Vingança não, justiça!

1074 Words
Quando a reunião acabou me despedi deles la mesmo e Lúcia foi me buscar com seu carro, ela era péssima atrás de um volante, mas era por uma boa causa. - trouxe as coisas?- perguntei e ela sorriu. - ta no banco de trás. - sorri satisfeita e peguei umas sacolas do banco, dentro tinha ovos, pedras e pra fora dois tacos de golfe. - o carro maravilhoso dele vai amar esse tratamento especial. - ela disse e nós rimos. - com certeza. - ela estacionou e o carro do crápula estava parado bem em frente a casa, descemos. Peguei um taco de golfe entregando o outro pra Lúcia, antes de eu me preparar ela ja tinha começado a riscar toda a tinta do carro, quebrei os vidros e o alarme junto quando começou a tocar, olhei em volta e ninguém estava olhando. Furamos os pneus e começamos a jogar ovos e pedra contra casa, rimos e saímos correndo pra dentro do carro de novo, ela deu partida e deixamos tudo quebrado lá. Ta, não parecia que tínhamos 19 anos, mas ele pediu, quem mandou trair minha amiga? Ele era um i****a completo, e poderia mandar concertar o carro se quisesse, mas o coração dela não era tão fácil de concertar, ela SÓ não estava chorando ainda porquê a raiva dominava ela bem mais que a tristeza, mas eu sabia que logo ela ia ver a parte sentimental de tudo que havia acontecido. - vamos la pra casa? - ela perguntou. - claro, não to afim de fazer relatório da reunião do meu pai pra provar pra eles que eu entendi tudo. - ela riu. - adoro eles, mas eles podiam pegar mais leve. - concordo. Assim que chegamos na casa de Lúcia, cumprimentei sua mãe e subimos para o seu quarto. - Bruno disse que vai rolar uma festa top amanhã. - opa, to dentro. - vamos nós três, to solteira agora. - ela disse rebolando e eu ri. - claro que vamos...falar nisso, por que o Bruno não foi com a gente hoje? - ele disse que ia pra casa da vó, la tem um querido e lindo primo dele que é gay também, resumindo, ele trocou a gente por macho. - nós rimos. - me lembre de debochar da cara dele. - com certeza. Thiago narrando: Eu estava na casa da minha mãe conversando com ela sobre a mudança. - você tem certeza filho? - mãe, eu ja tenho 27 anos, ta na hora de eu seguir minha vida. - eu sei, mas tenho certeza que você vai esquecer até de comer. - a senhora tem que parar com esses pensamentos de que eu sou criança ainda ok? Eu ja consegui a casa e vou sair amanhã bem cedo. - ok, eu e seu pai vamos ajudar no que for preciso. - obrigado por entender. Minha mãe sempre foi muito pegajosa, não que eu não gostasse, eu amava, mas ela me tratava como um bebê sendo que eu ja estava com quase 30 anos nas costas, isso não era normal, a decisão de sair da casa dos meus pais já tinha surgido a muito tempo, mas eles nunca concordaram, até eu mesmo ter que tomar uma atitude por conta própria. Minha mãe sempre criou eu e meu irmão dando tudo na boca, mas eu não era muito satisfeito com isso, ela tirava completamente a minha liberdade, invadia minha privacidade, mexia nas minhas coisas e sempre descobria alguma coisa que não era para descobrir. Alguma parte da minha vida em queria que ela não soubesse, por exemplo, a parte que eu não fico com muitas garotas. E ela controlava até isso, porque ela adorava trazer menina para cá para me apresentar, nao sei qual o problema da minha mãe. Ela só ia me deixar ir embora o dia que eu tivesse alguém para "cuidar" de mim, mas sabe qual era o "cuidado" que ela tanto dizia? Uma mulher que cozinhasse, lavasse e passasse o dia todo para mim igual ela fazia. Eu não quero isso, eu não vejo as mulheres dessa maneira. Se um dia eu precisar ter alguém do meu lado, vai ser leve e será minha mulher e não minha empregada. Tinha meu irmão também, o Felipe era meu melhor amigo, embora fosse completamente sem juízo, mas ele era parceiro de verdade, eu subi pro quarto e estava terminando de arrumar minhas malas quando ele entra la dentro: - decidiu mesmo? - sim. - amanhã vai ter uma balada top na cidade, bora espairecer? - em plena quarta feira? Eu trabalho se você não lembra. - qual foi cara tu é muito sério, ta na hora de dar um deslize na vida. - eu ri. - ok então, passo aqui amanhã e a gente vai. - ele comemorou e fez toque comigo. - assim que se fala. ...dia seguinte... O relógio marcava 9:00am quando terminei de levar todas as minhas coisas com a ajuda de Felipe, o bairro parecia ser bem calmo, deixei algumas caixas la na frente e fui pra dentro organizar algumas coisas. Felipe foi pra faculdade e eu fiquei sozinho lá. Júlia on: Cheguei em casa era 16:00pm, meu pai não estava como sempre e minha mãe veio da cozinha com o celular na orelha falando com alguém, sentei no sofá e logo ela desligou e sentou do meu lado. - hoje mais cedo um vizinho novo se mudou. - legal. - mostre interesse e simpatia filha, quanto mais pessoas levarmos para nossa igreja é melhor...por que não vai dar boas vindas? - por que eu mãe? - eu faço questão de que nós duas vamos até la dar boas vindas e oferecer essa cesta linda que eu mesma preparei. - ela disse pegando uma cesta de frutas de cima do sofá e eu ri. - mãe, isso é coisa de filme. -anda logo Júlia. - rolei os olhos e ela me puxou com ela. Minha mãe tinha essa irônica mania de mostrar uma bela imagem sua para as pessoas de fora, para que quando precise, ela já tenha ganhado o mundo na sua falsa simpatia. - Será que vão saber quem foi?- Perguntei e ela riu... - Eu quero mesmo que saibam... Comigo não se brinca Ju...- Eu ri um pouco nervosa... Eu era assim, eu fazia as coisas sem pensar e depois eu deixava as consequências virem... Espero que elas não sejam duras... ou serão?
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