deixo meu aviso pra essa cigana.
Guerreiro - Que essa porrä não se repita cigana, aqui não é brincadeira, tá achando o que caralhö!
Saio da casa do Roni e volto pra boca putö, aquela cigana do caralhö só fez eu perder tempos, quando chego lá já encontro o Alex, então chamo ele pra trocar umas ideias.
Frajola - Que foi? Porque você está com essa cara?
Guerreiro - Eu vou falar mais uma vez, eu não quero você perto daquela cigana!
Frajola - Você já falou isso, eu só não tô entendendo o motivo dessa implicância toda.
Guerreiro - Ela é mentirosa e ela só veio pra cá porque se envolveu com pessoas perigosas e a família teve que fugir. - Falo sério.
Frajola - Porque você está agindo assim? Somos o que por acaso Guerreiro, eu não sou criança nessa porrä, eu faço o que eu bem entender da minha vida, eu estou cansado de você mandar em mim! - O Alex fala e em seguida sai batendo a porta todo nervosinho, se föder viu.
Guerreiro - FOFÃO! - Grito e então ele entra na boca.
Fofão - Fala patrão ! - Ele fala com um cigarro na mão.
Guerreiro - Eu quero que você fique de olho no Roni e naquela cigana. - Falo pensativo.
Eu quero saber, quem dos dois está mentindo.
Fofão - Ele passou a noite aqui perto da boca, toda hora um moleque vinha aqui pegar um bagulhö pra ele. - O fofão fala me fazendo olhar para ele.
Guerreiro - Fica de olho nele, vigia a casa também, mas não chama atenção, não deixa ninguém te ver. - Eu não sei porque, mas sinto que tem algo de errado.
Eu só não vou me intrometer, porque a mulher dele falou que estava tudo bem, mas se algo do tipo se repetir, vai ser poucas ideias e o Roni não vai ter pra onde correr. Tomar no cuu viu! Essa cigana veio e só trouxe confusão com ela.
Fofão - Mais alguma coisa, patrão? - Ele pergunta olhando pra mim.
Guerreiro - É só isso, pode ir. - Falo então ele sai e me deixa sozinho.
Fico pensativo e aquela cigana vem atormentar minhas ideias, será que ela realmente estava mentindo. Preciso tirar essa porrä da minha cabeça.
Pego o caderno da noite anterior, e como ontem o turno foi do Alex, eu nem confiro o dinheiro, pego o valor e coloco dentro da mochila, preciso jogar nas contas laranjas. Saio da boca, mas antes de ir resolver essas paradas eu passo no mercado do João.
( ... )
Chego no mercado, entro e adivinha quem eu vejo arrumando confusão?
A filha da putä da cigana!
Mais que caralhö!
Que cigana que gosta de uma confusão da porrä!
Guerreiro - QUE PORRÄ ESTÁ ACONTECENDO AQUI?